The Copenhagen Trilogy: Childhood; Youth; Dependency (English Edition)

The Copenhagen Trilogy: Childhood; Youth; Dependency (English Edition) Tove Ditlevsen




Resenhas -


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Jolie 10/06/2024

Trilogia de Copenhagen - Tove Ditlevsen
"Pela manhã havia esperança." Foi dessa maneira tocante que o livro começou. Amei a experiência dessa leitura.

Tove narra em uma autobiografia toda a sua vida, porém, a partir de um momento que parece estar desconectada de si mesmo. A narração está sempre no tempo presente e isso me chamou atenção porque me pareceu que ela estava, justamente, tentando se encontrar de alguma forma e se libertar da angústia que viveu em toda a sua vida, a qual somente a escrita não foi um método de fuga eficaz, e do entorpecimento, que foi a válvula de escape que encontrou para desligar-se de seus "problemas" de forma rápida, porém passageira.

Em alguns momentos, principalmente durante a infância e a juventude me identifiquei bastante com a Tove, principalmente no relato de seu desajuste em relação ao mundo que a cercava, sua extrema sensibilidade e o fato de ela não só sentir-se, mas ser apontada como alguém diferente, tentando ajustar-se ao mundo em que vivia, porém evitando (ou não podendo evitar) deixar sua individualidadede lado, no caso dela, a escrita. Triste ver que somente a escrita não foi capaz de desafogar toda a angústia que ela sentia e procurou (ou foi encontrada) por outra válvula de escape que a tirou de si mesma e acabou sendo uma solução "fácil", porém fatal.

Leitura dura porém gostei muito de conhecer a escrita da Tove e fiquei curiosa para ler outras coisas dela.
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Duda Garcia 04/06/2024

Terceira autobiografia do ano.
Todas bem leves graças a Deus.
Eu fiquei tão envolvida na vida dela!
É uma loucura como até mesmo por meio de uma AUTObiografia a gente só raspa a superfície. Nunca entenderemos como foi cada momento, sentimento e emoção que levam as pessoas a fazerem o que fazem. Mesmo que tão bem escrito como foi esse livro.
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Mariana.Patrus 24/05/2024

Corajoso e trágico
Duro, duríssimo! Especialmente a terceira parte, ?dependência? (adorei descobrir que em dinamarquês o título desse terceiro livro é ?gift?, que significa ao mesmo tempo ?tóxico? e ?casada?. Em português perdemos essa sutileza). De fato, é inevitável lembrar da Tetralogia Napolitana e da Annie Ernaux, acho que se encontram por narrar a condição feminina no século XX, por fazer isso de forma direta e por colocar a literatura no centro das vidas dessas mulheres. O relato da toxicodependência é brutal e cortante. Foi difícil terminar, fiquei muito tocada pela tragédia da vida dela, mas no fim fica a admiração por suas honestidade e coragem.
Max 25/05/2024minha estante
Ótima, resenha Mariana! ?




Dani 23/05/2024

Vi muita gente por aí falando que não vê sentido em ler relatos de pessoas que não conhecem. Sei! De repente ninguém curte fofoca. kkk Enfim, a hipocrisia.
Eu até entendendo, em parte, algumas justificativas do tipo, que a autora publicou muito além de sua própria auto-ficção, e é justamente a desgraceira da sua vida que é escolhido pelo mercado editorial. Mas quando digo em partes é só pelo fato que eu também gostaria de ler outras coisas da Tove.
Eu estou encantada em como ela organizou essa trilogia, na maneira como ela emociona, e como não deve ter sido fácil contar tudo o que ela conta aqui, sem floreios e freios.
É um livro que não esquecerei.
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Luache 16/05/2024

Trilogia
Três livros em um. Três que poderiam virar um. Um bom, um dispensável e o terceiro que concentra toda a história de uma vida morna, em que as emoções não têm emoção, em que os sentimentos parecem viver presos. E tudo isso em uma história verídica, com uma pessoa de verdade, que, no livro, é uma personagem tão estranha, que nunca cheguei a compreender de verdade. A infância pobre na Dinamarca, a adolescência da menina feia que casa cedo com um cara muito mais velho, e se relaciona com vários (sem me parecer gostar de nenhum), e a dependência de um homem e do que ele lhe proporciona, talvez a única emoção real, o único deleite que ela, de fato, experimentou na vida.
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Vanessa 06/05/2024

Cara, que vida! que autobiografia!

só não foi 5 estrelas porque me perdi um pouco ente a infância e juventude mas, nossa, a dependência eu li em um tapa. tô ainda processando quantas vidas a tove viveu e a capacidade dessa mulher de narrar o cotidiano e me acabar com uma única frase no meio de um blocão de texto, como que podeeee
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Let Carvalho 27/04/2024

