Os sofrimentos do jovem Werther

Os sofrimentos do jovem Werther Goethe




Resenhas - Os Sofrimentos do Jovem Werther


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Coruja 05/03/2018

Há muito eu estava devendo a leitura de Os Sofrimentos do Jovem Werther - é um título que está na minha lista desde que devorei Fausto, alguns meses antes de começar a faculdade. Goethe me fascinara com a história do sábio doutor e o demônio Mefistófeles e queria muito conhecer mais dele. Mais de uma década depois, peguei uma edição de bolso do Werther para afinal completar tal lacuna. Não tenho desculpas para esse atraso, além do fato de que havia muitas pilhas de livros ainda não lidos na estante...

Escrito em forma epistolar, Os Sofrimentos do Jovem Werther resume muito bem sua história no título. Jovem, inteligente, dado à melancolia, ao romantismo e ao exagero, Werther navega meio sem rumo pela vida, desenhando, lendo poesia e ouvindo as histórias do povo, até conhecer Carlota. Órfã de mãe, Carlota cuida do pai e dos irmãos menores com desvelo. Seu pragmatismo para as coisas familiares, contudo, não afeta a alma sensível e romântica. Para além da beleza, o gosto pela música, pela dança e pela literatura fazem com que Werther se aproxime da moça. E tudo iria muito bem, não fosse um pequeno detalhe: Carlota é noiva de Alberto, um jovem comedido e sensato, com quem, a princípio, Werther também admira e devota amizade.

Para tentar esquecer a moça, Werther acaba por aceitar um emprego burocrático do governo em outra cidade. A rotina, a suposta pequenez de seu chefe e da sociedade do lugar para o qual se mudou começam a sufocá-lo e não demora muito para que ele esteja de volta aos pés de Carlota, a essa altura, já casada. Conhecendo seu caráter e os arroubos já antes ditos, não é preciso muito esforço para compreender que estamos diante de uma tragédia anunciada.

Goethe convence muito bem da verossimilhança de sua obra. O livro abre e fecha com notas de um editor anônimo, que teria compilado as cartas, visitado os locais e as pessoas citadas para investigar os fatos, antes de apresentá-los ao leitor. A retirada de nomes de locais, de pessoas, de sobrenomes dos protagonistas, são recursos que passam a impressão de que se está a proteger a identidade delas. O próprio fato de que temos apenas as cartas de Werther como fio narrativo, sem as respostas do amigo, Guilherme, reforçam essa impressão geral.

Termos apenas o lado de Werther cria também uma ambiguidade sobre os outros personagens. Temos apenas a narrativa dele, a forma como ele enxerga o mundo e as justificativas que ele dá àqueles que encontra em seu caminho. Werther enxerga o que quer enxergar, quer seja uma suposta intolerância por parte de Alberto, quer seja uma correspondência de seu afeto por parte de Carlota. Levados pela intensidade dele, é difícil tentar julgar os outros personagens sem ser pelo seu filtro. Ou, pelo menos, foi isso que aconteceu comigo.

Simpatizei com o Werther da primeira parte, ingênuo, entusiasmado e fundamentalmente autêntico. Ele é generoso com seu tempo, sem seu talento, com sua bolsa. Ele escuta os aldeões, busca conhecer suas histórias, encanta-se com crianças, perde-se nas belezas que o mundo pode oferecer. Seus primeiros encontros com Carlota, descritos com delicadeza e afeto, transformam cenas prosaicas em pequenos bibelôs. Sua aversão à burocracia e à falsidade, quando passa a trabalhar para o embaixador, é algo fácil com que se identificar.

Mas, então, Werther larga tudo, trabalho e responsabilidades, não escondendo o desdém por aqueles que considera abaixo de si intelectualmente. Há empáfia e arrogância em seus comentários sobre aqueles que deixa para trás e talvez tenha sido esse o momento em que comecei a enxergá-lo como um menino mimado, egoísta. Seu arrebatamento no retorno para Carlota, a maneira como ele prioriza seus próprios sentimentos acima de todos que o cercam, tornando-se não apenas inconveniente como extremamente cruel, fizeram com que ele perdesse toda a minha simpatia.

