Eutanásia Passiva

Eutanásia Passiva Brenda Guedes




Resenhas - Eutanásia Passiva


15 encontrados | exibindo 1 a 15


notmuchcompany 14/09/2023

Hum... foi bom até o segundo capítulo, acho. Depois se tornou maçante muito rápido e nem sei dizer porquê. Talvez eu tenha lido errado, ou em um momento impróprio. Vai saber.

Não consegui me conectar com uma linha sequer depois do início e não vi a narrativa visceral que me rasgaria por dentro. Pode ser que tenha a ver com a maneira como as informações são reveladas, ou com como os personagens nos são entregues de um jeito encaixotadinho, onde a gente sabe exatamente o que esperar de cada um.

Acabou que o que deveria manter minha atenção fez com que eu me sentisse desconectada por tempo demais e aí perdi o interesse.

Além disso, a linguagem e o setting assépticos deixaram as coisas insípidas. A montagem do julgamento soou pueril, pra mim. Por exemplo, a narração questiona o motivo de Maria não ter confessado antes, podendo assim ter evitado o julgamento. Ué, mas mesmo réus confessos são julgados, não?

Enfim. Não funcionou pra mim e lamento por isso, porque eu tava ansiosa ora curtir a história.
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Julia 14/05/2023

Achei a escrita muito boa, mas a história meio complicado, acabei de perdendo bastante durante a leitura e *na minha opinião* algumas coisas pareceram meio corridas.
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Brenda_Guedes 08/01/2023minha estante
Muito obrigada pelo feedback ?




Piter 02/02/2022

PESADO E CRUEL
Maria é uma assassina; e não se sente culpada pelo crime que cometeu. Alguém arrancou de sua vida uma pessoa importante, então ela deu o troco. Mas antes de ser julgada no tribunal, houve um processo doloroso para que o assassinato viesse à sua cabeça. E é justamente nele que esse livro fará o leitor se embarcar.

Eutanásia Passiva foi uma narrativa difícil. Sua própria leitura deve ser feita com cuidado. Há diversos gatilhos, mas caso se vá com calma, pode-se digerir pedaço por pedaço sem tanto sofrimento. Demorei me infiltrar de fato na história; ainda assim não entrei totalmente. Sinto que há muito que deixei passar, mas também acho que o livro entregou quase tudo da proposta. O leitor deve estar atento a cada palavra e ao contexto no qual foi usada. Do contrário, se perderá facilmente na ordem dos acontecimentos.

Assim, acompanha-se a trajetória de Maria, estudante do Gillar São Paulo. A garota começa destruída e termina dilacerada. Ela já carrega a dor de ter perdido o pai, e morar com a tia foi sua péssima escolha necessária. Sob a visão da própria personagem, seus sentimentos sempre estão em jogo. A morte a afeta de várias maneiras, porém o que mais dói é uma certa traição...

A escrita adotada combina bem com o que se quer passar. Fluxos de consciência, o ponto de vista restrito às impressões da protagonista sobre o mundo ao redor. As descrições são fragmentadas, ditas aos poucos e quando viáveis. O humor ácido de Maria às vezes ajuda a atravessar essas águas tão chocantes que envolvem seu crime e o passado anterior a ele.

O tempo não é linear, portanto os fatos são contados de maneira embaralhada; aspecto que funcionou bem para poder dificultar o quebra cabeça do crime. A diagramação escolhida auxiliou nos momentos de maior tensão, já que a cor preta das páginas com o contraste do branco criou a estética “macabra” dessas cenas.

São muitos personagens, e a rede que os liga à história por vezes pode ser confusa. Demorei para fixar a imagem de cada um. Contudo, foi emocionante quando tudo se encaixou. Não esperava pelo vilão, nem pelo rumo sombrio que as coisas tomaram. É assustador a forma pela qual as pessoas podem ser tão cruéis umas com as outras.
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Vitoria.Milliole 21/01/2022

Esse livro me deixou em choque. Eu realmente não sabia o que pensar, nem antes do que aconteceu e, muito menos, depois.

Vamos começar essa resenha de forma responsável: se você for sensível, não leia. A própria autora diz isso numa carta ao leitor, no início do livro: "Esse livro não é para pessoas como a Maria: depressivas e suicidas, pelo menos não caso estejam em uma fase complicada."

