H.P. Lovecraft

H.P. Lovecraft H. P. Lovecraft
Michel Houellebecq




Resenhas -


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Ilmar 15/03/2024

Li o livro a pouco mais de 1 mês e juro que não lembro direito como ele aborda os temas. Do que vem a minha mente agora é como o autor fala sobre essa visão anti-mundo humanidade do Lovecraft. Achei interessante. Outros autores que conheci também têm uma opinião similar. Gostei de saber mais sobre a vida do H.P também. Mas juro que não consigo me lembrar nada mais afundo. Achou que vou precisar reler mais pra frente.
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André 16/12/2023

Estética de Si - Lovecraft como um esteta da (anti)vida
"Quanto às inibições puritanas, eu as admiro um pouco mais a cada dia. São tentativas de fazer da vida uma obra de arte - de cultivar um modelo de beleza nessa pocilga que é a existência animal - e brota daí um ódio à vida que marca a alma mais profunda e a mais sensível."
Essa citação de uma carta de H. P. Lovecraft é o ápice da tese apresentada por Michel Houellebecq no ensaio "H. P. Lovecraft: Contra o Mundo, Contra a Vida" acerca da força da criação artística lovecrafteana - em tudo que ela tem de inovadora em temática, técnica e influência - consistir em um esforço estético de sublimação da frustração de um homem particularmente banal em ser preterido por um universo no qual jamais teve e teria espaço por uma correlação de fatos contingentes relacionados ao seu nascimento e criação (elementos biográficos que o ensaio pontua quando necessário, mas não se detém muito sobre).
Um biógrafo e estudioso sério de Lovecraft, como um S. T. Joshi, pode discordar completamente das conclusões de Houellebecq e apresentar evidências que as contradigam. Em nada isso altera a força intelectual e artística do próprio ensaio, uma espécie de auto análise da pretensão artística do próprio Houellebecq na carreira que a partir dessa obra se esforçaria em alcançar.
Insights brilhantes apresentados numa prosa quase lírica - sem dúvida um estilo peculiar para um ensaio - entremeiam-se com uma admiração sincera da conquista artística do artista pelo seu sacrifício em vida, consagrado pela falta de consagração em vida.
Os segmentos sobre o uso do olhar arquitetônico por Lovecraft em suas famosas "construções ciclópicas" e sobre o uso das ciências naturais como fonte de um lirismo clínico consistente com a proposta de um horror clínico, amoral, são particularmente fantásticas.
A edição traz duas das histórias que Houellebecq inclui como "Os Grandes Textos" do autor, o que é muito acertado (para não ficarmos na situação do "livro sobre história do Jazz sem disco de Jazz" criticada por James Kakalios - mas falemos menos de Jazz para não irritarmos o biografado de além de Yuggoth), assim como é acertada a seleção das histórias: "O Chamado de Cthulhu" e "O Sussurro nas Trevas" tem uma ótima razão tamanho/qualidade necessária para não super estender o volume. Dessas duas, Sussurro talvez seja a melhor, do auge da maturidade do autor, mas Cthulhu têm uma força ímpar e reflete melhor, talvez até caoticamente, o que faz a força da literatura de Lovecraft.
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Bi 15/02/2022

Quando o desconhecido te encontra
É impossível conhecer o homem sem conhecer o contexto histórico que o rodeia. Porém, não podemos defender falhas de caráter atrás dos erros de uma sociedade. E é isso que fico pensando ao final dessa leitura. H.P.L. e suas construções racistas e xenofóbicas não pode ser justificado apenas diante das dificuldades que vivia. Interessante saber tbm que o autor dessa biografia, Michel Houellebecq, recebe críticas por seus comentários xenofóbicos diante da situação do imigrante na França.
Agora, não se pode deixar de reconhecer a influência a narração de ficção científica dos livros ao cinema. A ignorância X a imaginação, renderam monstros aterrorizantes, que assustam diante da impossibilidade de conhecê-los e da incompreensão de suas intenções.
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Diego 25/01/2022

