A floresta

A floresta Daniel Gruber




Resenhas - A floresta


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jvictor.rc 30/04/2024

Original e envolvente
Conheci a escrita de Daniel Gruber ao ler "O Novo Horror", e devo admitir que foi um dos raros pontos positivos da antologia, pelo menos na minha opinião. No entanto, despertou em mim um interesse ávido em explorar mais do universo criativo desse autor – "A Floresta" foi uma calorosa boas-vindas.

A obra se destaca por sua escrita envolvente, uma trama intrigante e um ritmo natural que facilmente faz com que se perca a noção do tempo durante a leitura. Os personagens desempenham papéis cruciais, graças ao excelente desenvolvimento de suas personalidades, culminando em um desfecho de tirar o fôlego.

Porém, a história poderia fluir ainda mais suavemente se o autor diminuísse um pouco o uso de adjetivos, percebi uma certa fadiga durante a leitura, especialmente no final do livro.

Estou ansioso para conhecer suas próximas obras.
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Manoel.Ramalho 20/03/2024

Fabuloso...
Muito feliz com minhas escolhas literárias. Um suspense melhor que o outro, e a melhor parte: obras brasileiras. Esta obra, um terror que não deixa nada a desejar diante grandes clássicos do gênero, simplesmente não nos permite parar de ler... e quantas surpresas aguardam o leitor até as últimas páginas? Leia e descubra...
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Brunna158 01/01/2024

Pq nós mulheres meio bruxas
A atmosfera desse livro é assustadoramente imersiva. mesmo o livro sendo mega corrido, você pega a narrativa e não consegue largar mais.

é violento na medida certa, blasfemo na medida certa e FEMINISTA na medida certa (apesar de eu achar que matou pouco homem)

é um livro divertido. não gostei do final, mas não deixa de ser um bom livro
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Ismael.Chaves 17/10/2023

O terror que habita a floresta
“Nas terras frias e desoladas do Sul do Brasil, no final do século 19, Anna Schutz, a jovem filha de um pastor, é obrigada a abandonar seu sonho de ser escritora para se casar com um homem rude e violento. Sozinha na vastidão da mata e cercada por uma presença antiga que se esconde no fundo das árvores, ela conhece a misteriosa e decidida Mathilde, envolvendo-se num ritual que a levará para o canto mais profundo de si mesma.”

Essa é a sinopse de "A Floresta", terceiro livro do escritor gaúcho Daniel Gruber, e o primeiro de sua carreira a abordar a temática do terror.

Partindo de suas pesquisas para a tese de doutorado em Escrita Criativa, Daniel se deparou com relatos assombrosos acerca de bruxas brasileiras nos séculos 17-19. Mas o mais perturbador disso tudo é traçar um paralelo, 200 anos depois, com a atual situação socio-política e perceber o quanto esse terror é real e assombra milhares de mulheres pelo Brasil todo até os dias de hoje.

Vivendo em uma colônia alemã na Serra gaúcha, Daniel utiliza-se deste espaço e de seu rico folclore para construir uma narrativa crível e perturbadora, ao mesmo tempo em que apresenta temas indigestos, mas importantes, como violência doméstica e intolerância religiosa.

Não se engane. Por trás de monstros na floresta e rituais demoníacos, o autor deixa explícita sua mensagem: ser parte de um determinado grupo social ou biológico, pode ser muito mais assustador do que seres imaginários.

Anna, assim como muitas mulheres de antes e de hoje, vivem um verdadeiro inferno na terra, ao verem seus sonhos e direitos reprimidos por convenções baseadas em princípios religiosos e um patriarcalismo ultrapassado, que vêem no medo uma arma física, psicológica e espiritual para garantir e justificar todo tipo de abuso e terror, em nome da “moral e bons costumes”.