Maria é uma adolescente de 16 anos em luto após perder seu pai, e logo é afastada de seu irmão mais novo, a única pessoa que havia restado, já que também era órfã de mãe. Esse livro é seu julgamento.

Narrado em forma de depoimento, os capítulos são intercalados entre defesa e ataque de Maria que, após tantas turbulências e tanto luto, viu sua vida novamente virada ao avesso sendo acusada de um homicídio que ela se recusa a negar. E só sabemos quem é o morto chegando ao final.

Não tem uma narrativa linear; é confuso. Tenho me tornado bem simpatizante de narrativas desse tipo, inclusive.

A vida é feita de altos da baixos e todos sabemos disso, mas a de Maria parece ter só os baixos. É uma história pesada, de fato. A depressão, o luto, a sexualidade... é tanta coisa pra lidar.

Falando nisso, um ponto que eu gostei muito: Maria é assexual. É o primeiro livro que leio com um personagem assexual e gostei de ver essa representação, como é explicado algo que poucas pessoas respeitam porque poucas pessoas conhecem.

"Para quem nasceu dentro da caixinha considerada certa, é difícil mesmo imaginar como é estar do lado de fora."

Foi cruel acompanhar no que as provações da vida transformaram Maria. Foi cruel eu ter me identificado com tanta coisa no decorrer do livro, especialmente com o sentimento de luto. E foi assustadoramente cruel ver o título fazendo sentido nas últimas páginas, no epílogo.

Eu amei a escrita da autora e como ela conseguiu mexer com meus sentimentos. E aquela cena sangrenta... que cena, meus amigos! Que cena!
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Guilherme.Menezes 24/08/2021

Eutanásia Passiva conta a história de Maria, 16 anos, e seu irmão Pedro, 8 anos, que após a morte do pai foram obrigados a morar com sua tia Helena. A vida de Maria mudou completamente quando sua tia lhe matriculou no GSP (Gillar São Paulo), um internato de elite da cidade.
Devido à morte de seu pai, a garota desenvolveu tendências suicidas e uma forte falta de prazer na vida, e isso é o que desenrola o enredo. No colégio Maria tem a companhia de seu primo, Gabriel, filho de sua tia Helena, e seus amigos, os gêmeos Juan e Thiago. Nos primeiros dias de aula, a garota reencontra uma pessoa do seu passado e logo se vê envolvida em um homicídio que não cometeu e ela é a principal suspeita. Cabe à Maria encontrar o culpado e resolver esse crime horrendo.

Brenda Guedes envolve o leitor no mistério em torno dos estudantes do GSP do inicio até o fim, as reviravoltas que acontecem na história são incríveis e surpreendem sempre que aparecem. Os personagens secundários são bem trabalhados, fazendo com que nos apeguemos a eles, a história tem quinze capítulos sendo cada um deles de defesa e ataque, em defesa acompanhamos a vida de Maria no colégio e meses antes do crime, já em ataque, encontramos os depoimentos dela sendo interrogada após o crime. A forma que Brenda escreve é fluida e faz com que o leitor se veja na trama, acompanhando cada passo de Maria pelo internato.
Dois pontos que valem ressaltar: primeiro, Maria é uma personagem extremamente trabalhada, entendemos suas motivações, anseios e medos. Isso faz com que o leitor sinta empatia por ela, o segundo é a forma que Brenda dividiu a linha cronológica, ajudando o leitor a se localizar na trama, que surpreende a cada capítulo.
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Laíss 16/07/2021

Sensível. Tocante. Agonizante.
“É muito difícil encorajar alguém quando você mesmo não acredita nas próprias palavras.”

Este é um livro, bastante curto, que vai acabar por te destruir, por abordar temas pesados e apresentar vários gatilhos. Se você for sensível, não leia!

Aqui conhecemos a Maria, uma jovem com a família totalmente desestruturada, cheia de dúvidas sobre si mesma; até que é acusada de cometer um homicídio.

“Eu só queria um rótulo para me encaixar, pertencer a algum lugar, mas parecia cada vez mais longe disso. Com quinze anos, descobri a assexualidade.”

