Erich 13/04/2024
Uma obra curta que em belos poemas conta a história da velha Portugal e da era das navegações. A proposta parece ser "similar" ao enredo traçado nos Lusíadas (livro que não consegui ler em detalhe pois não gostei). Aqui, por ser um compilado de poemas temos uma beleza maior presente, pois a ideia é resumida em poucos e trabalhados versos.
Parte 1 - III - 1
Firme em minha tristeza, tal vivi.
Cumpri contra o Destino o meu dever.
Inutilmente? Não, porque o cumpri.
Parte 2 - III
E ao imenso e possível oceano
Ensinam estas Quinas, que aqui vês,
Que o mar com fim será grego ou romano:
O mar sem fim é português.
Parte 2 - X
Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.