Todas as cartas

Todas as cartas Clarice Lispector




Resenhas - TODAS AS CARTAS


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Dyllan.Johnny 30/12/2023

Clarice, um vendaval de inspirações
Não sou capaz de mencionar a quantidade de coisas boas que senti lendo a correspondência de Clarice. Me parece que somente depois dessa leitura posso dizer que sou minimamente alfabetizado na arte da empatia, se é que isso faz algum sentido. Tantos parágrafos me surpreenderam, eu poderia perder meses de vida lendo e relendo eles. A única coisa que me veio à cabeça ao terminar esse livro, foi a carta endereçada a Fernando Sabino, dizendo como Clarice gostaria que ele fosse mais poupado dos sofrimentos que sentiu em dado momento de sua vida. Pois então Clarice, eu gostaria que você tivesse sido mais poupada também.
Amanda Ayres 30/12/2023minha estante
UAU!!
Amo essa combinação de Clarice e Fernando!


pls.sam 18/02/2024minha estante
Uau, que resenha linda!




Antônio 30/05/2022

Passei quase um ano lendo esse livro. Fui lendo aos poucos: uma, duas cartas por dia? até que eu não me aguentava e lia várias de uma só vez. É que se tornou uma ?felicidade clandestina? ler as cartas de Clarice, ?como se as lesse por sobre o ombro de Clarice no exato momento da escrita?.

Aqui, conhecemos uma Clarice desmitificado de todos os rótulos. É hora de conhecer uma Clarice extremamente insegura, por vezes carente e, ao mesmo tempo, que preserva a sua intimidade e momentos de solitude; também é o momento de conhecê-la como uma irmã-quase-mãe e uma mãe extremamente afetuosa com os seus filhos. É quase como se nos fosse permitido adentrar em seu cotidiano por quatro décadas: desde antes do seu casamento até a sua morada nos Estados Unidos e o seu retorno ao Brasil.
Gomes 11/06/2022minha estante
Verdade!




Craotchky 12/05/2024

...a aproximação se faz gradualmente...
Ao longo dos últimos meses tive o privilégio de adentrar na intimidade da escritora que mais me instiga e provoca. Todas as cartas de Clarice foi o livro, considerando volume único, que mais tempo demorei a concluir até hoje. Foram mais de quatro meses penetrando na intimidade da autora. Ao longo da leitura, senti que fui estreitando meus laços com Clarice ao conviver com ela. Durante esse tempo, tive a felicidade de compartilhar vários trechos valiosos através dos 27 históricos salvos. Porém, há elementos que me chamaram atenção dos quais não falei. Neste texto pretendo comentá-los.

Mesmo que não seja no exato sentido que a autora inglesa falava, de alguma maneira Clarice teve, ao menos durante uma década e meia de casamento, um teto todo seu. Ao longo de praticamente todo o matrimônio, Clarice parece contar, para não dizer sentir a necessidade, de uma empregada doméstica. Em determinados espaços curtos de tempo, quando por algum motivo ela fica sem empregada, Clarice se mostra muito angustiada e com enorme pressa para ocupar o lugar vago. O que quero dizer é que fiquei com a forte impressão de que Clarice era um tanto quanto dependente de empregadas, inclusive uma dedicada aos seus filhos.

É notável o quanto Clarice adora o Brasil. Impressiona o número de vezes em que ela manifesta, ou um desejo expressivo de voltar para o nosso país, ou a intensa ojeriza geral que os países nos quais ela viveu lhe causam. Não poucas vezes todo esse período que morou no exterior (mais de 15 anos) é definido por ela mesma como um exílio. Curiosamente, não fosse esse enorme tempo fora do país, talvez esse volume fosse bem menor, uma vez que, aproximadamente, Todas as cartas tem 61 missivas escritas no brasil contra 225 escritas no exterior.

