Herdeiras do mar

Herdeiras do mar Mary Lynn Bracht




Resenhas - Herdeiras do Mar


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Lili 01/06/2024

Confesso que tinha medo de ler esse livro, por saber que seria muito triste. E de fato é, triste e violento. Porém, a forma como tudo foi escrito, é sublime e até belo, diante de tanta violência. E apesar do contexto feio, o amor e a ligação de irmãs entre Hana e Emiko é lindo.
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Rachel 31/05/2024

Histórico
O livro ensina muito sobre a história Coreana, e ainda inclui um anexo com datas e eventos importantes, que contextualizam o momento em que ela se passa. Não é um livro fácil ou leve de ler. Desisti anteriormente devido a narração das cenas de estupros por que passam as mulheres de consolo capturadas por soldados japoneses. É uma história muito triste, mas que traz um pouco de alívio com seu andamento. Muito bem escrita, vale o desconforto.
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Arlyton Sil 31/05/2024

História horrivelmente emocionante.
Herdeiras do Mar se passa em dois momentos, em 1943 e 2011 na Coreia do Sul. Em 1943 a Coreia estava sob a ocupação japonesa que reprimia cruelmente seus habitantes, tornando ilegal os coreanos falarem a própria língua e praticar outros costumes. Nessas duas narrativas somos apresentando à duas irmãs, Hana e Emi. Hana é uma haenyeo, que são mulheres extremamente habilidosas em mergulhos em busca de alimentos para consumo como para vender, algo além de uma profissão, mas um modo de vida. Porém, essa vida é deixada para trás após Hana ser sequestrada para se tornar uma ?mulher de consolo?, que na verdade é uma escrava sexual onde é estuprada inúmeras vezes por soldados japoneses. Diante desse sofrimento é narrado a sobrevivência de Hana sendo ainda perseguida por Morimoto, um oficial japonês. Já em 2011 segue a vida de Emi, já uma mulher idosa e haenyeo experiente. Em seus capítulos seguimos sua busca pelo paradeiro da irmã, visto que no meio desse período de tempo elas não se encontraram. Nessa busca ela participa da Manifestação de Quarta-feira com o intuito do Japão reconhecer as atrocidades que fez.
Apesar de uma escrita fluída e simples, a leitura desse livro foi bastante difícil, há passagens extremamente viscerais, não apenas por descrições fisicamente violentas e agoniantes, como também sobre reflexões, saudades, dores da alma. A crueldade dos soldados vai além da carne, deixando feridas muitas vezes incapazes de cicatrizar. E saber que tudo isso foi verdade torna a obra quase repulsiva de ler, mas ainda assim uma leitura essencial por apresentar fatos quase perdidos e desconhecidos.
Contudo a obra não é feita apenas de desgraças e horrores, apresenta-nos essa cultura totalmente desconhecida por mim, as haenyeo, mulheres apaixonadas pelo mar e as coisas que ele oferece. Um modo de vida passada por gerações. E mesmo perante uma violenta invasão, onde o povo é desprovido de tudo, as haenyeo mergulham na busca de sustento e liberdade que elas encontram nas profundezas das aguas.
Nos afeiçoamos por ambas as personagens que são muito bem descritas, não por sentirmos pena delas, mas por serem cativantes e determinadas, incorruptíveis em meio ao horror e o temor, ao ódio e a desesperança. E ainda assim são personas reais, palpáveis, conseguimos visualiza-las, sofrer com elas, torcer por elas, querendo defendê-las, desejando estar ali ao lado delas.
A autora soube trazer uma Montanha-russa de emoções, apresentando acredito que já pode ser considerado um dos grandes vilões da literatura. Além de trazer uma forte mensagem de esperança e de lembrar de onde viemos, que mesmo diante da atrocidade isso pode ser uma forma de sobreviver e desafiar.
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Stay.In.Surto 30/05/2024

