A barata

A barata Ian McEwan




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Alle_Marques 03/01/2024

Nunca confie em uma barata!
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[...] Ao se voltar para observá-lo ir embora, Jim ficou pasmo com o fato de ser possível sentir tamanha alegria e tamanho ódio ao mesmo tempo. Um coração humano, de que ele agora tinha plena posse, era uma coisa maravilhosa. [...]
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Nunca tinha lido nada do Ian McEwan e não pretendia começar logo por esse, foi apenas uma consequência do “preciso bater minha meta de leitura de 2023” e do “por isso leio qualquer coisa pequena que apareça na minha frente”, mas foi uma grata surpresa, gostei do humor e da escrita dele, foi uma boa experiência e como sátira funciona muito bem.

O livro é político e não esconde isso em momento algum, mas achei um “político tranquilo”, daquele que você não precisa entender tanto para gostar, foi o meu caso pelo menos, mal conhecia o “Brexit”, tampouco sou a maior “fã” do assunto, mesmo assim conseguir, não só gostar, como também compreender a obra, as ideias e as críticas do autor. Sobre o “reversalismo”, confesso que no começo fiquei levemente deslumbrada pela ideia, até porque, viver sem ter que se preocupar com o mínimo pois ele estaria ao alcance de todos, de trabalhar sem o estresse de ter uma geladeira vazia, filhos para sustentar e educar, sem o estresse dos imprevistos financeiros ou qualquer coisa do gênero, me chamou bastante a atenção, é uma ideia atraente e sedutora como toda boa utopia deve ser, mas é isso, uma utopia, é um conceito que só funciona na teoria, pois na pratica seria necessário que todas as pessoas e governos entrassem em comum acordo, logo, é um conceito completamente irreal e, como fica claro, fadado ao fracasso.

De qualquer forma, é um livro que se sustenta bem, tem um humor ácido, uma escrita fluida, é criativo e mesmo terminando com um gosto amargo, nos deixa com reflexões o suficiente para se tornar uma obra memorável. Foi uma boa forma de começar a ler Ian McEwan e mal posso esperar para conhecer seus outros trabalhos.
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“Não havia nada mais libertador do que uma sequência bem costurada de mentiras. Então era por isso que as pessoas se tornavam escritores!”
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47° Livro de 2023, 60ª Resenha de 2023
Desafio Skoob 2023
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Karen 24/12/2023

Pagar para trabalhar e receber ao consumir
Li em apenas dois dias e gostei muito. Tem aquele estilo e ritmo de fábula que me interessa bastante. Uma crítica inteligente e bem escrita.

Estarei viajando para Londres em 5 dias e foi bem legal ler as baratinhas andando por lugares que pesquisei para montar o meu itinerário de viagem. Vou passear por lá e com certeza olhar pro chão procurando por baratas kkkkkk
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Matheus656 03/05/2023

A barata
Olha, confesso que comecei empolgado. Esse é um autor que eu tinha vontade de conhecer, por ser um livro curto, achei que seria uma boa entrada, mas não foi. Eu entendi a proposta do livro, o posfácio também diz muito sobre, porém, algo na narrativa não me prendeu, talvez a forma de escrita. Confesso que não consegui compreender o texto, talvez não tenha sido a hora certa de ter pego esse conto longo para ler. A ideia eu compreendi (óbvio, pois a sinopse da contra capa diz isso e todas as resenhas daqui parecem um copiar e colar) mas não conseguia entender onde queriam chegar com os diálogos, senti que estava deixando passar algo. Talvez quem seja mais informado sobre o tema aqui satirizado, tenha mais chances de gostar desse livro.
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Vitor Y. 28/12/2022

Trata-se uma sátira ao brexit, fazendo referência ao inseto de Metamorfose. A premissa é muito boa e há momentos ligeiramente engraçados no decorrer da estória, porém no geral a execução não me apeteceu. Talvez alguém que conheça mais detalhadamente o brexit (não é o meu caso) se divirta mais. O livro é curto, o que é um ponto positivo.
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K.Castanheda 09/12/2022

Com uma clara referência a Kafka aqui o protagonista, uma barata, torna-se um homem. E não um homem qualquer, torna-se o primeiro ministro britânico.
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Thais CardBeg 21/03/2022

Espírito de Barata
Escrito num formato de sátira política, a obra faz um contaponto com "A metamorfose" de Kafka. Muito bem posto que o ser humano possui desejos q antagonizam a sua inteligência, Ian demonstra as lacunas humanas na organização de sua estrutura social, desprezando tudo que não seja voltado ao ego de seus iguais enquanto aproveita para dar aquela cutucada nos ultimos eventos ingleses: Brexit.
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Felipe.Camargo 06/02/2022

Uma sátira dos tempos atuais...
Imaginem que uma barata acorda e de repente ela é o primeiro ministro do Reino Unido...

