z..... 17/01/2018
Oche! Porreta! Inda mais com o artista que mais curto nos quadrinhos, Flávio Colin, pelo carisma no traço singular, histórias folclóricas cativantes e texto de grande valorização do linguajar popular do contexto.
Em linhas gerais, uma viagem em percepções míticas sobre o cangaço e histórias de terror. Junta numa panela só, temperando com humor inusitado, episódios trash, violência cangaceira, imaginário sobre assombrações e sensualidade macabra.
Vemos Lampião sem reservas em sua disposição sanguinária. Por conta da fama em atos desaforentos e impiedosos, passa a ser perseguido por uma mulher mancomunada com o demo em busca de vingança. O desenrolar é brutal e sinistro. A tal mulher vai usando a sedução (descarada) para arregimentar seguidores na perseguição, que tem embate mítico, onde o tinhoso se revela e é derrotado por artimanhas folclóricas.
Comicamente surreal, instigando também inusitada história de amor.
A arte é o que costuma chamar mais atenção nas HQs, destaque também nessa, mas tratando-se de um Colin, o texto é uma atração a parte, divertindo bastante na leitura. Arriégua, se não! Marrapá, leseira de primeira!