Resenhas - Quincas Borba

Bruna Peixoto 04/08/2023

Ao vencedor, as batatas!
Muito bom. Rubiao representa a vida de todos nós, cercado de hipocrisia e de pensamentos bons e ruins.

Rafa 03/08/2023

Ao vencedor, as batatas!
A loucura de Rubião surgindo sutilmente foi oque eu mais gostei pq me surpreendeu. Sobre os personagens, nao há nenhum que seja cativante embora ache triste o fim do próprio Rubiao e Quincas borbas.
Nao foi uma leitura que me prendeu, demorei muito a terminar e ainda assim me obriguei a terminar. Por muitas vezes lia sem entender o capítulo ou qual a necessidade dele na historia.

laurelin 01/08/2023

O pobre daquele cachorro...
O Machado de Assis na fase realista deveria ser pack de leitura de todo o brasileiro.

Nesse livro, é narrada a história de Rubião, um homem de vida mais simples, que vivia em Minas Gerais, que de repente se vê rico ao ganhar toda a herança de seu amigo, Quincas Borba.

A loucura, tema recorrente das obras realistas do autor, se faz mais uma vez presente e escrita de um jeito muito discreto no início ? você nem percebe que Rubião está apresentando sinais de declínio mental até ele começar a achar que era o próprio Napoleão III.

Impossível sentir apreço por qualquer personagem da obra, exceto pela D. Fernanda e pelo cachorro. Todos os outros são vãos, supérfluos, corrompidos pela sociedade em que vivem, crítica assídua de Machado em suas obras.

Leitura recomendada!

theo33 30/07/2023

Apesar de eu ser um entusiasta do machado de assis, esse livro não me cativou tanto, infelizmente ?
é uma leitura interessante, mas difere do que eu sou acostumado a ler e gostar, então por um tempo achei a leitura entediante :/

swrrano 24/07/2023

Ao vencedor, as batatas!
Machado de Assis, o que o senhor fez?

precisei ler quincas borba pro vestibular e tava mto receosa de ser uma leitura arrastada e difícil justamente por ser obrigatória e ter uma pressão em cima disso, principalmente por conta da grande reputação do autor.

mas caras.... foi sensacional! tendo estudado a obra antes me ajudou bastante, e foi mto mais fácil pegar as suas críticas e reflexões. e fiquei mto surpresa tb com algumas reviravoltas! mesmo demorando um pouco, foi divertido amém amém amém

Gabi 23/07/2023

Quincas Borba
Leitura 2/18 dos vestibulares

Quincas Borba é um livro clássico e eu tenho muito problema para ler clássicos. Os livros não me prendem ou, quando prendem, é só no final, como foi o caso deste livro.

O resto dessa resenha vai ser mais como uma forma de estudo para mim, mas fiquem a vontade para ler ? (ela vai ser feita com as minhas impressões e com o que o meu professor de literatura passou).

Quincas Borba foi publicado originalmente em folhetins, então os capítulos possuem no máximo 2 páginas. Às vezes, possuem apenas uma frase. Além disso, é narrado em terceira pessoa com o intervalo de tempo entre 1867 e 1871 (Ssgundo Reinado). O livro se inicia em Barbacena (MG, onde mandavam os considerados loucos), se desenrola no Rio de Janeiro e finaliza em Barbacena.

A história acompanha Rubião, que é herdeiro universal do filósofo ricasso Quincas Borba, mas sob a condição de cuidar do seu cachorro com o mesmo nome (Machado de Assis não explica se o título é por causa do cachorro ou do dono original).

Rubião cuida, inicialmente, do cachorro com interesse na herança, porém, se acaba se afeiçoando ao animal. Ele tem, desde o início do livro, sonhos de grandeza e, por ser um "novo-rico", gasta com tudo como se seu dinheiro fosse infinito. Assim, acaba sendo uma vítima da própria ambição e da própria imaginação.

Ele também é uma vítima da manipulação da corte e, principalmente, do casal Palha. Rubião conhece Cristiano e Sofia (por quem se apaixona) no trem quando sai de Barbacena. Cristiano é movido pela ambição material e Sofia pela ambição social (como fica evidente quando ela cria um comitê que era para ser de caridade, mas a faz ascender socialmente e descartar amizades antigas, tais como o major Siqueira e sua filha, dona Tonica). Cristiano ostenta Sofia em todos os bailes, já que ela é sempre a mulher mais bonita e bela, faz os homens a olharem com admiração e cobiçarem-na, mas sabendo que Cristiano é o único que a tem. Já Sofia adora ser vista e cobiçada (por exemplo, quando Carlos Maria se declara para ela e depois a esquece para se casar com sua prima, Maria Benedita, ela odeia ter deixado de ser seu objeto de admiração).

No Rio de Janeiro, o casal introduz o protagonista em seu círculo de amigos. Além disso, Cristiano enfia o Rubião em uma sociedade de negócios de capital financeiro e Sofia manipula o Rubião (aqui há o amor e sedução como forma de exploração moral e social) para continuar apoiando os negócios de seu marido e perdoando as dívidas. Em outros momentos do livro, Rubião quer pegar parte do seu dinheiro de volta, mas Cristiano fica resistindo e querendo controlar a sua fortuna. Ainda, há em outra passagem em que Cristiano, já tendo lucrado muito por causa de Rubião, desfaz a sociedade com este e continua os negócios por conta própria para obter todo o lucro.

