Abuso

Abuso Ana Paula Araújo




Resenhas - Abuso


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Cinthia 23/05/2024

A Culpa nunca é da vítima!
Admirável o empenho da autora, a jornalista Ana Paula Araújo no estudo de quatro anos, entre muitas viagens e entrevistas para escrever esse livro.
Um assunto necessário e que deveria ser lido por todos. Aborda com muita responsabilidade o tema. E deixa claro que estuprador não tem um perfil definido , pode ser um desconhecido, um amigo, um parente, um pai, um padre, ou pastor. Aliás o capítulo não ela aborda sobre o fanatismo religioso e conta sobre o caso do médium João de Deus é apavorante.
A dificuldade da vítima em fazer a denuncia e ver a justiça ser feita. Quantos casos ficam impunes!
Precisei para e respirar várias vezes durante essa leitura. Porque cresce na gente um sentimento de injustiça, um revolta e uma vontade de vingança!
Difícil.
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Raquel 13/05/2024

4/5
Que livro forte, difícil de digerir e triste. Varias vezes tinha que respirar fundo e fazia expressões chocadas com os relatos. Li pelo Skeelo Audiobooks com narração da própria Ana Paula.
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Diego980 11/05/2024

Necessário
Ótimo livro, com relatos de todas as áreas. Vítimas. Abusadores. Criminosos, casos de partir o coração e embrulhar o estômago.
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Arlete.Lety 09/05/2024

Leitura pesada e necessária
Nos faz refletir como que o ser humano se acha no direito de ter posse do corpo do outro, apenas para satisfazer seus caprichos. É muita perversidade. Pior ainda é certos tipos de gente, querer ter justificativa para defender os abusos. Fico imaginando o quanto foi difícil para a autora, ter psicológico para escutar tantas histórias tristes das vítimas.
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Miriam Morselli 06/05/2024

Dói.
Não é um soco no estômago, é soco no corpo inteiro. O livro é repleto de histórias chocantes, dados estatísticos e sobretudo nos impulsiona a repensar causas, comportamentos e ter muito zelo com nosso corpo, nossa integridade e a do próximo.
Abuso é um retrato assustador de tudo que fingimos não saber.
Recomendo a leitura, porém que faça devagar e se possível mesclando com outras leituras mais leves. Porque se você não sentir angústia, você já morreu (desculpa a força das palavras, o livro é bem intenso).
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Camila de Almeida 26/04/2024

Sinopse da editora:
"Por que o estupro é um crime ainda tão comum no Brasil? Por que a vítima muitas vezes é tão ? ou mais ? julgada pela sociedade do que o próprio criminoso? Por que é tão difícil fazer uma denúncia?

Após quatro anos de pesquisas, viagens pelo país e mais de 100 entrevistas com vítimas e familiares, criminosos, psiquiatras e diversos especialistas no assunto, a jornalista Ana Paula Araújo escreve Abuso - a cultura do estupro no Brasil com coragem e sem meias-verdades.

A obra é uma reportagem que trata do medo e vergonha das vítimas, de como elas são julgadas e muitas vezes culpabilizadas pela sociedade e pelo poder público, das dificuldades para denunciar, dos caminhos para superar o trauma e seguir em frente e como atitudes tão entranhadas em nossa sociedade geraram uma verdadeira cultura do estupro em nosso país. Ela também auxilia as vítimas a utilizarem os meios de denúncia disponíveis no país, como o disque 100, e esclarece sobre o direito ao aborto decorrente de estupro, que é autorizado por lei sem que haja queixa na polícia.

Ana Paula analisa casos que chocaram os brasileiros e outros tantos que, apesar de bárbaros, ficaram perdidos em meio ao constrangimento das vítimas e à lentidão da lei para mostrar como o estupro afeta toda a rede familiar e deixa marcas indestrutíveis na vida de quem o sofre. Ela acompanha todo o caminho das vítimas por justiça e mostra todas as facetas e implicações desse crime tão cruel e, infelizmente, tão corriqueiro no Brasil.

