Autoestima

Autoestima Jay E. Adams




Resenhas - Autoestima


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fabio.ribas.7 07/12/2023

Autoestima
“Autoestima”, de Jay Adams, lançado pela editora Nutra, é um livro sensacional e de leitura obrigatória. Todavia, é um livro escrito há 30 anos. E daí? Daí que você o lerá perguntando-se o que é que aconteceu que ninguém leu este livro?!

Infelizmente, o alerta dado por Jay Adams não deve ter sido bem recebido e nem impediu que a heresia da filosofia da autoestima entrasse e fincasse suas raízes nas nossas igrejas. A leitura desse livro ajudou-me a identificar ainda mais a união entre a TMI (Teologia da Missão Integral) e a chamada TL (Teologia da Prosperidade). Há alguns anos, escrevi 3 artigos dizendo que essas duas “teologias” são irmãs siamesas, cuja diferença é que uma se coloca do lado direito do espectro político e a outra do lado esquerdo. Após a leitura de “Autoestima”, consigo identificar ainda melhor a raiz comum e pagã entre a TMI e a TL, que buscam nutrir tanto o evangelho da justiça social como o evangelho da prosperidade econômica. Qual a raiz, então de ambas? A busca em querer atender ao que o homem entende ser a necessidade humana, ao invés de apresentar o que, biblicamente, o homem, de fato, necessita. Veja que ambas teologias querem saciar as necessidades humanas, que elas julgam ser relevantes.

Jay Adams mostra que a filosofia da autoestima é pagã e, por isso mesmo, jamais poderia ser encontrada na igreja. Ou se escolhe o evangelho puro e simples ou se escolhe um outro evangelho. Essa hipervalorização do ser humano é resultado do casamento entre uma antropologia anticristã com uma interpretação errada de vários textos bíblicos. O mais surpreendente é ver citações absurdas vindas até mesmo da caneta de teólogos de envergadura como Hoekema e Packer e que, com seus escritos, acabaram corroborando para o erro da filosofia da autoestima!

Pelo livro ter sido escrito há mais de 30 anos, assim que avançamos suas páginas, ficamos com aquela sensação de tristeza por vermos que somos hoje exatamente o que o autor nos alertou que seríamos, caso deixássemos que essa cosmovisão egoísta, fútil e centrada no fosso sem fim do nosso coração entrasse em nossas igrejas: músicas antropocêntricas, pregações afáveis e superficiais e uma educação cristã que sucumbiu ao respeito excessivo e idolátrico ao outro.

Imagine ler um livro escrito há mais de 30 anos e que, à época, chamava a atenção para o desastre que uma ideia teria e ver que, realmente, essa ideia se alastrou e hoje somos fruto desse tragédia? O que eu e você precisamos é de Jesus e não de autoestima. As pessoas não têm problema de autoestima. O que elas têm é excesso de autoestima! O livro fala que, há menos de 30 anos antes de sua primeira publicação nos Estados Unidos, ainda era possível encontrar livros que ajudavam as pessoas a se libertarem de seu amor próprio e, assim, viverem mais dedicados ao benefício do próximo. Hoje em dia, o que ocorre é exatamente o oposto! O problema é que já vivemos numa sociedade fruto dessa mudança de perspectiva: hoje, todo mundo é sensível demais, tudo ofende, tudo desrespeita; qualquer palavra num tom mais alto já magoa. Se as coisas já se encontram dessa maneira, imagine dizer às pessoas a verdade bíblica de que elas são pecadoras miseráveis e do que, tão somente, elas carecem é de Deus? Exatamente por essa realidade é que não vejo nem um pouco com bons olhos a sanha de alguns pastores e teólogos na busca por “relevância” bíblica. Lembro do pastor Caio Fábio que em todo culto gostava de cantar aquela música “quero que valorize o que você tem, você é um ser, você é alguém…”. Ele dizia até que ninguém sabia quem era o autor da música e, por isso, deveria ter sido um anjo que trouxe essa música para a Igreja.

A questão é que a psicologia da autoestima e da autorrealização é a avó da atual teologia coach e da música gospel de autorreferência antropocêntrica (“do coração de Jesus você é o centro”). A base dessa heresia é que suas necessidades precisam ser atendidas para que, então, você atenda a Deus. Um escândalo de inversão da mensagem bíblica. O cristianismo prega que você deve colocar suas necessidades de lado para servir a Deus! A Palavra de Deus é a nossa necessidade real e fundamental. O resto é subproduto acrescentado (Mateus 6.33).