Também há a exploração do Rubião por parte do doutor Camacho. Inicialmente, fazendo-o investir em seu jornal quando este está necessitando. Posteriormente, manipulando Rubião para ingressar na política (coisa que o protagonista nunca quis). Isto apenas contribuiu para suas ideias de grandeza.

Após ganhar certa influência na corte, Rubião também é explorado por alguns "amigos" que se tornaram seus "discípulos". Eles iam todas as noites na casa do Rubião para jantar e fumar os charutos dele, sob o pretexto de ouvir seus ensinamentos.

Quando, finalmente, enlouquece, Rubião tem delírios em que acredita ser Napoleão III. Ele passa por vários delírios entre os seus conhecidos, até que a dona Fernanda (prima de Carlos Maria) se enche de pena e fala para o casal Palha que eles deveriam cuidar do Rubião, colocando-o em uma casa de saúde. O casal fala que irá fazer isso, principalmente para manter as aparências, já que uma apenas uma conhecida de Rubião queria que ele fosse tratado, os seus amigos mais próximos deveriam fazê-lo.

Mas o casal Palha só faz algo depois de Rubião sair na rua acreditando ser Napoleão III e uma multidão o ver. Eles o colocam em uma casa de saúde e recolhem seus bens, vendo que Rubião gastou toda a fortuna herdada.

Por fim, Rubião decide fugir e voltar a Barbacena, onde ele e o cão, Quincas Borba, morrem.

Cat Lu 23/07/2023

Chato ou genial: depende do leitor
Não consigo elaborar uma sinopse para a história, já que ela não decorre sobre um enredo específico, mas sobre a vida de Rubião, o protagonista, depois que um amigo morreu e o deixou uma herança, além de seu cachorro (Quincas Borba), que leva o nome do falecido dono.

Achei que a herança e o cachorro representariam coisas mais significativas para o clímax do livro, mas foi praticamente uma abertura, apenas.

Salvo algumas reflexões e sarcasmos do narrador, não gostei do livro. Minhas partes preferidas foram o começo e o final. O começo foi bom para
me fazer ler; e, o final, para não me decepcionar tanto.

Contudo, não li o livro de forma atenta e engajada; demorei bastante para terminá-lo, quase como se fosse uma obrigação, e muitas vezes lia sem entender de verdade o que as palavras queriam dizer. Provavelmente, isso contribuiu bastante para que eu não gostasse do livro. Creio que ele é bem melhor do que eu posso expressar.

Lívia 13/07/2023

Aiaai
Não sei como colocar bem em palavras. Rubião é um personagem que causa raiva e compaixão. A verdade é que não há nenhum personagem que consegui ter um amor, preferimento (só o cachorro mesmo, coitado. Pensa em um bichinho humilhado ?).
No início até dava pra gostar um pouquinho de Sofia, mas pensa em uma mulher que irrita em alguns atos. Quanto mais o livro chegava no fim mais os personagens revelavam que eram, em sua grande maioria, interesseiros e mal amados ?.

Karlla 13/07/2023

Li esse livro porque é uma das leituras obrigatórias, mas confesso que não achei de todo um livro "chato", e a linguagem não é tão rebuscada também. Avaliei com duas estrelas porque não faz o meu tipo de livro que eu goste.

Doris8 10/07/2023

Rubião meio canalha
Apesar do Rubião ser bem inconveniente em algumas situações, eu fiquei com dó pela forma como ele e o cachorro dele morreram. Nossa e coitada da filha do major, eu achando que ela ia ter um final feliz e no fim se fudeu bonito.

Joao.Vitor 05/07/2023

Humanitas é o princípio!
É um livro incrivelmente complexo. Os personagens a exceção do Quincas Borba (cão) não são fáceis de acompanhar ou de criar qualquer simpatia.

A minha percepção é de que esse é um livro sobre o orgulho, competição por dinheiro, amor e status, sendo aqueles que usaram os métodos mais sujos vitoriosos.

De um modo ou de outro, o mergulho no orgulho acaba por afogar os personagens no fim.

Nazrat 02/07/2023

Tomado pela loucura
Mais uma vez embasbacado pela escrita machadiana. A forma como Rubião é tomado pela loucura é tão fluída e, digamos, natural, quando vejo, ele já é um Napoleão! E sem contar as nuances e multidimensionalidade de cada personagem e como cada um se aproveita do então herdeiro.

Mateus P. 30/06/2023

Aaa rubião
Foi difícil me apegar , foi difícil me entreter porém conseguiu, com o passar das páginas eu ficava mais interessado em saber as peripécias desses personagens e aonde iria chegar tudo isso ?
eu fico muito contente de ter gostado da história, apesar de muitos pontos ( decorrente da época q foi escrito ) serem errados e completamente inadequados, a história é envolvente e coesa !
machado soube desenvolver muito bem o personagem principal , senti q conhecia esse tão bem q poderia prever seus atos ( hahaha ).
nao é uma linguagem difícil e chata, tudo flui naturalmente , gostei.

Jonathan153 28/06/2023

Depois de Memórias Póstumas, Machado nos brinda com outro clássico do realismo brasileiro. Não deixa nada a desejar a um Balzac ou Flaubert.

najuliass 27/06/2023

"E que melhor maneira de ferir o eterno que mofar das suas iras? Eu passo, tu ficas; mas eu não fiz mais que florir e aromar, servi a donas e a donzelas, fui letra de amor[...] Tu não, ó eterno; tu zangas-te, tu padeces, tu choras, tu afliges-te! A tua eternidade não vale um só dos meus minutos."