O Estranho Mundo de Zofia e Outras Histórias

O Estranho Mundo de Zofia e Outras Histórias Kelly Link




Resenhas - O Estranho Mundo de Zofia e Outras Histórias


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Eveliin 02/01/2013

Sinceramente...
O que faz uma pessoa escrever um livro tão sem noção como esse? E ainda conseguir ganhar prêmios?

Não não não, eu até entendo que as vezes um livro para chamar atenção, precisa de um algo mais. Talvez uma história mais profunda, dramática, um toque a mais de terror ou fantasia, sabe lá.

Agora me vir com um monte de histórias sem pé nem cabeça, escritas por uma moça que provavelmente usou e abusou de algum tipo de alucinógeno, foi demais para minha pobre cabeça.

Eu curto histórias com muita fantasia e horror, mas o que a Kelly tentou fazer, não desceu.

Confesso que me deixei levar pela bela capa, sinopse, elogios e comparações com Alice e A noiva cadáver, sendo este último o meu filme predileto!

Mas digo em alto e bom som (na medida do possível e sem perder a classe rs): é uma VERDADEIRA AFRONTA dizer que ‘O estranho mundo de Zofia e outras histórias’ segue o estilo das criações do Lewis e do Tim!
Humpf >:/

Peço desculpas se em algum momento (hehe) fui rude, mas eu precisava por isso para fora antes que me corroesse por dentro.

Bom, se alguém curte mesmo histórias nesse estilo, não se importando se nada faz sentido, e isso inclui os personagens, a trama e principalmente os finais, então esse livro é uma boa pedida.
Helloise 06/02/2013minha estante
"Confesso que me deixei levar pela bela capa, sinopse, elogios e comparações com Alice e A noiva cadáver.

Mas digo em alto e bom som (na medida do possível e sem perder a classe rs): é uma VERDADEIRA AFRONTA dizer que ?O estranho mundo de Zofia e outras histórias? segue o estilo das criações do Lewis e do Tim!
Humpf >:/"

Concordo plenamente! A primeira história é a única legal. Ela poderia ter continuado com ela pelo resto do livro em vez de ter escrito as outras.


Gabrielle 02/03/2013minha estante
Acabo de abandonar, li até o quarto conto e realmente foi uma grande decepção. Meu genero favorito é fantasia, mas esse livro não foi fantasioso, foi TEDIOSO. Não consigo entender como tal livro conseguiu ganhar prêmios assim como não entendo como pôde ter sido PUBLICADO.


Eveliin 03/03/2013minha estante
Pois é meninas, nunca entenderemos o motivo desses contos não terem ficado só na cabeça daquela mulher..


Brunela 04/03/2013minha estante
Alice é tão bizarro e onírico quanto Zofia. Até comprei briga quando li Alice na íntegra e em inglês, huahua (que também é alucinógeno).
Eu gostei muito de Zofia porque foi o livro mais original e diferente que li até hoje. Os contos são realmente sem noção e parecem inacabados, mas ela escreve muito bem e pra mim, isso é pré-requisito para uma história ser boa. Agora uma coisa é certa: o livro devia vir com um aviso de "cuidado: a leitora pensa fora da caixinha".


Eveliin 09/03/2013minha estante
Entendo sua posição Bruna, estou lendo Alice em prt e um dia lerei o que ganhei em inglês (huhu) rs, mas enfim é realmente uma hst BEM louca, só que consigo ler numa boa,sem estressar rs
Enfim, fico feliz que você tenha gostado da Zofia e achou uma leitura que valeu a pena, no entanto comigo não foi assim /:


morganarosana 24/07/2013minha estante
Este livro é mais surrealista, não se pode querer tentar encontrar algum sentido pra ele. Ele é o que foi criado pra ser, sem noção, fora da realidade. E isto não é ruim. Porque pra mim, o livro todo foi uma loucura, mas uma loucura legal, contagiante. Várias vezes me peguei sim me perguntando mas que M-- é esta? Ou, cadê o resto do conto? Mas depois desencanava. E ele tem sim elementos de Burton, Gaiman e Carroll. só que nas obras que ele é comparado, pode-se reconhecer além dos elementos de estranhamento, uma história linear, com desenvolvimento de drama e todas estas coisas (mesmo em Alice, que é super psicodélico). Já neste livro não, são contos completamente não-lineares e que deixam o leitor sem chão. (muita gent gosta de histórinha, de começo, meio e fim. não que seja ruim, mas poucos estão acostumado com este tipo de conto)


