Luíza Rodrigues 23/03/2011Digna de Nárnia... a ideia. Olívia, filha do Imperador Sempre, de Vindor, tem sua vida mudada quando seu pai, em seu leito de morte - ao ser envenenado por alguém que conhece a verdade e sabe o que tem que fazer para controlar as criaturas -, lhe conta a verdade sobre a história do alinhamento das três luas e os monstros do espelho. Agora, cabe à Olívia partir em uma jornada pelo reino de Bizarra, Senhora do Baixo, em busca da chave que trancará as criaturas do espelho dentro dele para sempre, que se encontra com a Senhora Nuvosa.
No caminho, Olívia enfrenta muitos desafios, ganha alguns amigos e uma nova paixão.
Soube, desde o primeiro momento, quem era o traidor, a pessoa que envenenou o Imperador e queria conquistar Vindor. Quando se lê muito, aprende-se a identificar esse tipo de coisa, pois os autores - com algumas exceções - não costumam variar muito.
Achei a ideia excelente, daria um belíssimo as-crônicas-de-Nárnia, mas a escrita em si deixa à desejar. O autor não conseguiu passar emoção. Esse é um livro para fazer o leitor sentir adrenalina, emoções fortíssimas, mas o autor não conseguiu passar nada disso com um desenrolar rápido demais e falta de detalhes, como a parte da guerra, que começou e acabou sem que eu ao menos percebesse. A história caberia perfeitamente em 500 páginas de pura emoção, que conquistaria o público e ganharia milhões de prêmios, mas não é o que acontece.
Fora essa questão - fortíssima, diga-se de passagem - da escrita, achei o livro muito bom. Justamente pela questão do traidor, o fim não é surpreendente, mas as 'cenas' que o antecedem, um pouco.