Chega a dar um pouco de pena o quanto Clarice diversas vezes implora por cartas em resposta às suas, sobretudo para as irmãs; ela chega a se desculpar por pedir repetidamente. É clara e manifesta a carência de contato humano que ela sente principalmente enquanto vive no exterior. Outra maneira através da qual ela manifesta essa carência afetiva de contato com as pessoas que deixou no Brasil é a intensa felicidade quando finalmente recebe cartas. Em 19 de março de 1945 ela escreve para a irmã Elisa: "Não há no mundo coisa melhor do que carta."

Interessante observar que, de volta ao Brasil, conforme o telefone foi se tornando mais comum e disseminado, o número das correspondências de Clarice foi diminuindo. Torna-se evidente que Clarice vai aos poucos adotando o telefone como outra maneira de comunicação (inclusive, em mais de uma carta ela diz seu número. Sim! Eu tenho o número de telefone particular de Clarice! hehehehhe) A diferença quantitativa de cartas das décadas de 40 e 50 é várias vezes superior à de cartas das décadas de 60 e 70. Em compensação, nestas duas últimas décadas, o número de crônicas da autora aumenta exponencialmente.

Por último quero aqui transmitir o importante esclarecimento que o posfácio da edição traz: O título "Todas as cartas" não deve ser levado ao pé da letra. Esse título nomeia o volume para se inserir no projeto editorial que inclui os livros "Todos os contos" e "Todas as crônicas". O posfácio deixa claro que, cartas foram omitidas do volume:
ora porque o comitê editorial entendeu que eram pouco representativas e portanto dispensáveis;
ora porque traziam conteúdos de juízo pessoal a respeito de pessoas da família;
ora porque muitas cartas de Clarice ainda não foram descobertas. E por conta disso, o posfácio encerra prevendo que haverão reedições que incorporarão possíveis cartas que se revelarão no futuro.
Ellen Seokjin 12/05/2024minha estante
Lindo, Filipe! Clarice é uma autora que me deixa tímida, do inglês "shy me", e pelo menos na minha cabeça isso não é o mesmo que "intimidar". Acho que por isso li poucos livros dela, sla.

ps: Você ligou pro número de telefone??


Regis 12/05/2024minha estante
Espero um dia chegar a esse livro de cartas, após ter lido ao menos parte dos outros livros da autora. Parabéns pela resenha, está perfeita! ???


Craotchky 12/05/2024minha estante
Ellenska, você pode ler mesmo tímida. É você e ela apenas, e garanto que a Clarice não vai te julgar!
Deixando as brincadeiras de lado, espero que você leia outros da autora. Você tem uma sensibilidade capaz de se aproximar e extrair muito dela.
E não, não arrisquei a ligar não. Fiquei com medo de ela me atender... heheheheheh Arrisque-se se quiser: 237-6792. Localidade Rio de Janeiro. (Em carta datada de 25 de maio de 1974)


Eduardo2001 12/05/2024minha estante
Caraca! Ótima resenha, me inspirou a querer ler


Craotchky 12/05/2024minha estante
Obrigado, Gizz, minha preciosa. Você tem tudo para chegar nesse dia. Já ansioso por suas próximas leituras de Clarice. Oxalá não demore!


Craotchky 12/05/2024minha estante
Eduardo, meu caro, muito obrigado pelas palavras bondosas. Nem é bem uma resenha, apenas senti vontade de comentar e compartilhar coisas que não havia dito durante os históricos. Agradeço muito seu comentário e sua atenção em ler.


Ana Sá 12/05/2024minha estante
A resenha do livro que me senti lendo junto com você!! rs

Interessante essa informação do posfácio (essa parte da família dá muita curiosidade rs)... Já estou no aguardo do volume 2 do livro que nem li!! haha


Craotchky 12/05/2024minha estante
Aninhinha, você sabe o quanto gostei de saber que você se sentiu dessa maneira. Ao saber, de certa forma, me senti dividindo a leitura com você e com os demais que acompanharam. Muito obrigado por acompanhar, minha querida.
(Confesso, porém, que não entendi bem a qual livro você refere como volume 2...)