Eveliin 30/07/2013minha estante
Éee




Drin.Pereira 23/10/2012

Não fluiu
Pois é, várias vezes cogitei a hipótese de abandonar a leitura.
Alguns contos têm lá seus raros momentos onde a história fica interessante, mas ela acaba se perdendo pelo caminho e sendo insatisfatória.
Uma pena, esperava que a leitura seria muito mais agradável, e que viajaria com prazer por todas as histórias.
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Ju 21/09/2012

Doces travessuras de Zofia e sua turma
O Estranho Mundo de Zofia e Outras Histórias

Autora: Kelly Link

Editora: Leya


Sinopse


Um livro maravilhoso, que ultrapassa os limites da imaginação! Que tal encontrar um mundo inteiro numa bolsa? Ou jogar pôquer com parceiros, digamos, apocalípticos? O livro que você possui nas mãos nada mais é do que o fantástico e mágico mundo de Kelly Link, uma das autoras mais consagradas da atualidade. Considerado o melhor livro do ano, "O Estranho Mundo de Zofia e Outras Histórias" permeia os limites da imaginação dos que se permitem ser transportados a um mundo fabuloso, cheio de estranhas criaturas, coelhos, jogos muito estranhos, fantasmas, zumbis, feiticeiras, amores e heróis. Deixe-se levar pelas encantadoras histórias deste livro. Afinal, quem precisa de realidade? "O Estranho Mundo de Zofia e Outras Histórias" é a prova de que sonhar define o tamanho do poder da criação.


Para começar, desde que vi esse livro, não consegui tirar os olhos dele. Vamos começar pela capa que é simplesmente genial e criativa. Este livro ganhou ainda mais pontos comigo. Quando fui ler a contra capa e vi a indicação do Mestre Neil Gaiman, descobri que é um livro na mesma vibe que Alice no País das Maravilhas, Sandman e Noiva – Cadáver. Bem, eu simplesmente pirei e comprei o livro sem pensar duas vezes.
Caso queria ler este livro, primeiramente saiba que ele não é um livro comum. Mas como assim ele não é um livro comum? Digamos que ele segue a linha do surrealismo fantástico com pintadas de humor negro. Pense em “Os fantasmas se divertem” e “O estranho mundo de Jack” e adicione doses de fantasia, filmes trash, filmes B dos anos 80 e você terá este livro.
O livro começa com o primeiro conto chamado “A bolsa mágica”. Nele, descobrimos quem é Zofia e morremos de rir com ela. Esta personagem tem todas as características que mais amo nos personagens. Zofia é uma avó meio louca e mística que conta histórias sem noção do lugar que ela veio para a neta. Extremamente surpreendente
Outro conto que conseguiu a minha atenção foi “Animais de Pedra”, nele percebemos o quanto o livro Alice no país das maravilhas foi uma grande inspiração para a autora. Diria até que ela quis fazer uma homenagem e foi muito feliz ao fazer isso! Neste conto, coelhos gigantes ameaçam e protegem a família que reside na casa, onde aos poucos seus objetos e eles próprios começam a ficar “assombrados”.
Apesar de ter um enredo extremamente fantástico, Kelly Link compõe os personagens de uma forma simples, ao mesmo tempo de uma forma única e tão comum, que faz com que a gente se identifique, como por exemplo, no conto “Magia para iniciantes” que conta a história de um grupo de amigos apaixonados por um programa de TV pirata no qual a personagem principal é uma raposa e ninguém nunca viu os atores e a cada dia, este programa passa em um canal diferente.
Ao terminar de ler, bateu aquela saudade e senti aquele gostinho de quero mais, por favor. Fazia tempo que não lia algo tão inovador, encantador e único. Faltam escritores que defendam sua história com tanta paixão e uma abordagem moderna como a dela.
Costumo dizer aos meus amigos que este livro é uma viagem do início ao fim. Escrito por Kelly Link, é um livro de contos altamente psicodélicos que não seguem a narrativa comum. Aqui você não vai encontrar mocinho, vilão e o caso que deve ser desvendado. A qui as situações e histórias se desenrolam de forma completamente diferente e... estranha!
Li muitas resenhas e poucas pessoas conseguiram enxergar o espírito da coisa. Acredito que muitos leitores estejam acostumados com histórias que possuam início, meio e fim e mocinhos e vilões. Mas esse não é o caso deste livro. Pense em finais loucos, que não sejam felizes e que te surpreendam. BAH, você vai ter nesse livro (sem spoilers, acalmem-se).
Me identifiquei com a escrita da autora, pois em seus contos, há presença de personagens fantásticos como os zumbis que recheiam as suas histórias. Várias vezes enquanto lia, pensava no Apocalipse Zumbi. Essa sensação ficou mais forte ainda ao ler o segundo conto chamado “O Hortak” que me fez lembrar os filmes dos anos oitenta e os personagens sem noção daquela época. Sem dúvidas, este conto é um dos meus preferidos. Mas não espere, uma história tradicional. Isso você não vai ter nos livros de Kelly Link! E que bom, pois é isto que o torna ainda melhor!
Olha, se você é um leitor que não curte leituras ou histórias inovadoras, vá preparado para ler o livro, ele é extremamente diferente e encantador. Mas se você é um leitor que como eu, não tem medo de se arriscar, que precisa de coisas novas, curte Neil Gaiman, Tim Burton, filmes trash e anos 80. Olha, eu acho que você vai pirar!
O que mais me atraiu nesse livro sem dúvidas é que a autora é dona de uma personalidade e criatividade ímpar. Eu quero ser como Kelly quando crescer, que roubou meu coração e minha alma!
Prestem atenção nesse nome, vocês ainda vão ouvir muito falar dela.
Este livro me presenteou com um surto literário e já estou pensando em ler novamente. Sim, eu sou louca. O mais legal é que quando a gente lê esse livro, a gente não se sente sozinho ♥


