O mito da felicidade

O mito da felicidade Jennifer Michael Hecht




Resenhas - O mito da felicidade


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Fernanda Araújo 03/09/2021

[RESENHA] - O mito da felicidade
Por definição, o mito é algo imaginário criado ao longo do tempo, baseado em histórias fictícias criadas para explicar as coisas. Assim, pode-se dizer que “o mito da felicidade” é um condensado de histórias e experimentos diversos, reunidos em conceitos pontuais (a depender de cada cultura) para criar nas pessoas a sensação de que elas são felizes.
Mas o que é felicidade? Os dicionários a definem como uma sensação de alegria, satisfação, contentamento. Ou seja, é algo que independe de regras, de estereótipos, de um caminho a ser seguido.
Em seu livro “O mito da felicidade” a autora Jennifer Michael Hecht busca mostrar como as culturas influenciam nossas vidas e, consequentemente, nossa ideia do que seja felicidade. Existem diversos exemplos ao longo da obra apontando para as várias faces da felicidade e os choques de crenças presentes no mundo.
Para Hecht, a felicidade está baseada essencialmente em três pilares: ter um bom dia, reunir estados de euforia e, por fim, uma vida feliz. Na concepção da autora, a teoria da felicidade está fundamentada em quatro doutrinas.
A primeira delas é o “conheça-te a ti mesmo”. Uma doutrina de autoconhecimento onde você deve buscar saber quem você é e em que você acredita e apegando-se a isso, aprender a gostar-se de si mesmo, a ter prazer em estar unicamente em sua companhia.
A segunda doutrina fala sobre controlar os seus desejos. O domínio do autocontrole é uma virtude na vida. Você pode sim (e é recomendável) que tenha prazeres na vida, mas deve ceder a esses desejos apenas quando for possível controlá-los a qualquer tempo.
A autorrealização é a terceira doutrina da felicidade. Nela a regra é “pegar o que é seu”, ou seja, aceitar-se a si mesmo independente da situação em que se encontra, aceitar as mudanças que ocorrem o tempo todo na vida e jamais querer imitar os outros por pensar que a vida deles é mais feliz que a sua.
Por fim, a quarta doutrina: lembre-se da morte. Convivemos com a morte todos os dias: a carne que nos alimenta, a planta que precisou ser ceifada da terra, desconhecidos ou amigos que morrem todos os dias, enfim. Consideramos a morte como algo distante de nós, e que não precisa se lembrado, mas o simples fato de alguém passar pela experiência de quase morrer, já é suficiente para fazer alguma espécie de lavagem cerebral na pessoa que, ao ter uma nova oportunidade na vida (se é que podemos chamar assim), o sujeito retorna com uma sede de viver e imensa gratidão por cada dia em que ele amanhece vivo, porque ele lembrou da morte que esteve frente a frente com ele. Por isso, é preciso lembrar da morte para que saibamos aproveitar a vida.
Embasada nessas quatro doutrinas de felicidade, Hecht discorre sobre diversos assuntos em seu livro como dinheiro, sexo, drogas, fama, celebrações e como somos extremamente influenciados pelos mitos criados em cada um desses assuntos, determinando o que nos faz ou não felizes e moldando os caminhos que muitas vezes decidimos seguir.
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