Ana Sá 12/05/2024minha estante
Eu que agradeço, Filipe! :)

Brinquei com "Volume 2" por causa das possibilidades de reedição citadas no posfácio rs... Sonhei alto com um novo livro, sendo que ainda nem dei conta do primeiro!

Mas sim sim... A obra tem "todas" no título, seria muito estranho um "todas as cartas 2" haha


Craotchky 12/05/2024minha estante
Ah, é isso então, Aninhinha! Fiquei pensando que podia ser o Todas as crônicas que eu havia mencionado em outra oportunidade. E você tem razão, afinal o próprio posfácio supõe que haverão outras reedições.


graazifarias 13/05/2024minha estante
Que relação mais linda essa sua com Clarice!!


Craotchky 13/05/2024minha estante
Obrigado, Grizy meu bem. Sempre tento conhecer ela cada vez mais e melhor, e assim nos aproximação gradualmente. Logo, logo será a vez de Um sopro de vida e Todas as crônicas. Consigo já vê-los no meu horizonte...hehe


Nath 13/05/2024minha estante
? NOSSAAAAA!! AMEEEEEIIIIII!!! ?
Eu vou ligar AGORA JÁ para esse número de telefone da Clarice! COMO ASSIM vc NÃO ligou? E ainda ficou com MEDO dela atender? ?????

Pois EU vou ligar SIM para esse número de telefone e ainda vou ligar com o meu tabuleiro OUIJA aberto debaixo do telefone clamando com meu poderes de bruxas pelo espírito da Clarice atender o meu telefonema ????????
Vou passar horas conversando com a QUEEN no telefone e vou escrever um livro sobre ??
Hihihi E eu nem tô brincando ein! Pior que eu faria isso mesmo! rs Quero de verdade que ela me atenda o telefone hihihi ?

Sobre essa parte das empregadas que ela tinha, sim, eu já havia percebido essa dependência da Clarice por pessoas/funcionários que a ajudam nos trabalhos de casa e com os filhos e até na organização dos milhares de papéis soltos os quais ela escrevia seus próprios livros!! Não a toa a Clarice "pegou" a Olga Borelli no final da vida e fez da Olga sua secretária particular para ajudar a montar os fragmentos de papéis escritos pela Clarice em livros! SIM! Para quem não leu a bio da Clarice, é confirmado oficialmente que a Clarice tinha um modo único particular de escrever os livros, ela escrevia em diversos papéis pequenos esparsos o texto em fragmentos a medida que a inspiração vinha em qualquer lugar que ela estivesse e no final a Clarice tinha um "balde" cheio de papeizinhos escritos e ela tinha que juntar todos esses papéis e datilografar um livro disso. A Clarice obviamente não tinha essa paciência burocrática de juntar os papéis no final e com frequência pedia ajuda até de estranhos para ajuda-lá a montar os papéis em livro como um quebra cabeça literalmente. Foi assim que a Olga Borelli foi convocada pela Clarice para ajudá-la com esse trabalho final de juntar os papéis e transformar em livro. Aliás, o livro Um Sopro de Vida, só foi lançado postumamente porque a Olga Borelli, após a morte da Clarice, juntou esses papéis avulsos que a Clarice tinha deixado antes de morrer e a própria Olga além de juntar os papéis datilografou tudo para o livro ser lançado. Se não fosse o trabalho de secretária da Olga para a Clarice, nós leitores não teríamos esse livro da Clarice hoje publicado!

Agora me pergunta se um HOMEM tinha esse tipo de problema nos anos 40/59/69/70/80/90?
CLARO QUE NÃO TINHA NÉ! Porque o homem (escritor) tinha uma mulher esposa para cuidar da casa e dos filhos enquanto ele ficava livre para trabalhar e escrever e estudar no que quisesse!
Por isso, muito bem lembrado você ter inserido o título do livro da Virgínia Woolf, Um Teto Todo Seu, quando citou as "empregadas" da Clarice, Petulante!
Seria IMPOSSÍVEL para a Clarice SER a Clarice se não fosse a rede de apoio que ela criou para si.


