O Arquiteto do Esquecimento

O Arquiteto do Esquecimento Marcos Bulzara




Resenhas - O Arquiteto do Esquecimento


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Mari 28/02/2011

O livro O Arquiteto do Esquecimento conta a história do polonês Doran Visich, inicialmente com 66 anos em sua confortável casa, prestes a tomar uma grande decisão que mudaria o curso de sua vida e o rumo dos acontecimentos. Era inevitável não pensar no passado e na sucessiva cadeia de eventos que culminou naquela situação. Logo, o leitor é transportado no túnel do tempo para acompanhar a infância de Doran e de sua família judia que viviam num pequeno vilarejo na Polônia. Doran tinha dois irmãos, mas sempre foi mais ligado à caçula da família, Constantine. Ele a chamava carinhosamente de "Gorda". Brincavam juntos e eram companheiros de travessuras, mas foi justamente numa dessas traquinagens que a pequena Constantine sofreu um acidente, com consequências dolorosas e irreparavéis na vida de ambos. Os anos se passaram, e Hitler assumiria o poder na Alemanha marcando um capítulo sangrento e nebuloso na História da Humanidade.
Doran foi brutalmente separado de sua família, teve que se juntar aos demais conterrâneos nos campos de concentração e foi submetido a tortura e trabalhos forçados durante a guerra. Ele passou fome, sede e carregou no corpo marcas e cicatrizes que o acompanhariam por toda a sua vida. Entretanto, em nenhum momento se esqueceu da irmã e nutria dentro de si a esperança de que ela pudesse sobreviver ao holocausto. Será que ele conseguiria reencontrá-la algum dia?
Quando os soldados nazistas o transferiu para Auschwitz III (Monowitz), um campo de trabalho escravo que possuía um laboratório de produtos químicos, descobriu que em meio ao terror e ao ódio, era possível estabelecer um laço de amizade e respeito, após conhecer o cientista alemão Gunther. Gunther percebeu que estava diante de um jovem brilhante que tinha a capacidade rara de desvendar fórmulas químicas de grande complexidade. Constatou então, de que Doran se tornaria um grande cientista.
Surgiu no caminho deles uma rede de intrigas, que levaria Doran a sair do país e partir bruscamente para Viena. Lá, conseguiu refazer a sua vida e dando continuidade ao seus estudos, conseguiu decifrar um código químico capaz de criar uma nova droga que revolucionaria a comunidade científica. Entretanto, muita gente demonstrou interesse na nova descoberta, dando início a uma implacável caçada que forçou Doran a se abrigar nos Estados Unidos com a sua futura esposa. Foi justamente nesta etapa da história, que o rumo dos acontecimentos se tornou mais imprevisível e instigante. Outros personagens fariam parte daquela trama complexa e à medida que eu desvendava os efeitos da droga criada por Doran, me dei conta do verdadeiro significado do título. Fiquei toda arrepiada só em lembrar das consequências oriundas do consumo daquela substância. O próprio Doran Visich vivenciaria o perigos diante das circuntâncias, mas não haveria outra alternativa.
Posteriormente, Doran percebeu que teria a oportunidade de se reconciliar com o seu passado, mas se viu num difícil dilema quando um inesperado e terrível fato aconteceu. O tempo estava passando e precisava tomar uma decisão. Quais seriam as consequências? Conseguiria recuperar a paz que tanto ansiava? Seu sacrifício salvaria a vida das pessoas que mais amava?

Mais detalhes: http://confissoesliterarias.blogspot.com/2011/02/resenha-o-arquiteto-do-esquecimento-por.html
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Vanessa Vieira 08/04/2011

O Arquiteto do Esquecimento_Marcos Bulzara
O livro O Arquiteto do Esquecimento, de Marcos Bulzara, conta a história de Doran Visich, desde a sua infância até os momentos atuais de sua vida. Doran é um polonês que vivia em um vilarejo com os seus pais e seus irmãos. Ele nutre um carinho especial e profundo amor por sua irmã caçula, Constantine, e os dois se tornam companheiros inseparáveis.

Tudo era pacífico e calmo atá a chegada dos alemães, que tomaram a terra dos poloneses, assassinaram as suas famílias e escravizaram os sobreviventes, levando-os para o campo de concentração. No campo de concentração, eles trabalham forçados pelos nazistas e são usados como cobaias para novas drogas e experimentos. Entre essas vítimas, se encontra Doran, que vive o seu dia-a-dia esperando nada mais do que a morte.

