A rosa mais vermelha desabrocha

A rosa mais vermelha desabrocha Liv Strömquist




Resenhas - A Rosa Mais Vermelha Desabrocha


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JoAo366 18/05/2024

Um livro com um referência teórico muito bom, traça paralelos muito interessantes sobre nossa concepção de amor na sociedade contemporânea relacionando com o passado, propõe reflexões interessantes tanto sobre nossas próprias expectativas e como queremos exigir o amor e ao mesmo tempo como nossa sociedade encheria o amor atualmente.
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Helena 11/05/2024

É interessante, mas tem que estar a fim.
Não concordei muito com algumas ideias que ela traz (embora, claro, eu seja leiga, porque ela é qualificada pra falar sobre os temas e eu nunca estudei nada relacionado), mas vale para pelo menos pensar sobre o tema do livro.
Por ser HQ achei que seria mais fluido, mas é mais denso do que imaginei, embora seja sim bem humorado e dinâmico. Eu teria gostado mais se estivesse mais a fim de pensar, mas quando li não estava muito, resisti e terminei, mas com direito a páginas que eu só lia e ficava "huuuumm....tá bom então, próxima página".
Ainda assim, como uma primeira experiência de HQs assim, achei interessante, valeu até.
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makessel 26/04/2024

Minha primeira HQ!
Interessantíssimo como de fato o capitalismo transformou não só a sociedade em âmbito econômico mas também todas as relações, inclusive a romântica. cheio de referências filosóficas, o livro busca trazer clareza num tom bem humorado para a maneira que hoje nos relacionamos um com os outros, nos apaixonando e desapaixonando. sinto que fiquei emocionalmente mais inteligente depois dessas 176 páginas ? e me vi em muitas situações descritas pela autora! (?) super gostoso de ler!
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Nay__ 24/04/2024

Um livro mais teórico, usa de alguns autores pra formar os argumentos e é ilustrado pelos quadrinhos.

Me incomodou tanta generalização, mas entendi que é pra deixar o texto mais leve.

Dei risada das piadas, do humor ácido.

Acho que por não existir o "ficar" e "ficante", a questão cultural da análise pegou. Leo di Caprio pra mim só tava ficando, não namorando. Essa diferenciação poderia ser explorada tmb, a gente criou um termo pra isso, né?
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Natalia Santis 15/04/2024

Para mergulhar nas complexidades do amor?
Stromquist não apenas apresenta suas próprias ideias, mas também nos leva a uma jornada através das perspectivas de filósofos, enriquecendo ainda mais a discussão. Através de sua narrativa em formato de HQ, somos desafiados a questionar nossas preconcepções sobre o amor e a considerar novos paradigmas.

Um desses pra entender que a forma de amor pode mudar, e mudou no capitalismo tardio e ver como isso influencia na sociedade e nos nossos sentimentos.

Este foi meu primeiro contato com a obra de Liv, e me já sou fã.
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Clarissa 07/04/2024

Uma leitura instigante e significativa, juntamente com a leitura do outro livro da autora: "Na sala dos espelhos.
Vale dedicar um tempo aos dois livros! ?
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Fabio.Nunes 26/03/2024

Sexo é prosa, amor é poesia
A rosa mais vermelha desabrocha ? Liv Strömquist
Editora: Quadrinhos na Cia, 2021

É o mês da mulher, e nada mais justo que ler uma autora dentro de um gênero literário dominado majoritariamente por homens: os quadrinhos. Que bom que isso tem mudado.
Liv Strömquist nos entrega uma obra muito diferente: é um ensaio em formato de quadrinhos.
A escolha por ser ensaio tira um pouco nossa atenção da arte em forma de desenho, já que ficamos fixados no texto; mas não há perda de experiência nisso.
Esta é uma obra que fala sobre o amor, e a dificuldade que as pessoas têm de se apaixonarem hoje em dia. Citando diversos autores ao longo da narrativa, como Eva Illouz, Byung-Chul Han e Kierkegaard, Liv nos apresenta cinco causas principais para o problema que é apresentado:

1- O desaparecimento do outro
2- O avanço da escolha racional
3- A nova maneira de ser um homem de sucesso
4- O desencantamento do mundo
5- A inaptidão para a morte

Com um texto divertido e, ao mesmo tempo, denso, perpassamos conceitos como narcisismo; alteridade; transformação do amor em produto a ser consumido; a nova maneira de exercer a masculinidade, e o quanto isso afeta o comportamento das próprias mulheres; a desromantização do amor; o amor como conclusão; a fidelidade; o controle sobre os sentimentos; a necessidade de tornar o amor indolor; a superimportância do EU num relacionamento; a busca por reciprocidade no amor; o amor como ritual religioso a ser seguido por ambos.

