Resenhas - Pachinko

@talytadesousa 20/11/2021

Obra-prima
Demorei quase 3 meses lendo esse livro, mas valeu tanto a pena... Terminei ele agora e estou com um nó na garganta, triste com alguns detalhes da história e feliz por ter tido essa experiência.

Nunca um livro me ensinou tanto. Foi incrível aprender através dele sobre a cultura coreana e sobre os coreanos no Japão. Foi incrível ver a evolução de uma família por gerações. Eu não sei nem o que falar desse livro, só dizer que amei e com certeza é um dos meus favoritos da vida!!!!

Hayra.Oliveira 14/10/2020

"O destino de um mulher é sofrer"
Talvez eu seja suspeita para falar desse livro, pois eu particularmente amo dramas históricos que retratem a saga de famílias, principalmente retratando culturas diferentes e com mulheres fortes sendo protagonistas.

Pachinko é um livro escrito por Min Jin Lee que reúne todos esses elementos e muito mais. Essa obra nos faz mergulhar no universo da cultura coreana e japonesa durante os períodos difíceis da guerra e colonização japonesa, além de ser um retrato muito profundo sobre a situação de imigrantes, que precisam aprender a conviver com o preconceito e a dificuldade de se encaixar em um país e definir a sua própria pátria.

Gostei do livro, e apesar da dificuldade em entender algumas expressões em japonês/coreano, a autora consegue instigar o leitor a conhecer e entender um pouco mais sobre essa cultura tão rica e diferente da nossa.

Ulisses San 07/02/2024

Em busca da Dignidade
O que dizer sobre esse livro... Uma jornada incrível da personagem principal, Sunja Baek, desce seu nascimento até sua velhice (73).
A história conta os dramas vividos por Sunja e todos que passaram por sua vida de modo direto e alguns indiretos.
Com o pano de fundo a segunda guerra mundial, a ocupação japonesa na Coreia e a incrível descriminação dos japoneses aos coreanos.

O enredo é divido em três partes, a primeira se passando pelos anos de 1910 a 1932 contando a história dos pais de Sunja até os seus dezesseis anos e seu envolvimento amoroso com um comerciante que posteriormente este fato foi o responsável por todos os eventos descritos no livro.

A segunda parte se passa no Japão, onde os dilemas, dificuldades, provações, guerra, superações e união se afloram. Personagens importantes são incrementados e desenvolvidos.

A terceira parte se passa entre os anos de 1970 a 1989 e adquire um tom mais reflexivo, pois Sunja já se encontra mais velha com filhos e netos, uma montanha de emoções ocasiona neste trecho com alegrias e tragédias na vida de Sunja.

O livro passa várias mensagens importantes, como superação, perseverança, força, união familiar mesmo dando os percalços da vida, preconceito sobre etnias, xenofobia dos japoneses e relacionamento entre pessoas.

A história de Min Jin Lee poderia ser de qualquer jovem, que procura uma vida mais tranquila e segura, mas também em busca de respeito, direitos básicos e a oportunidade de viverem com dignidade.
Spoiler: É um livro que precisa de lenços

Liverei 10/03/2021

Posso com certeza afirmar que esse é um dos melhores livros da minha vida. A partir de hoje sempre que me pedirem uma indicação de livro, indicarei Pachinko.
A história desse livro é sensacional e não tenho nem palavras para descrever. Começa no ano de 1910 e termina em 1989, assim podemos conhecer 5 gerações de uma família e todas as dificuldades que eles enfrentaram na Coreia/Japão.
Apenas leiam, não irão se arrepender.

Juliana 31/01/2022

Tocante e sensível
Que história forte! Você começa a ler e não consegue parar. Impossível não se apegar aos personagens (e foi justamente aí que o livro me perdeu um pouco). Eu fiquei tão fascinada pela história dos personagens principais que, lá depois da metade, rumo ao final, quando vários outros personagens são inseridos de forma rápida, perdi um pouco o interesse porque queria saber mais dos outros personagens. Mas isso não estragou a experiência, o final é tocante e muito sensível, não tem como não se emocionar. E a escrita da autora, incrível, incrível! ?

