O Arquiteto do Esquecimento

O Arquiteto do Esquecimento Marcos Bulzara




Resenhas - O Arquiteto do Esquecimento


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Sthaelle 17/07/2011

“Qual parte da sua vida você gostaria de apagar?”

Em o Arquiteto do Esquecimento, conhecemos a história de Doran Visich, um garoto que mora com sua família em uma pacata vila no interior da Polônia.

Nesta parte, acompanhamos tudo que ele viveu na sua infância, que foi a melhor época de sua vida. Doran adora sua família, mas tem um carinho maior pela sua irmã Constantine e eles são inseparáveis. Em um dia frio de inverno, entre gritos e birras de crianças, Constantine sobre uma queda que a deixará com sequelas até o fim da sua vida, e deixará também nosso Doran, com o peso da culpa. Mas nem mesmo esse triste fato foi grande para acabar com o laço que os unia. Gorda - como era carinhosamente apelidada por Doran- possui uma marca de nascimento em forma de cavalo marinho em seu pescoço, o que a torna ainda mais especial e leva seu irmão a lhe fazer um colar de madeira em forma de cavalo marinho, e este acaba sendo o símbolo e até mesmo um amuleto de sorte para os dois.

Mas a vida, é sempre cheia de caminhos que desconhecemos, né? As vidas muitas vezes é injusta e tira de nós aqui que mais amamos. Com Doran Visich não foi diferente. Há rumores de que a Alemanha está invadindo a Polônia e quer matar todos os judeus que encontrar. Esse fato trágico chega à vila onde Doran vive e os nazistas fazem uma carnificina enorme. O pai, a mãe e o irmão mais velho são mortos pelos nazistas e Doran é enviado para um campo de concentração, onde passa a vegetar e presenciar cenas de morte e total falta de compaixão aos outros que foram capturados com ele. mas e Constantine? Doran também não sabe, ao ser capturado pelos nazistas, ele havia deixado sua irmã em cima de uma árvore com vida, mas depois disso nunca mais a viu. E Doran vive com essa angústia durante toda sua vida sem saber se sua irmã está ou não viva.

Por forças do destino ( ou não) Doran é um dos poucos judeus que conseguiu sair vivo de uma das Guerras mais sangrentas que o mundo já presenciou .

Doran, que se destacou desde pequeno pelo sua inteligência, se torna um dos cientistas mais renomados do mundo, e foi um dos responsáveis pela D45 - Amnol - a droga dos esquecimento . Doran se casa com Isabel, que acaba morrendo no dia do nascimento de sua única filha, que como homenagem recebeu o nome de Constantine, e futuramente terá um papel importantissimo da história.

Mesmo depois de 50 anos e com tudo que construiu até aqui, Doran tem uma necessidade muito grande de saber o que aconteceu com sua irmã e acabar com o sofrimento e angústia que sentiu por sempre perder os que ele amou.

Eu simplismente amei este livro! Fazia tempo que não li um bom livro que me tocasse de uma forma que este me tocou. não sei foi pelo fato de ter se passado em grande parte durante a 1°Guerra Mundial, que apesar de ser triste, é um assunto que eu gosto muito ou se foi pela vivacidade com a qual o autor escreveu. O livro é tão tocante, que tive a impressão de sentir as mesmas emoções que o Doran e em muitas partes chorei.

E no final do livro, ainda ficamos com aquele ponto de interrogação e nos questionando o que nós realmente queríamos esquecer. Difícil.

A única coisa que me chateou foi que o autor não falou nada sobre o que aconteceu com a Gorda. Fiquei me roendo durante todo o livro e não fiquei triste pela falta de informação.

No mais, o livro é maravilho e já nos encanta logo de cara com a magnifica capa que foi muito bem feita! Toda rica em detalhes que faz jus ao nome do livro e que se encaixa perfeitamente ao livro.

Só dei 5 estrelas porque é a nota máxima, pois merece muito mais.