Para quem não conhece Kelly Link, saiba que a autora ganhou uma viagem de volta ao mundo respondendo à pergunta "Por que você quer viajar ao redor do mundo?" ("Porque não se pode passar por dentro dele.")

Isso é tudo =)

Kelly Link é uma escritora de contos estadunidense[1]. Suas histórias se enquadram no estilo descrito como slipstream: uma combinação de ficção científica, fantasia, horror, mistério e realismo. Link e seu marido (Gavin Grant editam desde 1997 um fanzine de fantasia semi-anual intitulado Lady Churchill's Rosebud Wristlet (ou LCRW). O casal vive em Northampton, Massachusetts.
Lais Ribeiro 15/04/2013minha estante
Sua resenha me fez querer dar uma chance pra esse livro :)


Zinha 03/05/2013minha estante
Obrigada, era tudo o que eu precisava pra poder clicar em comprar rs
Alice, Tim, Gaiman, Bob Dylan e loucura, tudo a ver. É mistura certeira!


Beatriz 16/05/2013minha estante
adorei sua resenha, você comparada com as outras pessoas aqui, foi a que conseguiu realmente entender a proposta da kelly Link, eu li e comprei sem pensar também. E esse livro é o meu preferido. Pois sai daquelas historias normais, da coisas para pensar. e faz com que cada um interprete da forma que bem entender. Pena que alguns não consigam interpretar pois estão contaminados com a logica meio fula da vida.


Jj 21/11/2014minha estante
Foi essa minha opinião quando li esse livro, a pessoa tem q ter uma mente aberta e se preparar para tirar sua conclusão, por q ele e intrigante.




Tainá Antunes 22/05/2012

Intrigante.
Que eu saiba, até hoje não tinha lido um livro mais estranho e intrigante como esse.

Neste livro de Link, há diversos contos que, por mais que comecem normalmente, terão um desenvolvimento e/ou uma conclusão completamente anormal.

Seja em Animais de Pedra, onde coelhos gigantes parecem ameaçar e não ameaçar a casa, que aos poucos tem seus objetos e moradores ficando 'assombrados', uma esposa grávida que ao invés de desejar comer algo exótico, investe diáriamente em novas cores para as paredes (usando uma grande máscara de oxigênio para não fazer mal ao bebê.)

Seja em Pele de Gato, onde pessoas podem se vestir de gatos e gatos de pessoas, onde bruxas não podem ter bebês e por isso os fazem com lixo ou qualquer outra coisa (e sim, eles são 'crianças' normais depois).

Seja em Magia para iniciantes, onde um programa pirata nunca é passado no mesmo horário e no mesmo canal, e a maior parte do seu elenco nunca é o mesmo.