O amor que ele protesta por Carlota, para mim, não é amor, mas paixão obsessiva, ciumenta, perigosa. É um amor que se reflete na história do camponês com quem Werther faz amizade no começo do livro; o homem que, apaixonado por uma viúva, acaba por matar outro empregado porque 'se ela não fica comigo, não fica com mais ninguém'. Que Werther se identifique com esse colono, que justifique o crime porque 'foi por amor' diz muito mais que um sem número de cartas apaixonadas. A essas alturas, não há mais como torcer pelo rapaz e suas atitudes finais, a escolha maliciosa das armas para seu suicídio - de forma a causar o máximo de culpa e desespero - não podem ser vistos como menos que calculadas.

Desconfio que estou pelo menos quinze anos muito velha e muito cínica para me deixar de fato seduzir pelo romantismo de Werther. Tampouco consigo entender como o sentimentalismo do rapaz influenciou tantos leitores a se matarem - o livro é famoso pela epidemia de suicídios que deixou em seu rastro, quando foi publicado, em 1774, algo que ficou conhecido na história como "Efeito Werther" -, o que talvez se explique pela diferença no contexto histórico. Contudo, não é difícil perceber porque Os Sofrimentos do Jovem Werther é um dos grandes clássicos da literatura ocidental e um marco do romantismo.

Goethe soube trabalhar cada faceta de seu protagonista, e cada palavra de suas cartas. Não há expressões supérfluas, nem cenas que destoam do todo; tudo o que acontece é por um motivo, espelha um outro momento do romance - e isso cria um efeito muito interessante de eco, de antecipação. Desde o começo, há o prenúncio daquilo que virá, não só pela espiral depressiva de Werther, mas por outros detalhes também (como a recorrência das pistolas de Alberto em cena). Tudo isso faz com que o livro seja bem conciso - são menos de duzentas páginas - sem deixar nada importante de fora; não há necessidade de mil e uma explicações ou descrições para que Goethe consiga o impacto que a história de Werther encerra. Sendo dada à prolixidade, sempre fico impressionada com autores que conseguem dizer tudo o que é preciso dizer de forma tão precisa. Por outro turno, impressionou-me o vocabulário (tive de parar algumas vezes para ir ao dicionário) e, olha, nesse quesito, creio que essa tradução da Nova Fronteira ficou de parabéns.

Pessoalmente, ainda prefiro Fausto, ou melhor, Mefistófeles, que acho um personagem interessantíssimo. Mas Werther, inclusive por conter algo de autobiográfico (Goethe teve uma paixão intensa e proibida por sua própria Carlota, noiva de um amigo seu), sem dúvida merece a importância literária que tem. Menino mimado pode ele ser, mas é também um poeta como poucos.

Está findo o contrato. Vamos ao próximo...

site: http://owlsroof.blogspot.com.br/2018/03/sofrendo-com-o-menino-werther.html
Salomão N. 05/03/2018minha estante
A obra inteira do Goethe é autobiográfica ao extremo, do Werther ao Fausto, passando pelo Wilhelm Meister e outros personagens!
Pois é, também não sou um grande apreciador desse romance, mas sou um apaixonado pela tragédia do Fausto na versão Goethiana.


Emmerson 05/03/2018minha estante
Ótima resenha! Vejo o Werther como uma boa obra de um escritor em começo de carreira. Ainda distante da qualidade narrativa que ele demonstraria com o Wilhelm Meister ou a criatividade do Fausto.




13marcioricardo 23/06/2023

Amor, Obsessão, Doença, Suicídio.
Romance epistolar do gênio alemão Goethe. Os sofrimentos do Jovem Werther revela a história de um jovem que se apaixona à primeira vista por uma mulher já comprometida.

A escrita do autor é digna de aprendizagem. Um texto limpo, organizado, a roçar a perfeição. Este clássico levou a uma onda de suicídios na Europa. Assim, também a obra é digna de estudo.