Após um determinado tempo, o império de Hitler desmorona e a queda do nazismo acontece. Doran é transferido para um outro campo nazista, porém, no meio do caminho acontece um acidente com o trem que o transportava e ele consegue fugir. Ele parte para Siena em busca da jovem Isabel, que ele sabe correr grande perigo. Doran trabalhou para o pai de Isabel, o professor Millen, e ambos criaram a droga do esquecimento, o D-45. Essa droga despertou o interesse de grandes potências mundiais, que são capazes de guerrear em busca dela. O professor Millen faleceu, vítima de uma parada cardíaca, que muitos acreditam que não tenha ocorrido de causa natural. e Isabel corre grande perigo, pois acreditam que ela é a detentora dos segredos sobre o D-45. A única pessoa que pode ajudá-la e protegê-la é Doran. Muitas aventuras e desfechos acontecem a partir daí.

O livro do Marcos Bulzara é ótimo e com certeza, entrou na lista dos meus favoritos. O sofrimento pelo qual Doran passa nos comove de uma forma surpreendente, principalmente nos momentos em que ele adquire uma profunda cicatriz no queixo e tem um dedo de sua mão mutilado pelos nazistas. Me emocionei muito e confesso que a história me levou as lágrimas. Quando tudo parece estar dando certo na vida de Doran e saindo como o planejado, acontece um novo desfecho que o magoa ainda mais e o afasta de verdade ainda mais. Gostei muito, mas muito mesmo do livro, e recomendo a todos.
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Ginni 14/05/2010

Sensacional!
O livro é uma mistura de suspense, ação, aventura, drama e algumas coisa mais. Você consegue viajar junto com o personagem principal num labirinto de emoções que envolvem o leitor de maneira surpreendente. No princípio pensei que fosse apenas mais uma história sobre um sobrevivente da segunda guerra, mas logo percebi que era muito mais. O livro traz tantas informações e consegue misturar ficção e realidade tão bem e tem tantas reviravoltas impressionantes que é impossível largar. Realmente uma ótima opção. E traz uma lição de vida formidável.
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Iris Figueiredo 04/12/2010

Leia mais em www.literalmentefalando.com.br
O Arquiteto do Esquecimento cobre 113 anos da vida do polonês Doran Visich, sobrevivente do horror nazista que se tornou um grande cientista. Ele é o único que conseguiu decifrar a fórmula de uma droga desejada por soviéticos e americanos, capaz de apagar partes da memória humana. Com isso, ele se coloca involuntariamente em meio a acontecimentos históricos, percorrendo um período que vai de 1925 à 2038.
O livro passeia por diversos países e diversas fases de uma vida repleta de reviravoltas. Com um enredo complexo e uma história diferenciada, Marcos Bulzara criou um romance que atravessa um grande período de tempo e mostra que certas coisas não podem simplesmente serem apagadas.

Eu não sabia muito o que esperar desse livro, mas posso dizer que me ganhou. A história é excelente e inovadora, e o autor correu um grande risco ao cobrir uma parte enorme de uma mesma história, mas conseguiu fazer isso sem cometer nenhum "furo". E o maior medo ao cobrir uma história grande como essa é que ela fique corrida ou lenta demais, mas foram pouquíssimas vezes que isso aconteceu.
Ando numa dificuldade enorme na minha leitura, tudo tem demorado mais do que o normal para ser lido, mas ao menos consegui aproveitar bem a história.
Gostei de como os fatos foram explorados, ainda mais porque o autor conseguiu aliar fatos históricos ao desenrolar de sua ficção.
Depois de chegar ao meio do livro eu comecei a achar que poderia ter passado menos tempo na infância de Doran, apesar de necessária acho que poderia ter passado "mais rápido". E teve uma parte que achei que passou rápido demais, mas ainda assim, fora isso, a história manteve um ritmo bem agradável.
Apesar do livro ser grande ele não é cansativo, mas também não é o tipo de livro para ser lido rápido. A história é ótima e acho que muitos leitores vão gostar, por ter referências, cenas de ação, mistério e um pouco de ciência misturado... Ainda mais pela "viagem" que fazemos pelo mundo (Alemanha, Polônia, Brasil, Estados Unidos, Egito...). Um autor nacional promissor, sem dúvidas.
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Regiane 30/11/2010

Que parte da sua vida você gostaria de apagar?