Ou seja em Calmaria, onde em meio a amigos e sobre uma mesa de poquer são contados contos dentro de contos, cada um mais estranho do que o outro. Noivas que se multiplicam em cópias esverdeadas e alienígenas, animadoras de torcidas trancadas dentro do armário tendo conversa sobre o estranho tempo (que é contado de trás pra frente, no caso, ao invés de pais terem filhos, filhos tem os pais) com o Diabo, que brinca com o mesmo.

Entre outros contos, Link realmente produziu uma maravilhosa obra.
Ju 03/09/2012minha estante
Olha, concordo plenamente como você. O livro em si, sem dúvidas, me ganhou. A Kelly tem uma forma muito única ao escrever e essa coisa instigante, estranha e anormal me ganhou completamente *_*
Você sintetizou muito bem ;)




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Helloise 10/05/2012

A única estória boa de fato foi A Bolsa Mágica, que é excelente! Seria melhor que ela tivesse continuado essa estória em vez de escrever as outras.
Seria melhor que ela escrevesse poesias. Se a compararam a J.K. Rowling, só devem ter lido a primeira estória do livro (A Bolsa Mágica).
Marina 01/09/2012minha estante
"Se a compararam a J.K. Rowling, só devem ter lido a primeira estória do livro (A Bolsa Mágica)."

É isso!! Tirou as palavras da minha boca...




C r i s 26/10/2011

Sou suspeita para falar desse livro pois devo confessar que logo nas primeiras páginas me identifiquei muito com a escrita da Link, que é muito parecida com a minha e até então eu não tinha visto nada assim. O livro é composto de 9 histórias fantásticas, e acontece de algumas serem incríveis e outras um lixo, seguindo o estilo da arte de encher lingüiça. Para quem, assim como eu, gosta de surrealismo, eu recomendo esse livro, que é diferente e muito criativo. Minhas preferências pelas histórias A Bolsa Mágica, Animais de Pedra, Magia para Iniciantes, O Hortlak e até mesmo Pele de Gato. Mesmo as histórias ruins não conseguem ofuscar as geniais, por isso vai para os favoritos.
Ju 03/09/2012minha estante
Concordo, tive a mesma opinião que você. Apesar de alguns contos serem relativamente fracos, achei esse livro extremamente maravilhoso e é uma obra completamente inovadora. Sinto falta de livro e escritas como as da Kelly!




Aline 01/06/2011

Surpreendente, confuso e incrível
Pesquisando sobre a autora, Kelly Link, acabei descobrindo coisas ótimas sobre ela. E outras bem curiosas, também. Na própria orelha do livro, tem a seguinte informação:

O primeiro livro de Kelly Link, "Stranger Things Happen" foi considerado o livro do ano pela Salon e pela Village Voice. (...) O estranho mundo de Zofia e outras histórias é considerado um dos livros da década por The Onion, The Village Voice e HTML Giant, além de ganhador dos prêmios Locus Award Winner, Young Lions Award, Bram Stoker, e finalista do World Fantasy.

Nada mal para primeiro e segundo livros, certo?

Mas, o que me chamou a atenção mesmo [e o que representa muito bem a escrita e capacidade de surpreender da autora] são as últimas palavras da orelha:

Kelly Link ganhou uma viagem de volta ao mundo respondendo à pergunta "Por que você quer viajar ao redor do mundo?" ("Porque não se pode passar por dentro dele.")

Botem fé, ela ganhou uma viagem ao redor do mundo com essa frase.

Preciso dizer: a mulher é dona de uma criatividade assustadora.

Tirei essa conclusão antes mesmo de terminar a leitura, porque TODOS os contos do livro se mostraram tão surpreendentes quanto o último. São originais em todos os aspectos. Eu nunca, em toda a minha vida leitora, encontrei outras narrativas que tivessem temas ao menos um pouquinho similares. Uma hora é uma bolsa completamente bizarra e uma avó vinda de um país maluco e que, agora, vive feliz dentro da bolsa atemporal feita com pele de cachorro. Depois, são coelhos num jardim de uma casa no subúrbio que observam constantemente enquanto tudo (sabonetes, TV, um roupão, escritórios, escovas de dentes e até o filho do casal) fica "assombrado" e ninguém suporta usar ou se aproximar. Outra hora, são pessoas que se casam com mortos e seus filhos nascem mortos, porque a vida é um gene recessivo, como os olhos claros das pessoas. Em outro momento, tem um conto sobre um programa de TV bizarro, outro sobre uma loja de conveniências chamada "Noite-Inteira" e uma mulher com fantasmas de cachorro no carro.