A chave para uma melhor compreensão acerca da cilada da autoestima é discernir entre necessidade e desejo. Biblicamente, são muito poucas as nossas necessidades e a fundamental delas é Deus. Entretanto, o que temos chamado de “necessidade”, na verdade, são desejos e nossos desejos podem ser, sim, pecaminosos. A filosofia da autoestima revela-se pagã, quando não confronta os nossos desejos, mas, antes, os serve, colocando-os na mesa da adoração.

Todavia, há um capítulo do livro que me incomodou, pois, no meu entendimento, ele comete o mesmo erro que tenho visto em tantos púlpitos e em aulas de conselheiros bíblicos mundo afora. E eu vou explicar aqui qual é esse equívoco.

No capítulo 6, “Amar… como a si mesmo?”, Jay Adams incorre na incoerência de explicar o texto bíblico usando a palavra “amor” na mesma categoria que o mundo a usa. Mas ele não está sozinho. Já ouvi muitos pregadores e teólogos insistirem nesse discurso, mas queria sugerir uma outra leitura. Então, deixe-me explicar o meu ponto de vista e o erro do autor de “Autoestima” (lembrando que ele não está sozinho nesse seu equívoco).

A confusão em questão, na minha interpretação, está no tratamento que se dá ao resumo que Jesus faz da lei e dos profetas:

Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. O segundo, semelhante a este, é:

Amarás o teu próximo como a ti mesmo. (Mt 22. 34–36)

A partir desse texto, vi muitos pregadores e teólogos chamarem a atenção para o fato de que não há um mandamento na Bíblia que ordene ao homem “amar a si mesmo” (e eu concordo com isso). O que eu não concordo é com a explicação do porquê isso ocorreria: “o homem não precisa de um mandamento dizendo que ele precisa se amar, porque o homem já se ama naturalmente”. A ideia que pregadores e teólogos querem introduzir é que, por causa de nossa natureza totalmente depravada pelo pecado, já somos autocentrados e sempre buscamos nos amar. Ninguém, portanto, precisa ordenar que o ser humano faça o que lhe é natural fazer desde o ventre da sua mãe. Evidentemente que concordo com isso. Entretanto, e é aqui que eu quero chamara a atenção, concordo em parte.

O problema no desenvolvimento de uma tese como essa está na “confusão de categorias” em relação à palavra “amor”, pois, quando eu afirmo que não há ordenança na Bíblia para que o homem se ame, pois ele já faz isso natural e pecadoramente, eu estou dizendo que isto que o homem faz — amar a si mesmo — é de mesma categoria, qualidade e natureza que o amor que está expresso nos mandamentos citados de Mateus 22: 34–36. E isso, obviamente, não é verdade.

Tanto no hebraico como no grego, mas talvez de uma maneira mais pontual no grego bíblico, há muitas palavras para falar do “amor”. Algumas palavras são explicadas a que tipo de amor se referem a partir do contexto em que aparecem. Assim, mesmo que haja sinonímia e intercâmbio de uma palavra que parecia ser específica para descrever um tipo de amor somente, é próprio observarmos os contextos que inserem significados às palavras que usamos (e não somente trabalharmos com seus significados dicionarizados). As palavras, assim, ganham conteúdo próprio e específico de acordo com a mão do escritor, do contexto em que aparece e do tempo que também lhe muda o significado. Precisamos estar atentos a tudo isso. Sigamos em frente.

Será que eu posso dizer, então, que não há uma ordenança de amor-próprio, porque o homem já se ama? Especificando o meu problema: será que o que esse ser humano, totalmente depravado, sente por si eu posso chamar de “amor”? Se assim o faço, estou dizendo que o que esse ser humano nutre por si é de mesma natureza do amor dos dois mandamentos de Mateus 22. Este é o ponto: não é! O “amor” que o ser humano sente por si pode ser chamado de muita coisa menos de “amor”, pois o que o ser humano pode ter por si é autoestima, egoísmo, orgulho, vaidade, senso de autopreservação etc. Quando eu digo, citando o texto de Mt 22, que não há um mandamento de amar a si mesmo, porque o homem já se ama, no meu entendimento, algo muito grave ocorre: eu diminuo o que esses mandamentos estão me ensinando sobre o verdadeiro amor. Veja, se o ser humano não ama a Deus, como poderia ele amar a si mesmo? O ser humano, fora de Cristo, não ama ninguém, nem a si mesmo! É sendo amado por Deus, em Cristo Jesus, que ele descobre o que, de fato, é afinal “amor”, descobrindo, inclusive, que esses sentimentos que ele nutre por si não podem ser chamados de amor. Conhecendo o amor do Pai, que está em Cristo Jesus, é que, e somente assim, ele pode rejeitar todos esses sentimentos pecaminosos que tem por si mesmo e, finalmente, ele sabe o que deve oferecer ao próximo: o amor sacrificial de Jesus — este é o amor que nos é revelado, quando Jesus resgata os dois mandamentos do Antigo Testamento e os renova em Si no Novo Testamento.