Ensaio
A parte do livro escrita por Houellebecq é um ensaio sobre H. P. Lovecraft. Eu achava que seria algum tipo de ficção relacionada à realidade.
É um texto bem escrito, por um admirador confesso de Lovecraft.
Depois, seguem dois contos deste, O chamado de Cthulhu e O sussurro nas trevas.
O segundo foi o que mais me agradou. O de Cthulhu, embora mais famoso, não me envolveu.
Acho que não farei parte dos admiradores de H. P. Lovecraft, mas valeu a leitura!
Renata Rezende 25/01/2022minha estante
Gosto mto do Houellebecq.


Diego 26/01/2022minha estante
Eu também, por isso me frustrei um pouco quando notei que não era ficção dele.




SRConinck - @akleituras 28/07/2021

Ensaio biográfico
Gostei da escrita de Houellebecq. Ele até conseguiu me fazer gostar um pouco dos contos de H. P. Lovecraft, o último incluído nesse livro, principalmente.

A história de Lovecraft é árida, um homem muito fechado, avesso a sentimentos românticos. Interessante a visão dele sobre Freud e Einstein.

De tudo que li, acho que eu gravarei na memória a mentalidade racista e reacionária de Lovecraft.
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ArthurAlves 12/02/2021

Os contos são melhores!
De certa forma necessário. Aponta diversas características da escrita do autor, que pra quem não conhece (eu) foi legal bom entender, mas o texto biográfico é chato de ler, não mais do que o conto do chamado de Cthulhu, coisa que não o torna ruim, mas o conto O Sussurro na Escuridão é muito bom, mesmo sendo do dobro tamanho do primeiro conto a leitura foi bem mais fluida.

Curioso para ler outros contos, inclusive os citados no próprio livro.

Recomendo a leitura dos contos em si, essa biografia pode ser adiada.
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Gárgula 03/02/2021

H. P. Lovecraft contra o mundo, contra a vida
Um título estranho, não é mesmo?
Ao me deparar com o livro H P Lovecraft contra o mundo, contra a vida, de Michel Houllebecq, senti estranheza pelo título. Aliás desde já indico a leitura para aquele leitor que busca entender melhor não só H. P. Lovecraft, mas também sua obra.

Publicado pela Editora Nova Fronteira, a tradução é dividida entre dois profissionais: Maria Luiza X. de A. Borges assina a tradução do prefácio e do ensaio, enquanto Alexandre Barbosa de Souza assina a tradução dos dois contos presentes na obra.

Prefácio de Stephen King
Um prefácio no mínimo estranho, mas que inegavelmente ao final se mostra lógico. Stephen King não concorda com muitas posições propostas por Houllebecq, mas não deixa de prestar homenagem ao raciocínio do autor. Aliás ele é enfático em esclarecer ao leitor a admiração que o ensaísta tem por Lovecraft. King não comunga deste amor, apenas entendendo a grandiosidade da obra.

Esta visão já nos dá ideia do que vamos encontrar no ensaio. King nos alerta da paixão sem deixar de apontar a importância da reflexão. Achei bem interessante um prefácio que pode até depor contra o texto que o segue, mas dá trilho ao leitor, mantendo-o em distância segura para sua própria análise.

Mergulhando na alma de um atormentado
Embora este ensaio seja polêmico, sua leitura é importante. Michel Houllebecq realmente mergulha corajosamente no âmago de Lovecraft, lugar onde a maioria das pessoas evitariam estar.

Diferente do que você imagina, a admiração de Houllebecq por Lovecraft lhe permite entender como suas limitações, preconceitos e ódios são alicerces de suas criações. Alicerces compostos de questões do próprio Lovecraft.

Isto é desculpa para suas posições preconceituosas? Claro que não. É apenas um ensaio corajoso que busca olhar seus frutos através dos olhos de seu criador. Não existem panos sendo passados. Há apenas uma constatação do combustível que fez a criatividade de Lovecraft acender.

