Juju 23/05/2024
O que um psicanalista diria a um jovem terapeuta?
Contardo foi um psicanalista italiano, que também trabalhou no Brasil e, através desse livro, decidiu deixar cartas a jovens psicanalistas imaginários e cheios de dúvidas sobre a carreira escolhida. Na obra, o psicanalista responde questões como o perfil de um psicoterapeuta, quanto cobrar pela consulta, como a família se sente em relação a profissão do jovem, além de contar inúmeras experiências de sua trajetória.
Como estudante de psicologia do terceiro semestre, o livro, no geral, foi bem tranquilizador, uma vez que o autor utiliza de sua experiência pessoal para escrever suas cartas (sua vida não foi nada fácil) e responde dúvidas que muitas vezes nem sabíamos que tínhamos.
Por ser psicanalista, algumas coisas da psicanálise acabaram sendo, mesmo sem a intenção, explicadas a mim, como por exemplo a relação da psicanálise com a sexualidade, entre outros.
Confesso que, até então, a psicanálise (ao menos a freudiana) não me encantou, mas Contardo redige esse livro a todos que pretendem ser psicoterapeutas, independente da abordagem e, na minha opinião, uma das coisas que mais valem na leitura de uma obra são as vivências e conhecimento do autor, e isso Contardo tem de sobra!
Além disso, ele também exprime suas opiniões sem medo do que irão pensar, reconhecendo as falhas na sua abordagem, na dos outros e também no mundo em que vivemos, ou seja, eu o vejo como alguém ?mente aberta?.
A única coisa que me irritou um pouco foi a enrolação para responder às perguntas. Prefiro que a pergunta seja respondida primeiro para depois a resposta ser justificada, mas ele faz ao inverso, justifica a resposta antes mesmo de dá-la kkkkkkkkkk.
Por fim, a leitura é gostosa, fácil de muito válida!