Heraldo Izidoro Gouveia 04/12/2023
SUR - PRE - EN - DEN - TE!
Primeiramente, é um clássico, né?! O que por si só já vale a pena! Ou nas palavras de Riobaldo "viver é negócio muito perigoso (...) Explico ao senhor; o diabo vige dentro do homem, os crespos do homem - ou é o homem arruinado ou é o homem dos avessos." Seja qual homem for, as veredas do sertão rosiano escondem amores, guerras, pazes, religiosidades, aforismos, lirismos, saudades, medos e alegrias. Suplanta a sensibilidade e aguça a percepção dos leitores que podem ser classificados em apenas duas formas: os que já leram Guimarães Rosa e àqueles que não conseguiram ler apenas uma vez só. Não por acaso, Tom Jobim 'escutou' música quando leu o renomado autor de Grande Sertão. O roteiro de Guazzelli e a arte de Rodrigo Rosa, nessa edição gráfica, afloram os buritis do lugar e adornam ainda mais este romance que fora pensado, escrito e publicado, pela primeira vez em 1956 (terceira fase do Modernismo brasileiro). No entanto, ainda hoje, guarda seus 'encantos' para aqueles que ousam se embrenhar nas páginas, ou melhor, nas veredas desse universo denominado: Grande Sertão.