spoiler visualizarConça 28/07/2022
Minhas impressões, opniões e sentimentos?
JOHN WILLIAMS nasceu em um povoado 1922 , em Clarksville , no interior do Texas . Durante a Segunda Guerra Mundial , serviu na aviação militar americana na China , na Birmânia e na Índia . Recebeu o bacharelado em Literatura Inglesa na Universidade de Denver e o doutorado na Universidade do Missouri , em 1954. Voltou para Denver no mesmo ano , onde trabalhou como professor assistente de Literatura Inglesa até sua aposentadoria , em 1985 . Faleceu em 1994 . Além de Stoner , é autor de mais três romances : Nothing but the night , Butcher's Crossing e Augustus .
Não sei se sou capaz de escrever sobre essa obra como resenha, mas, sei definir que me impactou de uma forma supreendente. Nota 5.0 pela temática e pela primeira impressão que me causou.
Stoner é a história da vida de um homem entre as décadas de 1910 e 1950 : William Stoner , filho único de camponeses humildes , quase por acaso descobre sua paixão pelos estudos literários e se torna professor universitário . Em uma prosa linear e límpida , narram ? se o progressivo afastamento de Stoner da própria família , as relações complicadas com os colegas , as amizades tragicamente marcadas pela guerra , a difícil vida conjugal , o impossível amor clandestino por uma professora mais jovem e o encontro com a morte . Stoner reage às provações da vida com aparente impassibilidade e silencioso estoicismo , emergindo como um inesquecível e trágico herói da vida cotidiana .
Com um narrador extremamente habilidoso e bastante observador, ele descortina Stoner de forma cirúrgica que é impossível o leitor não ter empatia, ao mesmo tempo, nos leva a ter um certo desamor pela sua passividade até conhecermos a obra profundamente. Essa opinião ao final da leitura muda de forma sinistra, e é isso que consiste a magnitude da obra.
Quanto aos personagens coadjuvantes, confesso que não consegui entender e compreender a inexorável perversidade de Edith e Lomax. São personagens que encontramos no nosso cotidiano que também se apresentam de forma incompreensível e somos obrigados a digerir continuamente para nosso amadurecimento.
As impressões que levo dessa leitura são inúmeras, de alguma forma ele me contaminou, me sacudiu, me tirou o fôlego ao perceber com a arte imita a vida: a luta para sair da zona de conforto na fazenda com seus pais, o quanto galgar conhecimento através dos estudos lhe custou abrir mão da vida pacata, seu casamento fadado ao fracasso, as relações de amizade sem profundidade, a relação controvérsia com a única filha?mas, na relação extraconjungal é que percebemos o Stoner transformado, um homem vivo dentro da coisas que podem ir além emocionalmente e intelectualmente. E é em nome desse amor que ele irá pagar uma conta alta.
E, para finalizar, é impossível não se destruir nas últimas páginas com o fim do nosso estimado Stoner ao encontro da morte. Uma variação de sentimentos nos atormentam e nos leva a seguinte pergunta: em que consiste a vida?
Recomendo a leitura.
Definição do personagem Stoner:
?Mas para William Stoner o futuro era uma certeza nítida é inalterável. Aos seus olhos, não era um fluxo de eventos e mudanças e potencialidade, mas um território virgem só à espera de ser explorado. Via-o como a vasta biblioteca da universidade, para a qual novas alas poderiam ser construídas, à qual livros novos poderiam ser adicionados com alguns dos velhos sendo retirados, enquanto a sua verdadeira natureza permanecia essencialmente inalterada. Imaginava o seu futuro só na instituição com a qual tinha se comprometido e a qual compreendia tão imperfeitamente. Imaginava-se mudando esse futuro, mas via o próprio futuro como o instrumento, e não como o objeto da mudança.?