Os homens, neste livro, agem como lobos ferozes, sedentos de luxúria e autoridade, que não pensam duas vezes em esmagar e “devorar” os sonhos, a esperança e a própria existência de Anna, como mulher e ser humano. Obras transmídias como "O Homem Invisível" e "Bom Dia, Verônica" já nos mostraram todo o horror advindo de relacionamentos abusivos, e A Floresta não poupa palavras para descrever todo o medo, angústia, desespero e raiva que o trio Anna, Johannes e Mathias nos fazem sentir.

Outro ponto que chama muito a atenção é a inserção, na narrativa, de elementos que dialogam com os contos de fadas.

Para muitos, isso pode parecer incoerente com um livro de horror, mas, como o pesquisador Alexander Meireles da Silva nos lembra: “os irmãos Grimm desenvolveram suas histórias a partir dos registros de narrativas alemãs coletados em meio a camponeses, pequenos comerciantes e outras pessoas de origem simples no campo e na cidade. (…) Inicialmente a obra era voltada para o público adulto em virtude da presença de elementos grotescos, violentos e de forte teor sexual, remetendo a sua origem no meio popular.”

Dois irmãos enfrentando uma bruxa maligna, um lobo à espreita na floresta, um caçador misterioso… É justamente essa intertextualidade que nos absorve para dentro desse universo, cercado de florestas escuras, superstições antigas e o medo do desconhecido, e nos permite identificar onde o verdadeiro mal se esconde. Afinal, nessa atmosfera de opressão e loucura, a catarse vem com um preço e uma indagação: o que você seria capaz de dar pela sua liberdade?

No excelente artigo “E eles viveram assustados para sempre“, os pesquisadores Oscar Nestarez e Nathália Xavier Thomaz ressaltam a atemporalidade dos contos de fadas e como eles estão enraizados em nossos maiores medos e defeitos:

“(…) nessas narrativas, o medo é um ingrediente fundamental, já que sua própria estrutura (personagens empurrados pelo destino rumo ao desconhecido) é bastante assustadora. Além disso, elas costumam carregar muitos dos elementos que hoje são constitutivos da ficção literária de horror, como abandono, violência, assassinatos, canibalismo, criaturas monstruosas, entre tantos outros.”

O QUE HABITA A FLORESTA?

“Pense bem antes de dar o próximo passo, pois se você entrar na floresta, a floresta entrará em você.”

Em seu livro The Uses of Enchantment: The Meaning And Importance of Fairy Tales, Bruno Bettelheim aponta o significado da floresta na literatura fantástica:

“Desde os tempos antigos da floresta quase impenetrável no qual nos perdemos tem simbolizado o escuro, o oculto, o quase impenetrável mundo do inconsciente. Se perdemos a noção que deu estrutura à nossa vida passada, agora deve-se encontrar o caminho para se retornar a nós mesmos, e ao ter entrado nessa selva com uma personalidade pouco desenvolvida, buscamos a saída conseguindo encontrar em nosso caminho uma humanidade muito mais desenvolvida que emerge.”

A jornada de Anna pela floresta é uma busca por seu verdadeiro “eu”. Como qualquer personagem na literatura ou cinema, o livro termina com uma Anna diferente daquela que conhecemos no início da leitura.

A questão é que tudo o que vemos dela nesse processo, já estava lá, desde o princípio. Psicologicamente, a floresta não transforma ninguém, apenas desperta e expõe o que há de melhor e pior dentro de nós. Assim, nesse simbolismo junguiano, a floresta — lugar de mistérios, do primitivo, onde antigas religiões cultuavam a natureza e seres ancestrais, onde a sobrevivência requer sacrifícios — a parte inconsciente da mente humana desperta em seu estado mais primitivo e nos confronta com nossos maiores medos.

Nas mãos de alguém sem essa bagagem cultural, o resultado poderia ser medíocre. Mas, nas mãos de alguém como Daniel Gruber — que já explorou e dissecou o lado mais selvagem e podre do ser humano no ótimo Animais Diários — essa experiência se torna intimamente inesquecível para o leitor.