Fabio.Nunes 13/05/2024minha estante
Essa mulher é meu crush! Excelente resenha meu amigo. É interessante pois ajuda as pessoas a saberem sobre um livro menos badalado.


Craotchky 13/05/2024minha estante
Olha, Nathyta minha querida, de fato lembro bem que acontecia isso de ela anotar ideias, frases que lhe vinham e etc. em papéis avulsos. Lembro que ela chegou a falar com a empregada que se esta visse algum papel pela casa, que não jogasse fora, nem sequer pegasse, mas que deixasse exatamente onde achou. Porém, penso que você poderia ter tido o cuidado de limitar essa questão dessas anotações a algo cincunstancial.
Da forma que você fala, parece que esse "método" fosse o preponderante na atividade dela como escritora. Até onde sei, isso de anotar em papéis avulsos era algo esporádico, que até fazia parte da confecção das obras, mas longe de ser a maneira principal dela de compor seus livros. Ela anotava para não esquecer de coisas que lhe vinham de vez em quando. No entanto isso estava longe de ser a fonte principal dos livros da Esfinge.
(Salvo, talvez, Um sopro de vida que, como um livro póstumo, dependeu de uma organização posterior, claro.)

Na página 81 desta edição de Todas as cartas, temos inclusive essa passagem de um depoimento de Clarice:
"A maça no escuro escrevi-a sentada no sofá da sala, com a máquina no colo[...]"


Craotchky 13/05/2024minha estante
Muito obrigado, Fábio!
Ah, e se eu usasse esse termo, acho que também diria que Clarice é minha crush, hahahaahaha
Não fosse ela, aliás, acho que Nemo nem existiria.


Yasmin V. 13/05/2024minha estante
Amei acompanhar seus históricos sobre esse livro!!


Craotchky 13/05/2024minha estante
Obrigado, Jasmine minha flor, pela companhia indireta ao longo dessa jornada. E já lhe deixo convidada a me acompanhar também quando eu pegar o Todas as crônicas!


Nath 14/05/2024minha estante
Olha, meu querido Petulantito, não é bem assim não. Não foi somente o livro póstumo Um Sopro de Vida, que a Clarice escreveu todo assim nesse método dos papeizinhos e depois juntou tudo e fez o livro. Não! A Clarice antes de morrer também escreveu A Hora da Estrela TODO assim nos papeizinhos e depois, enquanto a Clarice ainda estava viva!, foi a Olga Borelli que juntou tudo e ajudou a Clarice a datilografar os papéis para o livro ficar pronto. A Hora da Estrela também foi todo escrito assim! No livro que estou lendo o Clarice na memória dos outros, tem um relato da Ana Maria Machado uma jornalista e escritora famosa,!que na época, foi "convocada" pessoalmente pela Clarice para ajudá-la a juntar os papeizinhos pouco antes da publicação do livro a Hora da Estrela. E a Ana Maria nem conhecia a Clarice pessoalmente na época, mas a clarice chamou ela mesma sem conhecê-la e implorou a ela para ajudá-la a montar o quebra a cabeça dos papéis que se tornaria o livro. Mas a Ana Maria não aceitou o pedido da Clarice e foi aí que a Clarice "achou" a Olga Borelli e a Olga a ajudou na montagem do a Hora da Estrela! Claro que não foi em todos os livros que a Clarice usou esse método de escrita,mas percebe-se que esse método dos papeizinhos foi um método continuo que ela usou na fase final da vida dela pois a deixava mais livre para criar.