Esse livro tem como protagonista Doran Visich, um polonês judeu que até então, levava uma vida tranqüila - apesar de simples – acompanhado de dias felizes e de brincadeiras em seu vilarejo, ao lado de sua família. Mas como sabemos, a vida nem sempre é justa, ela prega peças. Infelizmente, Doran foi alvo de uma dessas peças. Um acontecimento inesperado e triste o marcou e o marcaria por muito tempo, acrescentado de remorso e pesadelos.

Apesar da culpa que carregava, Doran tentava seguir em frente, estudando, ajudando seus pais e cuidando de sua querida irmã Constantine, mas realmente parecia que as coisas não estavam a seu favor. Se já não bastasse as lembranças daquele ocorrido que assombravam a sua mente, os dias de sossego naquele lugar agradável, a sua terra natal - a Polônia - estavam contados, devido à terrível guerra que estava por vir.

Doran foi separado dos seus familiares e amigos, teve que enfrentar as torturas e atrocidades no campo de concentração. Foi humilhado, passou fome e sede, e ainda teve que testemunhar várias mortes injustas e cruéis. Felizmente ou não – já quase no final da guerra - ele conseguiu milagrosamente escapar dos campos nazistas.

O holocausto é apenas o pano de fundo dessa comovente história. Doran jamais esqueceria de tudo que passou nas mãos daqueles assassinos nazistas, mas outras tristezas e desgraças chegariam até ele. Ao se refugiar na Áustria imaginou que finalmente a vida lhe traria algo bom, mas infelizmente aquele ainda não era o momento. Por ser o único homem capaz de decifrar um código químico para a criação de uma nova droga capaz de revolucionar o mundo científico, ele sofre uma terrível perseguição, tendo como única opção, fugir para os Estados Unidos.

Já no novo país, os tormentos e aflições fazem Doran ansiar em reencontrar o seu passado. E quando a vida parecia finalmente querer recompensá-lo, uma nova situação terrível acontece. Cansado e desesperado, ele enxerga apenas uma alternativa, uma decisão arriscada. Seria válido tamanho sacrifício? Conseguiria finalmente encontrar as respostas do seu passado? Conseguiria se perdoar da culpa carregada por anos?

Eu nem sei mais o que dizer. Terminei o livro quarta-feira e confesso que foi impossível conter as lágrimas. Ainda estou muito emocionada. Apesar de tratar de personagens fictícios, existe a realidade por trás de tudo isso. E como o autor disse na sua nota final, as guerras continuam, as mortes, as atrocidades causadas pelo homem. E de uma forma ou de outra, tentamos sempre esquecê-las.

O desencontro de pessoas queridas em conseqüência da guerra. O amor pela família, as lutas, os sofrimentos... Nossa! Como isso me tocou! Na verdade, sempre me toca. Li alguns livros esse ano que retratassem o holocausto, mas confesso que nenhum me emocionou como o “Arquiteto do Esquecimento” – mesmo este, tendo o assunto apenas como pano de fundo. Sem contar a narrativa impecável do autor, rica em detalhes, que leva o leitor a imaginar cada cena, cada situação, com muita precisão, mesmo nunca estando em nenhum dos locais citados.

Marcos eu tentei de todas as formas me expressar o melhor possível para que as pessoas dêem chance a elas mesmas para apreciar sua maravilhosa obra. E como eu disse pelo e-mail, se dependesse de mim, você seria reconhecido mundialmente, pois além da história incrível que você criou, percebe-se de longe o tempo que você se dedicou em pesquisas, na escrita, revisão, no material do livro, etc. Resumindo um livro feito com muita paixão.

Escrever histórias, livros, muitos podem fazer isso, mas emocionar e fazer os leitores vivenciarem cada cena, e cada um dos seus personagens a ponto de mexer com os sentimentos, isso é uma façanha para poucos. E você pode se incluir nessa segunda opção.