Freak? É, a lógica vai por essa linha mesmo. Você pegou a essência.

Portanto, eu deixo bem claro, como disse lá em cima mas não custa repetir: se você não é chegado em narrativas estranhas, surpreendentes e que, no fim, não deixam nada explícito que faça sentido, não leia esse livro. Não gaste seu dinheiro comprando. Não passe perto dele. Porque, como consta na contracapa, "Kelly Link é a mais pura e distinta surrealista da América".

E vocês sabem, certo? O surrealismo serve pra isso mesmo. Pra ser surreal e deixar a gente confuso, quebrando a cabeça tentando achar algum sentido, por mais invisível [ou inexistente] que ele seja.

Ah, outro aviso: esse não é um livro pra crianças ou pré-adolescentes ou pessoas jovenzinhas demais (tanto de idade física quanto mental). Eu juro que achei que era quando comprei. Sabe como é, né. Capa bonitinha, fantasia, a primeira história fala de uma adolescente... me enganei. Já no terceiro conto (tirando os acontecimentos meio nebulosos e um pouco sombrios dos anteriores, que não significaram muita coisa, existem milhares de histórias sombrias perfeitamente boas, não importa a idade) encontrei um trecho que cita uma situação um tanto quanto inesperada: uma transa dentro de um canhão. E transa não foi a única palavra que ela usou, havia alguns "fodi" e "fodeu" no meio. E, depois, essa transa continuou durante um voo dos personagens que transavam. Tudo porque o marido da moça acendeu o canhão, fazendo eles serem arremessados no ar.

É.

De qualquer forma, se não fosse isso, eu manteria minha opinião. Não é um livro pra criança ou pessoas com a cabeça meio... bom, "jovem", pra não dizer "em processo de amadurecimento". Que acabei falando da mesma forma. Não por causa desses trechos, mas a narrativa em si pode exigir mais interpretação do que alguém sob essas condições seja capaz de oferecer. Não pela idade em si, pois tem pré-adolescentes por aí com uma competência leitora muito melhor do que a de muito adulto. Mas enfim, acho que deu pra sacar o que eu quis dizer.

No geral, agora expondo a MINHA forma de ver o livro, posso dizer que adorei. Principalmente porque entendi o quão genial foi o trabalho da autora ao dar tamanha liberdade pro leitor. Essa é a melhor parte do livro: cada um que ler vai tirar suas próprias conclusões, vai procurar sua própria interpretação e vai dar ouvidos a sua própria forma de ler, sem se preocupar nem um pouco com o que a autora realmente quis passar. Comprovei isso quando compartilhei uma parte dele com minha amiga, mostrando um trecho que achei genial. Depois, comentando o trecho, falei algo sobre a interpretação que eu fiz dele e, logo de cara, ela disse: "nossa, sério que você entendeu isso? Eu entendi uma coisa completamente diferente!".

E, quer saber? O que deixa a obra tão fantástica, não é o que ela diz, mas o que ela permite dizer. No fim das contas, ela só mostra os caminhos, a gente escolhe qual quer. Ou cria novos. Tanto faz. No fim das contas, dá tudo na mesma: lugar nenhum e horas da mais pura criatividade.

Conclusão:

Se você sempre se limita nas suas leituras e não gosta de se aventurar em novas descobertas literárias, não leia. Se você, além de apreciar essas coisas, entende que cada estilo é um e eles te levam pra lugares e sensações diferentes, leia, leia e leia, porque, provavelmente, você vai se divertir, se surpreender e acabar com um novo limite pra imaginação (se é que um dia existiu algum, o que eu, sinceramente, não acredito nem um pouco).

Espero que você faça parte do time dos aventureiros e, se não for, espero que esteja pronto para começar.
Ju 03/09/2012minha estante
Aaaah, amei sua resenha! Me identifiquei demais ao ler. Terminei de ler e escrevi a minha (que ainda não foi postada), mas nossas opiniões batem! Também acho que em um livro como esse, leitores que não estão acostumados com histórias com finais anormais e estranhos não devem ler, mas aqueles que como eu e você gostam de se jogar e curtem histórias assim, vale muito a pena ler. Fiquei ainda mais curiosa para ler outras coisas da Kelly Link e nem resenhas negativas fazem a minha cabeça. Pelo visto, somos do mesmo time. Parabéns pela resenha, soube captar maravilhosamente bem o espírito do livro! *_*




Pandora 23/03/2011

Exageradamente bizarro
Mais resenhas em www.trocaletras.wordpress.com

Confesso que esse livro foi uma grande decepção.
Ao ler a sinopse, fiquei empolgada. Adoro livros de contos e esse parecia realmente promissor.