Este livro faz parte do BookTour Selo Brasileiro!
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Junior 08/09/2011minha estante
Deveria ter avisado que a resenha contém spoilers. Eu já li o livro e já não faz diferença, mas para quem ainda não leu, é muito desagradável.




Filipe 28/09/2010

Excelente livro!!
Além de muito bem escrito pelo autor, nos deixa uma lição de vida.
Doran Visich mostra que as coisas simples da vida, como a família, são muito mais importantes que bens materiais. Afinal, o que conta nessa vida são as nossas experiências e não a nossa conta bancária.
De tão envolvente, li o livro em menos de 5 dias. As páginas eram devoradas conforme as horas passavam na angustia de saber o desfecho da história. Realmente é um livro que prende do começo ao fim, e tem grande potencial para virar um filme. Em tempos em que as histórias dos filmes de Hollywood estão se tornando cada vez mais repetidas, um enredo diferente cairia bem.
Recomendo para quem gosta e até para quem não gosta de ler, sendo uma leitura fácil, até quem não suporta um livro pode acabar se interessando.
Aplaudo de pé e espero pelos próximos que, tenho certeza, serão ainda melhores que este.
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@ARaphaDoEqualize 26/05/2011

[Resenha] O Arquiteto do Esquecimento
RESENHA ESCRITA PARA O BLOG http://equalizedaleitura.blogspot.com

Eu recebi o livro pelo Book Tour do Selo Brasileiro. Confesso que era um dos que eu mais aguardava. Por quê? Eu já tinha lido sinopses sobre o livro e me interessei. E fiquei ainda mais curiosa quando descobri que o autor é publicitário. Sério, como futura publicitária, eu gostaria de saber como um dos meus se sairia escrevendo. E posso falar? Não deixou nada a desejar. Vou tentar falar um pouco do livro pra vocês, sem deixar spoillers pelo caminho.

Em O Arquiteto do Esquecimento, vamos conhecer a vida de Dorian Visich. Bem, primeiramente, vamos estar no presente, conhecendo a Constantine, que em uma madrugada recebe a ligação que ela esperou durante 50 anos... Então vamos voltar no passado, em uma série de flashbacks que em determinados momentos são mesclados com cenas do presente sem se perder em nenhum momento.

Conhecemos a infância de Dorian com sua família que era muito simples, sua inteligência aguçada, seu desejo por conhecer coisas novas, sua rotina em ajudar a família e como viviam felizes. Mas aí vem a guerra para destruir o lugar onde moravam, família, as pessoas que ele conhecia... sua vida. Seus pais foram mortos, seu irmão assassinado na sua frente e sua irmã ficou perdida em uma arvore, enquanto Dorian era levado embora, com uma única esperança: que a sua irmã Constantine – conhecida carinhosamente por Gorda – conseguisse sobreviver. Dorian foi enviado para um campo de concentração onde tinha várias outras pessoas que ali eram mantidas com brutalidade e sem nenhuma condição mínima de sobrevivência. Porem, com um pouco d sorte e tendo sempre a sua inteligência ao seu lado, Dorian consegue se manter vivo e ainda ganhar a confiança de um homem com grande influencia. Mas seu único pensamento, enquanto dia após dia se mantinha vivo era: preciso encontrar Constantine.

Mesmo depois do fim da guerra, a inteligência de Dorian sempre foi seu marco principal. Ele começa a ser disputado por duas grandes potencias para o desenvolvimento de uma super droga que era capaz de algo nunca feito antes: uma droga capaz de fazer esquecer acontecimentos recentes.

Ele se casa, tem um filha que dá o nome de Constantine e que é a recebe a ligação bem no inicio do livro. Mas nem nesse momento, ele é feliz, já que sua mulher morre em um acidente, ele cria a filha sozinho e depois que ela cresce, eles começam a ter conflitos. Quando Constantine é seqüestrada, Dorian se vê em um grande dilema: salvar a vida da filha ou seguir a pista para encontrar a irmã depois de 50 longos anos de espera.

