Calafrio

Calafrio Maggie Stiefvater




Resenhas - Calafrio


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Ynara 11/10/2012

Frio e lindo.
Li esse livro pois amei "A Corrida de Escorpião", e continuo muito encantada pela bela maneira de escrever da Maggie, pois ela escreve de uma forma simples e direta, mas sem ser rude ou crua. Esse livro é muito cativante, não há como não sentir empatia pelos protagonistas, Sam e Grace, e torcer por sua estória de amor de certa forma impossível. O livro em nenhum momento resvala pra surtos de criatividade exagerados, tudo é narrado de uma forma crível, dentro do possível. O casal principal é lindo, o livro mais do que tudo é um belo romance, com um final que me deixou emocionada e feliz, e toda a ambientação de inverno só auxilia a imaginação do leitor. Depois de "A Corrida de Escorpião" e agora esse "Calafrio", pretendo ler qualquer coisa que a Maggie escrever, até sua lista de compras (parafraseando a Virna hehehe).
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Ligia Paulino 21/09/2012

Calafrio - Maggie Stiefvater - Surprendentemente maravilhoso.

Bom o que falar de Calafrio? vou repetir uma frase que não sei quem falou mais que achei perfeita: " Calafrio valeu cada centavo", e realmente valeu *-* .

Fiquei conhecendo o livros através do twitter e mais especificamente com as meninas do Blog Tudo Sobre Livros ( da Mistério e da Fantasia) gostei quando li a resenha mais foi quando eu estava na fila da pré - estreia de Eclipse com as meninas do FC Twilight PB , quando conversando com a Larissa uma fã da saga e de leitura, começamos a discutir sobre livros, foi ai que ela me falou de calafrio, ela falou tão bem do livro que fiquei realmente morrendo de vontade de ler, no dia seguinte fui comprar uns livros na Saraiva e coloquei ele no meio, quando chegou eu amei a história, confesso que depois que li a da saga twilight não tinha gostado tanto de um livro de romance sobrenatural como gostei de calafrio, é realmente muito bom. estou muito ansiosa pelo segundo volume , Grace e Sam me cativaram.

O livro é tão bom que não sei o que falar dele, é um romance fascinante que eu não consegui largar o livro enquanto não terminasse e visse como esse dois irão se virar. Simplesmente maravilho, recomenendo com muita certeza. =D

;**

Link da resenha lá no blog: http://www.ligiaeseumundo.com/2010/07/calafrio-maggie-stiefvater.html
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Tathy 20/09/2012

Vale a Pena
Calafrio é um livro que conta a história de Sam e Grace. Sam é um lobo, que vira humano nos meses de verão e Grace uma menina que tem pais relapsos e que se importam mais com ele do que com a filha.
Grace quando tem mais ou menos uns 11 anos é atacada por lobos no quintal de sua casa. Sam a salva e se apaixona por ela. Seis anos se passam e eles fica se olhando a distância. Um dia um garoto da escoal de Grace é atacado por lobos e começa uma caçada e eles. Mesmo sendo inverno Sam é atingido e se transforma em humano, Grace o salva e eles passam a ter uma relação.
Adorei o livro vale muito a pena ler. O amor dos dois é muito bonito e prova que pode superar qualquer coisa.
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Andressa1202 27/08/2012

Maravilhoso!
Eu já havia ouvido falar muito de Calafrio, mas acho que em algum momento esqueci da existência dele. Acabei vendo ele na estante de alguém no skoob e, após ler as resenhas, senti que precisava compra-lo urgentemente. E assim o fiz, paguei um pouco mais barato pela estante virtual e assim que o livro chegou comecei a devorá-lo.

O início do livro parece tão bonito, triste e poético que me deixou pensando se talvez esse clima não fosse se estender pelo livro todo acabando que por deixá-lo chato. Isso não acontece de maneira alguma, o que acontece é que a Maggie simplesmente SABE COMO ESCREVER, ela nos deixa apaixonados da mesma forma que os protagonistas estão e depois desenvolve a história em um ritmo perfeito.