Mas, o que eu encontrei, foram páginas e páginas de baboseira non sense, exageradamente bizarras.

Comparar esse livro com Alice, Sandman e afins é uma heresia.

Todos os contos terminam de forma abrupta, com desfechos insatisfatórios. Alguns contos se arrastam e se tornam enfadonhos. Outros, perturbam, mas não são bem conduzidos até o fim.

Acabei lendo até a metade do livro e posso supor que os demais contos serão igualmente desprovidos de atrativos.

Não recomendo, uma pena.
rafa_ 10/05/2011minha estante
concordo totalmente com você!


Helloise 10/05/2012minha estante
Exatamente o que eu senti.


Bruna 14/09/2012minha estante
Concordo totalmente com o que você disse. Enfim, tem gente que gostou, e custo a entender o motivo. Pra mim, pareceu com aquelas piadas bestas que o povo acha muita graça, tipo: "Fui buscar gelo, porque ouvi um cachorro latindo, mas a bicicleta era azul." Non-sense total.


Eveliin 02/01/2013minha estante
Nossa, você falou tudo que brotou em meu coração(despedaçado por ter gasto uma grana nesse livro sem noção) ao final de cada conto rs
Amei a resenha!


Carol_Leitora 08/08/2017minha estante
Me senti como você


Bah 06/12/2017minha estante
Nossa eu te entendo, eu ainda to no terceiro conto e eu to me arrastando, eu fico lendo ele entre outras leituras pq eu não aguento esse livro, eu me arrependo de ter comprado, mesmo que tenha sido num sebo. Não acredito que o Neil Gaiman tenha lido esse livro, me custa acreditar


Rose 02/06/2020minha estante
Mas essa é a ideia, histórias totalmente sem sentido para deixar o leitor bem confuso




Anica 24/02/2011

O estranho mundo de Zofia e outras histórias (Kelly Link)
Desde a primeira vez que bati os olhos na capa do livro O estranho mundo de Zofia e outras histórias de Kelly Link (que ilustra esse post), pensava sempre a mesma coisa: Tim Burton. Tinha algo naquelas pernas com meia calça listrada de preto e vermelho, a rosas em tom meio vitoriano que evocavam a lembraça dos filmes meio estranhos e darks do diretor, como Eduardo Mãos de Tesoura e A Noiva Cadáver. Agora ao terminar a leitura desta coletânea de contos, chego à conclusão de que a referência não está assim tão errada.

Para quem acha que elementos fantásticos como bruxas, fantasmas e zumbis são coisa para livros de crianças, talvez devesse dar uma conferida nos contos de Kelly Link. Morte, solidão, aquela sensação de não se encaixar – está tudo ali, mesmo com a presença do sobrenatural, que aparece para dar contornos de fábulas ou contos de fadas à histórias na realidade bastante urbanas.

O tom da narrativa de Link lembra muito Neil Gaiman em Sandman, por dois motivos: primeiro, o aspecto sombrio dos contos de fadas, lendas e afins, como já citado. E segundo por causa das ‘n’ referências à cultura pop, que tornam a leitura tão divertida. Em dado momento uma personagem sugere para um povo que vive dentro de uma bolsa e adora cinema que não perca tempo com a nova trilogia de Star Wars, por exemplo. Música, cinema, tv. Está tudo ali, e reconhecer as referências torna a leitura ainda mais agradável.

O estilo de Link também é carregado de ironia, e vem cheio de interrupções nas quais o narrador para e faz algum comentário com o leitor, seja para avisá-lo do que vem a seguir, seja para dar uma outra visão sobre a história que está sendo contada. Como acontece em um dos melhores contos, Pele de gato, no qual a autora alerta: “Se estiver esperando por um final feliz nesta história, talvez seja melhor parar por aqui e ficar imaginando essas crianças, seus pais e o reencontro deles.”

Ela lida muito bem mesclando o absurdo ao normal, como em O Grande Divórcio (excelente conto!), no qual mortos podem se casar com vivos. O desfecho é assustador de uma maneira até bastante original. Falando em originalidade, há ainda o ótimo O Hortlak, que inesperadamente traz mortos-vivos para a história e trabalha com o elemento como se fosse algo absolutamente banal, o que chega até a criar um tom um pouco cômico inicialmente.