Abuso é uma obra ousada, pesquisada com apuro e escrita com imensa sinceridade por uma das mais importantes jornalistas em atividade no país. Porém, mais do que tudo isso, Abuso é um audiolivro extremamente necessário, que precisa ser lido por todos."
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StefanyKetry 14/03/2024

Pesado, mas necessário!
Ana Paula Araújo obrigado por escrever esse livro.
É um livro pesado que provavelmente despertará vários gatilhos, porém é um livro necessário para todas as pessoas.
Várias histórias me embrulharam o estômago, chorei, até ri da irmã Henriqueta e me senti ?privilegiada? por não fazer parte da estatística, mas ao mesmo tempo sofrendo por todas as vítimas.
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Carla.Parreira 04/03/2024

ABUSO - A CULTURA DO ESTUPRO NO BRASIL (Ana Paula Araújo). Melhores trechos: "...Para escrever estas páginas, fiz uma extensa pesquisa e conversei com todos os personagens envolvidos na questão aqui tratada. Entrevistei vítima de abusadores. Falei com profissionais da saúde, da justiça, com policiais, carcereiros, pesquisadores e autoridades. Foram quase cem pessoas, de norte a sul do Brasil, em lugares como Rio de Janeiro, Belém, Ilha de Marajó, Porto Alegre, Teresina, Recife e São Paulo. O que encontrei foram vítimas de todas as idades, classes sociais e níveis de instrução que foram violentadas nas mais diferentes situações, inclusive as mais corriqueiras, que fazem parte da vida de todos nós. Há mulheres abusadas a caminho do trabalho ou da escola, idosas atacadas enquanto dormiam dentro de casa e mulheres violentadas quando estavam em busca de atendimento espiritual. E há um número impressionante de crianças, inclusive algumas muito pequenas, em casos que desafiam a nossa compreensão sobre a maldade humana... Buscar atendimento médico também não é simples. O direito aos remédios contra infecções sexualmente transmissíveis, à pílula do dia seguinte e ao aborto em caso de gravidez decorrente do estupro é garantido por lei, mesmo que não haja queixa na polícia, mas a lei não funciona como deveria. O que mais comumente se vê é falta de medicamentos em postos de saúde, profissionais de saúde desinformados ou até que se recusam a cumprir o dever por desconhecimento da lei, preconceito ou convicções e crenças pessoais. Sem falar no exame físico de corpo de delito, que é, no mínimo, desconfortável e constrangedor, e que deve ser feito logo após a vítima ter sofrido com o crime, e que pode gerar novos traumas para uma mulher já tão fragilizada... Pela lei , a mulher que engravida em decorrência de um estupro pode realizar o aborto a qualquer momento, porém é quase impossível que algum médico interrompa uma gestação saudável quando o feto atinge esse estágio mais adiantado de seu desenvolvimento... A resposta vem sem rodeios: ‘Sinto muito mais raiva da juíza. Muito mais! Porque, do maníaco, eu não posso esperar outra coisa. Um homem desses tem que ser preso, retirado da sociedade, não tem jeito. Agora, a juíza, tudo o que ela poderia fazer de ruim, ela fez. E isso veio de alguém que representa uma instituição pública, uma pessoa escolarizada, que teve condições. Por isso mesmo, eu cobro muito mais. E ela, ainda por cima, também é mulher!’ Se a vítima já tem todas essas dificuldades para elaborar para ela mesma oque aconteceu, imagine diante de familiares, amigos, autoridades policiais, promotores, juízes... No hospital ou posto de saúde, na delegacia, no tribunal, serão muitas as vezes em que uma vítima vai precisar repetir e reviver o crime quando decidir denunciar. Não é fácil. Descrever o que aconteceu para amigos e parentes — e, muitas vezes, acusar alguém próximo de todos — também é bem complicado. Se contar, mesmo para as pessoas mais próximas, já é uma decisão das mais difíceis, denunciar, então, é para poucas, e essas poucas que têm coragem de fazê-lo encontram praticamente nenhum apoio. Infelizmente, mais de 90% dos municípios brasileiros não possuem uma Delegacia da Mulher... No universo dos bandidos, o julgamento é outro. Quando a meninas e torna ‘esposa’, ainda que à força, os traficantes encaram esse relacionamento como normal, uma união como qualquer outra. Já o estupro coletivo é visto como uma farra entre amigos, em que a vítima escolhida sempre tem culpa, por estar no meio de bandidos ou por ter usado drogas. No máximo, dependendo da situação, é um castigo contra a mulher que, de alguma maneira, tenha afrontado o poder por eles representado. Os traficantes, entretanto, não veem o estupro coletivo como um crime de abuso sexual. Pelo contrário, eles próprios abominam crimes de ordem sexual e ameaçam estupradores nas cadeias. É difícil entender a lógica que rege esse comportamento... Em muitas ocorrências como as aqui