Resenhas - O que os grandes livros ensinam sobre justiça

Hugo9527 04/04/2024

O livro é uma obra diversa, com textos variados e que tentam trazer literatura e direito juntos.

O que acontece, porém, é quem alguns trabalhos pecam nessa união. E outros são só chatos. Ainda há alguns destaques, como a parte sobre Os Miseráveis, Moby Dick e o último livro sobre Hercule Poirot

Paulo Silas 15/10/2023

Reunindo diversos autores que fazem interessantes e reflexivas abordagens jusliterárias, "O Que os Grandes Livros Ensinam Sobre Justiça" é uma grande obra coletiva que realiza leituras jurídicas e filosóficas da literatura, tendo-se assim um apanhado de interpretações literárias específicas que possibilitam ao leitor diferentes olhares que surgem a partir de análises plurais, pois amplas são as visões presentes no livro. Organizado pelo notório José Roberto de Castro Neves, que há muito e tanto contribui pra a aproximação do direito com as artes, o livro efetivamente entrega aquilo que anuncia em seu título.

Clássicos da literatura mundial recebem uma especial atenção de cada autor que se propõe a fazer uma leitura jurídica de determinada obra. Dentre os tantos livros que são abordados, mencionam-se aqui alguns: "Cai o Pano", de Agatha Christie, "Os Miseráveis", de Victor Hugo, "1984", de George Orwell, "O Nome da Rosa", de Umberto Eco, "Os Irmãos Karamázov", de Dostoiévski, "O Alienista", de Machado de Assis, "Fahrenheit 451", de Ray Bradbury e vários outros. São ao todo 39 obras literárias abordadas nessa obra, uma em cada capítulo por cada autor.

Como bem registra José Roberto de Castro Neves na introdução da obra, "apenas munidos dos valores contidos na boa literatura seremos capazes de levar adiante o legado da nossa civilização" - e é se debruçando sobre a boa literatura que os participantes dessa obra coletiva corroboram para esse levar adiante de importantes aspectos culturais. Obras literárias (em grande parte), filosóficas e inclusive religiosas compõem o acervo consultado, estudado e explanado sob determinada perspectiva em "O Que os Grandes Livros Ensinam Sobre Justiça", oferecendo-se assim ao leitor uma leitura proveitosa que agrada e faz refletir.