Isabella Pina 31/01/2013Como não se apaixonar???Uma história inteira escrita apenas por meios digitais? Como não se animar? Eu sou uma usuária assídua do Twitter, do Facebook e dessas redes sociais, então eu gostei muito dessa proposta. Além disso, a história prometia um daqueles romances “bonitinhos”, que são adoráveis e sempre me fazem fazer “awn” e suspirar. Eu sei que muita gente não gosta desse tipo de coisa, mas a minha opinião é que, se bem contado, pode ser um livro incrível.
E, sem dúvida alguma, Tweet Heart foi tudo o que eu pensava que seria. Os quatro personagens principais – Claire, Lottie, Will e Bennet – são o grupo de amigos que você quer fazer parte. Eles são engraçados, divertidos e adoráveis. Cada um tem uma personalidade diferente, Claire é a menina estudiosa, tímida, apaixonada pelo garoto mais popular da escola desde sempre e que nem sabe que ela é; Lottie, minha favorita, é a melhor amiga da Claire. As duas são próximas e Lottie é simplesmente um máximo. Ela é simplesmente divertida, além de sempre estar ajudando a amiga sem vida amorosa – Lottie tem até demais, por assim dizer, HAHAHA.
Will é aquele menino nerd e fofo, secretamente (ou não tanto) apaixonado pela “amiga” Claire. Já Bennet... O que dizer desse garoto tão incrível? Ele é o melhor amigo do Will, mas se destaca totalmente no livro. Ele tira sarro, tem umas frases incríveis e é simplesmente impossível não querer um desses para você mesma. Honestamente, eu não podia deixar de torcer muito mais para Bennet do que para o coitado do Will, que na verdade é alguém simplesmente tímido demais para ser tão incrível quanto Bennet.
Não é uma história inovadora, claro, mas ela tem uma fofura, uma faísca, que nos faz ficar apaixonados pelo livro. Pra você ter uma ideia, eu li o livro em um dia, porque, além de ser fácil de ler (por ser em tweets, mensagens, etc), tinha personagens tão próximos da nossa realidade que a gente acaba se identificando e, claro, torcendo por eles.
Elizabeth Rudnick tem uma escrita muito boa. Ela conseguiu passar, mesmo que por meios digitais, uma sensação de proximidade aos personagens que muita escritora por aí tem dificuldade. Por isso, eu dou os parabéns à ela, porque é um livro que, nesse ponto, é incrível. Por outro lado, a história – não sei se propositalmente ou não – também critica todo esse “vício” com a Internet. Lembro-me de uma cena em específico, em que Claire e Will estavam na mesma sala, quase um do lado outro, mas estavam twittando um para o outro ao invés de conversar.
Num geral, você não vai se decepcionar se estiver procurando um bom romance, divertido e, na melhor das palavras, “feliz”. O tempo voou quando eu li o livro e, antes que eu pudesse me preparar, tive que dizer “tchau” para esses personagens tão amigáveis. Vale a leitura, principalmente se você ler sabendo que não vai encontrar algo incrivelmente profundo e intricado, e sim a vida e o cotidiano de simples adolescentes, como nós.
P.S.: AS REFERÊNCIAS! Meu Deus, como não amá-las? Justamente por serem adolescentes, as referências são incríveis. Tanto para o pessoal mais “nerd” (apesar que eu não saber exatamente o que é ser “nerd”, TO BE HONEST.) quanto para àqueles ligados na cultura pop.