citadas, as vítimas não conseguem reagir, o que a psiquiatria e a literatura forense chamam de ‘paralisia do estupro’. É um fenômeno cerebral, uma imobilidade extrema, que acontece também em outras situações — como quando uma mãe que vê o filho sofrer uma queda grave e não consegue socorrê-lo, ou nem sequer gritar, ou quandoum navio está naufragando e algumas pessoas não conseguem correr para osbotes. Não é uma escolha, e sim uma impossibilidade, por razões ainda não muito conhecidas... Sem saber que esse é um fenômeno ainda pouco explicado, a vítima tende a se culpar, e não apenas isso: há implicações legais também. Como já vimos, a definição de estupro nos Estados Unidos incluía, até 2012, apenas episódios em que havia luta ou resistência contra o agressor. Nesse episódio da Espanha, a imobilidade foi usada para desacreditar a jovem, mas, ao fim, o Tribunal entendeu que a vontade dos agressores não se impõe apenas pela violência, mas também pela intimidação... Os dados do sistema penitenciário reforçam a enorme diferença entre a quantidade de estupros cometidos por pessoas do sexo feminino e masculino. Em 2018, nossas cadeias tinham 30.868 homens presos por crimes de estupro, estupro de vulnerável e atentado violento ao pudor. Apesar de esse último ter sido excluído do código penal em 2009, ainda há quem esteja respondendo por crimes que foram enquadrados na lei anteriormente à mudança. Também há os delegados que registram esses episódios de forma errônea, qualificando-os como um crime que nem existe mais em nosso país. Entre as mulheres, havia um número bem menor: apenas 369 detentas encontravam-se encarceradas pelo mesmo tipo de crime, sendo que, desses casos, 82 eram qualificados como estupro e 38 como atentado violento ao pudor. A maior parte, 249, respondia por estupro de vulnerável... O uso de álcool e outras drogas é uma das desculpas mais recorrentes entre os estupradores. A impressão que se tem é que eles transferem toda a culpa por seus atos para os entorpecentes, tentando dar a entender que, em seu estado normal, jamais seriam capazes de cometer os crimes atrozes pelos quais foram condenados. Porém, segundo o psiquiatra Miguel Chalub, para que as drogas sejam a verdadeira força motriz por trás de um crime como esse, seria preciso que o limiar de controle do cérebro fosse afetado, ou seja, seria necessário baixar o controle. A maconha não é capaz de fazer isso, nem mesmo a cocaína. O álcool, por sua vez, até poderia fazer isso em certo grau. É uma droga lícita, e realmente abaixa o nível ético, diminui o controle, amoral da pessoa. Em alguns casos, pode acontecer de a consciência da pessoa que ingeriu doses consideráveis de bebida alcoólica ficar muito diminuída, mas isso não é algo comum. Na maior parte dos casos, a pessoa sabe muito bem o que está fazendo. A bebida e o uso de outros entorpecentes também não aliviam nenhum estuprador na esfera criminal. Quando o indivíduo toma a decisão de beberou de se drogar, torna-se responsável por tudo o que acontece a partir daí. E, de acordo com nosso Código Penal, se o estuprador decide usar drogas ou bebidas para então ‘criar coragem’ e cometer o crime, o uso dessas substâncias é, inclusive, um agravante que pode aumentar a pena... Foi-se o tempo em que a esposa era propriedade do marido. O Código Civil ainda estabelece obrigações conjugais, mas o sentido é outro. A lei fala em fidelidade, vida em comum no domicílio conjugal, mútua assistência, respeito e consideração, isso tanto para o marido como para a esposa, valendo para os dois lados. Por muito tempo, o chamado ‘débito conjugal’ foi interpretado erroneamente como obrigação de fazer sexo, mas, mesmo nessa interpretação, o não cumprimento dessa ‘obrigação’ pode, no máximo, embasar um pedido de divórcio ou a anulação do casamento. Nenhuma lei autoriza, nem jamais autorizou, ninguém a forçar sexo com outra pessoa, ainda que seja cônjuge. Isso é crime de estupro, e talvez o tipo de estupro mais difícil de ser provado, mas, mesmo assim, continua sendo crime. É preciso que todos saibam disso... Pelo fato de o estupro ser considerado, de acordo com o Código Penal brasileiro, um crime hediondo, a pena necessariamente sempre tem que começar a ser cumprida em regime fechado, e há regras mais rígidas para a progressão para o regime semiaberto, quando o preso pode sair da cadeia durante o dia para trabalhar ou estudar e só precisa voltar para a penitenciária às dezoito horas. Se, para crimes comuns, a progressão do regime pode vir depois do cumprimento de um sexto da pena quando o detento apresenta bom comportamento, nos casos de crimes hediondos é preciso cumprir um tempo maior no regime fechado: pelo menos dois quintos da pena...”
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Carlinha PPinto 29/02/2024