Eu adorei a capa do livro e junto o título. O Marcos conseguiu mesclar dor, alegria, amor, saudade, esperança, ficção cientifica, flashbacks em um livro e... ficou MARAVILHOSO! A única coisa que me incomodou um pouco foi a quantidade de detalhes em determinadas cenas. Eu gosto de detalhes, mas não tudo detalhadamente detalhado em pequenos detalhes. Sim, é mais ou menos isso. Mas, foi um livro que conseguiu mexer profundamente com o meu intimo, que me fez chorar na praça de alimentação do shopping enquanto eu esperava a hora pro trabalho e que fez duas pessoas perguntarem se eu estava bem. Foi o livro que fez ver o arrependimento, a tortura, sofrimento e angústia de vários ângulos. E quando eu pensei: “Por favor Marcos, não deixa mais o Dorian sofrer.” O autor sempre me surpreendia mais e mais. Não posso falar que todos os meus desejos foram atendidos, mas eu pelo menos não me decepcionei.

- Pai... - ela começou de novo em polonês. - A minha tia Constantine me pediu para lhe dizer algo. Ela pediu que eu lhe dissesse que não foi sua culpa aquele acidente com ela na infância. Ela me disse que caiu daquele barranco de propósito.
Página 463


Assim, uma coisa que eu senti muita falta foi de saber o que aconteceu verdadeiramente com a Gorda. Não sei se ele deveria ter contado no livro um pouco sobre tudo que ela passou quando ficou sozinha presa na árvore ou se um outro livro seria bacana. Apenas gostaria de saber, já que eu tenho certeza que o autor conseguiria me surpreender e emocionar mais uma vez.

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Nathi 05/07/2011

Resenha - O Arquiteto do Esquecimento
A trama gira em torno de Doran Visich, um judeu polonês que viveu não apenas todo o drama e sofrimento do holocausto, mas os danos que essa situação acarretou em sua vida.

“Qual parte da sua vida você gostaria de apagar?”

Doran vive com sua família em uma vila no interior da Polônia. Eles têm uma vida simples, tranquila, sem preocupações e receios, e são muito felizes. O menino, claro, ama sua família, mas tem extrema afeição e carinho por sua irmã mais nova, Constantine. Os dois são inseparáveis, sempre fazendo tudo juntos; Constantine tem em seu irmão um modelo a ser seguido. Mas no dia em que Constantine sofre um acidente que coloca em risco sua vida, Doran se sente culpado e teme que sua irmã não lhe perdoe.

Para a alegria de todos, Constantine se recupera, sempre contando com a ajuda e perseverança de seu irmão. Porém a vida traça caminhos incertos e nos surpreende, infelizmente, com momentos de pura tristeza e sofrimento.

Para ler a resenha completa, acesse: http://www.booksinwonderland.com/2011/07/resenha-o-arquiteto-do-esquecimento.html

Esse livro faz parte do Booktour do Selo Brasileiro.
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Vivi 19/04/2011

Maravilhoso livro. Uma licao de vida
Eu tenho muita dificuldade em criticar um livro que gosto e este vai ser um deles.
Primeira coisa que me veio na cabeça ao terminar o livro "Ainda bem que o Doran viveu 113 anos, porque o tanto de coisa que ele viveu e sofreu, ele tinha que viver muitos anos para passar por tudo aquilo".
O livro é rico, um quebra-cabeça que montamos no decorrer dos capítulos.
Mesmo tendo interrompido a leitura por mais de uma semana, não perdi em momento algum o interesse pelo livro, e sempre vinha, em minha cabeça, algumas passagens lidas.
Toda vez que eu lia algo como "... uma nova reviravolta transformaria sua vida..." meu coração gelava e eu pensava "Meu Deus, o que mais pode acontecer com Doran".
Chorei muito, ri com Doran e Constantine e o livro foi um carrocel de emoções, uma lição de vida.

