Carla.Parreira 28/03/2024
Você é o Placebo (Dr. Joe Dispenza). Melhores trechos: "...As emoções negativas podem literalmente não passar de uma adição a níveis elevados das nossas próprias hormonas do stress, como o cortisol e a adrenalina. Essas hormonas do stress e as hormonas da descontração, como a DHEA e a oxitocina, têm valores fisiológicos e é por isso que nos sentimos desconfortáveis quando temos pensamentos ou aceitamos ideias que desestabilizam o equilíbrio hormonal. Este conceito está na fronteira do conhecimento cientifico sobre os comportamentos aditivos e a abstinência... Assim que percebermos que o nosso corpo se regenera, podemos começar a tirar partido desses processos fisiológicos, influenciando a síntese de hormonas, a produção de proteínas, de neurotransmissores e de canais neurais através dos quais as células enviam sinais. A anatomia do corpo não é estática, muito pelo contrário, muda constantemente. O nosso cérebro fervilha de atividade, criando e destruindo continuamente e a cada segundo as ligações neurais. podemos intervir premeditadamente nesse processo, assumindo a posição do condutor, em vez de sermos passageiros passivos... O nosso corpo é efetivamente capaz de criar um vasto leque de substâncias químicas que nos podem curar, proteger da dor, ajudar a dormir profundamente, melhorar o sistema imunitário, fazer sentir prazer e, até, encorajar a apaixonarmo-nos. Pense no seguinte: se um determinado gene que já se tenha expressado, fazendo-nos produzir determinadas substâncias químicas em dada altura da vida, entretanto tenha sido desativado, devido a um problema de stress ou a uma doença, levando-nos a deixar de as produzir, talvez seja possível ativar novamente esse gene, porque o corpo já sabe como fazer... Quando se concentra a sério numa intenção para obter um resultado futuro, se puder tornar o pensamento interior mais real do que o ambiente exterior nesse processo, o cérebro não saberá diferenciar uma coisa da outra. Nessa altura, como a mente inconsciente, o corpo começará a vivenciar o novo acontecimento futuro no momento presente. Transmitirá informação a novos genes, de outra forma, que se estão a preparar para esse acontecimento futuro imaginado. Se continuar a praticar mentalmente essas escolhas, comportamentos e experiências que deseja, reproduzindo o mesmo novo nível mental vezes sem conta, o cérebro começará a mudar fisicamente — instalando novas estruturas neurológicas que se equiparem a esse nível de modo que a experiência pareça já ter acontecido. Só com o pensamento, produzirá variações epigenéticas que conduzem a verdadeiras mudanças estruturais e funcionais no corpo — tal como acontece a quem reage a um placebo. O corpo e o cérebro deixarão de viver no mesmo passado e passarão a viver no novo futuro que criou na sua mente. Tudo isto é possível através da técnica do ensaio mental, que consiste essencialmente em fechar os olhos, imaginar-se a fazer qualquer coisa repetidamente e rever mentalmente o futuro que deseja, enquanto pensa na pessoa que já não quer ser (o eu de sempre) e na pessoa que quer ser. Para tal, tem de pensar nas suas futuras ações, planear mentalmente as suas escolhas e concentrar a mente numa nova experiência... Em todos estes casos e em muitos outros, podemos dizer que cada sujeito começou por aceitar e, depois, passou a acreditar na sugestão de melhores condições de saúde, acabando por se render ao resultado sem mais análise. Ao aceitarem o potencial de recuperação, essas pessoas alinharam-se com uma possível futura realidade — e mudaram a mente e o cérebro no processo... Podemos dizer com segurança que a verdadeira transformação se deu à revelia da mente consciente. A mente consciente talvez tenha iniciado o curso da ação, mas o verdadeiro trabalho aconteceu ao nível do subconsciente, sendo a forma como ocorreu totalmente desconhecida para os sujeitos... Asugestibilidade combina três elementos: aceitação, crença e entrega. Quanto maior for a nossa aceitação, a nossa crença e a nossa entrega ao que quer que estejamos a fazer para alterar o estado interior, melhores serão os resultados. Assim, perante a ideia de melhoria de saúde e associando essa esperança ou pensamento — que algo que nos é exterior mudará algo no nosso interior — à expectativa emocionai da experiência, tornamo-nos sugestionáveis a esse resultado final. Condicionamos, esperamos e atribuímos significado ao sistema que nos trará os resultados. Mas a componente emocional é vital nesta experiência; a sugestibilidade não é um processo estritamente intelectual. Muitas pessoas podem intelectualizar a noção de melhorar, mas se não assimilarem emocionalmente o resultado, não conseguirão aceder ao sistema nervoso autônomo, o que é fulcral, porque é ai que se processa a programação subconsciente que manda em tudo. Aliás, em psicologia