Este é um ótimo livro para reflexão sobre o amor. Mas nem tudo são flores.
Em alguns momentos eu fiquei meio perdido na enxurrada de conceitos apresentados, em outros fiquei sem entender se a autora faz distinção ou não entre amor e paixão. De certas ideias eu discordei de pronto, enquanto com outras concordei aplaudindo.

Enfim, um livro pode ser ótimo ainda que discordemos de algumas coisas, e este aqui é um exemplo.
Recomendo a leitura.
Boas reflexões.

1- O DESAPARECIMENTO DO OUTRO
A ideia de que as pessoas começaram a ficar tão narcisistas que tudo o que enxergam são projeções de si mesmas no outro, e não o outro como é. Não há alteridade. O objeto de nosso desejo deixa de ser gente para ser algo a ser consumido.

2- O AVANÇO DA ESCOLHA RACIONAL
Decisões amorosas deixam de ser intuitivas e dão lugar a escolhas racionais, dificultando o forte envolvimento emocional. Uma cultura de escolhas racionais transforma o amor em produto, algo que pode ser consumido e, caso não agrade o consumidor, pode ser deixado de lado; afinal, há muitas opções por aí.
?(?) o próprio método de tomada de decisão racional impede o surgimento da emoção de ?amor?, já que atrapalha a avaliação intuitiva, além de criar uma abordagem parecida com a de um consumidor no mercado.?

3- A NOVA MANEIRA DE SER UM HOMEM DE SUCESSO
A masculinidade hoje se exerce por meio da sexualidade, que molda uma imagem de autonomia e de controle; retendo demonstrações de sentimentos e assunção de compromissos afetivos. Isso empurraria para a mulher a responsabilidade para busca de laços perenes e a formação de uma família, gerando uma espécie de desvantagem estrutural.
Pergunto-me se isso já não era assim desde sempre, disfarçado apenas pelos rituais sociais.

4- O DESENCANTAMENTO DO MUNDO
Vivemos um mundo de cientificação, que tenta explicar e aprender sobre tudo. Nessa sanha, ao estudar o amor e conceituá-lo como uma experiência fisiológica, causada por reações químicas involuntárias, substituímos uma visão mística e espiritual do amor pelo materialismo biológico.
Aqui minha discordância com a autora não poderia ser maior: estudar o amor e entendê-lo como uma reação biológica não retira em hipótese alguma seu significado, não transforma seres humanos em amontoados de células sem emoções ou robôs meramente racionais. Somos criadores de relacionamentos simbólicos, somos fábricas de ficções, isso jamais nos pode ser retirado.
Imagine: alguém se percebe apaixonado e tem consciência de que está passando por reações químicas no cérebro. Essa pessoa deixará de se apaixonar por isso? Saber sobre astronomia de posição, entender tudo sobre estrelas e sobre nosso sistema solar nos impediria de apreciar um nascer do sol? Entender tudo de pediatria e cuidados com um bebê nos impediria de criarmos relacionamentos extraordinários com eles? As perguntas são retóricas. A ciência aplaca superstições, mas nunca nosso encantamento com o mundo. A vida sempre terá sua poesia.

5- A INAPTIDÃO PARA A MORTE
O amor é uma conclusão absoluta pois pressupõe a morte, a entrega de si mesmo.
A fidelidade é ela própria também uma forma conclusiva, que introduz uma eternidade no tempo.


?Se quiser que a magia dure, o casal deve se comportar feito papas de uma igreja particular que dedicam o tempo a comer tapas só os dois, balançar o turíbulo, comemorar um aniversário, comer a hóstia, lembrar-se de algo importante que o parceiro disse, deixar um velho pedaço de osso debaixo de uma almofada de veludo e trancá-lo dentro de um santuário dourado, ouvir ?nossa música? juntos para relembrar a origem do milagre, repetir certos mantras do tipo ?eu te amo? e ?você fica superbem naquele jeans? diariamente, tal qual uma oração vespertina, ou, de preferência, cinco vezes ao dia, que nem os muçulmanos, constantemente pensar no bem-estar do parceiro, se esforçar para ser uma boa pessoa, abster-se de tentações como transar com outro ou comer carne de porco, optando por SENTIR PRAZER EM satisfazer as limitações impostas pela religião, saborear a energia emocional que é evocada pela FÉ ABSURDA E IRRACIONAL EM NÓS DOIS, DE QUE HÁ UM SENTIDO e um PROPÓSITO, para nós dois, como se fosse prestar um serviço vitalício num mosteiro.?
Flávia Menezes 26/03/2024minha estante
Comecei a ler a sua resenha, e já ia me fazendo exatamente as mesmas perguntas que você vai respondendo (pra você ver o poder dessa sua resenha!). Isso me lembrou muito o livro da Ana Suy, aquele ?A gente mira no amor, e acerta na solidão?. Esses estudiosos até tem seus embasamentos científicos, mas é impressionante como deixam de lado o fato de que o amor não é algo meramente programado. E mesmo se apaixonar não é algo que se possa esmiuçar e chegar no cerne de como funciona. Até porque cada um? é cada um.
Adorei sua resenha, Fábio! O que eu mais gosto são dessas opiniões particulares nas resenhas, da leitura subjetiva, porque essa singularidade da visão é que norteia muito quem está interessado em ler, a saber o que encontrará pela frente. E você sabe fazer isso com perfeição!
Fantástica resenha, meu querido amigo! Arrasou como sempre! ??????????????