Mas não pense que "A Floresta" é só um apanhado de referências ou uma adaptação sombria de algum conto clássico. Nada disso! O autor utiliza desses arquétipos para construir sua própria história, em um intrincado quebra-cabeça cheio de reviravoltas, que mexe com os medos pessoais de cada leitor. O medo do desconhecido. O medo do outro. O medo de nós mesmos. Em certa medida, todos nós somos o herói e o monstro em nosso próprio universo complexo.

E o verdadeiro terror é descobrir que, afinal, a floresta habita dentro de nós. Por isso, "A Floresta" é, sem dúvida, um dos melhores livros do terror nacional.
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Giovanna.paginasda 27/07/2023

O desespero de uma mulher. @paginasdagio
Vamos com um terror nacional curtinho e que se passa no Brasil?

O livro é bem rápido de ler, não se prende muito a detalhes ou momentos, mas o autor fez isso de uma forma que deixa a históeia intrigante e não fica algo raso.

Vemos como a religião influencia muito a época, principalmente na vida das mulheres que tinham que se casar cedo com homens muito mais velhos.

Ao longo da história vamos sentindo cada vez mais ódio dos homens que circundam a Anna, e eu ia torcendo para cada um deles sofrer muito.

Eu estava bastante ansiosa para descobrir os mistérios das bruxas da vila e também o que Mathilde tanto escondia, pois estava na cara que ela não era quem demonstrava ser.

É um livro de bruxas diferente do esperado, é mais sobre o sofrimento da mulher, de ter que passar por tantas coisas calada e de cabeça baixa.

Os capítulos são curtos e sempre terminava com algum gancho que me fazia não querer largar o kindle.

Adorei demais a história e indico para todos que curtem algo sobrenatural dar uma chance para essa leitura.
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Thainá - @osonharliterario 02/12/2022

A ligação entre bruxaria e força feminina
Durante o fim do século XIX, no sul do Brasil, uma jovem chamada Anna é forçada a se casar com um homem bruto, Johannes, assim que completa a maioridade. Seu pai, o pastor do local, a vê sendo levada a força por seu futuro marido, sem mexer um dedo para impedi-lo ou ajudá-la. Afinal, o papel da mulher é esse, não é mesmo? Casar e servir ao seu marido.

O relacionamento de Anna e Johannes é marcado por agressões, impedimentos e um certo de tipo de prisão, já que a nossa narradora-protagonista sofre tudo calada, fazendo o seu papel. Isso até conhecer Mathilde, uma mulher diferente – ou melhor, o seu completo oposto – que lhe desperta a curiosidade imediatamente.

Logo, as duas parecem criar uma espécie de amizade e cumplicidade proibidas, pois Mathilde aparenta usufruir de uma liberdade que Anna deseja e de que os homens reprovam. Mas depois que Anna tem um sonho estranho envolvendo Mathilde, mais duas mulheres conhecidas, a floresta misteriosa e o seu desejo de libertação, a sua vida começa a virar de cabeça para baixo tomando rumos que nem ela esperava.

TW: violência física e sexual.

Anna não é uma personagem comum e a bruxaria aqui pode ser vista de várias formas, com alguns significados que vão além do próprio ato de bruxaria.

Temos aqui uma mulher, assim como as demais da época, que não escolhe o seu destino; uma mulher vista como um mero objeto, algo que pode ser negociado, vendido. Há uma certa relação de vulnerabilidade feminina, onde os traumas e os abusos moldam quem cada personagem é. Há também uma certa sororidade, mesmo que mais velada e perigosa, afinal duas mulheres juntas podem ocasionar o início de uma revolução (ou matança) inesperada.

O livro também trata das nuances do que de fato é uma bruxa: bruxa é aquela velha decrépita que idolatra um ser demoníaco e sobrenatural ou é apenas uma mulher que busca tomar as rédeas da sua vida em um momento histórico onde isso era visto como uma barbaridade e sacrilégio?