J. Silva 14/05/2024minha estante
Que resenha formidável. Parabéns, meu caro!


Craotchky 14/05/2024minha estante
Obrigado por arejar minha memória, Nathyta meu bem.
De fato, essas anotações avulsas foram mais substanciais nos processos de composição da Clarice do que eu me lembrava, sobretudo, como você disse com razão, em A hora da estrela e Um sopro de vida, nos quais foi fundamental. Tudo isso é muito legal, pois fazer pequenas anotações foi um modo extremamente essencial para mim na composição de Nemo.
Claro, não sei quantificar o quanto esse "método" foi participativo na obra geral da Clarice como um todo, considerando não só os romances, mas também as crônicas e contos. Sabe-se que ela sentava e escrevia, como ela própria deixa claro no trecho que citei no outro comentário, ainda que fosse interrompida com frequência pelas demandas da casa.
Resumindo: essas anotações eram mais importantes do que eu imaginava, e foram fundamentais mesmo para os dois livros mencionados acima, e devem ter participado em menor grau de outros livros, mas é difícil dizer se foi um modo relevante na obra em geral, né.


Craotchky 14/05/2024minha estante
Obrigado pela leitura e comentário gentil, Jota! (A própria palavra formidável é formidável, né hehehehe)


Mano Beto 14/05/2024minha estante
Bom saber que você está ao escrever isso. Com certeza irei embarcar nas cartas, mas antes tenho outros trajetos para serem feitos. Adorei a resenha, pra variar. Um grande abraço para ti meu caro.


Nath 14/05/2024minha estante
De nada, petulantito meu bem??Estou aqui sempre para arejar a sua cabecinha quando necessário! Rum! ??
Acredito que esse método dos papeizinhos da Clarice foi um modo dela colocar para fora mais facilmente as suas inspirações imediatas para a composição do livro, no entanto, esse mesmo método à deixava "desnorteada" na hora de juntar todas as ideias/papeizinhos em livro em prosa, corrido no final. Por isso ela acabou tendo que pedir ajuda a outras pessoas que a ajudasse nessa montagem final das ideias em livro final.
E o mais interessante disso tudo, é que nos dias de HOJE a neta da Clarice trabalha com fotocolagem! A neta da Clarice recorta fragmentos de fotos de revistas e outros meios de comunicação, cola as partes e junta tudo em arte visual. Dando forma a outras imagens. De uma certa forma a neta da Clarice herdou esse método criativo de "fragmentos" da avó?
Aliás! Essa mesma neta da Clarice já fez uma fotocolagem autoral para a capa da coletânea de livros infantis da Clarice! Muito legal né! ?
Eu acho que você deveria ler esse livro que eu estou lendo agora o Clarice na Memória dos Outros, pois todas essas vertentes interessantes da Clarice estão no relato da memória dessas tantas pessoas que conviveram de perto com ela ?


Craotchky 14/05/2024minha estante
Obrigado, Mano, por sempre estar por aqui, acompanhando tudo de perto, como sei que fez ao longo dessa leitura. Fico feliz também em estar podendo acompanhar suas leituras de Clarice. Um abraço, meu caro.


Nath 14/05/2024minha estante
Gentee! Saca só que notícia triste para nós leitores q saiu na imprensa nacional. Fiquei com o coração partido ?

" Rio Grande do Sul: Depósito da editora L&PM alaga com 900 mil livros em Porto Alegre. A L&PM Editores, com sede em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, está inoperante devido às enchentes que tomaram a região nas últimas semanas. Cerca de 900 mil livros, entre os quais os títulos de sua conhecida coleção de bolso, estão armazenados no depósito que foi atingido pelas águas."

https://www.uol.com.br/splash/noticias/estadao-conteudo/2024/05/13/editora-lpm-deposito-com-900-mil-livros-esta-inundado-e-unico-acesso-e-de-barco-diz-fundador.htm


Yasmin V. 14/05/2024minha estante
Nath!!! Vi isso também! Muito triste tudo o que está acontecendo... ?


Nath 14/05/2024minha estante
Sim, Yasmin! Vi essa notícia tristíssima da l&pm só agora ? MDS! Quantos livros estragados para sempre na água ?