Resenha completa no blog
http://www.filmeslivroseseries.com/2011/04/o-arquiteto-do-esquecimento.html
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Sumie 25/02/2011

Muito Bom!!!
Esse livro me fez rir,chorar,ficar tensa e em muitos momentos torcer para que tudo desse certo.O autor descreve minuciosamente os personagens,lugares e objetos,mas nada cansativo,pois a história te prende de um jeito,que vc quer saber todos os detalhes.

O livro começa no futuro,onde somos apresentados para uma tecnologia avançada,depois nos faz voltar ao passado,onde tudo começou,nesse período,vemos a infância simples de Doran,as atrocidades que aconteciam nos campos de concentração,a disputa pelo poder entre Estados Unidos e União Soviética,a morte do presidente John Kennedy,até chegarmos novamente no futuro que nos foi apresentado no começo do livro.

http://fadadoslivros.blogspot.com/2011/02/o-arquiteto-do-esquecimento.html
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Psychobooks 08/02/2011

Doran Visich tinha uma vida tranquila. Ele vivia numa pequena casa com os pais, um irmão mais velho e uma irmã mais nova.
Não faltava o que comer na pequena casa, mas também não havia fartura.
Os garotos começavam a trabalhar na lavoura bem jovens e só aos 11 anos frequentavam a escola daquela pequena cidade rural.
Doran sempre teve uma inteligência acentuada e uma curiosidade extremamente aguçada, estando sempre em busca de novos conhecimentos. Mesmo antes de começar a frequentar a escola, ele já sabia ler e escrever e, quando ingressou nos estudos, logo se destacou pela sua inteligência que ultrapassava os outros alunos, mesmo os mais velhos.
A pequena família judia, os Visch, levavam uma vida normal, seguindo uma rotina: os meninos iam para a escola de manhã e à tarde ajudavam o pai com a colheita e, as mulheres cuidavam da casa.
Então veio a guerra e com ela a brutalidade, o medo e a perseguição contra os judeus.
Logo, a pequena família Visich, assim como todos do vilarejo, foram afetados pela guerra.
Muitos morreram, foram enviados para campos de concentração e tantos outros desapareceram.
Doran foi separado de sua família e enviado para um campo de concentração e, graças a sua inteligência e um pouco de sorte conseguiu sobreviver as atrocidades da guerra.
Anos depois, com o fim da guerra, a inteligência de Doran não passaria despercebida por grandes potências como os EUA e a Rússia e, logo ele estaria trabalhando para uma dessas potências desenvolvendo um projeto bilhonário e superconcorrido, além de perigoso, já que todos o queriam…
Mas mesmo depois de tantos anos passados depois da guerra, havia uma coisa que Doran jamais esqueceria e deixaria de procurar: Sua irmã Constantine.
A guerra havia acabado há muito tempo atrás, mas Doran jamais deixou de sofrer, não só pelas lembranças da guerra, mas também pelo destino de sua vida e das pessoas que ele tanto amou.
Adorei a história e imaginava ser no estilo do livro Apátrida. Confesso que as partes futuristas do livro não me agradaram, principalmente as referentes a casa e a ‘internação’ de Doran, mas de qualquer forma foram bem escritas, além de fazerem sentido no contexto geral do livro, mas como disse acima, não me agradou muito.
Até hoje o único livro com aspectos futuristas que eu gosto é a série Feios, e pra falar a verdade a mansão de Doran chega a ter alguns elementos ultramodernos como o de Feios. Casas controladas completamente através de tecnologia, prédios com design avançados, além dos aparelhos voltados a área de saúde.
Talvez eu não goste dessas coisas, porque eu e a tecnologia não nos damos muito bem, eu pelo menos não me imagino controlando toda a minha casa através de um aparelho do tamanho de um celular. rs


Acesse:
http://www.psychobooks.com.br/2011/02/resenha-o-arquiteto-do-esquecimento.html
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M. Scheibler 08/06/2011

Sem dúvida uma das melhores obras da literatura nacional que já li.