E como não há duas sem três, digno de saber devia também ser este cuidado, este amor, este capricho que a editora teve. Para quem ama livros é um bálsamo. Está de parabéns Antofágica, ganhou mais um admirador.
Regis 23/06/2023minha estante
Gostei da resenha, Márcio. ???
Ele está na minha lista há algum tempo.


13marcioricardo 23/06/2023minha estante
Obg Régis ?




Denise Ximenes 23/10/2021

Soco no estômago
Se há gatilhos por meio da ficção, esse aqui é um. Goethe narra a vida de Werther, um jovem que se apaixona arrebatadoramente por Charlotte e, de forma muito consciente, sucumbe, frente à impossibilidade de realização desse amor.

Muito mais um romance psicológico, Goethe vasculha as possibilidades inerentes a essa tosca sensibilidade, vivenciada por cada um de nós. Não raras vezes, sentimos um soco no estômago produzido pelas reflexões do protagonista: "Tudo nos falta quando faltamos a nós próprios!"

A partir de Werther, o leitor é levado a entender as razões de um suicida. Isso foi tão forte na época em que foi lançado (1774), que o livro foi proibido por ser considerado um mau exemplo.

Um clássico mundial, promotor de muitas, muuuuuitas reflexões e uma delas, eu assinalo com as palavras do próprio Goethe: "Qual é o destino do homem senão suportar a parte de sofrimento que lhe toca, tragar seu cálice até a última gota?"
Joao 24/10/2021minha estante
Parabéns pela resenha Denise!! Esse livro é maravilhoso.


Denise Ximenes 24/10/2021minha estante
Obrigada, João! ?




Pedro Henrique 11/05/2021

O amor é o termômetro da vida
"Os sofrimentos do jovem Werther" é um clássico da literatura alemã escrito em 1774, que marcou épocas e gerações e levou muitos ao êxtase da reflexão e ao ápice até mesmo da loucura.

Foi escrito como uma autobiografia do autor, Goethe, através de cartas da personagem Werther ao seu amigo, Guilherme, em que foram registradas reflexões, poesias e o amor de Werther à Carlota, o grande amor de sua vida, que não pode ser sua, em razão de já ter sido prometida a outro.

É um livro intenso, puro por retratar sentimentos sinceros e recheado de lindas frases e profundas reflexões. Confesso que fui tocado pelo livro e, em muitas passagens, me identifiquei com o Werther, apesar do seu fatídico fim.

Enfim, indispensável aos ávidos leitores dos clássicos mundiais.
Samuel 12/05/2021minha estante
Eu li esse livro pra aula de literatura, gostei bastante da leitura apesar de não estar acostumado com a forma que ele é escrito


Pedro Henrique 12/05/2021minha estante
Legal, Samuel. De fato a escrita é diferente, mas o livro realmente é muito bom!




Wellington 02/04/2022

Os Sofrimentos do Jovem Werther – 9,5
Sofrido quando o personagem que você gosta vai adoecendo. É como o murchar de uma belíssima flor; você vê os sinais, repara nas ramificações tristes, e nada pode fazer.

Goethe é citado em artigos, livros de fenomenologia e eu não sabia por quê; agora sei. Primeira obra que leio e encontrei rara sensibilidade. Guardo várias passagens com carinho.

Difícil comentar. A fala corrompe a beleza da contemplação e, aqui, mais vale sentir que raciocinar. É sobre amor e perdição, sonho e pesadelo, céu e inferno; encanto, voo, queda. Todos irão se identificar com alguma parte, impossível que não: Goethe fala sobre afetos, sobre a vida.

Claro que a edição da Antofágica é linda, cheia de gravuras e com diagramação perfeita. Werther escreve cartas a um amigo e o livro as temporaliza sutilmente na ordem perfeita entre luz e sombra, esconder e mostrar.

Se me identifico com Werther? Sim! Já tive meus excessos amorosos, quem me conhece que o diga. Mas Werther é ainda mais cabeça dura que eu.

Aliás, o livro ajuda a lembrar que não é só por uma pessoa que nos apaixonamos; é por todo o universo que vemos encarnado nela. O ser amado é a junção de toda a beleza do mundo. E mal percebemos, como Werther, que a beleza parte de nós mesmos.

