Su 12/04/2021Adaptação maravilhosa, livro nem tanto.Quando o filme é melhor que o livro!
São raras as vezes em que nós nos deparamos com filmes melhores do que os livros, eu sei. Mas foi o que aconteceu comigo quando eu li Sob o sol da Toscana.
O filme eu havia assistido há anos, não lembro bem quanto tempo faz, mas ainda consigo lembrar que a adaptação me conquistou na primeira vez que eu vi. E quando eu descobri ano passado que existia um livro, desejei muito lê-lo e poder assistir mais uma vez ao filme, após ter lido sua obra original.
O livro escrito por Frances Mayes é basicamente um diário da autora, e conta como ela decidiu comprar uma casa na Toscana.
No decorrer da história ela conta tudo que pensa a respeito de Bramasole, a casa que escolheu comprar e reformar. Conta dos obstáculos que encontrou, as dificuldades que teve com empreiteiros, as pessoas que conheceu enquanto ficava na Itália, das idas e vindas entre Itália e Estados Unidos, a culinária, os lugares que conheceu.
A autora é gastrônoma, narradora de viagens e poeta. E nas páginas escritas por Frances, ela conseguiu adicionar diversas receitas italianas. Inclusive, confesso que eu que raramente pulo páginas de um livro, tive que pular as que continham essas inúmeras páginas com receitas. Primeiro pelo motivo de ter receitas que eu jamais vou fazer; e segundo com ingredientes difíceis demais de encontrar.
O livro não me conquistou, a narrativa foi descritiva demais, com capítulos longos demais e isso me desanimou.
Quando eu leio algo que tenha a Itália como pano de fundo, acabo desejando poesia, sentimentos, aquele quentinho no coração. E eu não consegui encontrar isso no livro Sob o sol da Toscana, enquanto o filme foi uma obra prima, que se tornou um dos meus filmes favoritos da vida.