Resenhas - Parágrafos fúnebres

Van Jales 13/06/2023

Memórias fúnebres
A narrativa de Joaquim me fez pensar em algo que passou pela minha cabeça, porém não cheguei a raciocinar conscientemente, que foi a pandemia no presídio, pequenos trechos narrados que nos indigna e apavora... A solidão os leva a cair no seu mais profundo interior. Curti a leitura.

Lui 24/11/2022

Simples e eficaz
Um bom exemplo de que um livro não precisa ser enorme pra se bom. Não é preciso se demorar em palavras desnecessárias para se contar uma história boa e marcante. De leitura rápida e fácil, mas muito boa e envolvente, a narrativa se faz por meio de cartas de um presidiário a sua mãe durante os primeiros meses da pandemia de covid-19. Um relato que enfatiza as péssimas conduções dos presidiários em cárcere no Brasil e como essa situação, que já é precária, ficou ainda pior por conta da doença. "Estamos todos no mesmo barco", diz o diretor do presídio; mas enquanto uns estão seguros dentro das cabines, outros sofrem no convés durante a tempestade.

p4ndor1 09/11/2022

Perfeito!
Li em uma "sentada" e vivi s emoçoes descritas pelo personagem Joaquim. Me arrepiei com diversas passagens e deixo aqui minha frase preferida: "Nós somos as frutas apodrecidas de uma sociedade doente"

César Augusto 15/02/2022

Breve e trágico
Preso há dez anos por diversos crimes, Joaquim descobre o mundo da literatura com a ajuda de seu companheiro de cela, o sexagenário Juarez, e inicia um breve relato de sua rotina na cadeia, dirigido à sua mãe Maria e ao filho Miguel, agora um adolescente, contando sua rotina suja e violenta, a qual começa a ser agravada pela epidemia provocada pelo novo coronavirus. Enquanto a doença chega e leva aos poucos os detentos, Joaquim se propõe reflexões que tornam a prisão um microcosmo das injustiças, violências e desigualdades que estão além dos seus muros. Trata-se de um curto mas intenso relato num momento dramático e sem esperanças, uma história em que podemos facilmente nos enxergarmos.