O pesquisador Caio Bezarias vai além nesta análise, em seu livro Mitologia Lovecraftiana – a totalidade pelo Horror (nossa resenha sai em janeiro de 2021), lançamento da Editora Sebo Clepsidra. O livro de Bezarias é uma análise bem aprofundada que ele fez em sua tese de mestrado descendo igualmente no cerne de Lovecraft. Percebemos que o medo exacerbado de Lovecraft o fez criar uma mitologia, que podemos chamar de masoquista, exatamente por seu traço niilista. Não existe saída a não ser a morte.

Considerações finais
Precisamos de mais ensaios como este para levarmos discussões tão atuais à mesa. Em suma, só vamos melhorar como indivíduos através da troca de ideias. Muito além de uma tietagem que seria ridícula, Michel Houllebecq usa um olhar criterioso sobre o homem Lovecraft.

Discordando ou não, é um ensaio que deve ser lido. O pensamento não se constrói apenas por discursos alinhados, mas principalmente pelo contraponto.

Boa leitura!

Resenha publicada no blog Canto do Gárgula.

site: https://cantodogargula.com.br/2020/12/03/h-p-lovecraft-contra-o-mundo-contra-a-vida/
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Lucas de Deus 20/11/2020

Excelente material introdutório
O texto é fluído e extremamente fácil de ser compreendido, o livro é um apanhado sobre a vida pessoal e intelectual de Lovecraft, mesmo que não precise lê-lo para ir direto a obra do autor, o escritor deste livre, de forma hábil e esclarecedor, traz a tona "quem era H.P.Lovecraft". É interessante a sua leitura para se poder entrar e entender a mente do genial Lovecraft e o porque de sua obra e suas inspirações.
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Marcus Oliver 23/08/2020

Razoável, porém útil
Esse livro seria uma espécie de introdução de novos leitores a H.P.Lovecraft, mesmo que não tenha essa pretensão. Eu recomendaria, para um novo leitor, ir direto a fonte e ler as obras de Lovecraft, mas suponhamos que alguém desejar apenas conhecer a pessoa, um pouco de sua história e uma ou outra obra, esse livro é para isso.
Michel Houellebecq traz um hibridismo de uma biografia com ensaio literário, tenta dizer que romanceou a vida de Lovecraft, mas passou longe disso. Como biografia é um livro fraco, mas as discussões sobre um ponto ou outro sobre Lovecraft cumpre bem seu papel. Não recomendaria a alguém que não leu Lovecraft, indicaria uma obra dele que vale muito mais a pena. Acho que um estudante ou apenas um curioso que deseja conhecer quem é Lovecraft porque começou a jogar RPG ou curtiu a série Lovecraft Coutry, esse é o livro para matar essa curiosidade sem gastar longas horas lendo um copilado de vários contos e novelas de Lovecraft.
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Julio.Gurgel 09/05/2020

Macabro e frustrado
Neste ensaio, o infame Michel Houellebecq faz uma uma dissecação da obra e do estilo único de H.P. Lovecraft (particularmente, um dos meus autores macabros preferidos).

Não é exatamente uma biografia, até porque a vida reclusa e pobre de Lovecraft não renderia muitas histórias. É muito mais uma discussão a respeito de sua estética única, até hoje não igualada, e de sua obsessiva materialização de criaturas e mundos paralelos.

Houellebecq toca em alguns pontos polêmicos do escritor, como sua aversão à sociedade moderna e o racismo/xenofobia acentuados, especialmente depois de uma experiência conturbada em Nova York. Amargurado, cheio de ódio, Lovecraft transforma suas frustrações em algumas das histórias mais sofisticadas de terror que conhecemos. É um livro para iniciados. Nessa edição há dois contos clássicos que servem como uma boa introdução ao bizarro universo lovecraftiano: O Chamado de Cthulhu e O Suspiro nas Trevas.
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