Maria - Blog Pétalas de Liberdade 13/10/2014 Este é o terceiro livro da série Mistérios de Heather Wells. Em cada um deles, a Heather (que não é detetive nem da polícia, e sim uma ex-cantora pop) tem que desvendar um crime no alojamento estudantil da faculdade onde trabalha. São histórias independentes na parte do mistério, mas no decorrer dos livros, a vida e os relacionamentos da Heather vão se desenvolvendo.
Em "Tamanho não importa", Owen Broucho é encontrado morto com um tiro na cabeça em sua sala. Ele é o terceiro chefe de Heather em menos de um ano. É a terceira vez que a Faculdade de Nova York se vê envolvida em um escândalo policial nesse curto espaço de tempo.
"E quando é que você ia me contar que o seu chefe levou um tiro na cabeça ontem, Heather? Isso é ridículo. Quanto tempo mais você pretende ficar trabalhando nessa armadilha mortal? Não é possível que você tenha perdido mais um chefe." (página 200)
As investigações apontam um dos alunos como o principal suspeito. Para piorar a situação, os alunos que trabalham na faculdade estão em greve. E Heather se vê envolvida mais uma vez nas investigações e no perigo que elas trazem.
"Basicamente, sou uma mulher morta.
E por causa de quem? De Owen.
E eu nem gostava dele!" (página 303)
Na vida pessoal, Heather está namorando seu professor de Matemática, um cara que gosta de esportes e vida saudável (área em que ela não é muito atuante, daí o título do livro) e seu pai tem planos de fazê-la retomar sua carreira musical.
Cooper, o lindo detetive particular que deu abrigo a Heather quando ela perdeu tudo, parece estar ainda mais preocupado com a segurança dela e a relação entre eles finalmente evolui no final do livro. Eu esperava que a evolução desse relacionamento fosse mais desenvolvida, ficou faltando um algo a mais (talvez se o livro fosse em terceira e não em primeira pessoa, fosse melhor nesse aspecto).
"Simplesmente estou feliz demais (...) pelo fato de tudo ter voltado ao normal. E, ainda assim, por não terem voltado ao normal. É um normal novo... o melhor normal novo que poderia existir." (página 330)
No 1° livro da série, o que se destacou para mim foi a parte do mistério, de tentar resolver o crime; no 2°, os sentimentos e as relações humanas foram mais trabalhadas (amei "Tamanho 44 também não é gorda", o que me deixou com expectativas altíssimas para o terceiro) e o 3° destacou a parte do humor. Dos três livros, achei a resolução do crime desse último a mais fraca e previsível.
"- O que você disse, Patty? digo, fazendo barulhos de interferência com a boca. - Estou perdendo o sinal.
- Heather, eu sei que é você que está fazendo esses barulhos. Não parece estática, nem de longe. Quando você voltar, nós vamos nos sentar para ter uma conversa." (página 206)
Infelizmente, o livro tem erros de revisão que me incomodaram bastante e atrapalharam a leitura. Não sei se foi falha da tradução ou da própria autora, mas alguns trechos e sequências ficaram um pouco difíceis de entender, parecia que faltava uma palavra.
Quanto a diagramação e a capa, seguem o padrão dos livros anteriores: letras grandes, espaçamento e margens bons, folhas brancas. Um livro com 334 páginas que pode ser lido rapidamente, divertido, com ação e romance.
"A noite caiu. O clima está quente, de modo que os desajustados de sempre estão circulando pela área: patinadores, tocadores de bongô, moradores de rua com seus (por que eles sempre têm cachorros?), jovens casais apaixonados, traficantes de drogas, os senhores de idade briguentos na roda do xadrez." (página 287)
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