Por isso, acredito que é um desserviço bíblico quando ouço autores, pregadores e teólogos dizendo que nos dois mandamentos de Jesus não há um terceiro mandamento de amar a si mesmo, “pois o homem já se ama”. Com isso, você perverte todo o ensino de um amor que só pode ser conhecido em Cristo Jesus. Para mim, é uma confusão de categorias o que ocorre. Mas este não é um erro de Jay Adams, mas de muitos dos nossos pregadores e teólogos também.

Tirando isso, o livro de pouquíssimas páginas é bárbaro!

site: https://revfabioribas.blogspot.com/
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Nu 02/09/2023

Contundente
Devemos nos amar primeiro, pra extender isso ao próximo? Ou será que precisamos amar o próximo primeiro, porque assim amamos à nós mesmos? Ou ainda precisamos só amar o próximo, porque Deus já nos ama e isso é suficiente? ?

O "mercado" da autoestima nunca esteve tão em alta como ultimamente. Pesquisas, palestras motivacionais e tantos outros produtos nos são oferecidos com a promessa de que se os seguirmos, alcançaremos o tão falado amor-próprio.

O autor de "Autoestima - Uma Perspectiva Bíblica" segue essa linha de explorar o tema divulgando suas ideias, utilizando como pano de fundo alguns apontamentos bíblicos (é a minha opinião).

O livro chamou minha atenção pelo título e por ter sido citado em "O Deus que Destrói Sonhos" (tem resenha dele aqui, volte 4 posts).

Depois da breve apresentação de pesquisas científicas e achados psicológicos sobre a autoestima, o autor inicia a fundamentação de suas ideias sobre o tema, utilizando versículos bíblicos e essa é uma coisa que adooooro em livros desse tipo.

Sempre leio com a Bíblia do lado pra conferir. Chego a ler o capítulo todo, o anterior e o seguinte só pra contextualizar. Enfim, eu amo!

Voltando ao livro, preciso compartilhar que os apontamentos do autor não me desceram redondo. A forma como ele escreve (e não necessariamente o que ele escreveu), incomodou meus valores profissionais ?.

Não é meu intuito descredibiliza-lo, ao contrário. Reconheço o esforço que ele fez para deixar um alerta sobre: não se deixar levar por temas da moda, pois isso pode atrapalhar a importância que se deve dar à fé.

Contudo, repito, o que me desagradou foi a forma do autor argumentar.

No fim, a conclusão que cheguei é que o "ame ao próximo, como a ti mesmo", ainda gera polêmica e de fato, Jesus não veio trazer a paz, mas a espada. ?
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Jacky 12/09/2022

Autoestima
Como poderia descrever este livro? Hum, você precisará ler, para tirar suas conclusões e ver se concorda oi discorda das teses e revelações sobre a autoestima e seu prisma na religião pura e genuína apresenta por Cristo.
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Cíntia Costa 16/05/2021

Fundamental...
Durante anos minha visão sobre Autoestima estava totalmente equivocada. De uns 3 anos pra cá foi "que a ficha caiu". Preguei e ensinei muito sobre a importância da Autoestima elevada na vida de alguém. Acreditei que a depressão e o suicídio são ocasionados 100% por uma baixo estima.
Esse livro trouxe aspectos tão importantes e fundamentais sobre este tema. Ele fecha a questão. É claro que sempre fica um "mas", por isso não dei 5 estrelas.
Mas o livro é excelente, e o autor fala de forma muito esclarecedora.
A leitura serve para aqueles que crêem na Bíblia. Quem não acredita não vai também crê no conteúdo deste livro.
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Jonas.Pessoa 10/09/2020