Aliás, é importante frisar que o cômico aparece aqui de forma mais sutil. A combinação dos elementos fica entre o amargo e o doce, como fica mais evidente no conto Plano de contigência contra zumbis. Mas no fim são em sua maioria boas histórias. Algumas poucas ficam ali entre o mediano para fraco (como é o caso de Animais de pedra), mas a maior parte está acima da média. Uma boa pedida para quem acha que para essa coisa de fantasia não existe idade.
ACarvalho 07/02/2012minha estante
Adorei a resenha. Esse livro é genial. Quem diz que não gostou é pq não entendeu. Kelly Link cria histórias que podem parecer estapafúrdias, mas que são na verdade charadas em que ela nos desafia a tentar enxergar além do óbvio. Nota mil para o livro. :)




bizinhavieira 16/02/2011

O Estranho Mundo de Zofia e outras histórias
Este livro possui nove diferentes contos. E diferentes não só por terem histórias bem diversas entre si, mas porque as histórias vão muito além do que a imaginação da maioria pode supor. Afinal, não são todos que imaginariam que para visitar o Baldeziwurlekistão bastaria entrar em uma bolsa? Ou então que o próximo a um abismo a caminho do Canadá seria possível encontrar uma loja que não aceita dinheiro em troca da mercadoria? Ou um mundo onde tudo é feito de cabelo? Sem contar o estranho comportamento de coelhos e gatos e programas de TV que não tem dia, hora ou canal certo para passar... E já deixo avisado que para ler o livro é preciso manter a mente aberta para fantasmas, zumbis e demônios. Nunca se sabe se eles não estarão presentes na próxima página.

Cenas engraçadas, inusitadas, assustadoras e imprevisíveis. O livro é ótimo, principalmente por nunca ter lido algo que se desenvolvesse da mesma forma. Nenhuma das histórias tomou o rumo que eu imaginei a princípio! E vai dizer que isso não é o máximo?

FRASES
“Sei que ninguém vai acreditar em nada disso, mas tudo bem. Se achasse que alguém fosse acreditar, não poderia contar nada. Prometa-me que não vai acreditar em uma palavra.” p.3 (A bolsa mágica)

“Os zumbis eram como os canadenses, no sentido de que se pareciam com pessoas normais no começo, para enganar a todos.” p.35 (O hortlak)

“Mas claro que há pessoas que gostam de moda e fingem estar mortas, e mortos espertos que roubam os cabelos das pessoas vivas. Por isso, pegar uma mecha de cabelo de alguém e colocar na própria bolsa é um insulto mortal, a menos que tenha sido convidado a fazê-lo.” p.57 (O canhão)

“Ela compra alguns livros de jardinagem e planta uma roseira e uma trepadeira em um vaso. Tilly ajuda. Os coelhos comem todas as folhas.
- Merda – Catherine fala ao ver o que tinham feito, e então sacode os punhos em direção aos coelhos do gramado. Eles apontam as orelhas em direção a ela. Estão rindo, ela bem sabe, mas está grande demais para correr atrás deles.” p.85 (Animais de pedra)

“Você nunca deve queimar uma casa. Nunca deve colocar fogo em um gato. Nunca deve assistir a uma casa queimando e não fazer nada. Nunca deve ouvir um gato que fala para você fazer essas coisas.” p.115 (Pele de gato)

“De acordo com o amigo de Sabonete, Mike, que também estava na prisão, as pessoas se preocupavam demais com zumbis e pouco com os icebergs, mesmo estes últimos sendo reais.” p.140 (Plano de contingência contra zumbis)

“Treze anos depois de se encontrarem pela primeira vez em uma festa de uma médium conhecida e alcoviteira, [...] estava claro para os dois, Alan Robley (vivo) e Lavvie Tyler (falecida), que havia coisas piores do que a morte. O casamento dele estava mais morto que uma maçaneta.” p.159 (O grande divórcio)

“Por exemplo, se Jeremy tivesse perguntado ao pai a respeito de beijar Elizabeth, o pai lhe diria que não se preocupasse com aranhas gigantes quando a beijasse. Os conselhos dele, em geral, sempre envolviam aranhas gigantes.” p.188 (Magia para iniciantes)