Deve ser bom reler em momentos diferentes da vida, mas creio que em todos sentirei essa conexão. Recomendadíssimo.

site: https://www.instagram.com/escritosdeicaro/
Cosmonauta 02/04/2022minha estante
Epítome do adolescente


Wellington 02/04/2022minha estante
Mais comum na adolescência, sem dúvida. Mas não são eles também quem mais conseguem sonhar? Hehehe. Prós e contras!




Regina279 20/12/2020

Épocas diversas, porém a mesma impressão
Recentemente, comentava mais uma vez com uma amigairmã sobre minha antipatia em relação a Werther - sentimento curioso, diga-se de passagem, tendo em vista meu estranho apreço por cavalheiros literários de singular conduta - e me dei conta de que li Os Sofrimentos do Jovem Werther na juventude, mais ou menos à época em que também li Eurico, o Presbítero, tendo guardado deste empatia que neguei a Werther, ainda que ambos tivessem alguma semelhança de pensamento e conduta.

Vim, então, aqui à estante para lembrar qual avaliação dei a Os Sofrimentos do Jovem Werther; visivelmente surpresa, descubro que sequer acrescentei este livro aos meus lidos, sendo que é meu costume incluir aqui até mesmo as obras das quais não gostei.

Então, num arroubo romântico bem a propósito, resolvi deixar de lado algumas obrigações por um breve momento para, numa rápida releitura, uma vez mais acompanhar Werther em suas desventuras e tentar entender por qual motivo lhe voto tanto desprezo há tantos anos. Talvez minha diferença de idade nesta releitura pudesse me tornar mais permeável às angústias do jovem atormentado de amor...

Contudo, a juventude e a maturidade comungam da mesma opinião: Werther não me desperta empatia, não adianta. Seu comportamento caprichoso, inconveniente, algumas vezes beirando o infantil me impacienta, e o travo amargo de velado despeito temperado com certa crueldade dissimulada em relação a Alberto e Carlota retiram do último ato de Werther a grandeza que até poderia ter - grandeza que consigo enxergar em Eurico, em Hamlet. E, de certa forma, essa (pretensa) grandeza também está presente em Heathcliff, este sempre constante em sua notória sordidez de caráter.

Diante disso, Werther, desculpe; mas, real oficial, dedico a você apenas aquela célebre frase atribuída ao Capitão Rhett Butler: sinto muito, querido, mas não me importo.
Coruja 21/12/2020minha estante
Concordo plenamente, Régis... Quando finalmente me dei a chance de ler esse livro, fiquei sem entender o que era tão impressionante na montanha de egoísmo do Werther que justificasse a epidemia de suicídios que ele causou...


Regina279 22/12/2020minha estante
Acredito, Lulu, que a onda de suicídios da época por conta do Werther foi motivada mais pelas ideias românticas de morrer por um ideal ou de libertar a alma sensível da opressão de um mundo, de de uma sociedade, frios e materialistas do que exatamente para exaltar a figura do Jovem Werther... Honestamente, até acho tocante s esses idealismos da alma sensível, mas prefiro a conduta de Eurico ?