Craotchky 15/05/2024minha estante
Não sabia não. Muito triste mesmo. Quase 1 milhão?! Nossa!


Mano Beto 16/05/2024minha estante
Isso é devastador Nath


xzsatur.no 17/05/2024minha estante
Lendo esse livro me senti próxima da Clarice. Lindo, amei demais ler suas cartas.


Craotchky 17/05/2024minha estante
Oi, Saturniana! Também me senti assim: mais próximo e íntimo da autora. Demais, né!




San 03/11/2020

Lendária compilação.
Um completo desmistificador da pessoa icônica de Clarice Lispector. Alivia-se quem lê "Todas as cartas", pois este cria uma certa intimidade com a escritora, que é descoberta em sua ternura para além dos seus escritos as vezes perturbadores, chacoalhantes.
(Notas de rodapé algumas vezes um pouco excessivas)
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Luciana 31/12/2021

O tipo de leitura que ajuda a conhecermos o ser humano que habita o autor, desmistifica uma série de ideias pré concebidas, inclusive sobre o processo da escrita.
Adorei conhecer um pouco mais de Clarice, era perfeita? Não, era humana.
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Vanêssa 16/07/2023

A coisa mais linda.
"Sejam felizes que eu serei também. Minha vida está ligada à de vocês."


Eu devorei esse livro em três dias. Simplesmente pq não consegui parar de ler. Eu fui transportada para aquela época, senti alguns dos sentimentos da Clarice... É lindo ver o amor dela pelas irmãs, sobrinha e mais tarde, pelos filhos.

Por favor, leia esse livro.
Naubx 13/09/2023minha estante
Me convenceu a lê.




annarcarol 24/05/2023

Minha Clarice
Ler os livros da Clarice é sempre uma experiência única e ao mesmo tempo arrebatadora, me pego sem palavras, em êxtase, tentando absorver ao máximo tudo aquilo que ela quis transmitir. No entanto, nada se compara com a experiência de ler suas cartas. Os seus escritos mais íntimos, destinados às irmãs e aos amigos? essa foi a maneira mais incrível de me conectar ainda mais com a minha escritora favorita. Através dessas cartas, dessas 800 páginas, pude conhecer uma Clarice que vai muito além dos títulos de ?esfinge?, ?sedutora? e ?misteriosa? que ela possui. Me deparei com uma mulher vulnerável, sensível (já imaginava), ainda que um tanto insegura e carente de afeto, alguém que AMA AMAR os outros, que ama cuidar mesmo de longe, que sente saudades de casa, sente saudade das irmãs, sente saudade do Brasil? Uma figura maternal, antes mesmo de se tornar mãe. Uma mulher intensa, firme, alguém que amava ficar sozinha e apreciava o silêncio, porém muitas vezes odiava se sentir solitária, precisava de barulho, de amor?
Enfim? minha admiração, devoção, inspiração e meu respeito triplicaram. Me identifiquei em todas as páginas com a Clarice e em diversos conselhos senti como se ela estivesse falando de fato comigo, pois de fato eu precisava escuta- lá!
Conhecer Clarice foi ao mesmo tempo me conhecer.
Lilika8 24/05/2023minha estante
A maior de todos os tempos




Angelica75 24/01/2021

Magnífico
A felicidade clandestina de ler por
sobre os ombros de Clarice. A intimidade da escritora lida da melhor forma: cartas enviadas para os íntimos.
Perceber Clarice, seu fluxo de consciência e o passo a passo de sua vida adulta.
Um primor.
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Beatriz3345 17/03/2024