“O espelho funciona assim: eles entram, olham no espelho e pensam que já tem um demônio morando naquela casa, então vão embora. Os demônios podem parecer com qualquer um – vendedores, mórmons, a pessoa que apara o seu gramado ou até mesmo alguém de sua família. Por isso você precisa ter um espelho.” p.224 (Calmaria)
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Babi 31/01/2011

Resenha O Estranho Mundo de Zofia e Outras Histórias por Babi
O livro nos traz nove contos (histórias bem legais) fantásticos e macabros (isso mesmo, macabros!). Minha história favorita é A Bolsa Mágica, que fala sobre uma menina que tem uma avó piradinha da cuca que guarda MUITOS segredos dentro de sua bolsa...ficaram curiosos? Também tem a história Animais de Pedra, que é sobre uma família que se muda para uma casa nova e seus objetos começam a sumir misteriosamente - além disso, muitos coelhinhos são vistos sempre do lado de fora da casa (muito horripilante!). Magia Para Iniciantes é sobre um grupo de jovens que tem experiencias anormais (eu não gostei muito dessa, mas não deixa de ser legal). O Hortlak é sobre objetos meio zumbis (uma loucura que deu certo). As histórias possuem uma temática de terror mágico que envolve tanto o leitor a ponto de se sentir dentro do livro.
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Gigio 09/01/2011

O Estranho a um passo
Kelly Link é uma escritora de contos americana que tem sido muito elogiada por suas coletâneas. Segundo o crítico Lev Grossman, "O Estranho Mundo de Zofia" seria até mesmo um dos seis melhores livros do gênero fantástico em todos os tempos. Mas fantasia é apenas um dos aspectos da suas histórias. Nos EUA eles usariam o termo "slipstream" para englobar essa fusão de fantasia, horror, realismo, FC e o que mais estiver ao alcance... mas só porque os americanos gostam de reinventar tudo - a gente pode continuar chamando de realismo mágico mesmo. As histórias partem sempre de uma base comum, do nosso cotidiano, mas são transformadas de formas inusitadas por elementos exóticos, de uma forma que lembra muito o nosso Murilo Rubião.

Os contos realmente fazem jus à tradição de gênero, mas me parece que o que realmente cativou a admiração das pessoas, fazendo com que o livro entrasse para várias listas de "melhores de 2005" (ou da década ou de todos os tempos...) é a relação com a cultura contemporânea. Os personagens de Link jogam Scrabble, observam os tipos estranhos da loja de conveniência, são fissurados em seriados de TV... Ela coloca o fantástico a um passo de distância.

Não sei se existe alguma outra linha em comum entre os contos de "O Estranho Mundo de Zofia", mas alguns dos que mais gostei usam bastante de diferentes níveis de narrativas, criando histórias dentro de histórias... Não vou comentar sobre todos, mas estes foram os meus favoritos:

A Bolsa Mágica
"Antes que os saqueadores chegassem, a vila empacotou todos os seus pertences e se mudou para dentro da bolsa."
Avó Zofia é uma senhora cheia de histórias sobre Baldeziwurlekistão, que trapaceia no Scrabble e já foi banida de todas as bibliotecas públicas. É também a guardiã de uma bolsa mágica onde toda uma vila se esconde.

O Grande Divórcio
"... porque o divórcio é sempre mais difícil para as crianças, e porque a Disneylândia oferecia, naquea época, um excelente desconto para os mortos, a médium havia aceitado encontrar lá Alan Robley e sua esposa..."

Mágica para Iniciantes
"Jeremy sempre se perguntou que tipo de seriado os personagens dos seriados assistiriam. Personagens de televisão quase sempre têm cortes de cabelo melhores, amigos mais engraçados, atitudes mais simples em relação ao sexo. Eles se casam com mágicos, ganham na loteria, têm casos com mulheres que carregam pistolas em suas bolsas. Coisas curiosas acontecem com eles de hora em hora. Jeremy e eu podemos nos conformar com seus cortes. Nós só queremos saber sobre os seriados."
Jeremy e seus amigos são viciados no seriado "A Biblioteca". E o conto é sobre o episódio de "A Biblioteca" que conta a história de Jeremy e seus amigos.

Calmaria
"A casa está mais e mais cheia de tímidas, barulhentas, quietas, faladeiras, bravas, felizes, esverdeadas Susans de todos os tamanhos, todas as idades, que trabalham desmontando a casa, peça por peça, e, peça por peça, montando a máquina."
No início há apenas uma divertida roda de amigos jogando poker, e de história em história as coisas vão ficando cada vez mais bizarras...
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