Crônicas de Petersburgo

Crônicas de Petersburgo Fiódor Dostoiévski
Fiódor Dostoiévski




Resenhas - Crônicas de Petersburgo


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Bianca2570 02/05/2024

Livro 4 na leitura em ordem cronológica de Dostoiévski, e na minha opinião, o mais difícil até agora.

Esse livro é um compilado de textos escritos pelo Dosto em um periódico que dá nome ao volume.
Dostoiévski não gostava de escrever por dinheiro, como era o caso dos folhetins, mas nunca esteve em uma situação financeira boa o suficiente para não precisar trabalhar com sua escrita e acabou se vendo obrigado a trocar sua criatividade e criticidade literária por ordenados em diversas ocasiões.
Nesse livro, alguns textos foram selecionados e compilados para que o leitor possa acompanhar essa versão de cunho crítico/jornalístico de Dosto.

Achei uma das leituras mais complicadas, pois são textos muito curtos e incisivos, com uma alta concentração de referências literárias e históricas carregando os textos. Além do mais, justamente por seu viés jornalístico, os textos são repletos de sarcasmos e humor irônico diretamente vinculados ao momento e contexto histórico de São Petersburgo. Se o leitor não estver atento, ler as notas de rodapé e se não fizer algumas pesquisas pontuais, pode perder algumas referências e, por conseguinte, alguma construção crítica do autor.

Ademais, os arcos críticos dos textos são ainda extremamente relevantes e o leitor com certeza consegue aproveitar as reflexões propostas em cada um. Nesses textos, Dostoiévski não trabalha a psiquê individual e sim a formação coletiva da sociedade de São Petersburgo.

Como menciona o texto de apoio, o personagem principal dos folhetins é a cidade de São Petersburgo.
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Fernanda Coelho 28/04/2024

Numa escrita ágil, que combina uma ironia afiada, Dostoiévski nos introduz a uma metrópole caótica, inconstante, repleta de construções incongruentes, uma verdadeira miscelânea, mas onde, ?em compensação, tudo é vida e movimento?.
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Alan Santana 24/02/2024

Crônicas de Petersburgo
"A felicidade consiste numa atividade eterna e incansável e no desenvolvimento, na prática, de todas as nossas inclinações e capacidades".

"Cronicas de Petersburgo" é uma obra que mergulha nas entranhas da sociedade de São Petersburgo, expondo suas contradições e hipocrisias. Dostoiévski vai além das aparências, revelando a verdadeira essência por trás das fachadas da grandiosa capital. Ao longo das páginas, o autor não apenas descreve, mas escancara a podridão que subjaz à sociedade petersburguense, destacando que a verdadeira realidade da vida reside na dor e no sofrimento do campesinato escravizado, e não nos rituais sociais da classe dominante.

Somos conduzidos por uma São Petersburgo que contrasta fortemente com a imagem romantizada que muitos têm da cidade. Seus relatos mostram uma metrópole coberta de limo e lixo, onde a pobreza e a miséria são onipresentes. No entanto, em meio a esse cenário desolador, o autor também enxerga um elemento de vitalidade e transformação. Em um caso de "amor e ódio", ele defende a cidade como um símbolo da mudança ocidentalista, em oposição ao conservadorismo representado por Moscou. Mostrando-se tal como seus personagens mais marcantes: cindido.

Além disso, o livro expressa seu protesto contra a liberdade de expressão limitada da época. Dostoiévski não apenas denuncia os problemas sociais da Rússia, mas também lança luz sobre a doença moral e social que assola o país, pedido que os intelectuais sonhadores de sua época tentem colocar em prática as ideias que tanto defendem, mas que nunca saem do mundo da teoria enquanto, ironicamente, retorna à função de folhetinista para contar as novidades da cidade.

O livro ilustra a visão mordaz de Dostoiévski sobre a sociedade e sua busca implacável pela verdade, mesmo que esta seja desconfortável ou desagradável. "Como? Rir em nosso século, em nossa época, uma época inflexível..." ? essa frase encapsula a ironia e o desdém do autor pela superficialidade da sociedade em que vive. Em última análise, é uma obra atemporal (e MUITO subestimada) que nos confronta com as complexidades e contradições da condição humana, instigando-nos a questionar nossas próprias concepções de verdade e realidade.

