Otávio 07/09/2013
Para a infelicidade da minha querida amiga Bárbara (do blog, Summer Diary), que foi quem me emprestou este livro, não me tornei fanzaço deste livro.
A primeira coisa que gostaria de falar é que Príncipe da Pérsia não é um livro em si, e sim um Graphic Novel, que para quem não sabe, são quadrinhos.
A história que este HQ nos traz é baseada naquele joguinho para PC, PS2 (não entendo nada de Videogames, então me desculpem) e que veio a se tornar um filme e tudo mais.
E também quero dizer que não sei como fazer uma resenha para uma HQ, mas vamos lá.
O quadrinho, começa contando a história de três "irmãos", na verdade, não é bem como se tivesse contando a história, pois a história deles será contada mais para o meio, então o quadrinho começa mostrando um fato que ocorreu envolvendo este três irmãos, em que Layth está tentando afogar seu "irmão", Guiv, em uma fonte, e a irmã, Guilan, está intercedendo por Guiv (tentei ser o mais explicativo possível).
Depois desse acontecimento somos levados quatro séculos à frente (sim, a HQ ocorre mais ou menos como se fosse em dois planos temporais distintos) em que uma garota (provavelmente filha de um nobre da época, não sei direito) está tendo aula de dança com Arsalan, e esta garota, Shirin, mostra desaprovação à dança que ele vinha a ensinando e demonstra seu interesse por acrobacias e saltos. Daí o professor avisa de uma hora para outra que foi "demitido" pelo pai de Shirin, alegando como justificativa que coisas estavam ocorrendo na cidade e blá, blá, blá.
Agora vai até lembrar o filme do Alladin, pois ela corta seu cabelo e decide sair andando pela cidade, e esta decisão foi tão... tão repentina que eu não entendi a princípio e quando fui entender, era um motivo tão idiota que me causou repulsa.
Bem, após perder seu pingente dentro de um poço, ela decide ir lá pegar, e vê um homem na água, se assusta, desmaia, cai na água e este homem do poço a leva para sua humilde residência.
Voltando quatro séculos antes: Guiv estava indo embora do palácio, Layth dizia que não devia fazer isso, mas ele foi do mesmo jeito, seguindo ele vinha o pavão do palácio, que fora do palácio se transformava em Turul, meio que uma divindade-pavão-doidona (que, aliás é o melhor personagem do livro). Nas páginas seguidas é mostrado o percurso de Guiv até a fortaleza...
Quatro séculos depois: Shirin, depois que acorda do susto, conhece Ferdos (o cara que estava no fundo do poço, literalmente) que fala porque vive escondido, diz quem é, o que faz, e isso não é importante. O importante é que ele conta a história daqueles três irmãos de antes (e aí que a história fica, verdadeiramente, interessante).
Eu não sei nem porque eu contei isso tudo de antes pois poderia ter resumido apenas a história dos três irmãos e "a profecia", que vou contar agora: O pai dos gêmeos, Guiv e Guilan, adota Layth como filho, logo ele é educado da mesma maneira que os outros.
Layth começa a ter um bom relacionamento com Guilan (chega até a se casar com ela), porém não era a mesma coisa com Guiv. O pai dos três morre e quem fica com o trono?! Layth, o que desperta, é claro, a raiva de Guiv. Então Guiv se manda para a fortaleza, lá o espírito de delfos toma seu corpo ele se torna meio que um profeta e diz que um menino nascerá na 481º ano da lua, e esta criança iria matar todos os governantes. Com medo, os governantes organizaram um comitê e decidiram matar todas as crianças que nascessem neste dia.
Você já deve ter entendido, a criança é Ferdos, o cara que tira Shirin do poço, agora só resta você ler o livro para saber se a profecia se completou ou não (pois já cansei).
Para que o futuro se lembre de nós... Um homem deve nascer de um ventre como outro ventre qualquer. Sob a terceira lua cheia... longe daqui, duzentos e quarenta e um anos da lua, o assassino de todos os soberanos e de todos os comandados... um palácio cairá... um príncipe surgirá das águas (Ferdos, entendeu?) onde ninguém o conhecia... a não ser uma triste garota sob uma figueira (Shirin, copreende?)
página 111
No geral, o enredo é ótimo e com muita ação, mas ela não engrena logo de cara e, quando vai melhorando, acaba, e isso é a causa da minha decepção com este livro: O FINAL É IN-CON-CLU-SI-VO, faltou algo, um não-sei-o-quê!
Todos os personagens são muito cativantes e são peças-chave na formação e compreensão da história, o único problema foi o modo que alguns agiram, de um jeito inconsequente, e como disse anteriormente, o fato do final inconclusivo que aqui se encaixa tanto na história como nos personagens.
Mas também não sei dizer se Príncipe da Pérsia não me agradou por ser um quadrinho, e não leio tantos quadrinhos assim, ou se deve pelo fato de ter aquele universo todo criado a partir dos games e tudo, o qual desconheço.
Sim, o filme tem uma pitada de semelhança com o livro! Só na parte do irmão não legítimo, pois o resto, nada se assemelha, o que me decepcionou novamente, pois eu gosto muito do longa.
Outra coisa legal que tem no livro é o posfácio falando um pouco sobre os jogos, a criação... e é bem interessante.
Por último, falarei da edição do livro, publicado pela Galera Record, o livro é impecável, ele é muito bonito e tem todos os acabamentos bem feitinhos e quase que perfeitos, mas não tenho muito com o que comparar pois não disponho de HQs e... é isso.
Recomenda?! Sabe, aquela coisa, quem gosta do universo dos games ou dos quadrinhos: LEIA!; Quem não gosta: Decida-se!