Pamela.Christine 01/06/2021Mulheres invisíveis abrem a cidade...'Um feminismo decolonial' nos apresenta diversas críticas ao feminismo liberal/civilizatório e às políticas imperialistas, além de demonstrar a necessidade do movimento abordar categorias que se interconectam: gênero, sexualidade, raça, etnia, classe etc.
"[...] sou adepta de um feminismo que pensa conjuntamente patriarcado, Estado e capital, justiça reprodutiva, justiça ambiental e crítica da indústria farmacêutica, direito dos/as migrantes, refugiados, fim do feminicídio, luta contra o Antropoceno-Capitaloceno racial e luta contra a criminalização da solidariedade". (pág. 38)
Também faz críticas ao Estado Francês, ainda com práticas coloniais, e ao feminismo cujo olhar se limita às questões de gênero e se abstém das práticas de Estado e da exploração do capital.
Na segunda parte do livro, a autora aborda a questão limpeza nas cidades, uma reflexão mais do que necessária em tempos de pandemia.
"Escrevi este livro para mostrar que o trabalho de cuidado e limpeza é indispensável e necessário ao funcionamento do patriarcado e do capitalismo racial e neoliberal; contudo, embora indispensável e necessário, ele deve permanecer invisível, marcado pelo gênero, racializado, mal pago e subqualificado". (pág. 11)