Acho impossível não se apaixonar pelos personagens. Grace me pareceu bem reservada no início, mas logo que ela passa a conviver com o Sam nós percebemos como ela tem um senso de humor e vivacidade contagiantes. Já Sam é o garoto que, após ser mordido aos 8 anos de idade, conseguiu manter a mesma inocência e bondade da infância. Os dois juntos conseguem desenvolver um amor genuíno e bonito ao passo que possuem também um futuro incerto.

A alcateia é muito acolhedora, muitas vezes nos faz pensar de que são uma família mais unida do que qualquer outra família que tenha sido relatada no livro. Alguns mistérios em relação a ela foram revelados neste livro e tenho certeza de que haverá muitos outros na continuação.

Tenho que dizer que sou mais uma das pessoas decepcionadas com a mudança no formato dos livros da série, nunca que a minha estante vai aceitar isso numa boa. Não que as novas capas sejam feias, pelo contrário, são mais bonitas do que a de Calafrio em minha opinião, mas não concordo com a mudança no formato do livro. Algo interessante é que, a cada novo capítulo é revelado a temperatura, o que vai se tornando uma tortura ao passo que se aproxima o inverno.

Maggie conseguiu me conquistar completamente com este livro. Todo o medo que eu tinha de ser uma história deprimente ou arrastada era infundado, já que a Maggie consegue sempre nos deixar esperançosos, não importa o que aconteça. O fim foi surpreendente, e sei que Espera nos reserva mais surpresas ainda. Não vejo a hora de ter Espera e Sempre em mãos.

Andressa
www.umdiaacadalivro.blogspot.com
@umdiaacadalivro
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23/07/2012

Calafrio
Sinopse: Quando chega o inverno, Grace é atraída pela presença familiar dos lobos que vivem no bosque atrás de sua casa. Ela espera ansiosamente pelo frio desde que fitou pela primeira vez os profundos olhos amarelos de um dos lobos e sobreviveu ao ataque de uma alcateia. Esses mesmos olhos brilhantes ela encontraria mais tarde em Sam, um rapaz que cresceu vivendo duas vidas - uma normal, sob o sol, e outra no inverno, quando vestia a pele do animal feroz que, certa vez, encontrou aquela garota sem medo. Tudo o que Sam deseja é que Grace o reconheça em sua forma humana, e para isso bastaria que trocassem um único olhar. Mas o tempo de Sam está acabando. Ele não sabe até quando manterá a dupla aparência e quando se tornará um lobo para sempre. Enquanto buscam uma maneira de para torná-lo humano para sempre, têm de enfrentar a incompreensão da cidade, que vê nos lobos um perigo a ser combatido.

- - - - - - -
Gente, o que é esse livro? Só a sinopse é de matar de curiosidade!!! Amei! Apesar do que diz na capa, não se preocupem porque o livro não é sobre vampiros e não tem nenhuma semelhança com os Quileutes. Mas é uma história de amor, de um amor proibido. O que os impede de ficarem juntos? Apenas uma questão natural...

Um lobisomem nasce quando é mordido por outro lobisomem e daí para frente, ele se transforma nas épocas de frio e volta a ser humano nas épocas de calor. Até aí tudo "tranquilo", mas o problema é que, aos poucos, ao passar das estações, eles vão ficando mais tempo como lobos e menos tempo como humanos... até se tornarem permanentemente: lobos.

A história começa quando Grace, aos 11 anos de idade, foi atacada por lobos no quintal de sua casa enquanto brincava. Ela iria morrer, mas estranhamente, não gritava e, por alguma razão, gostava de lobos.

Um lobo de olhos amarelos resolveu olhar mais de perto porque a menina não estava aos berros, como seria normal... e foi aí que os olhares "se encontraram". Ele a arrastou e a salvou.

Durante 6 anos Grace alimentou o amor pelo seu lobo, sem saber que, no verão, ele se transformava em humano. Até que um dia, por uma certa circurstância que eu não vou falar, Grace o encontra na forma humana, reconhecendo Sam pelos olhos amarelos! Eles ficaram amigos e rapidamente tudo virou um romance.