Uma história de vingança, mas que, nas entrelinhas, disserta sobre como uma mulher pode recuperar sua força e liberdade, mesmo que para isso tenha que traçar um caminho cruel, sangrento, e se transformar em algo que nunca quis. A Floresta é, então, uma história de força feminina que transcende o teor da bruxaria.

Resenha completa no blog Sonhando Através de Palavras.

site: https://sonhandoatravesdepalavras.com.br/2022/12/02/resenha-a-floresta-daniel-gruber/
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PsicoThriller 04/10/2022

Excelente leitura de halloween
Ler esse livro foi como ler algo relacionado aos dias atuais. Os temas e assuntos tratados mostram como a sociedade não evoluiu em relação às mulheres. A floresta é um livro pesado que retrata fielmente a misoginia, a repressão, a obsessão religiosa e todo o tipo de violência feminina que, independente da década, continua sendo cometida.

Apesar de se passar no século 19, Daniel soube deixar a história fluida e interessante com capítulo curtos e linguagem acessível, mas sem perder o tom que a época propõe.

As cenas da floresta são bizarramente deliciosas para os amantes de Bruxas. Daniel Gruber conseguiu me envolver e transportar completamente através da ambientação e atmosfera que criou.

Algumas cenas são de tirar o fôlego e projetam no leitor sentimentos intensos e viscerais. Cenas de brutalidade com toques sangrentos que enojam e ao mesmo tempo glorificam o momento em uma união grotesca de emoções.

A floresta é uma história de vingança e de como a ira de uma pessoa pode levá-la ao seu próprio abismo. Mas acima de tudo, é uma história do poder do feminismo sobre o patriarcado machista e opressor.

Recomendo demais!
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Ariadne 25/08/2022

Brasil, século XIX. Em uma colônia alemã afastada no sul do país, nos deparamos com Anna, filha do pastor da cidade, e uma das poucas pessoas que sabe ler naquele local.

Infelizmente, por ser mulher, ela é obrigada a se casar contra a sua vontade. Seu marido é um homem bruto e cruel, que não hesita em leva-la para morar longe de sua família e a proibir de ler. Vítima constante de violências e humilhações, Anna vive praticamente isolada em uma casa na floresta 👀

Os dias dela são angustiantes, e sentimos a todo instante uma sensação horrível de prisão. Sua solidão só não é completa porque ela conhece Mathilde, uma mulher muito misteriosa que parece ter uma relação particular com a floresta.

É com Mathilde que o enredo se torna mais sinistro ainda. Conforme avançava na leitura, comecei a duvidar de tudo e todos, incluindo aí a própria Anna. E com esse avanço, a presença da floresta também cresce.

Sabe o filtro dos filmes de hoje, que deixa tudo cinza? Foi assim que me senti lendo. A floresta é Como um animal à espreita, apenas esperando o momento de poder se revelar, uma névoa que rodeia a história e se revela aos poucos.

A partir daqui, já estava com raiva e torcendo para que Anne se vingasse de todo o machismo que a rodeia. Assim, por mais que houvessem passagens pesadas, a curiosidade não me permitia deixar esse livro um pouco de lado.

Mas mesmo nessas partes, o autor foi muito sensível ao retratar as mulheres e os sofrimentos pelos quais muitas passam. Outro ponto mais do que positivo é que a escrita é super fluída, e os capítulos breves tornam difícil não quer ler o próximo em seguida.

A história é assustadora de várias maneiras, e é com angústia que passamos por cada capitulo, imaginando como Anna terminaria sua história, se ela se renderia às trevas e mistérios da floresta...

Sem dúvidas, esse é um dos melhores livros que eu li do gênero. Daniel criou uma obra prima que mostra que muitas vezes a escuridão da mente humana pode ser muito pior do que a floresta que dá calafrios a cada vez que é mencionada.

site: https://www.instagram.com/p/Chpf8icuUdd/
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Dani Bittencourt 25/06/2022

Curti muito! Primeiro, porque é muito gostoso ler e sentir uma identificação geográfica com a narrativa, conseguir imaginar a história tendo referências estéticas de local, costumes etc. Segundo, porque a escrita é prazerosa, certeira e fluida, mas não simplista. Avancei mais rápido na primeira parte, mas gostei muito do livro em geral. Indico lerem. :)
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Bruna Lima 25/06/2022

Definitivamente uma história bem escrita e construída, com uma escrita imersiva.

