Resenhas - Quincas Borba

Nescaw 22/05/2024

Bom
Eu não li por espontânea vontade, minha professora de literatura passou este livro. Mas eu gostei da história, embora tenha voado em algumas parte. É uma leitura bem puxada e complexa, com vocabulário rebuscado. O livro se tornou bem maçante ao longo do tempo e foi o que eu mais demorei pra terminar. Mas enfim, é uma nova experiência pro cérebro ??

Siliane.Ferrari 22/05/2024

Um clássico
Gostei muito da leitura. A história nos prende e motiva a continuar lendo até o final. Vale super a pena ler esse clássico brasileiro.

arqueofarias 21/05/2024

Não gostei tanto quanto gostaria. Prefiro outras obras do Machado disparadamente.
De uma forma geral, achei que o foco da história que era pra ser o caso do cachorro com a herança foi deixado de lado e surgiram algumas histórias paralelas e sem empolgação.
A parte cômica sobre alguns personagens e a sociedade daquele período é um dos pontos altos.
Achei ok.
Mas certamente farei uma releitura no futuro, pois Machado merece ??

BeatrizLeone 21/05/2024

Se fosse resumir, diria que é um livro sobre: ego
Ego do Rubião mesmo antes do corpo esfriar, e ao longo de toda a história, focando em aparências e se manter com a ?galera legal?, mesmo que isso significasse abdicar de si próprio

Ego nas relações de amizade, casamento, politicas? em absolutamente todos os capítulos você vê alguém tentando se dar melhor ou se aproveitando de alguma forma do outro

Acho que isso diz bastante sobre o ser humano em sociedade, sobre a nossa sociedade; Bauman explica?

E, pra mim, o nome do livro é em razão do Quincas Dog, reizinho puro da história e todo o motivo da riqueza inicial do Rubião

rayssadioli 21/05/2024

Eu adoro a forma como o Machado expõe a sociedade da época, que, apesar de tudo, se assemelha bastante da atual, daí um dos motivos do livro ser considerado um clássico. As alusões à futilidade da sociedade são feitas aqui, como já era de se esperar, por meio das ricas ironias que só Machado consegue elaborar.

A alegoria que mais se destaca no livro é a das batatas, a qual, de forma extremamente simplificada, justifica que a glória deve ser dada aos vencedores. Tal alegoria pode ser melhor entendida com a leitura do livro, que nos mostra o jogo de interesses que rola entre os personagens para obtenção de vantagens.

Eu, particularmente, também gosto bastante das partes em que o narrador estabelece uma relação mais direta com o leitor, chamando-o em alguns momentos. Isso atribui à história um tom ainda mais único, típico do autor, que aparece em vários de seus romances (pelo menos nos que eu já li).

O protagonista aqui, na verdade, não é bem Quincas Borba do livro ?Memórias Póstumas de Brás Cubas?, como eu esperava que seria, mas Rubião. Quando vi que, na verdade, o Quincas Borba não iria ter uma presença significativa no livro, eu fiquei meio enfurecide kkkkk, uma vez que gostaria de ver mais um pouco das ?loucuras? de nosso velho. No entanto, conforme fui avançando na narrativa, adorei como a construção do protagonista Rubião foi se desenvolvendo, personagem este que sofre um ?declínio? ao longo do livro.

Algo que também muito me agradou é a relação entre Rubião e Quincas Borba (o cachorro), que é, após a morte do seu dono, também chamado Quincas Borba, entregue aos cuidados de Rubião. No início, ele logo se livra do cachorro, mas depois se vê na obrigação de cuidá-lo e decide ir buscá-lo. A relação que se constrói entre eles é, como o leitor verá, umas das únicas verdadeiras no livro, já que as relações aqui são, em sua maioria, permeadas por interesses.

Os personagens, de maneira geral, têm a função de serem retratos da sociedade medíocre e hipócrita da época (que, cá entre nós, pouco mudou nesse quesito com o passar dos anos). Há várias pessoas que se aproveitam da ingenuidade de Rubião para se beneficiarem financeiramente, o que contribui para o seu gradativo declínio, o qual chega ao ponto de enlouquecer, tal como Quincas Borba (humano) ficou antes de morrer (bem no início do livro). Não acho que saber que Rubião enlouqueça seja um spoiler, já que saber disso pouco afeta na experiência (além do que, convenhamos, spoiler de um livro escrito há tanto tempo soa ridículo demais), mas, pelo contrário, acredito que contribui para uma melhor leitura, uma vez que o leitor, sabendo disso, poderá entender melhor e relacionar como se deu essa ?queda? do protagonista.

