Cacá 22/02/2023
Dói, mas é bom. Muito bom!
Esse definitivamente é o meu livro preferido desde o ano de 2020. Não sei se consigo explicar perfeitamente a maneira a qual ele me tocou (e ainda me toca), mas sei que é de forma única. Recordo-me do dia em que o comprei e, confesso, não imaginava que ele se tornaria tão significativo para mim. Estávamos vivendo em meio ao caos de um mundo em pandemia e, ironicamente, eu também enfrentava o meu caos interior - devido a perda de um amor romântico. E foi lendo Fora de mim, de Martha Medeiros, que me reconheci em cada parágrafo, na dor, na bagunça, em todo o enredo. Lembro-me ainda de pensar enquanto lia: ?poxa, ela só pode ter escrito esse livro especificamente para mim.? E que sensação boa se sentir assim, acalantada pelas palavras, ora sensíveis, ora pesadas (mas necessárias). Fora de mim é um livro que nos encoraja. No entanto, também faz doer, machuca e mexe em nossas feridas mais delicadas e profundas. O difícil mesmo é quando as páginas vão terminando e a gente fica com aquela sensação de ?quero mais? e/ou ?por favor, não acabe?. Pelo menos eu tenho ele aqui comigo na minha estante, e sempre que bate a vontade, abro e leio as partes que sublinhei e destaquei, para que eu nunca me esqueça de sempre buscar ressignificar a dor, principalmente a do luto amoroso.