é geralmente aceite que a pessoa que sente emoções intensas tende a ser mais receptiva às ideias, sendo, por isso, mais sugestionável... Se convocarmos a emoção da gratidão antes do futuro acontecimento em si, o corpo (tal como a mente inconsciente) começará a acreditar que este já ocorreu — ou está a ocorrer no presente, pelo que a gratidão é o estado máximo do ato de receber. Se conseguir convocar a emoção da valorização ou da gratidão e combiná-la com uma intenção clara, começa a encarnar emocionalmente o acontecimento. Começa a mudar o cérebro e o corpo. Mais concretamente, ensina o corpo a perceber a nível químico aquilo que a mente entende a nível filosófico. Poderíamos dizer que se situa num novo futuro, no momento presente. Deixa de utilizar emoções primitivas familiares para se manter preso ao passado e passa a servir-se de emoções elevadas para se lançar num novo futuro... Há mais alguns elementos que podem silenciar a mente analítica e abrir a porta à mente subconsciente, para aumentar o nível de sugestibilidade. Por exemplo, a fadiga física ou mental aumenta a sugestibilidade. Alguns estudos demonstram que a exposição limitada a estímulos sociais, físicos e ambientais devido a uma privação sensorial pode provocar um aumento da suscetibilidade. A fome extrema, o choque emocional e o trauma também enfraquecem as faculdades analíticas, tornando-nos, portanto, mais sugestionáveis à informação. À semelhança da hipnose, a meditação também nos contornar a mente crítica e aceder ao sistema de programação subconsciente. O objetivo da meditação é, desde logo, fazer com que a consciência supere a mente analítica — desviando a atenção do mundo exterior, do corpo e do tempo — e preste atenção ao mundo interior dos pensamentos e sentimentos... Quanto mais elevadas forem as ondas cerebrais beta, menos acesso temos ao sistema operativo... Pense no teta como a chave para o seu próprio reino subconsciente... Só somos sugestionáveis àquilo em que acreditamos como verdadeiro a nível consciente ou inconsciente. Qualquer pessoa que aceite, acredite e se entregue a um resultado sem pensar conscientemente na questão e sem a analisar torna-se sugestionável a essa realidade. Na maioria dos casos, essa crença fica implantada bem para lá da mente consciente, no sistema subconsciente, que é o que cria a doença. Então, deixe-me fazer-lhe outra pergunta: Quantas crenças pessoais baseadas em experiências culturais tem que possam não corresponder à verdade? Pode ser difícil mudar uma crença, mas não é impossível. Pense só o que aconteceria se pudesse desafiar as suas crenças inconscientes. Se, em vez de pensar e sentir Nunca tenho tempo suficiente para fazer tudo o que tenho para fazer, pensasse e sentisse Vivo em 'tempo nenhum' e consigo fazer tudo? E se em vez de acreditar O universo conspira contra mim, passasse a acreditar que O universo é simpático e funciona a meu favor? Que excelente crença! Como pensaria, vivería e andaria pela rua se acreditasse que o universo funciona a seu favor? Como é que isso lhe mudaria a vida? Para mudar uma crença, temos de começar por aceitar que é possível e, depois, mudar o nível energético com a emoção intensificada que já referi e, por fim, permitir que a nossa biologia se reorganize. não é preciso pensar em como essa reorganização biológica irá acontecer; isso é a mente analítica a funcionar, fazendo-nos recuar para o estado de ondas cerebrais beta e tornando-nos menos sugestionáveis. Pelo contrário, basta-nos tomar uma decisão com uma finalidade. Assim que a amplitude ou a energia dessa decisão superar os programas integrados no cérebro e o vício emocional do corpo, tornamo-nos superiores ao nosso passado, o corpo responde a uma nova mente e já podemos fazer uma mudança verdadeira... Para mudar uma crença ou percepção acerca de si próprio e da sua vida, tem de tomar uma decisão com uma intenção tão firme que a escolha contenha uma amplitude de energia superior aos programas integrados no cérebro e A adição emocional do corpo, e o corpo tem de responder a uma nova mente Quando ena uma nova experiência interior que se toma superior à antiga experiência exterior, a escolha reescreve os circuitos cerebrais e reenvia novos sinais emocionais ao corpo. Uma vez que as experiências criam memórias de longo prazo, quando a escolha se toma uma experiência inesquecível, mudamos. Biologicamente, o passado deixou de existir. Podemos dizer que o corpo Desse momento presente está num novo futuro. O cérebro e o corpo já não deverão ter provas do nosso passado e o novo sinal passa a reescrever o programa neurológico, mudando geneticamente o corpo... Quando muda a sua energia, muda o seu estado de ser. Além disso, a restruturação do cérebro e as novas emoções químicas do corpo desencadeiam mudanças epigenéticas. Em resultado, torna-se bastante literalmente