Foi incrível acompanhar a vida da Tove. Ri muito e tmb sofri ao ver as coisas que ela passou na sua jornada.
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DêlaMartins 17/04/2024

Quando li que Tove Ditlevsen pode ser vista como precursora de Annie Ernaux e Elena Ferrante, adiei a leitura porque pouco simpatizo com os livros da francesa e me cansei dos livros da italiana. Mas, diante de tantas boas críticas e resenhas, li e gostei muito da forma crua, simples e direta com que Tove conta sua vida desde a infância pobre num bairro operário, passando pela juventude cheia de sonhos e aventuras, até chegar à vida adulta e à sua dependência química. Tudo se passa em Copenhague, na Dinamarca e, desde pequena, ela só quer uma coisa: ser escritora.

Na infância e adolescência, ela escreve poesias que não retratam sua vida, parecem ter sido escritas por uma adulta. Tove é vista como diferente, pouco se encaixa. Na juventude, ela começa a trabalhar em diferentes e desinteressantes lugares, tem aventuras amorosas a todo momento, sempre escrevendo e buscando a publicação de um livro. Ela consegue publicar seu 1o. livro com 22 anos. Já na vida adulta, encontra sucesso e reconhecimento, tem diferentes casamentos (4!) e se afunda no consumo de opióides, chegando a pesar 30kg, sem conseguir andar.

A leitura foi rápida, devorei o livro. São muitos nomes nas diferentes fases, muitas histórias, mas não me perdi nem me desinteressei. Tove me pareceu uma mulher egoísta e infeliz, que usa as pessoas para alcançar seus objetivos. É fria, fechada e, mesmo sendo solitária, é capaz de sair facilmente da vida de algumas pessoas. Uma criança que sonhava, uma jovem que lutava, uma adulta sem rumo. Tove se suicidou em 1976, overdose.

Gostaria de ler outros livros dela. Recomendo.
Débora 18/04/2024minha estante
Amei sua resenha, Ângela! Me fez querer mais ainda ler esse livro!??


DêlaMartins 18/04/2024minha estante
Eu gostei muito do livro. Tomara que vc tb curta.


Débora 18/04/2024minha estante
Obrigada, Ângela querida!




Patricia Pietro 14/04/2024

"Pela manhã havia esperança". O livro começa com a Tove narrando, de uma forma muito bonita, um momento a sós com a mãe dela, na mesa do café, quando ela ainda era criança. Julgando só pelo trecho inicial achei que poderia se tornar um favorito. Mas, infelizmente, o livro ficou bem aquém das minhas expectativas.

Gostei muito da estética narrativa do primeiro e do segundo volume. É o que mais se destaca, porque não há muitos momentos significativos. Mas ela narra os poucos que tem de uma forma muito bem trabalhada e agradável de ler.

Já o terceiro volume contrasta com os dois primeiros. Acontecem muitas coisas (ruins, em sua maioria) e a narrativa é mais simples, mas um pouco angustiante. Essa parte eu li mais rápido, porque queria saber logo como tudo iria terminar.

Mas, como um todo, é um livro meio sem graça. Não tem nada de mais nele. Apesar de ter gostado bastante da escrita da Tove, ela viveu uma vida comum. São vários os capítulos em que ela narra coisas absolutamente cotidianas. A infância pobre, o trabalho desde muito nova como empregada e em escritórios, as saídas noturnas com a amiga, os relacionamentos fracassados.

Além disso, não acho que ela seja uma personalidade inspiradora. Ela era egoísta e se desfazia das pessoas quando não precisava mais delas. Traía os maridos com naturalidade, cuidava bem pouco dos filhos, sendo a babá a figura materna deles. Com uma guerra mundial acontecendo, sua maior preocupação era se seu livro de poemas ainda seria publicado pela editora. Apesar de tudo, talvez eu ainda leia alguma obra de ficção dela futuramente, pois sua escrita é realmente muito bonita.
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Leonardo Bezerra 10/04/2024

Não me conectei o suficiente com o livro, embora ele seja muito bem escrito. A parte que mais me fisgou foi a da Dependência, mas as outras duas me instigaram bem pouco.
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Max 08/04/2024