Craotchky 26/03/2024minha estante
Sensacional! Os conceitos que a autora traz parecem muito pertinentes e extremamente ligados ao contemporâneo imediato. Sem dúvida parece um livro cheio de provocações e reflexões. Só do que você pincelou, parece incrível.


Fabio.Nunes 26/03/2024minha estante
Filipe, é um livro muito válido mesmo. A gente entende pouco o que tá acontecendo bem agora debaixo dos nossos narizes né.


Fabio.Nunes 26/03/2024minha estante
Flávia, nem sei o que dizer do seus elogios. Obrigado de verdade. Mas veja, a autora apresenta ao longo do texto exatamente o que você defendeu sobre o amor não ser programado, de ser espontâneo. Ela só avançou um pouco, defendendo que a ciência, ao verificar todas as alterações hormonais e químicas que ocorrem em nós quando amamos, reduziria a experiência do amor. E é nesse ponto que eu discordo. A ciência faz a gente entender o que rola no nosso corpo, mas de maneira alguma reduz a experiência do apaixonamento. Mais uma vez obrigado pelo comentário tão elogioso e também enriquecedor.


Flávia Menezes 26/03/2024minha estante
Entendi, Fábio! Essa parte onde ela ?condiciona? o amor. Bom ter tido aqui a sua explicação desse ponto, porque eu tinha já ficado brm presa nesta questão dessas 5 categorias? que pensei que aí já houvesse uma rigidez por parte dela.
Bom saber que não! Agora fiquei interessada em procurar esse ensaio em hq pra ler. ??


Fabio.Nunes 26/03/2024minha estante
Flávia, o livro tem mta sociologia e Byung-Chul Han (o que normalmente significs textos


Fabio.Nunes 26/03/2024minha estante
Flávia o livro é todo baseado em autores da sociologia e em Byung-Chul Han, o que significa um texto mais denso. Mas ela facilita demais com os quadrinhos. Sendo justo com o livro, seria bem difícil resenhar todos os aspectos abordados, mas pelo q percebo de sua opinião acho que vc vai concordar com a autora em vários aspectos tbm.




Gessyka.Loyola 13/03/2024

Entendi mas não entendi.?
Achei a HQ bem interessante para quem quer pensar e refletir sobre o amor nos novos tempos.
Como tem muitos pensamentos de filósofos e pensadores eu não achei tão interessante (e quem sou na fila do pão neh).
AliJu 13/03/2024minha estante
Ah amiga acontece, o tema em si é super interessante e bem relevante, pena que a linguagem não estava tão legal para uma hq




Andressakm 12/03/2024

Um livro que fala sobre o amor de uma forma leve, e nos faz entender porque é tão difícil amar em tempos modernos. Minha primeira hq e foi SENSACIONAL!
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Marina 10/03/2024

Genialmente denso
A Liv Stromquist tem o talento de simplificar conteúdos difíceis sem perder a qualidade teórica, o embasamento e o aprofundamento. É simples sem ser simplista.

Esse livro versa sobre o amor e é uma revolução. Sinto que terei que ler novamente para absorver todo o conteúdo dele, mas de fato já tenho uma visão COMPLETAMENTE DIFERENTE do amor em relação ao que tinha elaborado em mim mesma. E mudar de opinião e de visão é a marca de uma leitura genial
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Vanessa.Bonfa 10/03/2024

Interessante
A autora traz inúmeras referências filosóficas, outras nem tanto, para falar do amor contemporâneo. De Kierkegaard a Beyoncé, o amor é o tema central deste quadrinho.
Gistei de co hecer a autora, vale a pena a leitura.
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iana c. 13/02/2024

Leitura rápida, reflexão lenta
Não conhecia Liv Strömquist, e esbarrei neste livro acidentalmente por recomendação de um amigo, mas ela ganhou uma fã. Em um tom extremamente leve e bem-humorado, ela articula um longo e denso referencial filosófico e sociológico a exemplos da cultura pop, como a ciranda afetiva de Leo DiCaprio ou uma música da Beyoncé, em um livro fácil de ler de uma única tacada - mas que você sabe que vai querer reler ou revisitar pontualmente depois.