uma pessoa nova. A pessoa que era antes passou à história; uma parte dessa pessoa simplesmente desapareceu, juntamente com os circuitos neurais, os vícios neuroquímicos e a expressão genética que lhe sustentavam o antigo estado de ser... A realidade pode ser uma espécie de alvo em movimento — literalmente. E para aprender a ser o seu próprio placebo, utilizando a mente para influenciar a matéria, tem de compreender a verdadeira natureza da realidade, como a mente e a matéria se relacionam, e como a realidade se altera — se não souber como e porque é que essas mudanças ocorrem, não poderá orientar os resultados de acordo com as suas intenções... Centrando-se mais no que quer e menos no que não quer, pode trazer à existência o que quer que deseje e simultaneamente 'fazer desvanecer' o que não quer, deixando de lhe dar atenção. A sua atenção recai sobre o enfoque da sua energia. Fixando a atenção, a consciência alerta ou a mente na possibilidade, também canaliza a energia nessa direção. Consequentemente, influencia a matéria, prestando atenção ou observando. O efeito placebo, por conseguinte, não é fantasia — é realidade quântica... De acordo com o modelo quântico da realidade, podemos dizer que todas as doenças correspondem a uma redução das frequências. Pense nas hormonas do stress. Quando o sistema nervoso está no modo de luta ou fuga, as substâncias químicas da sobrevivência podem fazer com que sejamos mais matéria e menos energia. Tornamo-nos materialistas, porque definimos a realidade com os sentidos, utilizamos demasiado a energia vital que rodeia a célula, mobilizando-a para uma emergência, e centramos a atenção no mundo exterior do ambiente, do corpo e do tempo. Se mantivermos a resposta do stress ativada por muito tempo, os efeitos de longo prazo abrandam a frequência do corpo, tornando-o cada vez mais partícula e cada vez menos onda. Isso significa que há menos consciência, energia e informação disponível para os átomos, as moléculas e as substâncias químicas partilharem, o que leva a que nos tornemos matéria a tentar mudar matéria em vão — somos um corpo a tentar inutilmente alterar um corpo... Todas as doenças revelam uma redução da frequência, bem como uma expressão de informação incoerente. Segundo a perspectiva química, uma frequência mais elevada e coerente traduz-se em saúde, enquanto uma frequência mais baixa e incoerente se traduz em doença... O que é a fé senão acreditar no pensamento acima de tudo? Afinal, ter fé não é aceitar um pensamento — independentemente das condições do nosso ambiente — e entregarmo-nos ao resultado de tal forma que vivemos como se as nossas preces já tivessem sido atendidas? Parece-me a fórmula do placebo. Sempre fomos o placebo. Talvez mais importante do que rezar todos os dias, sem falta, para que as nossas preces sejam atendidas, seja levantarmo-nos das meditações como se as nossas preces já tivessem sido atendidas. Se conseguirmos fazer isso todos os dias, alcançamos um nível mental em que estamos a viver realmente no desconhecido, sempre a contar com o inesperado. E é então que o misterioso nos vem bater à porta. A resposta do placebo é a cura pelo poder do pensamento. O pensamento por si só, contudo, é emoção não manifestada. Se o assimilarmos emocionalmente, esse pensamento começa a tornar-se real — ou seja, a tornar-se realidade. Sem uma assinatura emocional, o pensamento é desprovido de experiência, estando, por isso, latente e à espera de se tornar conhecido a partir do desconhecido... Quantos indivíduos admiráveis na história não lutaram contra crenças ultrapassadas, vivendo fora das suas zonas de conforto e sendo considerados hereges e loucos, para, mais tarde, surgirem como gênios, santos ou mestres? Com o tempo, tornaram-se sobrenaturais. Mas como é que nos tornamos sobrenaturais? Temos de começar por fazer o que ê contranatura — ou seja, dar no meio das crises, quando todos sentem carência e pobreza; amar quando todos se revoltam e julgam os outros; demonstrar coragem e paz, quando todas as outras pessoas têm medo; mostrar bondade, quando os outros mostram hostilidade e agressividade; ceder à possibilidade, quando o resto do mundo se acotovela para chegar em primeiro lugar, tentando controlar resultados, e compete ferozmente numa luta sem fim para chegar ao topo; sorrir com confiança, face à adversidade; e cultivar a sensação de plenitude, quando nos diagnosticam uma doença. Parece contranatura fazer essas escolhas em condições tão adversas, mas se persistirmos, com o tempo, transcendemos a norma — e também nos tornamos sobrenaturais. Acima de tudo, ao sermos sobrenaturais, damos aos outros autorização para fazer o mesmo. Os neurônios espelho ativam-se sempre que observamos alguém em ação. Os nossos neurônios espelham os neurônios dessa outra pessoa, como se estivéssemos a fazer o mesmo que elas..."