Uma narrativa que vai da década de 30, no período anterior ao da Segunda Guerra Mundial, até o ano de 2038, mostrando detalhes da vida de pessoas que passaram pelos horrores dos campos de concentração nazistas e que mais tarde reaprenderam a viver.

O texto nos traz lições de vida e mostra o quanto somos pequenos diante de certos acontecimentos que surgem em nossas vidas e mudam o rumo de tudo. Pessoas próximas saem de nosso convívio para, talvez, nunca mais voltar. Mas elas estão com a gente o tempo todo, instintivamente nos guiando e mostrando que a vida é bem mais que uma simples brincadeira de criança, uma namoro de adolescência, um primeiro emprego, um diploma.

O personagem principal, Doran, é emblemático e carrega consigo uma emoção fortíssima, que transcende as páginas e toma conta do leitor. Vivemos com ele as angústias página por página.

Aquela faixa amarela lá no topo esquerdo superior da capa não é exagero: BEST SELLER.
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Gabi Lima 23/09/2012

O Arquiteto do Esquecimento conta a história de Doran Visich, um polonês que passou sua adolescência em campos de concentração durante a 2ª Guerra Mundial. O livro começa com Doran se preparando para tomar um líquido que não sabemos qual é e logo após ele sofre um infarto e desmaia. Só por essa cena não dá para saber nada sobre ele, é a partir do segundo capítulo, o qual vai até a infância dele, que entendemos tudo.

Doran morava na Polônia com seus pais, seu irmão mais velho e sua irmã mais nova, Constantine, a qual ele possuía uma ligação especial, principalmente depois do acidente que ela sofreu e que a deixou manca. Como o início da guerra ele vê sua família se desfazendo e é mandado para vários campos de concentração. Ele só sobrevive por ter uma inteligência extremamente grande que é logo reconhecida por Gunther, um alemão que se torna seu amigo.

Confira o resto da resenha em: http://livrofilmeecia.blogspot.com.br/2012/03/resenha-o-arquiteto-do-esquecimento.html
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Iris Figueiredo 04/12/2010

Leia mais em www.literalmentefalando.com.br
O Arquiteto do Esquecimento cobre 113 anos da vida do polonês Doran Visich, sobrevivente do horror nazista que se tornou um grande cientista. Ele é o único que conseguiu decifrar a fórmula de uma droga desejada por soviéticos e americanos, capaz de apagar partes da memória humana. Com isso, ele se coloca involuntariamente em meio a acontecimentos históricos, percorrendo um período que vai de 1925 à 2038.
O livro passeia por diversos países e diversas fases de uma vida repleta de reviravoltas. Com um enredo complexo e uma história diferenciada, Marcos Bulzara criou um romance que atravessa um grande período de tempo e mostra que certas coisas não podem simplesmente serem apagadas.

Eu não sabia muito o que esperar desse livro, mas posso dizer que me ganhou. A história é excelente e inovadora, e o autor correu um grande risco ao cobrir uma parte enorme de uma mesma história, mas conseguiu fazer isso sem cometer nenhum "furo". E o maior medo ao cobrir uma história grande como essa é que ela fique corrida ou lenta demais, mas foram pouquíssimas vezes que isso aconteceu.
Ando numa dificuldade enorme na minha leitura, tudo tem demorado mais do que o normal para ser lido, mas ao menos consegui aproveitar bem a história.
Gostei de como os fatos foram explorados, ainda mais porque o autor conseguiu aliar fatos históricos ao desenrolar de sua ficção.
Depois de chegar ao meio do livro eu comecei a achar que poderia ter passado menos tempo na infância de Doran, apesar de necessária acho que poderia ter passado "mais rápido". E teve uma parte que achei que passou rápido demais, mas ainda assim, fora isso, a história manteve um ritmo bem agradável.
Apesar do livro ser grande ele não é cansativo, mas também não é o tipo de livro para ser lido rápido. A história é ótima e acho que muitos leitores vão gostar, por ter referências, cenas de ação, mistério e um pouco de ciência misturado... Ainda mais pela "viagem" que fazemos pelo mundo (Alemanha, Polônia, Brasil, Estados Unidos, Egito...). Um autor nacional promissor, sem dúvidas.
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Mari 28/02/2011