Em relação às considerações finais, se for comparar esse com o aqui já mencionado ?Memórias Póstumas de Brás Cubas?, fica meio injusto, já que é o meu livro favorito do autor. Contudo, esse também é incrível, de modo que acredito que deveria ser mais lido, a genialidade do autor aqui também se faz evidente, tanto pelas várias camadas presentes na narrativa quanto pela sua forma única de escrita. Eu li nesse momento devido ao vestibular da USP que farei esse ano, mas esse é um daqueles livros da lista que vai além de uma prova por todos os motivos aqui já apontados.

ingridingriding 21/05/2024

Eu sei que é objetivamente bom, mas odeio ter que ler obrigada (pela 4a vez)!
4 estrelas pq é objetivamente bom, mas não é entretenimento pra mim e tudo bem, eu acho!

shes_heavy 20/05/2024

Ao vencedor, as batatas!
O terceiro e mais difícil livro de Machado de Assis que leio, e claro, tão bom quanto os dois anteriores. Diria até que são estes três complementares, e que tive sorte de os ler na melhor ordem possível.

Caso queira ler Machado, recomendo ler primeiro Brás Cubas, para que se tenha situado esse alvo (A burguesia carioca) e terreno (Rio de Janeiro do Sec 19) a que machado, pelo menos nesses três livros, aborda. Dom casmurro sucede evoluindo o argumento com uma delicadeza e inteligência assombrosas, entrando a fundo nas relações e deturpações desse arquétipo. E por fim, Quincas Borba, seguindo uma comédia catártica de tudo aquilo que ele expõe nos dois romances antes citados.

Sophya 19/05/2024

Cão
Acho que absolutamente todos os personagens são egoístas, menos o cachorro. O primeiro a se destacar e o último a morrer. Antes eu pensava que ele era o Quincas Borba homem personificado, mas talvez seja o próprio o cerne da filosofia enquanto alma pura.

Joaquim 16/05/2024

Adoro Machado de Assis, mas esse livro foi um pouco complicado e não me conquistou.
Gostei da ideia que Machado queria trazer na obra, mas achei que ha muita enrolação, o que torna a leitura extremamente monótona.
O título do livro não é muito pertinente, tendo em vista que os personagens que possuem esse nome não foram muito abordados.

Helo.Arthuzo 16/05/2024

O limite da bondade
O livro clássico escrito por Machado de Assis tem uma história interessante porém talvez pelo formato dos capítulos não prende muito a atenção. O enredo é criativo e tem uma moral de extrema importância. Sua literatura tem influências do antropocentrismo expresso no naturalismo (escola realista), já que o mais fraco decai e o mais esperto sobressai.
Em um mundo de extrema luxuosidade, ganância e trapaça, os personagens do livro interagem entre si, sendo o principal um homem inteligente mas que é enganado e perde consciência, morrendo como um ?louco? (ou fiel entendedor da realidade) como seu falecido amigo que lhe herdou uma gigante fortuna.

Rafael.Merrighi 16/05/2024

Ótima leitura
Esse livro me prendeu demais, adorei a história e as personagens são super carismáticos e reais. Ele como um todo é ótimo, por mais que seja meio grandinho para a história que tem, ele funciona bastante.

Flavia.Rios 12/05/2024

Tive dificuldade com a leitura deste livro. Os capítulos curtos tornaram a história segmentada e com pouca fluidez. Esse formato me deixou desmotivada e dispersa. Isso foi uma experiência pessoal, que talvez outras pessoas não tenham. Talvez me falte maturidade como leitora para gostar dessa obra tão aclamada por todos, mas foi difícil pra mim.

Quem sabe em uma releitura. No entanto, Machado é sempre Machado, e sempre vale a pena dedicar seu tempo a conhecer seus escritos.

GuiAtreides 12/05/2024

Quando o dinheiro toma conta ? de fato um clássico
Quincas Borba foi um livro custoso para mim; não sei por qual razão, mas, de início, a leitura não estava fluindo e não conseguia passar mais de duas horas com este livro. Entretanto, a partir da página cinquenta, quase sessenta, o livro começou a me conquistar consideravelmente. A alusão feita entre os dois personagens, Quincas Borba (o filósofo, não o cachorro) e o Rubião é extraordinária, tendo em vista que, após receber a fortuna do filósofo, ele (Rubião) progressivamente vai se tornando cada vez mais semelhante ao filósofo, sendo uma crítica muito convincente ao dinheiro, simultaneamente possuindo aquele toque cômico que o Machado não economizava ao escrever.

Experiência magnífica, queria ter lido em ordem "certa", já que o Quincas Borba aparece originalmente em Memórias Póstumas de Brás Cubas. Estou devendo esse grande clássico, tal como Dom Casmurro. Pretendo lê-los o quanto antes, pois adorei a leitura de Quincas Borba. De fato um clássico.

Yuukinaas 07/05/2024

Início de leitura lenta e arrastada. Lido para uerj já comecei com o pé esquerdo,mas fui dando lgumas chances. Entrando na trama só a partir do meio do livro fiquei bem curiosa com a relação de Rubião e Sofia e no que ia dar. E fui completamente surpreendida do meio pro final. Achava que seria uma história de traição mas Sofia foi até que bem fiel ao marido. E Rubião coitado,ficou literalmente louco de amor.

Stefany413 04/05/2024

"a dor é uma ilusão"
Esse tipo de livro com certeza não é pra mim, muito tedioso.



"Filosofia é uma coisa, é morrer de verdade é outra."

"eu prefiro ser fraco com você a sê-lo com qualquer outra pessoa."

"enquanto uma chora, outra ri; é a lei do mundo."