Cintia295 02/05/2021

Queria tanto saber expressar e por em palavras tudo o que senti lendo esse livro, mas sei que não irei conseguir. Pois é um livro de uma carga emocional psicológica, até mesmo física bem grande.
O aprendizado dessa obra foi gigantesca, a fluidez sem tamanho.
O livro começa em 1910 e vai até 1989 ou seja conhecemos várias gerações, pessoas incríveis batalhadores, que sofreram muito, mas sempre unidos.
Mas vamos dar maior ênfase nas mulheres dessa obra, sem palavras para descreve-las, guerreiras, batalhadoras, trabalhadoras, muito a frente do seu tempo, sempre pensando no bem estar dos filhos, maridos, da casa, dos empregos, dos seus proprios negócios, da família no geral. Sempre unidas podiam contar uma com a outra.
Uma mãe que sempre quis o bem de sua filha, que estava grávida de um "crapula".
A filha quando cresce se torna uma mulher exemplar que faz tudo pelo seus filhos.
A cunhada que sempre estava ali para ajudar no que fosse preciso e até mesmo cuidar de doentes.
Algumas vezes ou a maioria das vezes se esqueciam até de si mesmas para o bem estar de quem estava próximo.
Os homens trabalhadores faziam o que podiam para ajudar em casa mas seus fins alguns trágicos.
Só fui descobrir o significado de Pachinko no livro e foi bem interessante.
Enfim um livro triste, comovente, lindo, superação, que recomendo muito.

Carol 25/11/2020

Pachinko é um romance histórico onde acompanhamos uma família por algumas gerações e nos aprofundamos na cultura oriental.
Achei muito interessante conhecer mais sobre o contexto histórico da guerra na Ásia, como os coreanos foram colonizados pelos japoneses em seu próprio país e eram imigrantes indesejados no Japão, e por conta disso, os personagens desse livro estão sempre em busca de entender o seu lugar no mundo.
A narrativa possui muitos saltos temporais e conhecemos como cada momento histórico (colonização, Segunda Guerra Mundial e a guerra da Coreia) influencia na vida dos personagens.
Entretanto, apenas entendemos o nome do livro e como os pachinkos são a parte central da história que divide a vida dos personagens, mais ou menos na metade dele.

AnaJu 25/07/2021

Uma das melhores leituras desse ano?
Pachinko é um livro envolvente, narra a trajetória de uma família coreana ao longo do tempo e em uma terra desconhecida, enfrentando a pobreza, o preconceito e as adversidades históricas a família tenta vencer. Vemos que apesar de todas as baixas perspectivas Sunja uma mulher coreana que engravida jovem de um forasteiro consegue vencer e através de seu trabalho cria 2 filhos completamente diferentes que vivem suas próprias lutas com o fato de serem coreanos em um país que deixa bem claro que não os quer ali. Esse livro me impactou muito e com certeza recomendo a leitura.

Roberta Silva 27/03/2021

Pachinko
a obra retrata a vida de uma família de imigrantes coreanos que luta para superar as injustiças e ganhar seu espaço em um país que rejeita sua humanidade.
mesmo que seja uma leitura densa, a história é recompensadora. Intensa, cruel, mas esperançosa ao mesmo tempo.
Com certeza, a questão da colonização da Coreia pelo Japão é o ponto alto explorado pela autora, o que interfere na vida de todos os personagens. E depois vem a Guerra, e conseguimos ver como era esse momento vivido lá no Japão e na Coreia. 
E tudo isso ajuda a moldar a história da autora. De certa forma, a guerra, a colonização, o preconceito, o orgulho e o patriotismo influenciam na vida de todos os personagens de diferentes formas. E com isso, mudam as perspectivas de cada para o futuro. Sunja, por exemplo, não é aquela mesma pessoa que era quando engravidou, no fim da história. Ela mantém suas ?raízes?, mas é uma outra pessoa. Suas dores e suas conquistas a transformaram.
Provavelmente, a melhor palavra para descrever esse livro seja ?intenso?. É uma viagem ao século 20, no Japão e na Coreia, com todas as características desses países, culturais ou políticas.

Carolina.Gomes 30/04/2021

Pachinko Hype
Esse livro narra a saga de uma geração de coreanos vivendo no Japão, desde o inicio do sec XX até a década de 80.

A autora aborda temas importantes como xenofobia, noção de pátria, família e pertencimento.

Foi interessante conhecer a história sob a perspectiva dos coreanos.

Eu gostei da primeira parte, mas no decorrer da segunda, a narrativa perdeu a força.

Os diálogos simples e os saltos, na narrativa, fizeram com que eu perdesse o ritmo e me desinteressasse da leitura.

Achei os personagens inexpressivos e, nem mesmo Sunja, mantem o protagonismo promissor do inicio da trama.

É um bom enredo com uma narrativa que não me agradou.

@somegood.books 13/01/2023

Maravilhoso e doloroso em igual medida
Pachinko traz o que eu mais estimo na leitura: novas perspectivas. Eu acredito, a cada dia mais firmemente, que o mundo muda quando a gente muda e que histórias como essa são essenciais pra isso.

É impossível sairmos os mesmos depois de conhecer a trajetória de Sunja e de sua família. O pouco ganha o seu valor inestimável e a resiliência chega a níveis que eu confesso não acreditar que fossem possíveis nas mãos dessas pessoas honestas e perseverantes.