Finalizando eu quero dizer que jamais esquecerei a história de Constantine e Doran Visich. E também não posso deixar de falar que esse foi um dos melhores livros que eu já li na minha vida. Recomendo!!!
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Psychobooks 08/02/2011

Doran Visich tinha uma vida tranquila. Ele vivia numa pequena casa com os pais, um irmão mais velho e uma irmã mais nova.
Não faltava o que comer na pequena casa, mas também não havia fartura.
Os garotos começavam a trabalhar na lavoura bem jovens e só aos 11 anos frequentavam a escola daquela pequena cidade rural.
Doran sempre teve uma inteligência acentuada e uma curiosidade extremamente aguçada, estando sempre em busca de novos conhecimentos. Mesmo antes de começar a frequentar a escola, ele já sabia ler e escrever e, quando ingressou nos estudos, logo se destacou pela sua inteligência que ultrapassava os outros alunos, mesmo os mais velhos.
A pequena família judia, os Visch, levavam uma vida normal, seguindo uma rotina: os meninos iam para a escola de manhã e à tarde ajudavam o pai com a colheita e, as mulheres cuidavam da casa.
Então veio a guerra e com ela a brutalidade, o medo e a perseguição contra os judeus.
Logo, a pequena família Visich, assim como todos do vilarejo, foram afetados pela guerra.
Muitos morreram, foram enviados para campos de concentração e tantos outros desapareceram.
Doran foi separado de sua família e enviado para um campo de concentração e, graças a sua inteligência e um pouco de sorte conseguiu sobreviver as atrocidades da guerra.
Anos depois, com o fim da guerra, a inteligência de Doran não passaria despercebida por grandes potências como os EUA e a Rússia e, logo ele estaria trabalhando para uma dessas potências desenvolvendo um projeto bilhonário e superconcorrido, além de perigoso, já que todos o queriam…
Mas mesmo depois de tantos anos passados depois da guerra, havia uma coisa que Doran jamais esqueceria e deixaria de procurar: Sua irmã Constantine.
A guerra havia acabado há muito tempo atrás, mas Doran jamais deixou de sofrer, não só pelas lembranças da guerra, mas também pelo destino de sua vida e das pessoas que ele tanto amou.
Adorei a história e imaginava ser no estilo do livro Apátrida. Confesso que as partes futuristas do livro não me agradaram, principalmente as referentes a casa e a ‘internação’ de Doran, mas de qualquer forma foram bem escritas, além de fazerem sentido no contexto geral do livro, mas como disse acima, não me agradou muito.
Até hoje o único livro com aspectos futuristas que eu gosto é a série Feios, e pra falar a verdade a mansão de Doran chega a ter alguns elementos ultramodernos como o de Feios. Casas controladas completamente através de tecnologia, prédios com design avançados, além dos aparelhos voltados a área de saúde.
Talvez eu não goste dessas coisas, porque eu e a tecnologia não nos damos muito bem, eu pelo menos não me imagino controlando toda a minha casa através de um aparelho do tamanho de um celular. rs


Acesse:
http://www.psychobooks.com.br/2011/02/resenha-o-arquiteto-do-esquecimento.html
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Hermano 01/12/2010

O Arquiteto do Esquecimento - Marcos Bulzara
Imaginem se pudéssemos apagar de nossas mentes todas as lembranças recentes, sejam elas agradáveis ou não? Como isso seria possível? Com a droga chamada D-45 Amnol, invenção da mente brilhante de Doran Visich, o protagonista criado por Marcos Bulzara.

“Que parte da sua vida você gostaria de apagar?”

Foi com essa questão impressa na capa do livro que me pus a pensar em tudo o que vivi. O que eu gostaria de esquecer? Bem, ainda não me decidi ao certo, mas se a pergunta fosse... Qual parte da sua vida você não apagaria? Certamente diria a trama de “O Arquiteto do Esquecimento” porque ela é incrível!

