Ana Helena 13/02/2024Adoro a série. Antigo mas aborda temas muito atuais. O livro é em grande parte narrado pela Morgana e suas dores, após fugir de Avalon
quando soube que havia engravidado de seu irmão no rito do Gamo Rei.
Também é contato por Morgause, que nos mostra como ela tem afeição e gosta do
poder que exerce sobre Gwydion, filho de Morgana e Artur. Que se sente, algumas
vezes confusa sobre os sentimento que possue por Morgana e por Gwydion. Visto
que considera ambos como filhos.
Também é narrado pela, algumas vezes, pela Rainha Gwenhwyfar, que neste livro
se encontra ainda mais bitolada com a punição de Deus. Deixa de viver e faz tudo
pensando em redenção e perdão de seus pecados. Também vemos a Rainha
pensando de forma obsessive sobre como quer ter um filho e que isto não lhe
aconteceu em razão de seus pecador e dos de seu Marido, o Rei Artur.
A leitura me fez sentir a certeza de que Deus não tem um caderninho onde anota os
nossos pecados e nossas redenções. Gwen é uma mulher completamente obssecada,
torturada pela crença na religião e vive uma vida infeliz, por conta de uma crença
totalmente limitante.
Já Morgana, não vive na mais autentica das felicidades, mas consegue se manter
sempre com uma visão mais positiva sobre tudo e é por isso, que vive da melhor
forma que poderia em sua época.
Acredito que este livro, sirva muito bem para nos mostrar o perigo e as armadilhas
da religião e das crenças sem o crivo do bom senso. E ainda, ressalta como a Igreja
Católica chega dominando tudo, com seu discurso sobre pecado e sobre como deixamos
de ser "abençoados" em razão de sermos pecadores.
Uma excelente leitura para nos colocar de uma forma crítica nos discursos ainda muito
constantes na atualidade, principalmente quanto à religião.