Hana deveria morrer o quanto antes
Sem dúvida, não estava nem na metade do livro quando comecei a implorar inconscientemente pra que o título fosse uma possibilidade iminente. Entretanto, a autora foi genial com a história da personagem. Sem ela, o que seria do desamparo de Emi?
Sem dúvida uma das melhores ficções históricas que eu já li! É devastador, sensível, cruel, impecável e delicado. No último sofrimento de Hana, não pude conter as lágrimas e meu coração sofreu demais. Acredito que tenha sido a explosão do livro até o momento, e no contexto histórico, eu não teria como não me emocionar. E é exatamente isso que torna um livro perfeito pra mim.
Ser uma mulher brasileira em 2024, reconhecendo as dificuldades que assolam o gênero em diferentes épocas e continentes, é crucial e esplêndido ao meu ver, imaginando que estamos muito próximas de sermos verdadeiramente livres. Essa é minha esperança.
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malu 30/05/2024

Triste
Triste e emocionante
a história que a hana e a emiko contaram foi extremamente triste, chorei demais e me apaguei aos personagens.

esse livro me ensinou muito sobre as mulheres de consolo, sobre as haenyeo e sobre o período da segunda guerra e como os soldados eram extremamente cruéis.

a história é fluída e tocante, todos os capítulos eu pensava sobre essas mulheres e as dores que as mesmas sentiam, além das famílias que passavam por muitas coisas durante as guerras.

li muito rápido e foi muito interessante saber dessas realidades
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Beatriz 29/05/2024

FAVORITO
O que dizer desse livro? to pensando nele há horas kkkkkk é uma história muito forte com personagens muito fortes. Sem dúvida nenhuma foi o livro que mais mexeu comigo na vida(não q eu tenha lido muitos), mas OBRIGADA MARY BRACHT POR ESSA OBRA PRIMA!!!

e claro recomendo super
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hiraimango 29/05/2024

Devastador
No começo é impossível não se sentir mal com essa leitura, ainda mais para uma mulher, porém a história se torna cada vez mais intrigante que fica impossível parar de rolar as páginas. É muito triste ler toda a violência na qual as personagens são submetidas, ainda mais se tratando de acontecimentos reais, mas ainda sim é possível encontrar a beleza nessa história através dos laços familiares e da força das personagens. Simplesmente fenomenal e muito emocionalmente. Leitura obrigatória para todo leitor.
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Camila1856 29/05/2024

