Vitória 23/07/2023
Menos de um ano que conheço a escrita da Cinthia, e já estou aqui pra falar do meu quinto livro lido dela. Esse daqui teve uma história um pouco diferente. Comecei a ler A Promessa de Amor em um belo dia no qual me deu uma saudade danada dos Kingstons, e resolvi matá-la da melhor forma possível. Então imaginem a minha surpresa quando, depois de ter lido só 40 páginas, recebo mensagens desesperadas avisando que Liberte Minha Alma tinha acabado de sair na amazon. Obviamente eu larguei tudo pra ler Hefesto e Tara, mas decidi voltar pra esse logo. Depois de 7 meses longe dessa família, eles mereciam um tiquinho da minha atenção.
Fiz a leitura de O Beijo de Inverno em janeiro, foi o meu primeiro lido do ano, e desde então as 2 outras obras que li da Cinthia tinham uma vibe completamente diferente da dessa série, e eu cheguei a pensar que demoraria um pouco pra me acostumar de novo com eles, mas isso não aconteceu. Ainda no prólogo ela já transmite pro leitor a personalidade de quase todos os primos, principalmente da Jenna, e como a interação entre eles funciona. Preciso falar de novo o quão apaixonada eu sou por essa família? Acho incrível como, mesmo que ao longo de toda essa série, estejamos falando dos mesmos 7 primos, e da mesma vovó que não se separa da sua bengala, a Cinthia sempre consegue trazer algo novo sobre eles a cada livro, mas vou falar disso um pouco mais pra frente.
A Jenna é um tanto quanto afastada da família, e ao contrário do Damon, que se isola depois de ficar viúvo, ela sempre se manteve assim. Existem vários trechos nos quais ela fala como se sente sufocada pela família e pelas expectativas que eles colocam em cima dela, apesar de amar quase todos ali, e que arranjou um emprego num cruzeiro em alto mar, onde ninguém sabe da sua verdadeira identidade pra fugir disso. Isso, somado aos pais tóxicos e à personalidade rebelde dela, que foi parar numa casa de swing porque a mãe a chamou de put4h, me fizeram criar uma identificação gigantesca com ela. Eu sou a pessoa que hoje tem medo de voltar pra cidade pequena do interior onde foi criada só porque tenho a impressão de que todos ali estão prontos pra apontar o dedo pra mim e dizer que, com o curso superior que tive, e as oportunidades que apaceram na minha frente ao longo dos anos, não era pra eu estar na posição, segundo eles ruim, que me encontro agora. Só isso já me renderam lágrimas suficientes pro livro inteiro, mas a Cinthia gosta de me ver sofrer e decidiu apertar um pouco mais as coisas.
Hunter é o que eu chamo de cadelinha fechadão. Ainda que tenhamos vários capítulos pelo ponto de vista dele, o cara demora demais pra se abrir, não só com a Jenna, mas também também os leitores. Eu me agoniava de ver que estava chegando ao final do livro sabendo só que a mãe dele estava hospitalizada em coma, e vendo esse homem tendo atitudes dignas de um idiota por motivos que eu não conhecia, mas quando ele finalmente solta tudo, é uma cachoeira de sentimentos e de lágrimas dessa pobre leitora que vos fala. Tive vontade de quebrar a cara dele? Óbvio que sim, mas o jeitinho único dele de cadelar essa mulher, chamando ela de estrela, guardando a pulseira dela quando ela a perde sem perceber, e notando as pequenas coisas pelas quais ela se encanta nas cidades que eles passam, só pra comprá-las e presenteá-la com elas depois, me deixaram de quatro por esse homem. Sem contar que as cenas hot, já perfeitas pelo simples fato de terem sido escritas por Cinthia Basso, ficam ainda melhores com ele.
Agora vamos partir um pouquinho pras teorias porque, tendo saído de um livro dos Irmãos Diamantis e caído aqui, eu preciso falar delas. Eu tenho certeza que Cinthia tinha ao menos a ideia dessa nova série na cabeça quando escreveu esse livro. Já sei, pelo fato do Hades citar o Lane em Roube Meu Império, que tudo se passa no mesmo universo, mas toda a trama de tráfico de drogas e de pessoas aqui me deixou de orelhas em pé. E como se não bastasse, quando todo o esquema é exposto, um dos caras envolvidos no meio é ceo de uma empresa de pedras preciosas. Coincidência? Eu acho que não. Vou encher o saco da Cinthia pra fazer esses dois universos realmente se toparem, só pra eu ter uma cena mínima dessas famílias interagindo? Provavelmente sim. Mas por enquanto eu ficaria satisfeita com a Charity sendo protagonista de um dos próximos livros, a coitada sofreu, comeu o pão que o diabo amassou, e merece pelo menos isso. Sem contar que a vovó já adotou a bonita.
Gostei do peso maior que a Cinthia traz pra vovó Kingston aqui. Grande parte das questões que a Jenna enfrenta durante a história tem a ver com os pais, e isso escalona, durante a narrativa, pra um nível que eu sequer pensei que chegaria. Foi triste ver a vovó se culpando por tudo que a Jenna passou na mão de uma pessoa que é filho dela, mas aquela cena foi extremamente necessária. Sobre expectativas a respeito dos próximos, esse daqui só aumentou as minhas expectativas pro Kendrick. O livro dele com a Pandora parece ser bem cão e gato, do jeito que eu gosto, e tenho certeza que a bonita não é do tipo que deita pra macho. Quero ver ele sofrendo. Sobre o Dale, é falado em certo ponto aqui que ele e a Trust não deram certo, e os primos até brincam que a vovó errou pela primeira vez, então já vou deixar dito: eu não aceito. Ou Cinthia me coloca um romance de segunda chance entre os dois, ou o Dale fica com a Cherity, ou ele morre solteiro, não aceito outra opção. Sei que não falei nada de ruim sobre essa história durante o comentário, e realmente não tem nada pra falar, a nota um tiquinho mais baixa do que a dos anteriores é somente pelo fato de que esse mexeu um pouco menos comigo, mas logo logo volto aqui pra falar de Kendrick.