A história gira em torno de Doran, um judeu polonês que sobreviveu ao holocausto da Segunda Guerra Mundial. Como se isso já não fosse desventura suficiente, ele ainda é atormentado pela culpa de um acidente ocorrido com a sua irmã, que desapareceu no meio da invasão alemã. Em meio à culpa, ele busca pela irmã perdida e se envolve involuntariamente com a CIA, ficando entre o fogo cruzado da Guerra Fria. EUA e União Soviética disputam quem ficará com o controle da grande descoberta de Doran... a droga do esquecimento pode custar a vida de outra pessoa a quem ama, Constantine, sua única filha.
O livro viaja durante toda a vida do protagonista que se resume em apenas 113 anos!!! Calma gente, o número assusta, mas é tudo bem explicado na trama: Desde a sua infância humilde, passando por todo o sofrimento do campo de concentração até a sua tentativa de superação e reparação. Marcos Bulzara narra a história de forma detalhista sem ser enfadonha, ele pensou em todos os detalhes e com sua descrição minuciosa, que fica impossível não imaginar os locais por onde ela se passa.
A infância de Doran é um capítulo a parte, sua relação com a família e seu afeto pela irmã Constantine (sua filha recebeu o nome em homenagem a tia) é extremamente comovente. Não tem como não se apaixonar por eles, foi a parte que mais gostei e que me fez seguir em frente! Precisava saber o paradeiro de Gorda (apelido carinhoso que Doran deu a irmã) ou não teria paz. Sem spoiller, digo apenas que o final surpreende.

Só posso acrescentar que Marcos Bulzara conseguiu dosar vários gêneros, drama, mistério e ação com maestria, em uma única obra, talvez apenas um pouco ficciosa em excesso... Confesso que esse livro foi uma adorável surpresa! Inicialmente me assustei com seu tamanho, do alto de 470 páginas, mas todas se mostraram indispensáveis. Detalhe para a qualidade do acabamento do livro, da parte gráfica e do material utilizado.

Ass: Hermano Henrique Martins Silva
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Lorran 16/10/2010

O Arquiteto do Esquecimento
É incrível como livros que tenham a Segunda Guerra Mundial como pano de fundo de sua trama conseguem me prender de uma forma inexplicável. Se eu acreditasse em reencarnação diria que fui, de alguma forma, partícipe dessa parte negra - mais uma - da história. Apesar desse pano de fundo, atrevo-me a dizer que este não é o principal elemento do livro que resenho hoje. Mesmo tendo uma importante participação, a Segunda Guerra Mundial é apenas mais um elemento da trama de O Arquiteto do Esquecimento - na minha opinião, claro!

O Arquiteto do Esquecimento é daqueles livros de causar taquicardia. É claro que tem seus momentos mais parados, como quando o autor precisa recuperar um pouco a história do personagem, mas nada que diminua de forma abrupta o envolvimento da trama. É um verdadeiro vira páginas que me rendeu mais algumas olheiras.

O livro conta a história - dramática, muito dramática - de Doran Visich, um judeu polonês que, além de sofrer nas mãos dos nazistas - carrega uma culpa indescritível (daquelas que normalmente não temos culpa, mas que tornamos maior do que se realmente fôssemos culpados) desde a sua infância.

Apesar de todos os dramas de Doran - que como eu disse não são poucos - é essa culpa que norteará todo o destino do personagem. É engraçado como certos detalhes nos levam a algumas analogias curiosas. Há alguns dias estava tomando um chopp com alguns amigos e veio à tona a questão: você se arrepende de alguma coisa na sua vida? Acho que a pergunta encaixa bem com o questionamento da capa do livro: "que parte da sua vida você gostaria de apagar?"

Confesso que viajei lendo esse livro. Lembrei do encapetado que eu era quando criança e das coisas das quais me "arrependo". Me arrependo entre aspas, pois não me arrependo ao ponto de preferir esquecer tais experiências. A minha resposta à pergunta dos meus amigos foi não; não me arrependo de nada. É claro que me arrependo pelo mal que eu possa ter causado - e definitivamente causei em alguns momentos - a algumas pessoas, mas não no sentido de "seu eu pudesse, teria feito diferente". Não, não teria. Pois sem essa vivência, eu não teria crescido e aprendido que aquilo não foi legal.

Enfim, não vou entrar muito nessa, pra vocês não acharem que eu fugi ao assunto. Mas é justamente aí que eu acho que mora o grande trunfo de Doran Visich: essa dor e culpa são o que o movem a se tornar uma pessoa melhor. Ele não quer esquecer o passado, mas percebe que este não pode ser reescrito, o que o leva a tomar a decisão mais acertada de sua vida.

"Que parte da sua vida você gostaria de apagar?"
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Sumie 25/02/2011

Muito Bom!!!
Esse livro me fez rir,chorar,ficar tensa e em muitos momentos torcer para que tudo desse certo.O autor descreve minuciosamente os personagens,lugares e objetos,mas nada cansativo,pois a história te prende de um jeito,que vc quer saber todos os detalhes.

