Cris 21/08/2018Um romance cheio de ódio“Nunca falei do meu amor em palavras. Mas, se os olhos falam, o idiota mais completo poderia ter adivinhado que eu estava apaixonado. Ela entendeu afinal, e me retribuiu o olhar… o mais doce de todos os olhares imagináveis.” Pág. 6
Eu tinha este livro parado na estante há muito tempo. Mas confesso pra vocês que eu tinha um pouco de medo de começar a ler e não gostar, como aconteceu com o famoso “Orgulho e Preconceito”, que simplesmente não me agradou.
Portanto, foi uma grata surpresa ler este livro. Primeiro que eu achei a leitura muito ágil, apesar de ser um livro mais antigo. A forma como o livro é contado, indo e voltando no tempo, e com as narrativas, ora do Sr. Lockwood e ora pela Nelly me deixou presa na história querendo saber o que aconteceu com estes personagens tão icônicos.
O Sr. Lockwood chega à Granja Thrushcross para passar um período de tempo, e ao se deparar com o dono da casa, Mr. Heathcliff, ele se torna curioso com sua personalidade tão estranha.
A Governanta da casa, Nelly inicia assim um relato de duas gerações anteriores, contando como as histórias de Heathcliff, dos Linton e dos Earnshaw se cruzaram.
Esta Edição de luxo da Editora Landmark está maravilhosa, com jacket e capa dura. E é uma edição bilingue, portanto, ao final da leitura, dá pra ler o texto original, que eu achei incrível.
Uma coisa interessante na história é que os personagens em si possuem características bem fortes de personalidade, mas a maioria deles é odiosa, e apesar disso eu gostei demais da história.
Sobre o Heathcliff, que personagem incrível. A personalidade dele é muito bem desenvolvida, ele é intenso em todos os sentidos: Apaixonado, violento e misterioso. Tinha horas que eu tinha raiva dele, mas tinha horas que me batia uma compaixão por tanta coisa ruim que aconteceu na vida dele desde criança.
Mas eu tenho que dizer que acho os diálogos dele, sempre xingando e amaldiçoando muito engraçados. O jeito ranzinza e taciturno dele me deixaram muito presa à história.
“Eu chorava tanto por ele quanto por ela: às vezes sentimos pena de criaturas que não têm nenhum sentimento por si ou pelos outros.” Pág. 93
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