Marco Polo

Marco Polo Keith Miles...




Resenhas - Marco Polo


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Cílio Lindemberg 30/12/2020

Eu, descobrindo Marco Polo
BUTLER, David; MILES, Keith. Marco Polo... et Venise découvrit l’Orient. Tradução: Simonne Huinh. Paris: Le Livre de Poche, 1983. 544 p.

Baseado numa série de TV dos anos 80 e escrito em parceria com um de seus roteiristas, Marco Polo conta a história de um explorador e mercador italiano, que realmente existiu (1254-1324) e cujas explorações no oriente (ou na Ásia) foram muito significantes para a época onde viveu tanto para benefício italiano quanto para o proveito chinês durante o que costumava ser conhecido como ‘a rota da seda’, uma rede de comércio que ligava o leste ao oeste e funcionava como um centro econômico, cultural (linguístico também) e político entre os povos do oeste europeu ao leste asiático.

Em sua época, Marco Polo foi de grande importância para expansão, conquista e exploração conduzida pelo império mongol, cujo governante, Kubilay Khan (1215-1294), designou Marco como emissário de relações estrangeiras e o enviou para inúmeras missões diplomáticas, graças à inteligência e à humildade que o imperador observou nele. Esse romance, então, assim como a série, faz esse apanhado do todo vivido por Marco desde sua infância em Veneza, criado pelos tios após a morte de sua mãe, seguindo pelo primeiro encontro com seu pai, passando por sua visita pelos desconhecidos países e perigos através da rota da seda até seu encontro e permanência no império do Khan.

Narrado em terceira pessoa, inclusive pelo próprio protagonista, Marco Polo conta com uma série de crônicas de viagem baseadas nas próprias feitas pelo explorador veneziano, com direito a todo um retrato político-cultural da Ásia, até então desconhecida pela Europa. Então, contatos interculturais são descritos, bem como a consequência destes em meio aos conflitos da época e o jogo de interesses comerciais. O inesperado e a incerteza são elementos constantes quando da ida em busca por descobertas, e esse romance trata muito disso: de ir ver com seus próprios olhos, de aprender e ensinar, bem como de continuar buscando sempre, procurando encontrar o sentido da vida, ao mesmo tempo em que coleciona/renova o conhecimento que as experiências nos possibilitam. E é incrível como, às vezes, alguns livros vêm para contradizer tudo que está sendo dito bem ao nosso redor, ou ainda mais que somente isso: para que nós constantemente mudemos/revejamos quem nos cerca, quem nos acrescenta, quem nos faz bem, e que os nossos sonhos são maiores, melhores e mais próximos quando nós temos, de fato, pessoas que nos incentivem a buscá-los/vivê-los.
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