O autor explora algumas camadas do horror de maneira bastante interessante.

A forma como é construída a ambientação é fascinante, criando um ritmo que dialoga perfeitamente com a presença de um elemento importante para a história.

Os personagens criados são intrigantes, e ao longo das páginas vamos descobrindo suas diversas camadas, e esmiuçando suas características e peculiaridades. 

Sem dúvidas vale a pena conhecer o trabalho do autor!
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@esthelendo 24/06/2022

Surpreendente
Com um clima de suspense o livro nos apresenta Anna que é obrigada a se casar com um homen que não ama por costume da época, essa jovem cheia de sonhos e vontades se ve fascinada por Tilda uma vizinha da casa nova, juntas elas vão se meter em terrores na floresta e Anna vai descobrir que nem todo o encanto e fascinação são bem vindos, em meio a abusos e presa em lugar novo com pessoas más e uma floresta repleta de terrores que ela nunca ousou imaginar Anna vai ser obrigada a crescer e enfrentar seus piores pesadelos e o principal será que ela é capaz de olhar dentro de si e não se render por completo a escuridão?
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Débora Pizzio 20/06/2022

Vale a leitura dessa obra nacional
Eu não esperava absolutamente nada dessa história e me surpreendeu que em 164 páginas o autor conseguiu fazer muita coisa. Li numa leitura coletiva do mês de folk horror.

As personagens principais são muito interessantes, a gente torce por elas. Os homens são detestáveis.

Eu só acho que não dei mais estrelas, porque não me conectei tanto, mas é muito válido a leitura. Tem alguns plot twist bem legais e se passa no sul do Brasil e como moro aqui, me senti feliz de ler um autor gaúcho trazendo uma coisa bem diferente.
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Juliana 19/06/2022

Ótimo exemplo de terror nacional! Achei a escrita de A Floresta muito boa: simples, sem ser simplória. Cenários muito bem construídos e cenas tão vívidas que era quase como ver um filme!

O mistério em torno dos personagens é muito bom, e vc se pega imaginando mil coisas sem saber exatamente no que acreditar. Um clima de terror, com um baita clímax e até um certo gore ( que achei necessário e na medida certa) deram o tom sombrio perfeito. Exatamente o que a gente espera de um terror.
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Rute31 09/06/2022

A Floresta
?Os contos ensinavam que meninas não deviam usar vermelho, não deviam sair sozinhas, nem conversar com estranhos. Deviam temer os lobos e não confiar em velhas feias, e não deviam ficar sozinhas na casa de homenzinhos desconhecidos. E nunca, nunca deveriam provar nenhuma maçã.?

Numa isolada colônia alemã do sul do Brasil, no final do século XIX, Anna só tem uma vontade: ser escritora. Mas seu plano se despedaça quando ela é obrigada a se casar com Johannes, um homem bruto que a humilha e castiga a troco de nada.

Infeliz em tudo, Anna encontra conforto na amizade de Tilda, uma moça do tipo "descolada" que vive perto de sua nova casa. E é a partir dessa amizade que o mundo todo de Anna se desintegra.

A escrita desse livro é muito gostosa, muito fluida. Anna é uma personagem um pouco ambígua (a impressão que me deu) e eu gostei mais ainda dela por isso, porque ela é tão humana. A forma como as revelações do passado vão se alinhando aos acontecimentos presentes é muito natural e ao mesmo tempo causa um susto.

Não é tanto um livro sobre bruxas (embora elas existam), nem sobre religiosidade, ou qualquer coisa sobrenatural assim, apesar disso estar no livro. Me parece muito mais um livro sobre como o ser humano pode ser assustador, e mais bizarro que qualquer monstro em uma floresta.
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