O livro O Arquiteto do Esquecimento conta a história do polonês Doran Visich, inicialmente com 66 anos em sua confortável casa, prestes a tomar uma grande decisão que mudaria o curso de sua vida e o rumo dos acontecimentos. Era inevitável não pensar no passado e na sucessiva cadeia de eventos que culminou naquela situação. Logo, o leitor é transportado no túnel do tempo para acompanhar a infância de Doran e de sua família judia que viviam num pequeno vilarejo na Polônia. Doran tinha dois irmãos, mas sempre foi mais ligado à caçula da família, Constantine. Ele a chamava carinhosamente de "Gorda". Brincavam juntos e eram companheiros de travessuras, mas foi justamente numa dessas traquinagens que a pequena Constantine sofreu um acidente, com consequências dolorosas e irreparavéis na vida de ambos. Os anos se passaram, e Hitler assumiria o poder na Alemanha marcando um capítulo sangrento e nebuloso na História da Humanidade.
Doran foi brutalmente separado de sua família, teve que se juntar aos demais conterrâneos nos campos de concentração e foi submetido a tortura e trabalhos forçados durante a guerra. Ele passou fome, sede e carregou no corpo marcas e cicatrizes que o acompanhariam por toda a sua vida. Entretanto, em nenhum momento se esqueceu da irmã e nutria dentro de si a esperança de que ela pudesse sobreviver ao holocausto. Será que ele conseguiria reencontrá-la algum dia?
Quando os soldados nazistas o transferiu para Auschwitz III (Monowitz), um campo de trabalho escravo que possuía um laboratório de produtos químicos, descobriu que em meio ao terror e ao ódio, era possível estabelecer um laço de amizade e respeito, após conhecer o cientista alemão Gunther. Gunther percebeu que estava diante de um jovem brilhante que tinha a capacidade rara de desvendar fórmulas químicas de grande complexidade. Constatou então, de que Doran se tornaria um grande cientista.
Surgiu no caminho deles uma rede de intrigas, que levaria Doran a sair do país e partir bruscamente para Viena. Lá, conseguiu refazer a sua vida e dando continuidade ao seus estudos, conseguiu decifrar um código químico capaz de criar uma nova droga que revolucionaria a comunidade científica. Entretanto, muita gente demonstrou interesse na nova descoberta, dando início a uma implacável caçada que forçou Doran a se abrigar nos Estados Unidos com a sua futura esposa. Foi justamente nesta etapa da história, que o rumo dos acontecimentos se tornou mais imprevisível e instigante. Outros personagens fariam parte daquela trama complexa e à medida que eu desvendava os efeitos da droga criada por Doran, me dei conta do verdadeiro significado do título. Fiquei toda arrepiada só em lembrar das consequências oriundas do consumo daquela substância. O próprio Doran Visich vivenciaria o perigos diante das circuntâncias, mas não haveria outra alternativa.
Posteriormente, Doran percebeu que teria a oportunidade de se reconciliar com o seu passado, mas se viu num difícil dilema quando um inesperado e terrível fato aconteceu. O tempo estava passando e precisava tomar uma decisão. Quais seriam as consequências? Conseguiria recuperar a paz que tanto ansiava? Seu sacrifício salvaria a vida das pessoas que mais amava?