Neste ensaio, somos apresentados às diferentes concepções do amor romântico ao longo dos séculos e à mudança do padrão ideal da masculinidade - que também atingiu o comportamento das mulheres - que hoje atuam para a dificuldade do estabelecimento de relações afetivas profundas e duradouras. O anteriormente admirado comportamento masculino de demonstrar abertamente sentimentos e comprometimento em relação a uma parceira torna-se ridículo quando as mulheres começam a dividir espaços até então restritos aos homens, então a estratégia deles é migrar sua dominância para o âmbito afetivo, colocando-se como inacessíveis e inalcançáveis. Demonstrar afeto passa a ser, então, uma atitude tipicamente feminina, e, como de praxe em tudo o que se relaciona ao feminino, socialmente vista como ridícula. Ser um homem devoto à mulher era nobre, mas ser uma mulher que "ama demais" é sufocante e repelente, e a única maneira de conseguir afeto é fingir que não o quer até que ele seja (às vezes, a muito custo) concedido, e sob várias condições para que perdure, afinal, graças às redes sociais, a facilidade de desenvolver novas conexões - mesmo que superficiais - dota os envolvimentos de uma inevitável descartabilidade por algo que pareça mais fácil e mais empolgante. Esta distância emocional é imitada pelas mulheres como uma maneira de sobreviver em um jogo cuja única regra é ser o mais autocentrado possível, porque se entregar é perder - embora não esteja claro o que exatamente significa ganhar. Naturalmente, como tudo o que existe sob o sistema capitalista e é por ele esvaziado, aceitamos nos colocar na posição de mercadorias, vendo o outro da mesma forma, e a prioridade é ser escolhido pelo maior número possível de pessoas, já que ser amado é muito mais agradável ao ego do que amar.

Pensar o amor e os relacionamentos no século XXI, em que temos um grande foco na ciência como chave para melhorar a nossa existência no mundo, é um excelente exemplo do porquê submeter tudo a um processo de racionalização - a busca pelo parceiro ideal que tem traços e comportamentos específicos, a paixão e o amor como fenômenos bioquímicos que preservam a perpetuação da espécie - tem consequências extremamente negativas, pois a ciência não basta para explicar tudo o que envolve o surgimento, a manutenção ou o fim da paixão, e, como Liv Strömquist constantemente repete, o resultado do padrão comportamental que hoje temos reproduzido em massa tem como único resultado: zero amor.
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giogio7 09/02/2024

Com certeza esse livro me tornou uma pessoa melhor
É um livro que passa muito longe de qualquer historia monotona. Mesmo com uma linguagem mais "filosofa e complicada" consegui me conectar e tirar proveito. Com certeza é uma hq que eu vou sair indicando para o maximo de pessoas que eu conseguir.
Em um mundo onde o capitalismo nos sufoca é bom relembrar onde somos humanos e manter esse espirito vivo sem sermos automaticamente vistos como uma mercadoria.
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isabela_guilhem 08/01/2024

Amei muito!
Esse quadrinho é incrível! Além de me esclarecer muitas coisas em relação ao assunto, me fez ficar muito reflexiva depois de ter lido ele principalmente por ter passado por situações em relação ao amor que foram debatidas pela Liv de um jeito dinâmico, teórico (ela usa muitas referencias desde Beyonce até Byung-Chul Han, eu amo ??) e também engraçado. Enfim, talvez seja também pelo momento, mas amei muito ter lido e compreendido um pouco mais sobre esse sentimento complexo (ou talvez nós mesmos tornamos ele complexo assim) que é o amor.
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Vanessa.Mariano 20/12/2023

Uma HQ interessante , leitura rápida mas ainda sim densa, caiu muito bem para esse fim de ano.

Ela apresenta um monte de estudos , mitos e teorias sobre o amor e porque hoje ele parece tão raso e tanta gente tem dificuldade de se entregar e se encontrar o seu.

É daquelas livros que precisam ser relidas várias vezes, pq trás muita reflexão, funciona muito como sessão terapia.
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