O livro começa no futuro,onde somos apresentados para uma tecnologia avançada,depois nos faz voltar ao passado,onde tudo começou,nesse período,vemos a infância simples de Doran,as atrocidades que aconteciam nos campos de concentração,a disputa pelo poder entre Estados Unidos e União Soviética,a morte do presidente John Kennedy,até chegarmos novamente no futuro que nos foi apresentado no começo do livro.

http://fadadoslivros.blogspot.com/2011/02/o-arquiteto-do-esquecimento.html
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ThaisTuresso 29/09/2010

Que parte da sua vida você gostaria de esquecer?


"O Arquiteto do Esquecimento" nos presenteia com uma história de amor fraternal que supera dificuldades intransponíveis, o tempo, as lembranças.
Doran Visich teve sua infância regada com amizade e companheirismo de sua irmã Constantine. Mas não imaginava o que viria a seguir... Quando a Polônia foi invadida pelos nazistas, a história deles foi marcada com separações, dores, sombras e mortes. Era em setembro de 1939 e a humanidade era marcada também pela guerra mais sangrenta entre as nações. Esse marco histórico que o separou de sua amada irmã e família. Ele sobreviveu à guerra mesmo sendo judeu, e passado ela, as dores fisícas se foram, restando as mais cruéis: as emocionais.

Leia a resenha na íntegra em www.viajenaleitura.com.br
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Filipe 28/09/2010

Excelente livro!!
Além de muito bem escrito pelo autor, nos deixa uma lição de vida.
Doran Visich mostra que as coisas simples da vida, como a família, são muito mais importantes que bens materiais. Afinal, o que conta nessa vida são as nossas experiências e não a nossa conta bancária.
De tão envolvente, li o livro em menos de 5 dias. As páginas eram devoradas conforme as horas passavam na angustia de saber o desfecho da história. Realmente é um livro que prende do começo ao fim, e tem grande potencial para virar um filme. Em tempos em que as histórias dos filmes de Hollywood estão se tornando cada vez mais repetidas, um enredo diferente cairia bem.
Recomendo para quem gosta e até para quem não gosta de ler, sendo uma leitura fácil, até quem não suporta um livro pode acabar se interessando.
Aplaudo de pé e espero pelos próximos que, tenho certeza, serão ainda melhores que este.
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Miltão 03/09/2010

Que parte da sua vida vc gostaria de apagar ?
Um livro sensacional, maravilhoso e cativante. Leitura obrigatória. O que vc tá fazendo que ainda não foi na Fnac, Saraiva, Cultura, Nobel ???
Saiba que eles até vendem pela internet...rs
Brincadeiras a parte, leia-o.
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Dan 25/07/2012

Resenha: O arquiteto do esquecimento
Apreciei bem devagar o livro, não queria chegar tão cedo ao fim.
A história e a narração são tão envolventes que nos levam a épocas que diferem, em muito, da nossa atualidade.
Adorei O arquiteto do esquecimento, um livro que nos faz viver dramas e questionar diversas situações, afinal “O que você faria se pudesse apagar uma parte de sua vida?”.

O livro começa no ano de 1991 e Doran Visich (que ainda não sabemos quem é direito) aplica uma droga, a D45 – Amnol – Nível 3, nele mesmo. Ligou para a emergência e teve um ataque cardíaco.

No início não entendemos direito o porquê daquilo, mas com o desenrolar da leitura a ficha cai.

47 anos depois... Constantine recebe a notícia que seu pai estava acordando do coma. Doran Visich estava agora com 113 anos (graças a tecnologia médica) e seu estado perdurou por 50 anos em coma.