Mais detalhes: http://confissoesliterarias.blogspot.com/2011/02/resenha-o-arquiteto-do-esquecimento-por.html
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Bru 18/06/2011

Já faz um tempo que eu li pelo primeira vez uma resenha desse livro e eu me lembro de ficar super interessada nele, mas dai o tempo passou e eu acabei esquecendo de procurar para comprar. Até que eu li sobre o Selo Brasileiro e vi que O Arquiteto do Esquecimento estava na lista de livros e então não pensei duas vezes antes de me inscrever. Agora que o livro chegou, que eu li e já passei pra outra pessoa eu preciso confessar: Não faço ideia de como começar essa resenha, não que o livro seja ruim, na verdade é justamente o contrario. O livro é tão bom, tão bem escrito que eu não sei como passar isso em uma resenha, mas lá vai:

Doran Visich é o protagonista, ele é um judeu que levava uma vida tranquila -com todos os altos e baixos que uma vida comum pode proporcionar- com a sua família em um vilarejo na Polônia. Conta suas aventuras -e acidentes- de criança, seu carinho pela irmã Constantine, enfim, o seu dia a dia.
Mas um dia sua vida começa a mudar completamente, há rumores que os alemães estão dominando todo o país, e apesar de terem esperanças de não serem atingidos, eles constroem um refugio. Só que acabou não dando muito certo e ele viu sua família, seus amigos e todo o vilarejo em que ele morava destruídos.
Ele então é levado aos campos de concentração e sente na pele o que é violência, dor, fome, e principalmente a sede.

"Doran Visich conhecia profundamente o modus operandi dos seguidores da suástica. Os gritos, a humilhação, as jornadas exaustivas, o sofrimento, a dor. Ao subir no caminhão, já não esperava nada além disso. Aos dezenove anos, imaginava que o futuro era algo tão distante quanto improvável. Aprendera a viver casa dia sabendo que o fato de permanecer vivo ao fim do dia era uma vitória."
página 144

leia mais em: http://t.co/eT5yPXs
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Danika 01/04/2011

A vida como ela é
O Arquiteto do Esquecimento foi um dos melhores livros que eu li este ano. Sempre gostei de livros que tratassem da realidade. De pessoas normais, com anseios comuns, vidas comuns, que sofrem e batalham para conseguir viver. A literatura Fantástica é um gênero que eu amo. Mas a ficção misturada com a realidade é algo que realmente me encanta e me atrai. São histórias como a de Doran Visich que nos fazem perceber o quão difícil é lutar pela vida em um mundo destrutivo e ganancioso.

Doran Visich, nasceu na Polônia e vivia num pequeno vilarejo com seus pais, seu irmão mais velho e a irmã caçula, e onde quase todos moradores eram judeus. Tudo de que eles precisavam tiravam da sua própria terra. Seu irmão trabalha com o pai e ele ficava em casa com a mãe e a irmã mais nova, a quem amava muito e tinha como melhor amiga. Companheira de suas travessuras Constantine era uma menina feliz que não parava quieta e que, sempre quando aprontava, jogava a culpa em Doran. Desde pequeno Doran demonstrava ser de uma inteligência rara. Sempre curioso, aprendeu a ler e a escrever só observando o irmão. Quando começou a frequentar a escola já sabia de tudo.

Tudo ia bem até a chegada dos Alemães na Polônia. A invasão dos nazistas começou a aterrorizar todos os habitantes. Tentaram criar um esconderijo e salvar as mulheres e crianças. Mas nem tudo saiu conforme planejado. Quase todos morreram e os que sobreviveram foram levados aos campos de concentração e viviam sob condições sub-humanas. Maltratados e agredidos a todo o tempo, eles viviam trabalhando forçado para os nazistas. Ou eram usados como cobaias em experimentos. Doran foi um desses condenados. A todo momento pedia para morrer. Era mais fácil enfrentar a morte do que enfrentar a dor na alma pela perda de sua família e a dor a que era submetido todos os dias.