Acompanhamos a história da garota e como ela chegou ao seu ‘ponto final’.

Com uma narrativa confusa, e não linear, ficamos confusos, de propósito. Quando você acha que nada vai acontecer (inclusive faltando menos de 20 páginas), lá vem um plot. E tenho que dizer que o final é totalmente surpreendente e chocante.

“Empatia é algo bom, mas eu não sabia dosar e, mesmo tendo problemas suficientes, era instigada a pegar os dos outros.

Eu amei ler essa obra prima (risos)! Sabe aquele livro que fica na sua cabeça por um tempo depois de finalizado? Não indico para todo mundo pelos temas que podem trazer gatilhos, mas, com certeza, é um livro incrível que, dentre outras coisas, nos ensina sobre empatia.
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@pamelarobooks 12/07/2021

"É muito difícil encorajar alguém quando você mesmo não acredita nas próprias palavras."
Com uma escrita fluída, o leitor embarca na mente da jovem Maria. Gostei muito da forma como foi apresentada, pois o sentimento era de realmente estar em um júri ouvindo o depoimento da mesma. A personalidade dela junto com a forma de pensar são bem construídas, apesar de algumas palavras usadas na narrativa terem me incomodado um pouco. O livro também trabalha com representatividade Ace e Lésbica, o que foram os pontos que mais me deixaram com vontade de lê-lo. Foi uma leitura muito rápida e com um plot twist que realmente me pegou de surpresa.

Uma coisa que me incomodou foi a ordem em que os fatos foram apresentados. Amo demais quando o livro intercala entre passado e presente, pois prende a atenção durante a história, mas em alguns capítulos me vi perdida durante a narrativa, sem saber se ora estavanas cenas da leitura do documento no júri ou se era a mente dela apresentando o passado. Fora a isso, é uma história viciante!
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Dri - @leiturainsone 03/07/2021

Calma, que o surto vem
Maria é uma jovem de 17 anos que se vê totalmente perdida após a morte de seu pai. Para ela, sua família se resumia a seu irmãozinho de 8 anos, mas uma tia distante, se dispõe a cuidar dos dois e os leva para morar em sua casa. Além de tudo, a tia coloca nossa protagonista em um internato e é nesse ambiente que a vida de Maria muda completamente ao ponto de ser acusada de homicídio doloso!

Ao longo da narrativa, a gente sente toda a angústia de Maria, de luto, num lugar totalmente novo, em dúvida sobre sua sexualidade, desejando mais que tudo estar sozinha e não conseguindo. Ela se sente sufocada pela atenção que recebe, pelos novos amigos que acaba fazendo e por não saber lidar com tudo que aconteceu na sua vida.

Em meio a um turbilhão de sentimentos descobriremos, bem aos poucos, o que aconteceu com Maria e como ela foi parar no banco dos réus. A narrativa aqui não é linear e reflete bem a mente confusa de nossa protagonista. Numa mescla de passado e presente, parte da história nos é apresentada e o desfecho, e que desfecho, só será conhecido nas páginas finais do livro.

Queria deixar pontuado que:

1 – a não linearidade da narrativa me deixou com algumas dúvidas, mas entendi, no final, o motivo da escolha da autora por essa estrutura.
2 – quando faltavam exatas 14 páginas para terminar o livro e eu não estava nem perto de desvendar o crime, me deu uma ansiedade. Mas a autora me deu 2 tapas na cara e mostrou que, em poucas páginas, era possível colocar meu mundo de ponta cabeça!
3 – minha cena preferida foi a mais sangrenta do livro. Que cena!!!!!

Um suspense com uma narrativa inquietante, que nos faz refletir sobre muitos assuntos importantes como depressão, luto, sexualidade e suicídio. Um livro, acima de tudo, sobre as diversas formas de morrer, com uma escrita envolvente e sensível.
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Bia - Resenha de Unicórnio 10/06/2021

Interessante
A história fala bastante sobre perdas e como a gente lida com a pressão da sociedade; fala sobre mental, assexualidade, e sobre nossos impulsos. A história subverte as expectativas é bem bacana acompanhar a Maria
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Lilly 13/04/2021

Sem palavras
Eu nunca imaginei que em um livro tão pequeno pudesse conter uma história tão impressionante.
No início fiquei meio perdida com os acontecimentos mas ao decorrer dos capítulos fui me encontrando e tentando desvendar as coisas, em hipótese alguma jamais iria imaginar o final do livro desse jeito é que final? ...
Uma história que ira lhe deixar de queixo caído...
Sinceramente sem palavras...
Brenda_Guedes 02/08/2021minha estante
Caraca, fico feliz demais que ele tenha funcionado para você!