Obra preciosa
Para os admiradores da escritora, uma preciosidade que revela parte de traços de personalidade, valores e padrões de comportamento de Clarice. As cartas escritas para suas irmãs, repletas de sensibilidade, expõe o grande carinho, preocupação e afetuosidade que tinha por Elisa e Tânia. As cartas para o filho Paulo mostram o quanto ela se dedicava como figura maternal. Nas cartas, a relação com Gurgel é descrita parcialmente, indicando ter sido predominantemente saudável em seu início, meio e fim. As cartas para os amigos indicam como ela preocupava-se com o bem-estar de pessoas pela qual tinha apreço e como se mantinha presente, mesmo distante. Características peculiares e particulares, como seu modo de aceitar a solidão, também são reveladas em diversos trechos da obra.
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Luiza 19/11/2022

?mas eu sou feita de tão pouca coisa e meu equilíbrio é tão frágil que eu preciso de um excesso de segurança para me sentir mais ou menos segura??

é horrível saber que eu nunca mais vou ter a sensação de mergulhar pela primeira vez nesse infinito que foi clarice ??
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Alanna Fernandes 26/12/2022

Termino a reunião destas cartas emocionadíssima, por saber que a cada carta que lia, eu estaria mais perto da morte de Clarice. O livro terminou abrupto, não nos prepara para nada. No fim só restou vazio, silêncio e a falta que essa mulher extraordinária faz na literatura, no brasil, no mundo.

Te celebramos, Clarice. Obrigada por tanto! ??
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Gabriela 28/12/2023

Íntimo e revelador
Para os admiradores de Clarice Lispector e do gênero epistolar, esse volume com todas as cartas escritas por Clarice é um tesouro ímpar.

Acompanhamos a trajetória da escritora desde o início de sua vida adulta até seu último ano de vida, com uma frequência maior de cartas dentro do período em que ela viveu fora do Brasil. As cartas são divididas por décadas e ordenadas cronologicamente, com o local incluso, o que permite essa sensação de estarmos vendo acontecer a vida de Clarice.

Alguns de seus correspondentes mais frequentes são suas irmãs Tania e Elisa, Lucio Cardoso, Erico e Mafalda Verissimo Fernando Sabino. Mais para o final, temos acesso a cartas escritas a Paulo, o filho mais velho, e às grandes amigas Olga Borelli e Nélida Piñon.

Particularmente, as cartas de que mais gostei foram as endereçadas a Tania, Fernando Sabino, Paulo e Olga Borelli. São cartas em que vemos com muita nitidez a verdadeira Clarice, muito mais do que a escritora, a mulher Clarice Lispector. Podemos ver também como foram os processos de escrita de alguns de seus livros, bem como os trâmites das publicações, como no caso de A Maçã no Escuro.

Lindo, profundo, íntimo, com notas de um humor peculiar, condizente com Clarice. Tão rico quanto a obra literária.
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Stefani 26/07/2023

Lindo, poético e crú até o fim. sempre gostei de Clarice, mas esse livro me trouxe uma nova perspectiva da alma tão fragmentadamente bela.
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Suzana203 16/07/2023

Melhor do ano
Apesar de ainda faltarem alguns meses pro ano terminar posso afirmar com facilidade que foi o melhor livro que eu li.
É um livro faz você ficar confortável o tempo todo, sentindo como se você fosse amigo próximo de quem escrevia e recebia as cartas.
Tem muitos conselhos bons, como se fosse nossa mãe dando sabe? Sobre autocuidado, e a vida em um geral.
Clarice e sua família tiveram muita sorte em ter tanto amor pra dar e receber.
Ganhei o livro de uma amiga muito próxima e querida, e sinto que somos mais amigas ainda depois desse livro, não sei se isso faz sentido.
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Sabelpimenteel 12/03/2023

"Desde então, não tenho cabeça para mais nada, tudo que faço é um esforço, minha apatia é tão grande, passo meses sem olhar sequer meu trabalho, leio mal, faço tudo na ponta dos dedos, sem me misturar a nada."

Adorei minha experiência com esse livro, através dele eu conheci mais sobre essa autora que eu admiro tanto. As cartas de Clarice são lindas, e mostra alguns lados da dela que eu não conhecia. Recomendo muito pra quem quer conhecer a Clarice além das suas obras.
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