Seara vermelha

Seara vermelha Jorge Amado




Resenhas - SEARA VERMELHA


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Sofia136 24/07/2023

#34 resenha
"Seara Vermelha" é uma obra-prima do aclamado escritor Jorge Amado. Neste livro, Amado apresenta uma história triste, porém incrivelmente realista sobre as consequências do capitalismo desenfreado. Com maestria, o autor expõe seu posicionamento político de forma clara e contundente: enquanto o capitalismo existir, haverá desigualdade, pobreza, ganância e despreocupação com as injustiças sociais.
A trama desenrola-se em torno da vida dos personagens principais, que são vítimas de um sistema opressor, no qual apenas alguns privilegiados acumulam riquezas enquanto a grande maioria vive na miséria. Jorge Amado mostra de forma crua o contraste entre esses dois extremos: uns possuindo demais, enquanto outros não possuem absolutamente nada.
A narrativa de Amado é repleta de emoção e crueldade, retratando a realidade implacável que muitos enfrentam diariamente no contexto capitalista. Através de personagens complexos e bem desenvolvidos, o autor mergulha o leitor nas profundezas dessa sociedade desigual, criando empatia e despertando a consciência social.
Embora seja uma história triste, "Seara Vermelha" é uma leitura indispensável para aqueles interessados em refletir sobre as questões sociais e políticas que permeiam nosso mundo. A escrita vívida de Jorge Amado nos envolve emocionalmente e nos faz questionar a validade de um sistema que perpetua a desigualdade e a pobreza.
Apesar de pesado, o livro tem momentos de esperança e resistência, proporcionando uma sensação de que, mesmo diante das adversidades, ainda podemos lutar por um mundo mais justo. "Seara Vermelha" é uma obra-prima da literatura brasileira que vale a pena ser lida e refletida, mostrando-nos a importância de questionar e buscar alternativas a um sistema injusto
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Jana 29/05/2022

Seara vermelha de sangue e fome
Um ótimo livro para quem deseja entender a realidade do Brasil. Ao longo da narrativa somos levados a refletir sobre a questão agrária e as consequências do latifúndio, tais como: a exploração, a pobreza, a fome e a migração nodertisna.

Confesso que em muitos momentos foi uma leitura difícil, justamente por retratar a realidade cruel a qual as pessoas do campo são submetidas. Entretanto, deixo aqui minha recomendação de mais uma obra do Jorge Amado.
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dormiodiatodo 02/11/2021

Que livro triste. Triste e atual (o que me deixa mais triste ainda). As obras do Jorge deveriam ser obrigatórias do ensino fundamental ou médio.
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Alan 01/06/2024

Cresce, seara vermelha, cresce, cresce, vingança feroz
O livro conta a história da família de Jerônimo e Jucundina, sertanejos trabalhadores em uma das muitas fazendas espalhadas pelo interior do nordeste. Viviam naquelas terras de favor, trabalhando como meeiros, vivendo em casas precárias e submetidas a um capataz e às regras internas da propriedade, entre elas, por exemplo, vender exclusivamente para o proprietário e comprar apenas os produtos do armazém da fazenda (uma forma de exploração do trabalho que não é difícil de ser encontrada ainda hoje no Brasil). Após a venda da propriedade, como muitos naquela região do interior nordestino, a família se vê expulsa da fazenda e obrigada a marchar caatinga adentro rumo ao litoral, onde poderiam pegar navio e trem, as conduções necessárias rumo às promessas de fartura e riqueza das fazendas do Estado de São Paulo.

A partir daí Jorge Amado conduz o leitor por um caminho de tristeza, fome (muita fome), doenças e morte (muitas mortes), de maneira que me acompanharam muito, durante a leitura, as pinturas de Portinari em sua coleção sobre os migrantes e flagelados nordestinos (algumas da mesma época da publicação de Seara Vermelha). Uma leitura bastante crua que Jorge Amado faz do contexto migratório que levou uma enxurrada de gente para São Paulo nas décadas de 1930 e 1940.

Da família de Jucundina, três de seus filhos - Zé, Jão e Nenen -, que desertaram ainda novos, se tornam personagens principais da segunda parte do romance, momento em que o autor entrelaça temas caros à história brasileira como o cangaço, os movimentos religiosos populares tidos como “messiânicos” e a organização e formação dos movimentos comunistas e do próprio Partido Camunista, fazendo menções importantes a personagens como Lampião, Antônio Conselheiro e Luís Carlos Prestes.

É um bom livro. Não é dos melhores que li de Jorge Amado, mas segue como uma narrativa muito interessante, principalmente do ponto de vista histórico.
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