"Toquei seus lábios de novo e, dessa vez, o beijo foi bem diferente. Valeu por seis anos de espera, sua boca criando vida sob a minha, com gosto de laranja e desejo. Seus dedos correram pelo meu rosto e mergulharam nos meus cabelos antes de me enlaçar o pescoço, vivos e frescos na minha pele quente. Eu me sentia selvagem e domesticado, e feito em pedaços e perdido entre tudo isso ao mesmo tempo. Pela primeira vez na minha vida humana, minha mente não divagou compondo uma letra de música nem guardou o momento para uma reflexão posterior.

Pela primeira vez na vida,

eu estava ali

e em nenhum outro lugar."

E agora?

Será que há alguma maneira de torná-lo humano para sempre?

Não posso contar muito, por mais que eu queira... hahaha =)

Mas Sam é encantador, tem a mania de ficar compondo músicas em sua cabeça e, a forma com que ama Grace é... de dar calafrios!

O livro é narrado em primeira pessoa, mas alternadamente: ora por Sam, ora por Grace. Há a indicação de temperatura a cada capítulo. É um livro, ao mesmo tempo, feliz e triste. É um romance poético que te levará a lugares gelados, onde só o amor aquece o coração. É impossível não ficar presa às descrições das cenas. Acabou de entrar para a minha lista de favoritos!

A história é absurdamente romântica e os outros personagens com certeza enriquecem a história: Jack, Isabel, Olivia...
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Wise Friends 09/06/2012

Recomendadíssimo!
É MARAVILHOSO, sem mais. Não consegui parar de ler, uma perfeição!

Há seis anos, Grace foi atacado por lobos enquanto estava brincando no balanço. Eles tinham a força para puxá-la do balanço, arrastá-la e mordê-la. Mas um deles, Sam, a salvou. Depois desse dia, tudo que ela fazia era observá-los. Ela não tinha medo algum deles, ela os adorava na verdade.

Seis anos se passaram, e Grace observava e era observada. Seis anos sem medo da alcateia, até que boatos surgiram na cidade de Mercy Falls. Estavam acusando os lobos de matarem um garoto e, provado seu sumiço, foram à caça.

Com essa caça, Sam acaba sendo ferido. Agora era Grace quem tinha de salvá-lo. No desenrolar da história, você descobre que Sam e o resto da alcateia não são apenas lobos, mas sim lobisomens. E ela já havia o encontrado com a forma humana. Poderiam eles se apaixonarem?

O clímax da história surge quando sabemos que é o último ano de Sam se transformando e que depois disso, nunca mais vai se lembrar de Grace. Apenas as lembranças mais fortes sobrevivem no cérebro de um lobo. Será Grace uma delas?

Continue lendo aqui: http://wisefriends.blogspot.com.br/2012/06/review-calafrio.html
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arthurnumeriano 22/05/2012

Um romance sem mimimis
A época dos livros com temáticas sobrenaturais, em especial os que tratam de vampiros e lobisomens, acabou. Ou pelo menos está perto do fim. Em meio a tantos sucessos literários (desmerecidos, na minha opinião), achei que não haveria um que realmente me agradasse. Mas foi então que encontrei um determinado livro cuja capa era tão bonita, simples e efetiva. Resolvi dar chance a ele, mesmo sabendo que fazia parte do gênero que eu mais detesto. E ele conseguiu se tornar o único romance do qual sou fã.