Tauan 23/09/2015

O primeiro livro que leio do famoso escritor alemão foi também o primeiro de sua carreira.
A história, escrita de forma epistolar, é dividida em duas partes, na primeira, o protagonista, Werther, conta, por meio de suas cartas ao amigo Wilhelm, sobre uma viagem que está fazendo; ele se retirara do ambiente natal para viver em uma pequena vila campestre. Nesse lugar, ele conhece Charlotte, Lotte, por quem se apaixona, a despeito de ela ser noiva.
Na segunda parte, há também cartas à Lotte e intervenções do editor (algum amigo de Werther que, após a sua morte, se põe a reunir os fatos do livro), no sentido de especificar fatos que não ficam claros apenas pelas cartas, recorrendo a relatos de testemunhas e anotações particulares do protagonista.
Consta que a inspiração para a escrita foi a própria paixão de Goethe por Charlotte Buff, noiva de um amigo.
Também é sabido que a obra, fortemente psicológica, pois o personagem abre sua mente e seus infortúnios ao leitor, teve grande repercussão na Europa, elevando Werther a status de herói e influenciando outros em situação parecida à do personagem a também se suicidarem.
Apenas para finalizar, segue o trecho, essencialmente macabro, em que são descritos os momentos finais de Werther:
“Quando o médico chegou, o infeliz estava no chão. Não havia salvação para ele; embora o pulso ainda batesse, todos os membros estavam paralisados. Havia atirado na cabeça, acima do olho direito, e os miolos saltaram para fora [...] A mancha de sangue que se via no espaldar da poltrona indicou que Werther estava sentado à sua escrivaninha quando disparou a arma; que em seguida tombara e, debatendo-se na convulsão, rolara ao lado da cadeira. Estava estendido de costas, perto da janela, e não teve mais forças para fazer qualquer movimento.”
Mayane25 23/09/2015minha estante
gosto muito das tuas resenhas :)


Tauan 24/09/2015minha estante
Obrigado!
No blog tem mais: pausaparaaleitura.blogspot.com.br




Isadora Trindade 18/04/2023

"Como estou feliz por ter partido! Caro amigo o que é o coração do homem?"

Livro ótimo! Um clássico bem fácil de ler com uma escrita poética e melancólica.
Isadora Trindade 19/04/2023minha estante
Possível releitura. Quero ler o livro físico na próxima vez.


Isadora Trindade 19/04/2023minha estante
Resenha péssima, eu sei... mas esse livro é tão tocante, tão romântico e intenso que não tenho palavras para descrevê-lo. Recomendo demais demais, não é atoa que foi um livro revolucionário...




Poli_ 22/08/2021

Amor ou obsessão?
"Por que o que faz o homem feliz pode tornar-se a fonte de sua dor?"

O livro é narrado através de cartas escritas de Werther para um amigo, então temos a perspectiva da história quase integralmente apenas pelos olhos dele. O livro se resume na paixão platônica e supervalorizada que Werther nutre por uma jovem comprometida, e o início dele já prenuncia um final trágico. Ainda assim, não deixa de ser comovente acompanhar essa paixão desmedida de Werther, todas as reflexões e o declínio da sua mente, causado pela frustração desse "amor" impossível.
Libio 23/08/2021minha estante
Ae! Que orgulho, aguardando mais resenhas hehe


Poli_ 23/08/2021minha estante
A pedido de milhares, farei mais kkkkk




spoiler visualizar
Wilma 07/02/2022minha estante
Nossa, faz tanto tempo que li esse livro. Preciso reler ??


Nary 08/02/2022minha estante
Super apoio




Luma 23/01/2023

Uma linha tênue entre ficção e autobiografia. Um clássico que vale a pena ler. É bem curtinho e podemos entrar na história e viver (e sofrer) com o protagonista.
Paulet 26/01/2023minha estante
é difícil de ler/entender?


Luma 26/01/2023minha estante
Não, são cartas que ele escreve ao melhor amigo. Vamos sentindo as emoções e mudanças ao longo da trajetória...




Selennie 03/09/2010

Dizem q o livro é deprimente.
Boato de emo!

O livro se divide em duas partes: na primeira, Werther se apaixona e Deus e o mundo são maravilhosos, cheirosos, alegres e cheios de cor; na segunda, ele percebe que ela nunca será dele e vai apontando os podres e vergonhas da sociedade.

E todas duas são cheias de genialidades.
Américo 03/09/2010minha estante
O livro é bem interessante, bem dividido e possui idéias e trechos realmente muito bons. O único ponto fraco que achei é que em diversos trechos a leitura pode se tornar um pouco repetitiva ou cansativa.




