Alelorencastro 07/01/2024
"Amem-se ou pereçam"
Baseado em conversas que o autor Mitch Albom teve com um antigo professor da faculdade Morrie Schwartz nas suas últimas semanas de vida, o livro traz uma série de reflexões sobre as coisas que de fato importam na vida. Da perspectiva de uma pessoa à beira da morte (Morrie padece em função das consequências de uma esclerose lateral amiotrópica), sempre às terças-feiras, Mitch visita seu professor "treinador" e os dois conversam sobre diferentes aspectos da vida: o mundo, a autocomiseração, o remorso, a morte, a família, as emoções, o medo de envelhecer, o dinheiro, a permanência do amor, o casamento, a influência da cultura moldando a vida das pessoas, o perdão e o conceito de um dia perfeito. Muito interessante!
Quando leio livros dessa natureza, que nos faz refletir especialmente sobre o sentido da vida, gosto de separar algumas falas das personagens que mais me marcaram. Assim, seguem algumas dessas falas extraídas desse livro (não vou colocar todas para não ficar muito extenso; apenas para incentive a leitura daqueles que passam por um período de grandes reflexões como eu tenho passado).
"Tanta gente anda de um lado para outro levando vidas sem sentido. Parecem semi-adormecidas, mesmo quando ocupadas em coisas que julgam importantes. Isso acontece porque estão correndo atrás do objetivo errado. Só podemos dar sentido à vida dedicando-nos a nossos semelhantes e à comunidade e nos empenhando na criação de alguma coisa que tenha alcance e sentido".
"Você nunca teve medo de envelhecer?... Eu acolho o envelhecimento... Acolhe?... É muito simples. À medida que se cresce, aprende-se mais. Se ficássemos parados nos vinte e dois anos, ficaríamos sempre ignorantes como quando tínhamos vinte e dois anos. Envelhecer não e só decair fisicamente. É crescer. É mais do que o fato negativo de que se vai morrer, é também o fato positivo de que se compreende que se vai morrer e que se pode viver melhor por causa disso".
"Não importa onde vivamos, o maior problema dos seres humanos é a miopia intelectual. Não enxergamos o que podemos ser. Devíamos atentar para o nosso potencial e nos esforçarmos para alcançar tudo o que podemos ser".
"Enquanto pudermos amar uns aos outros, e recordarmos a sensação de amor que tivemos, podemos morrer sem desaparecer. Todo o amor que criamos fica. Todas as lembranças ficam. Continuamos vivendo. Nos corações daqueles que tocamos e acalentamos enquanto estivemos aqui".