Quando chega o inverno, Grace é atraída pela presença familiar dos lobos que vivem no bosque atrás de sua casa. Ela espera ansiosamente pelo frio desde que fitou pela primeira vez os profundos olhos amarelos de um dos lobos e sobreviveu ao ataque de uma alcateia. Esses mesmos olhos brilhantes ela encontraria mais tarde em Sam, um rapaz que cresceu vivendo duas vidas - uma normal, sob o sol, e outra no inverno, quando vestia a pele do animal feroz que, certa vez, encontrou aquela garota sem medo. Tudo o que Sam deseja é que Grace o reconheça em sua forma humana, e para isso bastaria que trocassem um único olhar. Mas o tempo de Sam está acabando. Ele não sabe até quando manterá a dupla aparência e quando se tornará um lobo para sempre. Enquanto buscam uma maneira de para torná-lo humano para sempre, têm de enfrentar a incompreensão da cidade, que vê nos lobos um perigo a ser combatido.

Shiver pode ser definido como uma poesia sentimental e delicada ou uma tragédia romântica. É como o inverno que ambienta e tem um papel importante na história: é triste, mas é lindo. Pode soar meio meloso para quem não conhece a história, mas a maneira com que a autora escreve o que acontece dentro e fora de Grace e Sam faz com que você compartilhe dos sentimentos desses dois. E entenda, sofra e torça por eles. Em grande parte, o tom melancólico do livro chega a ser palpável. Mas é uma melancolia singela e, de novo, poética.

Como The Wolves of Mercy Falls é uma série que prefere dar ênfase aos sentimentos a dar aos acontecimentos, muitos podem achá-la monótona. E de fato é. Não há um grande clímax, não como o que a gente sempre espera: uma grande batalha, algum vilão que pretende destruir o amor do casal protagonista Não. Em Shiver, o passar do tempo e das estações é que é o grande empecilho de Grace e Sam. Um empecilho que não pode ser retardado ou controlado. E é exatamente nessa questão que Maggie Stiefvater trabalha tão docemente.
Luan Queiroz 05/02/2011minha estante
Muito boa a resenha!Li os cinco primeiros capítulos do livro e já quero comprá-lo.A história pode ter marcas profundas da saga Crepúsculo,mas a forma em que a Maggie conta a história é totalmente original!


Ana Clara F 13/01/2012minha estante
A capa do livro é realmente linda! A história também, é um romance bem escrito sem ser meloso a ponto de ser chato! É simplesmente um livro perfeito. Muito boa resenha!


Lily 09/02/2013minha estante
"Um romance sem mimimis", adorei sua resenha, mas você me ganhou com essa primeira frase! Fiquei muito ansiosa para ler esse livro :)


Carolina 19/05/2013minha estante
Eu gosto da temática sobrenatural, mas vampiros e lobos nunca conseguiram me atrair muito. Depois que uma amiga me indicou Shiver eu vinha procurando resenhas que me convencessem a lê-lo, e a sua acaba de fazer isso. E a propósito, a capa é realmente linda.


Sam 11/01/2014minha estante
Bela resenha e por causa dela lerei esse livro. :)


Talita 16/06/2021minha estante
eu procurei palavras, mas você foi preciso aqui "Shiver pode ser definido como uma poesia sentimental e delicada ou uma tragédia romântica. É como o inverno que ambienta e tem um papel importante na história: é triste, mas é lindo. Pode soar meio meloso para quem não conhece a história, mas a maneira com que a autora escreve o que acontece dentro e fora de Grace e Sam faz com que você compartilhe dos sentimentos desses dois. E entenda, sofra e torça por eles. Em grande parte, o tom melancólico do livro chega a ser palpável. Mas é uma melancolia singela e, de novo, poética."




House of Chick 05/05/2012

“Calafrio” conta a história de Grace Brisbane, uma garota de 17 anos que seis anos antes fora levada para o bosque perto de sua casa e atacada por lobos que vivem por lá. Mas a experiência que poderia ter a levado à morte, não passou disso: uma experiência. Grace não morreu, mas também nunca esqueceu os lindos olhos amarelos de um dos lobos em questão, e o mais importante, aquele a quem ela deve sua vida, afinal foi ele quem a salvou.

Todos os anos desde então ela espera por “seu lobo” (como costuma chamá-lo) no quintal de sua casa. Para observá-lo e conversar com ele de uma maneira silenciosa, mas reconfortante.