Victor.Hussein 06/10/2016

Romantismo intenso
Goethe foi uma das mais importantes figuras da literatura alemã e do Romantismo Europeu, nos finais do século XVIII e inícios do século XIX.
Nesta obra prima, o autor nos apresenta Werther, um jovem rapaz, que por motivos de trabalho, se encontra longe de família e colegas, mas que ainda se comunica por cartas com Whilhelm, narrador, e suposto amigo do jovem.
Vale dizer que o livro, escrito em terceira pessoa, foi o marco inicial do Romantismo na Europa, e seu tom é autobiográfico, apesar de Goethe ter tido o cuidado de alterar alguns locais, datas e pequenos fatos.
No conteúdo das cartas, Werther expressa sua paixão recheada de tragédias com Lotte, que desde sempre, foi prometida à um noivo: Albert, grande amigo de nosso personagem principal.
Passando-se os dias, Werther se apaixona cada vez mais, sustentando seu utópico amor, do qual pensa ser recíproco. Após um ardente beijo, Lotte se abre à Werther, mas assente que o relacionamento de ambos é impossível, pedindo para não vê-lo nunca mais.
Sabendo do casamento próximo de sua amada, nosso personagem amargamente se suicida em seu quarto.
‘’Os sofrimentos do Jovem Werther’’, é um clássico incontestável, que revolucionou a literatura da época, sendo uma obra admirada até hoje.
Dentre as características do romantismo que apresenta, estão: A liberdade de escrita mais abrangente ao autor, ou seja, não há obrigatoriamente o uso de rimas ou métrica perfeita, subjetividade e a valorização de sentimentos das personagens, valorização da imagem feminina, indicada como um ser superior à ser alcançado, vínculo com natureza, como os campos descritos nas cartas de Werther, momentos nos quais presenciou com Lotte, dramaticidade, egocentrismo no objetivo da personagem, o uso de substantivos abstratos e figuras de linguagens como metáforas.
Todos estes aspectos fazem da obra um clássico fácil de se ingerir, apesar da suposta ‘idade’, a obra é bem facilitadora em relação à leitura.
Em suma, uma curiosidade: Após a sua primeira publicação, em 1774 como dito, teria ocorrido na Europa uma onda de suicídios, e esta atribuída à influência do personagem de Goethe, e que foi chamada "efeito Werther".
Prof. Gabriel 14/10/2016minha estante
Poderia ter ativado o aviso de Spoiler '-'


Victor.Hussein 09/11/2016minha estante
foi mal cara, em algumas resenhas esqueci de colocar o spoiler




literatriz 28/12/2022

Sentimental eu sou, eu sou demais
Tudo neste livro é digno de um clássico.

Esse livro é poético, bucólico, é complexo, a forma como tudo é descrito, a natureza, os sentimentos, pensamentos, me deixou tão imersa na leitura, por dias li esse livro e me encontrei entre as páginas. Werther, sua paixão e seu desespero tão fervorosos, tão a flor da pele, poético e urgente, um personagem marcante e incompreendido, tão facilmente arrebatado, seja pelo amor ou pelo tédio, experimenta os altos e baixos, mas para mim a forma como ele descreve tudo é o melhor, ele fala repetidamente dos olhos negros de Lotte, a sua devoção, a forma como se deleita de coisas tão pequenas, de gestos ambíguos, suas opiniões, sua maneira de defender o que acredita mesmo quando tão sentimental, isso é o primor dessa história.

''Este meu coração, que é meu único orgulho e a única fonte de tudo: de toda a minha força, de toda a fortuna e de toda desdita. Afinal, o que eu sei, qualquer um é capaz de saber — mas só eu sou portador deste meu coração''

Um livro firme nos sentimentos, estreia como nada antes, obra inigualável.
SihNeurótico 03/01/2023minha estante
Esse livro é minha paixão dos clássicos, Deus! Me fez apaixonar tanto que comprei outros livros do Goethe. Trato ele como meu melhor amigo, quando as coisas estão difíceis gosto de lembrar dele, mesmo que trate suicídio e um romancismo estrondoso, é minha paixão


literatriz 03/01/2023minha estante
Eu me apaixonei por esse livro e muitas vezes me vi no Werther, levo até pro pessoal quando falam mal dele. É espetacular, estou querendo ler mais do Goethe




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