Fatia da Segunda Guerra pouco conhecida e chocante..
O livro, em 3a pessoa em duas linhas temporais, narra a história de Hana, no ano de 1943 e de sua irmã mais nova Emiko em 2011.
As duas foram separadas em 1943, durante a ocupação japonesa da Coreia em meio à Segunda Guerra Mundial, quando Hana, aos 16 anos, uma Haenyeo (mulher do mar - mergulhadoras que pescavam frutos do mar com o ar dos próprios pulmões e que existem até hoje na Coreia) foi levada por um soldado japonês no lugar de Emiko. Na época, meninas e jovens mulheres desapareciam frequentemente de suas casas na Coreia, China, Filipinas e outros lugares para servirem de "mulheres de consolo" em bordéis militares japoneses. Hana foi uma delas. No caminho já foi "iniciada" pelo seu sequestrador, o soldado Morimoto, e foi levada à Manchúria viver em um bordel com outras meninas. Lá, Hana tinha sua própria "cela" e "atendia" sexualmente dezenas de soldados diariamente. Só existia um dia de descanso, a alimentação era escassa e as explorações e agressões eram constantes. Meninas e jovens morriam todos os dias, de doenças, agredidas, grávidas, no parto. Na outra linha do tempo, Emiko, já com 77 anos, ainda morando na ilha de Jeju e sendo Haenyeo como sua mãe e irmã, viaja à Seul para encontrar seus filhos e participar pela 3a vez da manifestação que acontecia todos os anos na cidade em homenagem às vítimas de exploração sexual durante a ocupação japonesa. Todos os anos ela participava do evento na tentativa de encontrar sua irmã, há décadas desaparecida, a qual nunca voltou pra casa após o seu sequestro. Emiko se sentia culpada pois Hana se entregou em seu lugar ao soldado japonês, afinal, Emiko só tinha 9 anos à época. Aos 14, Emiko foi forçada a casar com um policial e teve seus 2 filhos, um menino e uma menina, dentro de um relacionamento totalmente sem amor. Seu marido foi o responsável por entregar sua mãe à morte por acreditar que era "vermelha" (nome dado aos comunistas da época), o que não era verdade e Emiko jamais pôde perdoá-lo por isso e viveu toda a vida sem mal olhar nos olhos do marido e com pouco afeto com os filhos, por mais que os amasse muito.
Após meses de seu sequestro, o soldado Morimoto propõe a Hana uma fuga, em que os dois viveriam como marido e mulher. Hana detestava a ideia, uma vez que o soldado era o responsável por toda a tragédia que estava vivendo. Mesmo assim, ela aceita parcialmente a proposta, engana Morimoto e foge do bordel, mas é encontrada por ele dias depois ferida e desnutrida no campos. Ele a leva à Mongólia no acampamento de uma família gentil que cuida de Hana até que Morimoto volte para buscá-la. Quando isso acontece, Hana entra em desespero pois não quer ir embora com Morimoto e tenta matá-lo, mas é impedida por Altan, o garoto mongol do acampamento que se afoeiçoa por ela. Na manhã seguinte, Altan foge com Hana para a livrar de seu destino com o soldado, mas são alcançados por Morimoto em seguida. Altan é obrigado a voltar pra casa e Hana segue com Morimoto, quando são surpreendidos por uma tropa soviética que captura Morimoto e leva Hana novamente como prisioneira. Os soviéticos matam Morimoto e quase matam Hana, que é salva pelos mongóis. Hana ao acampamento e passa a viver com eles pelo resto da vida, uma vez que sabia que não poderiam voltar pra casa. Era muito perigoso, a Coreia ainda estava ocupada e ela poderia ser sequestrada novamente.
Enquanto isso, na linha do tempo de Emiko em Seul, durante a manifestação, é inaugurada uma estátua em homenagem às mulheres de consolo e Emi tem certeza que a mulher da estátua é Hana. Nesse momento, Emiko está em seus momentos finais de vida pois descobre que está com um problema cardíaco grave. É no hospital que Emiko conta sua história pela primeira vez aos filhos, confessa seus sentimentos de culpa, explica o que o marido fez a ela, conta sobre a existência e o desaparecimento de Hana. E assim o livro termina, com Hana representando todas as mulheres que desapareceram na época, sobrevivendo a todas as atrocidades e tendo seu "final feliz" vivendo livre com os mongóis. Já Emiko finalmente se liberta de todos os segredos, encontra sua irmã (mesmo que em forma de estátua) e descobre algumas informações do que aconteceu com Hana e, assim, parte em paz.
A história, chocante e comovente do início ao fim, dá voz a essas mulheres por muito tempo caladas, traz luz à essa fatia da Segunda Guerra que pouco é comentada. Mostra a força do amor entre duas irmãs e como resistir a obstáculos horríveis através dele. Mostra a força e importância das tradições asiáticas para aquele povo e nos faz refletir sobre como sabemos tão pouco sobre tanto sofrimento acometido a centenas de milhares de pessoas naquela Guerra. O Japão nunca reconheceu sua culpa publicamente pelas atrocidades cometidas às mulheres de consolo e estima-se que 200 mil mulheres foram submetidas à exploração.
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Larissa3225 28/05/2024

Herdeiras do Mar é um daqueles livros que, apesar de ser ficcional, tem muito a nos ensinar sobre o mundo.

Para mim, um dos aspectos mais interessantes desse espaço que a literatura coreana vem ganhando nos últimos tempos é poder entrar em contato com estórias que me contam mais sobre a História de um país que, até pouco tempo atrás, eu não sabia nada sobre. Nessa prateleira, estão Pachinko, Atos Humanos e, agora, Herdeiras do Mar.

