Ítalo Victor 31/01/2022
Calvino neste volume continua seu tratado, após demonstrar a idolatria humana e a culpabilidade do homem devido seu coração pecaminoso, que compreender que existe um Deus mas que o troca por imagens feitas as suas mãos, finalmente aborda com mais especifidade a escravidão do pecado, abrangendo ainda mais a doutrina da depravação total, e a incapacidade do homem de se achegar a Deus.
A partir disto ele trata do conceito de livre-árbitrio e seus usos indevidos e ilógicos, demonstrando através das Escrituras e da teologia Agostiniana qual é a melhor compreensão para o conceito. Ele também trabalha categorias como razão humana, vontade e também a própria graça comum.
Após estes capítulos inicias, Calvino começa sua leitura de como o coração do homem é transformado, aqui adentrando a doutrina da eleição incondicional e da própria graça irresistível, apesar de abordar principalmente a questão da regeneração da natureza e como isto é total fruto de Deus.
Para esclarecer ainda mais a redenção monergista, Calvino, elegantemente, também expõe a própria Lei e a aliança do Antigo Testamento como uma apontamento para Cristo e a nova aliança, sendo esta de caráter imutável e incondicional ao homem, diferente da aliança mosaica. Ele também demonstrar como Antigo e Novo Testamento estão interligados, como o decálogo aponta pra Cristo e para incapacidade do homem de promover sua salvação ou qualquer bem que discorra a buscar a Deus sem uma ação primária do Criador.
Ao fim deste segundo volume, Calvino demonstra a lei e como ela apontava para lei moral de Deus e suas desígnio para com suas criaturas, trazendo assim grandes e mútuas edificações da Antiga Aliança para nos ensinar a respeito de Deus e seu padrão de santidade, e como Cristo cumpriu tal padrão e nos propiciou uma redenção.