Extremamente atual e importante!
Numa época onde se dado muito ouvido a dita "teologia do coaching", propagada por nomes como Tiago Brunet e Dave Leonardo, nunca se fez tão atual é necessária a leitura dessa obra, datada de meados da década de 80. Embora, pelo tempo, parece desatualizada, o pr. Jay Adams mostra que não. Esse ensino promovido pelo uso do coaching, de acordo com o autor, é tão antigo quanto falho. Adams, de forma severa, bate contra o chamado movimento da autoestima, isto é, ataca essa forma estratégica de massagear o ego humano que tenta elevar o homem a um posto que nunca foi dele. Inicialmente, Jay trará inúmeras citações de autores contemporâneos a ele para demonstrar como esse pensamento estava presente não apenas no ambiente secular, mas também cristão, permeando as igrejas. Em seguida, Adams vai expor as falhas na interpretação de passagens bíblicas, tiradas de contexto pelos adeptos do "bem-estar". Dando continuidade, o autor vai defender seu ponto de vista também usando algumas passagens bíblicas, as quais demonstram que Deus nunca se preocupou com o amor próprio, mas, sim com amor a Ele e ao próximo. Jay Adams mostra que ao invés de autoestima, deveríamos priorizar o único "auto" que a Bíblia preza, isto é, a autonegação. Isso se torna importante num cenário onde esse teólogos e psicólogos cristãos de sua época defendiam que para se cumprir as ordens de Cristo era necessário estar bem consigo mesmo. Outro aspecto batido pelo autor se encontra na defesa de um valor humano - algo parecido com o que vimos atualmente com "você é o ponto fraco de Deus"; "de Jesus, você é o centro" -, no qual Adams mostra que se realmente temos um valor para ser salvo, então a graça nunca foi de graça. É justamente por não sermos nada que ela se torna tudo. Leitura gostosa, de fácil aprendizado.

Pontos negativos: No ponto de vista da obra em si, há vários erro de digitação, nos quais algumas pala-vras saem assim, divididas. Outra coisa que devo dizer é que por várias vezes ele se torna repetitivo, não somente dentro capítulo, mas também retomando muitas vezes ideia já ditas. Ele, literalmente, diz quase integralmente a mesma frase. Contudo, o que mais me chama atenção, e que deve servir de grande ressalva, é que mesmo se tratando de uma obra atual do ponto de vista do problema, está desatualizada, em parte, quanto ao interpretações situações. Devido ao seu ataque ferrenho a auto estima, Adams acaba colocando todos os problemas que a envolve no mesmo saco e trata da mesma forma, as vezes parecendo falta de piedade - capítulos 11 e 12 deixarão isso claro. Deve se dar um desconto ao autor pois muita coisa que ele critica ainda não tinha se desenvolvido tão bem, na área da psicologia, como 40 anos depois.

Ainda assim, recomendo demais essa obra. Vale cada página.

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Rosane. 25/10/2021minha estante
Perfeito.




Sidney 04/08/2020

Simplesmente Elucidador
Fiquei pensando em algumas canções q cantei tantas vezes na igreja. "Quero q valorize o q vc tem, vc é um ser, vc é alguém, tão importante para Deus..." Ou "Vc é o espelho q reflete a imagem do Senhor, não chore se o mundo ainda não notou..." Meu Deus!!! Peço perdão em nome de Jesus!!! Vivemos tempos extremamente difíceis, onde tantas heresias se adentram fortemente nas igrejas, onde a Palavra de Deus já não é mais autoridade única e suprema. Já ouviram a expressão q "nós somos o ponto fraco de Deus?" Como se Deus tivesse algum ponto fraco, aff... Sou pecador, nasci no pecado, com uma natureza pecaminosa, inclinado para o mal, não há bem nenhum em mim, não há nenhum valor, não há nenhum tipo de merecimento, mas graças a maravilhosa Graça de Deus revelada em Cristo por meio do seu sacrifício na cruz, hj sou lavado e redimido dos meus pecados!!! Glórias somente a Ele, que eu diminua e Ele cresça sempre!!! Essa "nova reforma" da autoestima é um engano maligno, herético q nos distancia de Deus de maneira silenciosa e astuta. Lutemos com as armas propostas nas Sagradas Escrituras contra esse mal!!!
Cíntia Costa 05/08/2020minha estante
Forte.


Odirlei.Lima 25/04/2021minha estante
De fato, esse livro nos coloca frente ao erro teológico em nossas igrejas. Livro excelente.


dani 25/03/2023minha estante
Uau! Eu já desconfiava.




Wellyson 04/09/2018

Esse não é um livro de autoajuda a favor da alta autoestima, e sim contra a autoestima. A essência do livro é muito parecida com o "Ego transformado" de Timothy Keller (autoesquecimento e autonegação). Porém, Jay E. Adams se posiciona de uma forma mais agressiva. Ele encara o movimento que chama de "nova reforma" como uma heresia e escreve o que parece ser uma defesa da "sã doutrina" em quase todo o livro. Atender o que entendemos como nossas necessidades principalmente por influência da psicologia de Maslow e Adler não pode ser uma condição para amar a Deus e ao próximo, nem para nada! Do contrário, não haveria sacrifício. É um excelente livro desse ponto de vista, mas acho que aqueles que são como Mariana (p. 43-44), embora encontrem alguma ajuda nos últimos capítulos 11 e 12, prefiram a obra de Timothy Keller, que é mais pessoal. A edição que li está cheia de errinhos e usa aquela forma de organizar as notas e referências só no fim do livro, ao invés de no rodapé.
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