Ufa!
Foi uma leitura difícil. O assunto é muito pesado para uma mulher.
Ao ler este, há reconhecimento, revolta, sofrimento, medo, pavor, choque, mas também muita informação. Informação no sentido de saber sobre a lei, onde podemos buscar auxílio, nossos direitos, detalhes que nunca vi em lugar algum.
Prepare-se para ler mas leia.
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Rose 26/01/2024

Livro importante e necessário
No primeiro semestre de 2023, 1 mulher e/ou menina foi estuprada a cada 8 minutos. Um aumento de 14,9% em relação ao mesmo  período de 2022.

Este é um dado real, alarmante e triste.

Neste livro feito pela jornalista Ana Paula, não vamos nos deparar com estatísticas, vamos nos deparar com a cruel realidade das mulheres e crianças brasileiras.

Durante 4 anos a jornalista percorreu o país coletando entrevistas com vítimas e parentes, criminosos, médicos e especialista e o resultado é este livro reportagem mostrando a vergonhosa realidade brasileira, onde o machismo é tão enraizado em nossa cultura, que a mulher ainda é vista como culpada pelo ataque.

Se isso não é absurdo o suficiente, pior é ver as próprias mulheres, das mais simples as mais graduadas, como até mesmo juízas, questionando e culpando as vítimas.

São relatos doloridos, que se machucaram a mim, nem imagino a dor que elas carregam. Pois além se sofrerem pelas agressões, ainda precisam conviver com a vergonha, culpa, acusações, desconfianças, medo. Vivem com um sistema que em vez de amparar e cuidar, muitas vezes enrolam e constrangem.

O livro não trás apenas relatos de casos reais, conhecemos também  alguns direitos femininos, assim como procedimentos e atendimentos especializados para estes casos.

É um livro importante e esclarecedor, que deveria ser usado em escolas.

Um livro que trás para debate a banalidade desta violência e suas causas.

Mulheres, eduquem seus FILHOS, as mudanças começam em casa.

Homens, eduquem seus FILHOS, você pode não ter filha ou irmã, mas tem mãe, e ela pode ser uma vítima de estupro, visto que este crime atinge mulheres de todas as idades.

Como a jornalista bem destacou, a vítima NUNCA, JAMAIS é culpada. VOCÊ NÃO TEM CULPA!

Foi uma leitura difícil e enriquecedora, precisei respirar fundo em vários momentos, mas é um livro que recomendo a todos. Apenas cuidado com os gatilhos.
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Vida De Leitor 30/12/2023

O livro é um compilado de casos com entrevistas com as vítimas, famíliares das vítimas, criminosos e especialistas.
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Se debruçando sob uma rica análise de crimes de estupro que ocorrerm em diversos locais do país, a autora nos mostra como o patriarcado enraizado na sociedade contribui para culpabilizar as vítimas de crimes de estupro.
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Chamam atenção as estatísticas apresentadas, pois é gritante a quantidade de criminosos dessa prática que são parentes das vítimas ou amigos próximos da família. Outro ponto importante é que é uma leitura que trata também dos direitos das mulheres.
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Leis, atendimento especializado, direito ao aborto com relação ao estupro, procedimentos que toda mulher tem direito
de reinvindicar quando é vítima desse tipo de crime também são bem abordados.
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É uma leitura rica em informação, mas contém muitos gatilhos. É impossível não se emocionar por inúmeras vezes durante a leitura. Os relatos são esmagadores e algumas vezes é preciso respirar fundo para seguir a leitura.
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Muitas pessoas ainda acreditam que igualdade de gênero na sociedade é balela. Mas acredito que tudo começa lá no início, logo na infância. Educar meninos com consciência sobre igualdade de gênero é uma pauta que merece debate.
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Nesse livro percebemos o quanto a sociedade machista molda a forma como as mulheres são educadas, como elas se comportam na sociedade com medo de terem seus corpos violados, suas vozes caladas e suas vidas ceifadas.
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Para mais conteúdos literários siga @viva.vidadeleitor no instagram ?
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Samira.Nasc 25/12/2023