Embora eu já soubesse da existência das "mulheres de consolo", essa foi a primeira vez que tive um contato mais aprofundado com o assunto. Eu já esperava gostar do livro, mas não imaginava que seria tanto assim.

Me apeguei profundamente às duas irmãs, Hana e Emi, e é inexplicável o tanto que eu torci por elas e sofri com elas. E acredito que ter me apegado tanto a elas, fez com que eu vivesse muito intensamente os eventos do livro.

Uma das maiores surpresas do livro para mim foi a nota da autora no final, explicando o que era real e o que era ficção. Acho que os elementos ficcionais deram um respiro em toda a tristeza que é essa estória e permitiram uma beleza que, infelizmente, não foi possível na vida real.

"É nosso dever educar as futuras gerações a respeito das terríveis e reais verdades cometidas durante guerras, não escondê-las ou fingir que nunca aconteceram. Devemos lembrá-las para que os erros do passado não se repitam. Livros de história, canções, romances, peças de teatro, filmes e monumentos são essenciais para nos ajudar a nunca esquecer, enquanto também nos ajudam a prosseguir em paz."
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Polyanna.Fernanda 27/05/2024

Que leitura incrível, não há palavras pra descrever o quanto essa história é necessária e importante. Eu já havia escutado sobre as "mulheres de consolo" mas nunca me aprofundei muito sobre o assunto. Li o livro despretensiosamente e me choquei com tamanha crueldade e desumanidade que milhares de meninas e mulheres sofreram nas mãos de soldados em tempos de guerra. Com tantos detalhes históricos, acompanhar Hana e Emi, duas irmãs separadas pela guerra foi um misto de sentimentos. Angústia, medo, raiva, tristeza e principalmente o que seria impossível no ponto de vista delas pela época vivida: esperança. Não existe sequer um momento nessa leitura que você não pense se haverá liberdade pra Hana e se a história terá um final feliz, porém, ao mesmo tempo, é indispensável não pensar que para tantas outras mulheres e meninas, não houve finais felizes. Emocionante demais o amor incondicional que elas sentem uma pela outra através do tempo, que apesar de todas as desgraças possíveis, jamais foi apagado. Lindo demais ver a sororidade entre as mulheres, a coragem de cada uma, e quanta coragem! Com certeza, meu livro favorito! Inesquecível ??
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serafina 24/05/2024

Você não é a mesma pessoa depois de ler esse livro
O que dizer desse livro? ele é doloroso de uma forma delicada, como quando somos lembrados da beleza e felicidade da vida de Hana antes de tudo, e de como rapidamente acabaram com sua vida, inocência e alegria.

Mas acima de tudo esse é um livro necessário, como a própria autora diz, é preciso que sejam registrados a crueldade do mundo, para que ninguém consiga apagá-la, para que perdões e reparações aconteçam e a história nunca mais se repita. Acima de tudo, eu sou grata a esse livro.
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Nágila Maria 22/05/2024

Uma saudade que cruza guerras e o tempo
A narrativa poética da autora é um aconchego e um sofrimento: pois descreve com ínfima fidelidade as dores de ter seu corpo e inocência roubados pela guerra e os homens que a fazem.

Com o livro pude sentir repugnância, ódio e desesperança. Ao mesmo tempo, em que desejei com todas as forças a liberdade das protagonistas e o desejo de que elas encontrassem a felicidade (nem que fosse nos últimos minutos de vida).

Acho que o ponto que mais me emociona na história é o amor entre as irmãs e como esse amor era o que muitas vezes sustentava o corpo e a mente em busca de sobrevivência.

Este livro traz questões históricas importantes e ir pesquisando para conhecer mais sobre é uma boa pedida.

Fantástico! Recomendo!
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juju 22/05/2024

Mulheres de conforto
A história de Hana, não deveria se repetir mas é triste lembrar que até atualmente o corpo de mulheres e meninas ainda continuam sendo violados como arma de guerra...
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@mylifeasreader 22/05/2024

"As vezes ela sentia como se tivesse sido trazida a este mundo apenas para sofrer"

Sem palavras. Extremamente necessário.
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