Nada no livro foi tão chocante, tão angustiante, e ao mesmo tempo tão vivo quanto o relato de Doran na época do holocausto. Quando ele relembra tudo o que aconteceu faz você ficar horrorizada. Tudo pelo que aquelas pessoas passaram, tudo o que viveram, o que sofreram. É realmente um momento absurdo, mas que infelizmente aconteceu. (meu eterno desprezo ao füher)

Quando a queda do nazismo já era quase uma certeza, Doran levado a outra concentração nazista, mas devido a um acidente durante a viagem, consegue fugir.
Depois Doran aparece em Viena, falando com Isabel. Isabel é a filha do professor Millen, que morreu a pouco tempo de um ataque cardíaco. Doran trabalhava para o professor e tinha relatos importantíssimos que precisava contar a Isabel. Daí começa uma caçada interminável por este segredo. O professor Millen trabalhava em um projeto de uma nova droga. E Doran é o único que tem a fórmula. Países de grande potência são capazes de entrar em guerra por ela. Uma droga que mudaria a história da ciência para sempre. A droga do Esquecimento.

O livro é ÓTIMO! Sem comentários.
Algumas coisas que ficam soltas na história e só vão se revelando lá no fim do livro. O autor nos deixa, as vezes, um período de tempo em aberto, sem muitas explicações. Não que fique dúvidas, mas seria interessante saber. Como ele consegue escapar dos oficiais nazistas por exemplo, ou os meses que se passam entre ele e Isabel. Bem, talvez isso estenderia demais o livro. Já são 467 páginas de muita luta. Mas, no fim...
Bem, o fim eu não conto. Eu ia tentar fazer uma resenha menor. Juro. Mas não fui muito feliz! O livro é muito dinâmico, tem sempre algo a se falar e eu deixei de dizer muitas coisas que era para ter dito;
Espero que vocês tenham oportunidade de ler este livro. Meu parabéns ao autor! Espero poder ler outros livros seu, Marcos Bulsara. Já ganhou uma fã. =)
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Leninha Sempre Romântica 15/02/2011

Que parte da sua vida você gostaria de apagar?


O livro narra a longa trajetória de vida de Doran Visich, um Polonês que teve uma infância normal, quase feliz, apesar das dificuldades enfrentadas pela família. Eles não viviam na fartura, era apenas uma família humilde de um pequeno vilarejo.

Desde a tenra infância de Doran e sua inseparável irmã Constantine, suas alegrias, brincadeiras e dores foram muitas. Não sabendo eles que poderiam considerar essa a melhor lembrança de suas vidas.
Eis que a guerra bate à porta trazendo desolação e dor. Enviado para um campo de concentração soviético Doran deixa para trás uma família devastada e sua irmã Constantine com um futuro incerto.
Doram sofreu na pele toda a crueldade da guerra, toda dor de humilhações que uma pessoa poderia suportar. A única arma que possuía e que o manteve vivo foi sua inteligência e assim ele vai galgando os obstáculos da vida.
Mas nem todo o reconhecimento e dinheiro foram capazes de apagar de sua memória toda a culpa que ele carrega em seu coração.
O livro viaja entre o passado, presente e futuro mesclando fatos e acontecimentos que vão se desvendando aos poucos.

O livro cobre 113 anos da história de vida de Doran, uma vida sofrida, mas que teve seus momentos felizes apesar de tudo. A exploração de sua inteligência, um bem muito disputado até depois da guerra e fez com que ele se tornasse um homem conhecido e reconhecido, mas isso também acarretaria muitas tristezas.

"Chorar é tornar menor a profundidade do sofrimento"
Willian Shakespeare

Marcos Bulzara consegue prender o leitor de forma única, numa narrativa ágil e bem descritiva sem tornar o livro cansativo. Fatos muito bem explorados, mesclando vários gêneros desde o drama, fatos históricos, tendo como pano de fundo uma guerra que jamais deveria ser esquecida, para que nunca se repita.

A meu ver o livro fala acima de tudo de família, seu valor e o quanto ela é importante como base de uma vida. Onde um simples sorriso de uma criança vale mais que todo o dinheiro do mundo.
O romance chega de forma suave num livro tão intenso que creio que sua singela presença veio apenas para suavizar a história na medida certa.

O Arquiteto do Esquecimento me marcou profundamente, de uma emoção tocante e um final que me levou às lágrimas.
Recomendo!
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