?A hipocrisia, a dissimulação e a máscara ? são uma coisa detestável, concordo, mas se, no presente momento, todo mundo aparecesse como de fato é, pois juro que isso seria bem pior?.

Sinceramente tinha horas que não sabia se estava lendo sobre São Petersburgo ou sobre São Paulo. ?
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Vivi 05/01/2024

Lido ? Crônicas de Petersburgo / Fiódor Dostoiévski

Eu tive meus primeiros contatos com Dosto anos atrás através de trechos em alguns livros que já passaram por mim. Até que vieram algumas leituras de livros finos como Noites Brancas, Memórias do subsolo, Os irmãos Karamazov , Duas narrativas fantásticas e por fim a Biografia que esse último me fez surtar mais ainda com sua escrita. Através de sua escrita que por vezes parece tão ingênua esconde por trás as angústias do homem, seus sentimentos por que não dizer por essa linha várias análises psicológicas, sociais, culturais e até mesmo críticas carregada de um certo sarcasmo coisa que ele como ninguém faz como grande maestria. Conhecer esse seu lado com a crônica ou melhor matar um pouco a saudade desse seu lado tão perfeito . Como pode situações tão banais do cotidiano ele colocar tudo que já está tão habituado a fazer mas de maneira tão dinâmica com tanta vida e sua total realidade de fatos.
Que esse ano eu consiga em minha maratona diária encaixar mais obras desse homem tão incrível.
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clari70 31/12/2023

Crônicas de petersburgo
Nunca tinha lido dostoiévski e foi interessante ele descreve a sociedade daquela época de uma forma muito específica
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Lyvia 31/12/2023

Tive muitas dificuldades em acompanhar as linhas de raciocínio de Dostoiévski nessas crônicas. Uma deficiência minha de atenção para o modelo narrativo. A dificuldade de entender as referências explícitas e implícitas também "ajudou a atrapalhar". Sinto que perdi conteúdos riquíssimos por conta disso. Porém para os entusiastas do autor e da cidade, pode ser que seja uma ótima leitura.
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Aruana 28/12/2023

Crônicas de Petersburgo - F. Dostoievski
Gosto muito do gênero crônica, desde a adolescência é um dos meus preferidos, embora eu quase não leia mais esse formato. Adorei este livro, curto, fácil de ler, muito atual apesar de escrito há tanto tempo. Ainda não li nenhum livro de Dostoievski, e me atiçou o gosto de conhecer sua literatura.
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bongars 25/12/2023

Preciso reler
Um livro diferente dos que eu estou acostumado a ler do grande Dostô.
Sem dúvidas, esse clássico vale uma releitura.
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Karime 21/11/2023

Dostoiévski ?
Histórias curtas e uma narrativa que nós apresentar a escrita de Fiodo, tendo ele apenas 25 ao fundar um pequeno jornal com um grupo de amigos. As Crônicas uma boa porta de entrada para as obras do russo.

Livro rápido, fluido e bem detalhado, em contos que nos transportam para São Petesburgo e nos torna parte das histórias em meio aos cotidianos narrados.
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cherriesweet_ 14/11/2023

Tenho certeza que Dostoiévski seria fã da Lana Del Rey
A verdade é que eu estou totalmente obcecada pela produção literária de Dostoiévski desde que li "Noites Brancas" e não canso de me surpreender com a sua genialidade.

Adoro que nunca estou esperando, mas sempre aparece um trecho que me pega de jeito e aluga um triplex na minha cabeça.

Também não poupou elogios para a tradução e para a excelente edição produzida pela Editora 34.
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Invasão Bárbara 05/11/2023

Crônicas de Petersburgo
Já começa assim: “13 DE ABRIL DE 1847

Dizem que é primavera em Petersburgo. Mas será verdade? Aliás, é bem provável que seja. De fato, temos todos os indícios de primavera. Metade da cidade está com gripe, e a outra metade, ao menos constipada. Estes presentes da natureza nos deixam plenamente convencidos do seu renascimento. Pois bem, é primavera!”