Diante de uma Coreia colonizada e subjugada pelo Japão, eles resistiram. Diante de uma guerra mundial em que o Japão, sua nova pátria mãe, mas nunca gentil, sai arrasado, eles resistiram. Diante da intolerância, da perseguição, da violência, da fome, da falta de perspectivas e de tantas outras dificuldades, eles resistiram e construíram seus próprios caminhos para seguir em frente.

Sem nunca olhar pra trás, sem nunca responder com a mesma crueldade com a qual eram tratados. E vão continuar resistindo no meu imaginário, porque Sunja e todos os outros personagens que me ensinaram o que a resiliência pode construir, vão continuar me acompanhando e me inspirando para sempre.?

Para retomar o hábito da leitura, para aprender um pouco sobre um período histórico pouco lembrado, sobre as relações entre japoneses e coreanos e também para exercitar a empatia, #Pachinko é o livro ideal. Super indico.

@thereader2408 08/08/2022

A história de resitência de quatro gerações de uma família coreana
A expansão colonial do Japão aconteceu entre 1895 a 1945, o objetivo do país era se equiparar às grandes potências da época. O Japão anexou a Coreia entre 1910 e 1945 e invadiu a China várias vezes. O saldo desses conflitos são as tensões centenárias que ocorrem nessa região até hoje, e isso será muito bem explorado no livro "Pachinko" de Min Jin Lee.

Pachinko vai mostrar a saga de uma família coreana no Japão em um período de mais ou menos 80 anos (1910-1989) abrangendo 4 gerações de da família. Mesmo que ao longo da história sejamos apresentados a inúmeros personagens, todos eles de alguma forma, estão ligados ao personagem "Sunja"(2ª geração). Digamos que ela é a viga que dará sustentação à estrutura familiar.

É muito difícil não se apegar ao drama que veremos ao longo das páginas, tendo como pano de fundo vários conflitos históricos (Guerra Pacífico-Asiática, as Grandes Guerras Mundiais, Guerra da Coréia, Guerra Fria...), mas o foco mesmo será na sobrevivência da família de Sunja e a relação da família com o Pachinko, que é uma espécie de jogo de azar feito em máquinas parecidas com as de pinball e slot machine. Os salões de pachinko foram muito importantes para os coreanos no Japão.

A autora levou quase 30 anos para elaborar o livro, ela fez uma longa pesquisa e inúmeras entrevistas com coreanos que saíram da Coreia (quando ainda era um só país) e imigraram para o Japão. Para os japoneses, os imigrantes coreanos eram cidadãos de segunda classes e para os coreanos que ficaram na coreia, eles eram traidores. A questão da identidade é latente na história e isso fica nítido quando conhecemos a 3a geração da família com os personagens Noa e Mozasu.

O livro inteiro é um mergulho na cultura coreana e a relação destes com os japoneses, a sua história de resistência e sobrevivência, além da reflexão profunda sobre questões identitárias. O livro nos dá uma perspectiva diferenciada de um período histórico muito complicado para humanidade, visto que normalmente temos uma visão eurocêntrica dos conflitos do século XIX. Pachinko é uma oportunidade incrível para ampliar nossos conhecimentos e entender um pouco mais sobre a cultura oriental.

@thereader2408

babi 08/04/2021

5 estrelas e muitos corações!
comprei esse livro certamente pelo hype! algumas pessoas que eu conheço comentaram sobre, fiquei com um pouco de medo de não me conectar por serem temas que eu não tenho muito contato nas minhas leituras. nunca tive muito contato com a cultura japonesa-coreana, mas esse livro me surpreendeu. aprendi muito com essa leitura, não fazia ideia da situação dos coreanos no japão e como a sociedade vai moldando os esteriótipos, é difícil se encaixar. a história te prende, você sente pelos personagens. MIN JIN LEE FEZ TUDO AQUI! ? com certeza top 5 de leituras de 2021! chorei, me emocionei e aprendi muito com esse livro.

leiam pachinko, apenas

Nati Sampaio 27/04/2023

Terminei o livro com lágrimas nos olhos, meio derrotada e meio sem rumo. Vou sentir uma falta enorme desse livro e de todos os personagens.
O livro fala sobre pátria, pertencimento, reconhecimento, valores, família, solidão, preconceitos, maternidade, doação? E fala de todas essas coisas de forma muito bonita, contando uma história de uma família coreana extremamente forte, com mulheres incríveis e corajosas. Nada seria da família se não fossem pelas mulheres.
É um livro e tanto, e recomendo fortemente.

Lira18 23/03/2022

A história não foi justa
São tantas camadas, nuances e capítulos que é impossível tentar escrever sobre Pachinko.

É uma verdadeira saga, essa leitura. Apesar de grande, a história tem uma narrativa fluída e você se apega a cada um dos personagens. Interessante, deles, é que nenhum é completamente bom ou totalmente ruim: eles são humanos.

Mas, sobretudo, como a história da humanidade é triste e como a realidade da pessoa que é pobre sempre esteve fadada à crueldade.