Quinquilharias Nakano

Quinquilharias Nakano Hiromi Kawakami




Resenhas - Quinquilharias Nakano


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@li.varal 27/01/2022

Singelo, mas profundo
Quinquilharias Nakano
#HiromiKawakami
?29.05.2020 a 13.06.2020
?04h38min, 283 p.
@eeliberdade

Gostei do livro. O início parece banal, e vai seguindo parece que sem muito enredo. Hitomi trabalha na loja do sr. Nakano e o tempo vai passando com o seu cotidiano. Mas especialmente a partir da p. 165, fica muito interessante. Destaco as reflexões sobre amor, trabalho e o sentido da vida. O livro todo é bem escrito, a leitura flui num ritmo lento, mas tudo é muito delicado, com diálogos singelos.

?Envelhecer é começar a se preocupar, antes de censurar alguém, se a pessoa é saudável o bastante para aguentar nosso ódio severo ou nossas repreensões? (174)

?O ser humano me causa medo? (182)

?? se apaixonar é complicado. Mais complexo ainda é discernir primeiro se você quer ou não se apaixonar? (67)

?Não pode existir mal maior para o amor - tanto para o bem-sucedido quanto para o fracassado - do que um telefonema que se pode com grande probabilidade receber em qualquer local e sob qualquer circunstância? (167)
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fsamanta (@sam_leitora) 01/05/2013

A história flue e te prende, apesar de ser banal e inconclusiva. A tradução ficou a desejar pois diversas vezes a narradora se refere ao tom mais ou menos formal adotado pelas pessoas e isso não transparece para nós.
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Leila 11/03/2013

QUINQUILHARIAS NAKANO
Li QUINQUILHARIAS NAKANO em 2010, é um livro bem pequeno, 284 páginas, tradução de Jefferson José Teixeira.

Gostei bastante do livro, da leveza, não acontece quase nada, acompanhamos os personagens no seu dia a dia, Hitomi, uma jovem que trabalha na Quinquilharias Nakano(sim, o título do livro é o nome da loja), o patrão, senhor Nakano, Takeo, outro funcionário da loja, Masayo, a irmã do senhor Nakano e ainda outros envolvidos emocionalmente com estes . Esse 'não acontece quase nada', é uma aparente banalidade, os personagens têm sua complexidade, o universo, de um modo geral é aquele da loja, clientes que entram, compram, vendem, saem, não compram, reclamam, as saídas do senhor Nakano para encontrar a amante, as angústias de Hitomi, sua solidão, seu interesse por Takeo e as dificuldades para se comunicar com ele que é um tanto bizarro.

Como já disse antes, não conhecia a autora, Hiromi Kawakami, ela é jovem ainda, nasceu em 1958 em Tókio. Dos autores japoneses contemporâneos acho que só tinha lido até aqui Banana Yoshimoto, Haruki Murakami, Kazuo Ishiguro, desses só não gostei de Haruki Murakami, o mais famoso deles, na verdade. Uma vez li uma crítica (opinião, talvez) de outro escritor japonês cujo nome não me ocorre agora, dizendo qe na verdade Murakami não é exatamente um escritor japonês, quer dizer, ele é japonês, mas sua literatura não é japonesa e que a isso mesmo que se deve seu sucesso no ocidente, mas devo acrescentar que só li um livro dele, Minha querida Sputnik, já me aconselharam a tentar outro.

Trecho do QUINQUILHARIAS NAKANO:

— Diga, Hitomi, você considera o desejo sexual algo
importante? — perguntou Masayo bruscamente.
— Como?
— Tudo se torna desinteressante quando não há desejo,
não concorda?
Sem saber o que responder, mordi e engoli em silêncio
a massa da torta.
— Você, Hitomi, ainda deve ter um desejo sexual intenso.
Como a invejo! — declarou Masayo cheia de admiração enquanto
debicava com o garfo o merengue fofo e leve da torta
de limão. — A propósito, não acha que nos últimos tempos o
sabor dos doces do Poésie vem decaindo um pouco? — prosseguiu
ela num tom indiferente.
— Em geral não como muito, não saberia dizer — respondi
num tom educado.
— Entendi — replicou Masayo, colocando na boca
um grande pedaço de torta. — Mas hoje está deliciosa.
Seria em razão de minha condição física? De fato é duro
envelhecer.
Masayo o disse de modo jovial. “Desejo sexual”, procurei
repetir para mim mesma. Pareceu-me ter uma ressonância
curiosamente alegre, semelhante ao tom usado por Masayo.
“E eu não aprecio tanto assim as tortas de cereja”, pensei.
Mesmo assim, eu as acabo escolhendo, totalmente enfeitiçada
pelo vermelho parecendo molhado.
O aroma da manteiga da massa da torta espalhou-se pelo
interior de minha boca. O queixo de Masayo se agitava ao
devorar a torta de limão.
Claudia 30/06/2015minha estante
Exatamente isso, um livro onde não acontece quase nada, mas eu não consigo parar de ler... Muito bizarra a relação entre todos eles.


Anderson 19/05/2020minha estante
Engraçado isso que vc disse sobre Murakami não ser japonês. Porque o outro que vc citou, Kazuo Ishiguro, que é japonês, mas cresceu na Inglaterra e, na minha visão, tem uma narrativa menos japonesa (com base no único livro que li dele "Não Me Abandone Jamais"). Do Murakami, eu já li a trilogia 1Q84 e Norwegian Wood. Este último, especialmente, achei bem característico de histórias japonesas.




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