O livro é dividido em partes e vamos descobrindo quem é Doran Visich.
Relatos de sua infância, com sua família humilde. Viviam próximos a cidade de Gniezno, província de Poznan, no centro oeste da Polônia. Seus pais eram judeus, como a maioria que morava na região. Doran tinha uma irmã mais nova, Constantine (eram muito ligados), e um irmão mais velho. Conhecemos detalhes de sua vida, mais tarde sabemos como ele foi parar num campo de concentração nazista, o que passou, o que sofreu...
Depois acompanhamos uma história surreal de perseguição, conspiração e amor. O livro é totalmente surpreendente e você não tem ideia do que encontrará nele, mas garanto que irá adorar essa história que irá lhe prender desde o início.
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Naty 20/10/2010

www.meninadabahia.com.br



"O trinado agudo do telefone o touxe de volta à realidade.
Pensou em não atender.
Depois de sete toques, pegou o aparelho sem fio
e ouviu a mensagem que tornaria ainda mais a difícil a sua decisão."
p. 436



Doran Visich, nascido na Polônia, judeu, sofreu nas mãos de nazistas e com muita determinação conseguiu sobreviver ao holocausto. A bem da verdade, Doran Visich ‘sobreviveu’ a muita coisa. Doran viveu por 113 anos.

Atormentado pelo que aconteceu com sua irmã, se sentindo culpado, sem se recuperar. Com essas lembranças martelando sua cabeça sem parar, sofreu outro golpe. Dessa vez o alvo foi sua filha. Não querendo viver com ‘pesadelos’ o resto da vida e querendo proteger sua filha, Doran tomaou uma medida drástica. Daquelas sem retorno.

Que parte da sua vida você gostaria de apagar?

Passando pelo horror do holocausto, na Segunda Guerra Mundial, pela morte do presidente Kennedy, e viajando pelo futuro, conhecemos desde à infância de Doran até o fato culminante que originou o título do livro.

O arquiteto do esquecimento, de Marcos Bulzara (Life, 480 páginas, R$ 39,90) é fascinante. Me senti num caleidoscópio do tempo. Ora estava no presente, ora no passado. Através de Doran, o autor transmite a idéia de que há perdão, de que nenhum ódio ou raiva é bastante para se acabar com a vida. Mas é, sobretudo, uma história sobre esperança.

O início da trama é enervante. Fiquei atraída, não conseguia parar de ler. Logo mais no meio, me senti um pouco perdida, senti falta de mais diálogos. Mas, depois compreendi que aquele relato seria importante para o fim, que estava por vir. Esse livro me surpreendeu positivamente.
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Dani Rodrigues 07/09/2010

Emocionante! Mais resenhas em www.notamosque.blogspot.com
Alguns números carregamos voluntariamente em nossa memória, como números de telefones e datas natalícias. No entanto, existem aqueles que surgem involuntariamente, remetendo-nos a experiências vividas que não desejamos lembrar. Assim era o número 312565 para Doran Visich.

Polonês e judeu, Doran sabe exatamente o significado do Holocausto Alemão. Não obstante o número 312565 estivesse tatuado em seu antebraço esquerdo – tal qual um produto que acabara de ser registrado -, ele estava colado em seu cérebro, fazendo-o lembrar, constantemente, da amarga experiência vivida nos campos de concentração.

O livro de Bulzara fala exatamente desse homem que conheceu de perto o nazismo, contando um pouco de sua vida antes, durante e após a Polônia ser invadida pelas tropas de Adolf Hitler. Graças a ele, Doran teve a oportunidade de ter a sua genialidade descoberta e se tornou a chave para a criação de uma droga revolucionária, objeto de disputa das grandes potências. Graças a ele, Doran perdeu seus entes mais queridos, exceto sua adorada irmã Constantine, cuja sobrevivência é uma incógnita.

Doran Visich, de fato, sobreviveu à Segunda Guerra Mundial. Tornou-se gênio e milionário. No entanto, nada disso consegue apagar uma culpa que carrega em seu peito. Até que ele próprio passa a ser o grande arquiteto. Do esquecimento.

Impossível não se comover com a trajetória de vida desse forte homem criado pelo autor. O livro me fez pensar nos laços familiares e nas coisas imateriais que nos dão paz interior. Terminei-o com a certeza de que o amor nos faz lutar e suportar obstáculos, que até nós mesmos duvidamos. Tal sentimento, de fato, faz jus à sua nobreza.

Preciso dizer que O Arquiteto do Esquecimento é um livro rico em detalhes. Questões históricas e médicas são apresentadas pelo autor com grande desenvoltura, próprio de quem pesquisa previamente antes de se aventurar na produção de um romance como esse. O autor soube misturar ficção e realidade. E abusou da emoção. Cheguei à página 467 totalmente...
... (leia mais em: http://goo.gl/b/6mMH)

Leitura mais do que recomendada!
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