Falar para desmitificar
Um livro muito mais que necessário. Por muitas vezes parei a leitura para respirar um pouco. Impossível imaginar a força e coragem de Ana Paula e sua equipe para construir esse livro, haja estômago.
Ler esse livro para mim foi um constante desconforto, não só pelos relatos das vítimas mas também dos abusadores que, ao meu ver, apenas buscam controle e afirmação de poder sobre a vítima. O relato da família ribeirinha foi o que mais me tocou, a empatia para com a história, intervenção e desfecho me atingiu de maneiras inimagináveis, apesar dos apesares, Ana Paula você foi gigante.

Sobre dor, negligências, julgamento, poder e controle
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Isah Evy 23/12/2023

Doloroso & necessário!
Tive que parar para respirar - e chorar um pouquinho também - durante toda a leitura desse livro. Cheguei a questionar se eu realmente queria continuar a ler, mas é de uma grandiosidade tão indispensável que parar de ler é como cometer um crime.

Minha primeira impressão é que pela linguagem seria um livro muito intimista e raso, mas com o desenrolar do que era contado eu percebi que realmente era um livro intimista e que a autoria dialogava com as vítimas e com o leitor, mas de raso não tinha nada, e ouso dizer que apenas uma mulher teria tanta empatia e compreensão pelas vítimas.

?É inacreditável que, nos dias de hoje, ainda seja preciso frisar que a vítima nunca é culpada, que não importa o que ela estava vestindo, se bebeu, a que horas estava na rua. O estuprador não ataca por causa disso, inclusive porque há crianças ou idosas que são atacadas, crimes que acontecem em plena luz do dia e dentro de casa. O comportamento do criminoso não é responsabilidade da vítima.? ? Ana Paula Araújo.

Tudo nesse livro dói, mas é uma dor necessária. As histórias de superação, de ajuda, de amor, de respeito, de apoio são muito maiores e significativas do que as de maldade humana. Torço para que esse livro seja acalento para aqueles que passaram por uma violência sexual - para mim foi - e que seja impulsionador para que mais pessoas lutem contra o estupro.

?Ao reler as entrevistas de vítimas e criminosos, até hoje, mesmo depois de todo o tempo decorrido, a sensação de revolta e indignação ainda é a mesma, mas essas histórias não estão aqui simplesmente para chocar. Estão para nos fazer pensar. O que todos nós, homens e mulheres, podemos fazer para que coisas assim não aconteçam mais?? ? Ana Paula Araújo.

Termino minha resenha com uma das frases mais lindas desse livro: ?E, para você, que sofreu algum tipo de violência sexual, só queria dizer que desejo muito que consiga encontrar paz. [?] A vida de todos nós é moldada pelo pacote das nossas experiências, e a pior de todas elas não deve nunca ser a mais importante.?
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Aline221 17/12/2023

Necessário
Esse livro é extremamente necessário.

apesar de muitas vezes parar de ler para surtar, de ficar ficar sem ler para recuperar o bom senso, a experiência em ler isso foi incrível.

acabei descobrindo muitas coisas que não sabia tanto sobre abuso quanto sobre as leis ou relatos. Algo que achei muito interessante e me chamou a atenção foi a representação do norte e nordeste do brasil, ao qual é constantemente esquecido pela população do sul e sudeste, essa inclusão foi muito importante!

o livro e um choque de realidade para algo que vemos em nosso cotidiano mas não pensamos sobre, como para nós mulheres que nunca sofreram um abuso, o quão distante isso é, mas pode nos ocorrer a qualquer momento, ou como agimos em relação ao machismo e misoginia enraizadas em nossas mentes. onde nem pensamos sobre a gravidade dessa pauta.
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Tabita.Cardozo 13/11/2023

Palmas para o trabalho primoroso e de excelência feito pela jornalista Ana Paula Araújo. Esse livro deveria ser OBRIGATÓRIO na grade curricular das escolas e universidades. A cultura machista e misógina de nossa sociedade, letigima o estupro tornando esse crime bárbaro em algo banal e é o único crime em que ainda se cogita a culpa e a responsabilidade da vítima que são as mulheres em sua grande maioria dos casos. Obrigada Ana, por tanta clareza e firmeza ou trazer à luz uma discussão tão necessária.
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