Obrigada pelo feedack




Aline221 19/03/2021

Não sei o que falar
Brenda traz um livro curto, mas com um tema pesado.
Ela soube escrever de uma forma que mesmo o livro sendo curto e não dando tempo de nos apegar aos personagens, sentimos a dor deles e o sofrimento.
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Rafaela - @esculpindoaboboras 14/03/2021

Uma história visceral, que te deixará vidrado, sem ar.
Maria é uma adolescente preta e assexual. Tentou por muito tempo entrar numa "caixinha", mas nada lhe cabia. Com a morte do seu pai, teve que ir com seu irmão pra São Paulo, morar com a sua tia. A sua única força vinha da companhia do irmão, Maria perdeu a mãe muito nova. E logo, o pequeno foi retirado dela também.
A única razão que tinha para viver foi tomada dela. As amarras do luto estavam mais fortes que nunca. Pensamentos importunos e tristeza eram as únicas coisas que a acompanhavam. Até que a garota encontra suporte em alguns amigos do colégio interno que estuda. Ah! E não dá pra esquecer do reencontro com sua ex-melhor amiga, e grande amor, que mudou sua vida.
Uma tentativa de suicídio. Duas mortes. Maria está sendo julgada por homicídio doloso e cansada de mentiras, ela só quer contar a verdade.
Que enredo! A escrita da Brenda nos faz desejar nem piscar durante a leitura. E com um livro tão curto como esse, pouco mais de 100 páginas, a leitura flui sem nem vermos.
Com aquele clima de mistério, perguntas não respondidas e uma pulguinha atrás da orelha, somos envolvidos numa teia de acontecimentos. A narrativa se desenrola como um depoimento. Ora narrando o passado, ora o presente.
Cada detalhe foi desenvolvimento com perspicácia. Nos últimos capítulos tudo vai se encaixando e o surto vem. É inevitável!
Uma história que nos leva a uma montanha-russa de emoções e mais: a um debate moral. Quem é o culpado? O certo e errado, por vezes, se misturam e é impossível dissocia-los.
Como diria Maria, "a cabeça humana é mesmo uma loucura."
"Eutanásia Passiva" entregou tudo! E o título não poderia fazer mais sentido. *contém conteúdo sensível
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Fernanda1492 11/03/2021

De tirar o fôlego!
O livro nos apresenta Maria que está sendo julgada por homicídio doloso.
Maria é uma adolescente que já teve muitas perdas. Após a morte do pai, foi separada do irmão e teve que encarar uma nova realidade em uma nova escola, uma nova vida.
Como todo adolescente tem seus altos e baixos, mas tudo pra Maria tem mais intensidade. Algumas vezes ela não se
lembra do que aconteceu, do que falou, do que fez. Isso aguça ainda mais a curiosidade do leitor. Como é Maria que narra ficamos em dúvida se tudo aquilo é real, pois beira a insanidade.

O livro é um suspense psicológico e como não é um gênero que eu leio muito tive que me concentrar muito para me conectar com a protagonista. Foi uma experiência muito positiva pra mim, saí da minha zona de conforto.
A escrita da autora é muito bem desenvolvida, a melhor de todos os livros que já li dela.
Os diálogos fazem com que o livro seja mais fluído, pois se trata de um assunto pesado.
Gostei muito da apresentação dos personagens, mesmo sendo um livro curto consegui identificar características marcantes em todos eles.
No início tive que voltar algumas vezes, a cronologia do livro vai e volta, mas é só se concentrar que fica tudo muito claro.
Pude notar algumas referências de Lady Killers, não li mas, pelo que já vi em resenhas e vídeos tenho certeza que quem gostou de Lady Killers vai gostar muito de Eutanásia Passiva.
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