Copenhague...
Ler é viver mil vidas, sim, eu sei que é uma máxima, mas que encaixa perfeitamente aqui. A forma intimista, espontânea e muito original de falar sobre si mesma é tocante, nos enlaça. Dividido em três partes, a primeira se vive uma vida muito humilde, de sobrevivência, é tão pouco que nem dá para sonhar, para ver sentido na vida. Na parte seguinte, com um pouco mais de entendimento, vive-se de sonhar, mas sonhar tão pequeno que de um pedacinho de um nada, se encontra a felicidade. Na última parte, tendo o tudo, perde-se a felicidade, perde-se a si mesma. O que estou falando aqui é de coisas muito singelas, que não se materializam de tão impalpáveis, o atar de mãos, o olhar profundo, um bem querer. Aquilo que tendo, negligentes que somos, vão se tornando intangíveis, até se esvair entre os dedos...
Ah, se de fato pudéssemos viver mil vidas, juro, faria melhor, faria mais...
A melhor leitura que fiz esse ano!
Super recomendo!
Regis 10/04/2024minha estante
Que resenha linda, Max, amei! ???


Max 10/04/2024minha estante
Obrigado, Regis!? Sua generosidade espanta-me!?


Max 10/04/2024minha estante
??


Regis 10/04/2024minha estante
Sua capacidade de dizer muito com poucas palavras me cativa, então não se espante, adoro conhecer livros novos através de suas resenhas. ??


Fabio.Nunes 11/04/2024minha estante
Emocionante meu amigo. Eu já ia ler esse livro, agora então ele subiu na fila


Max 11/04/2024minha estante
Obrigado, Fabio! Leia!?




Mariana 07/04/2024

Corajoso!
Esse livro me revirou por dentro! Lia sem conseguir acreditar que aqueles relatos eram reais, que a escritora teve a coragem de escancarar a sua vida para o mundo.

Nessa trilogia corajosamente autobiográfica, Tove Ditlevsen narra, em primeira pessoa, suas experiências, desde a infância, num bairro humilde de Copenhagen, até a fase adulta, quando virou uma escritora conhecida.

Desde criança, o sonho de Tove era ser uma poeta. Escrever e publicar seus escritos tornou-se uma obsessão, uma verdadeira força motriz que era maior do que qualquer outra motivação.

Nesses três volumes (originalmente são livros avulsos) você vai encontrar muitos dos temas abordados por Elena Ferrante e Annie Ernaux. Assim como a vencedora do Nobel, a escritora dinamarquesa transformou a própria experiência em linguagem.

A autora nos nos conta, com uma franqueza crua, sem qualquer tipo de pudor ou pedido de indulgência, sobre seus desejos e aspirações, conquistas, atitudes vis e egoístas e as experiências mais traumáticas por ela vivenciadas.

Eu fiquei completamente embasbacada com o que li, doida para conhecer mais sobre Tove e entender se ela nos entrega tudo, numa crueza chocante, para que a julguemos como quisermos, como uma forma de se punir ou se simplesmente era fria ao ponto de realmente não se constranger com as suas palavras.

Muito me impressionou o fato de que a escritora nasceu em 1917 e essa obra foi publicada na década de 50 (salvo engano!), período em que temas como perda da infância, iniciação sexual, aborto, divórcio e carreira feminina eram completamente reprimidos pela sociedade.

Não vou adentrar em nenhuma passagem específica da história para não estragar a experiência literária de ninguém e também porque ainda não consegui digerir tudo o que li.

Deixo aqui o meu super agradecimento à Companhia das Letras por ter me enviado essa preciosidade, ao tempo que torço para que publiquem a obra inteira de Tove Ditlevsen, essa mulher disruptiva que não pede redenção.

Que livro! Leiam!

Comento sobre as minhas leituras no @55paginas! :)

https://www.instagram.com/55paginas?igsh=b3MyYTd3ZmxhN3Q5&utm_source=qr
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Eduardo Vainer 17/03/2024

Que talento em descrever de uma maneira tão franca sua vivência, fragilidades, sofrimentos. Uma livro soberbo. A última parte me deixou condoído.
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alineaimee 14/03/2024

Devastador
Relato subjetivo:
Foi uma leitura que me prendeu e que fluiu muito bem. Autobiográfico, o livro trata da busca por Tove de se estabelecer como escritora sendo pobre, e, posteriormente, da fase de sua dependência em remédios.
A vida da mulher vai ladeira abaixo.
A gente percebe como alguém pode se acabar estando ótima, como a roda da fortuna pode dar a maior das rasteiras.
Dividido em três partes, o livro foi devorado nas duas primeiras. Li com muito interesse.
A última parte foi desesperadora e me deixou arrasada.
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Alexandra 26/02/2024

Sensibilidade e emoção
Escrita delicada e sensível, com enredo que apresenta um ritmo próprio e coerente com a história de vida da autora. Daquelas leituras que emocionam de verdade. Gostei muito!
Carolina.Gomes 02/03/2024minha estante
Já quero




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