Essa é a ideia inicial do genial McEwan para ilustrar em uma breve narrativa sobre os absurdos kafkianos que passaram a ser cotidianos no cenário político global. De Boris Johnson, passando por Trump e Bolsonaro, o autor polemiza em uma grande sátira que demonstra o quanto a irracionalidade passou a ser a norma.

Autor genial, pretendo ler mais livros!
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Pamylla.Souza 25/07/2021

Inverter o caminho do dinheiro.
Uma crítica ao Brexit com um tom de inteligência incrível.
O início do livro faz uma enorme homenagem a Franz Kafka, uma delícia ler as 30 primeiras páginas.
Vale a pena a leitura, uma crítica de alto nível.
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Diego Rodrigues 12/04/2021

"Se a razão não abrir os olhos e prevalecer, então talvez só nos reste o riso"
"Naquela manhã, Jim Sams, inteligente mas de forma alguma profundo, acordou de um sonho inquieto e se viu transformado numa criatura gigantesca." Com essas palavras Ian McEwan dá início a essa "Metamorfose" às avessas, na qual uma barata acorda no corpo de um humano, mas não de um humano qualquer, Jim Sams ocupa o cargo de primeiro-ministro da Grã-Bretanha. As referências a obra de Kafka param por aí e a partir desse a ponto McEwan, no melhor estilo Jonathan Swift, trilha o caminho da sátira. "A Barata", novela publicada pela primeira vez em 2019, foi inspirada nos acontecimentos que giraram em torno do Brexit (a saída do Reino Unido da União Europeia) e reflete as tensões políticas que têm assolado o mundo atual. Aqui McEwan constrói um intrincado jogo político que envolve movimentos populistas, patrióticos e de extrema direita. Qualquer semelhança com a realidade não é mera coincidência!
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Na trama o ministro-barata usa do populismo e se aproveita da polarização do povo para implantar um sistema que promete "purificar" o país: o reversalismo. Sistema no qual o fluxo do dinheiro é invertido: paga-se para trabalhar e ganha-se ao adquirir um produto ou serviço, e é estritamente proibido economizar dinheiro. Apesar de todos os alertas que recebe de especialistas para as consequências que uma ação radical como essa pode trazer, Sams, impulsionado pelo grito popular, decide levar seu plano adiante, custe o que custar, e para isso vai usar de ferramentas como fake news, cortina de fumaça e todos os ardis políticos que sua privilegiada posição lhe permite.
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Muito mais que uma homenagem a Kafka, a escolha da barata para desempenhar o papel de um político é muito significativa. Logo após a transformação nosso primeiro-ministro lembra com nostalgia dos seus dias de barata, quando rastejava em meio a excrementos e comia moscas à vontade. Mas ao longo da narrativa ele vai percebendo que os jogos políticos podem ser tão excitantes e divertidos quanto. Aliás, o humor se faz muito presente na obra e como o autor diz em seu posfácio: "Se a razão não abrir os olhos e prevalecer, então talvez só nos reste o riso". Rir é bom, mas que a nossa razão desperte o quanto antes, e esse livro é um ótimo despertador!

site: https://discolivro.blogspot.com/
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leonardo.fsousa 31/03/2021

Belo Livro!
Meu primeiro contato com McEwan!
A história começa com um referência de "A Metaformose", metamorfoseando o primeiro ministro da Inglaterra numa barata (bicho nojento, mera coincidência com o atual primeiro ministro).
A história tem ótimas sacadas.
Reversionismo: troca de fluxo de dinheiro, ideia maluca similar ao Brexit.
Tupper : Referência ao Trump
e por último, mostra como a politicagem queima a imagem de quem não gosta, parece até um House of Cards.
No mais, boas referências, apesar de ser um livro datado.
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Thammy 11/03/2021

Genial!
Ian McEwan criou essa sátira de uma maneira muito inteligente e pontual. É uma crítica ao Brexit mas, na verdade, vai além. É uma crítica aos governos de extrema-direita ao redor do mundo e toda a burrice populista, a ganância e a hipocrisia dos quais eles se alimentam. A analogia com a barata (influenciada por Kafka) mostra a dimensão abjeta das almas e a podridão de caráter de quem, em geral, opta e defende essa ideologia elitista. É uma leitura muito necessária nesses nossos tempos.
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fabriciolp87 09/02/2021

Sobre as baratas que nos governam
A barata é uma sátira política sobre o Brexit e a instabilidade do mundo atual. Retrata o momento que vivemos com a ascensão de uma direita extremista, que legitima suas perversidades em nome da tradição e dos costumes, inventando mentiras e nomeando-as de fakes news, por exemplo. Trata da Inglaterra, mas abrange, conforme o autor, vários lugares do mundo, inclusive o Brasil. A pergunta que fica é: será que teremos uma saída?
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Moises.Bauer 29/12/2020

Bom
Ian McEwan apresenta um tributo a "Metamorfose" de Kafka, com um romance aonde o primeiro-ministro britânico acorda uma barata e o trama se desenrola numa distopia aonde uma nova política de Reversalismo levaria ao povo lucrar por tudo que for consumido - uma crítica ao Brexit é claro.
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