Nesse livro estão reunidos cinco textos escritos pelo Dostoiévski entre Abril e Junho de 1847, falando sobre o que estava acontecendo naqueles dias em Petersburgo, capital da Rússia na época, e fazendo uma análise ácida da sociedade em que estava inserido. Além do texto de apresentação da revista cômica O Trocista, que foi barrada pela censura e nunca lançada.

Os escritos têm aquele jeito butequeiro do Gógol e do Puchkin de contar histórias, mais uns toques britânicos de como depreciar a própria cultura com charme e elegância. Por exemplo, num certo momento, o Dostoiévski comenta que a maior qualidade do povo russo é a capacidade de cumprir qualquer tipo de obrigação de má vontade e com desleixo. É disso para pior.

Na segunda ou terceira crônica, ele fala sobre os círculos sociais russos e as aberrações que esses grupos criam, em especial uma que o autor considera a mais detestável de todas: Segundo ele, de um vilão pode-se falar mal abertamente e sem culpa; o problema é quando surge gente sem atrativo, sem assunto interessante, e o pior, que age como se fosse nosso amigo de longa data no primeiro encontro, e não podemos falar o quanto odiamos a sua companhia porque essas são “as pessoas de bom coração”.

Ele também fala sobre as duas perguntas mais ofensivas e recorrentes que se ouve pelas ruas da cidade: “Mas que dia, hein?” (está quase sempre frio, nublado ou chovendo) e “Quais são as novidades?” (ninguém jamais tem algo de novo para contar em Petersburgo).

Ainda não tinha visto o Dostoiévski falando tão abertamente suas opiniões e nem fazia ideia desse humor mordaz que ele mostrou aqui, já que nos seus outros trabalhos essas críticas aparecem em doses pequenas para aliviar tensões ou diluídas ao longo das narrativas.

Ideal para ler na rua ou em viagens curtas.

site: https://www.instagram.com/invasao_barbara/
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Raissa 01/11/2023

Didático
Esse aqui foi bem melhor que o último. Mostra um Dostoiévski jovem começando a demonstrar os estilos que ele vai usar futuramente. Aqui se encontram algumas Crônicas que ele escreveu para O Trocista. Confesso que tenho mais preferência pra romances e contos, mas acabei gostando do livro, pela forma que o Dostô se expressa (dando aquele toque irônico de sempre).
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Thais645 12/10/2023

Várias histórias, um personagem Petersburgo
Este livro é um compilado de cônicas que era publicados em uma revista russa. Através desta podemos ver a um ponto de vista sobre as ?fases de Petersburgo? e como destoava dos russos e da própria Rússia. Petersburgo e um personagem de mil fases, a maioria hostil, é indiferente mais sempre presente. Como sempre Dostoiévski, Simplesmente arrasa, ótimo livro para intercalar com outro. Texto simples, simplesmente perfeito.
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Claudia.livros 08/10/2023

Me deliciei com esse livro! Foi diferente de tudo o que eu já li do Dostô, mas ao mesmo tempo encontrei reflexões que pareciam vir do meu querido Sr. Golyádkin.

De maneira sagaz ele nos apresenta Petersburgo, sua grande personagem. É sobre ela e seus habitantes que a leitura se desenrola. As descrições são irônicas e divertidas (adoro o humor russo ?). 

Recomendo fortemente esse livro, principalmente para quem quer iniciar a leitura de Dostoiévski. Leia também o Contos Reunidos, ambos da Editora 34. Não irá se arrepender. 

Essas crônicas foram publicadas em 1847 e só faltavam elas para eu dar prosseguimento ao meu projeto de leitura de Dostoiévski em ordem cronológica, com os romances e os contos (não está muito em ordem, na verdade, porque eu demorei para comprar esse livro e alguns outros escritos dele passaram na frente). 

Agora já posso seguir para outra fase da vida desse que é meu escritor favorito da vida, junto com Machado de Assis ??
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Icaro 16/09/2023

Gênio como sempre!
Mais uma publicação perfeita da Editora 34. Ainda no começo da carreira o autor tentou lançar um folhetim chamado O Trocista que foi barrado pela censura russa.

Essa publicação seria baseada em crônicas do dia a dia de São Petersburgo. Com a impossibilidade da publicação, muitas das crônicas serviram de inspiração para os livros que surgiram depois, inclusive com o aparecimento dos mesmos personagens.

Mais um livro genial do autor.
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