Até que nesse ano um garoto morre em seu colégio. A maior suspeita? Os lobos. Então vários homens da cidade resolvem que está na hora de eliminá-los e vão em busca deles com armas em punhos. Mesmo que Grace tente de tudo, não consegue fazer com que não atirem nos animais.

Foi quando ela volta para casa e se depara com um garoto nu e ferido em frente à porta que sai para o quintal. Quando ele abre os olhos, Grace não tem mais dúvidas: é seu lobo. E o mais importante, ele está em sua forma humana.

Não demora muito e eles acabam se apaixonando, mesmo sabendo dos perigos e de tudo que existe que pode prejudicá-los, como o fato dele ser um lobo em todo o inverno (e daqui a pouco para sempre) e ela uma humana. Sam e Grace não vão desistir de ficar juntos, e vão lutar até o fim para que isso ocorra.

Depois de ler alguns livros sobrenaturais cheguei à conclusão que meu “tipo” preferido são os lobos. Não sei o motivo exato, mas eles me encantam. Então comecei esse livro com uma expectativa elevada.

No começo, a leitura estava intrigante e eu estava empolgada, mas no meio do livro a história fica um tanto enrolada e monótona. Demorou para voltar a me empolgar, o que só ocorreu no final, portanto não é o meu livro preferido “sobre” lobos. Acho que a autora deixou a desejar em alguns momentos.

Continuação: http://www.houseofchick.com/2012/01/calafrio-maggie-stiefvater.html
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Veneella 12/04/2012

Mais em http://www.bookpetit.com/
Resenha Completa: http://bookpetit.blogspot.com/2011/11/calafrio-os-lobos-de-mercy-falls-1.html

(...)
O livro é contado alternadamente entre Sam e Grace, eu adorei, pois a forma como os sentimentos dos dois são descritos e como um parece aos olhos do outro dá as palavras, aos sentimentos e a história um ar genuíno. O que eu achei bacana também é que eles não simplesmente se apaixonam do nada, apesar de ter sido 'de uma maneira pouco convencional' vamos dizer. Outra coisa é que os lobos aqui são mais realistas, nada de super criaturas lutando contra as forças do mal aqui, só lobos e pessoas lutando contra o tempo.

Esse é o ponto chave do livro, o tempo. E a temperatura, que está presente em todos os capítulos reforçando o sentimento de que, quando Grace e Sam se encontraram, eles não marcaram o início do "felizes para sempre", mas sim o início do fim, de uma contagem regressiva. Cada hora que passam juntos, se torna uma hora a menos para eles.

(...)
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Tarsila 29/03/2012

O inverno está chegando
Calafrio é o primeiro volume da trilogia Os lobos de Mercy Falls.

Grace, 17 anos, sente-se atraída pelo bosque próximo à sua casa. Tem admiração pelos lobos que lá vivem, especialmente por um, preto e de olhos amarelos, que chama de “meu lobo”. Ela foi atacada quando tinha 11 anos, e sabe que foi por intervenção dele que se mantém viva.
Depois que Jack, um garoto de uma família imponente de Mercy Falls, é atacado e, acredita-se, morto, inicia-se uma caça aos lobos, o que perturba profundamente Grace. Ela procura impedir a morte deles, mas é levada para casa por um guarda. Ali, encontra, nu e ferido, um rapaz com os olhos e o cheiro de seu lobo. Seu lobo, como instantaneamente reconhece.
Assim começa de fato a relação de Sam e Grace, que, após tantos anos de contemplação silenciosa, após anos cultivando um amor baseado no que os dois representavam, passam a se conhecer e a se amar pelo que são.


“Pela primeira vez na minha vida humana, minha mente não divagou compondo uma letra de música nem guardou o momento para uma reflexão posterior.
Pela primeira vez na vida,
eu estava ali
e em nenhum outro lugar.
E então eu abri os olhos e éramos apenas Grace e eu – nada além de Grace e eu –, ela apertando os lábios como se quisesse manter meu beijo dentro dela; e eu segurando aquele momento, que era tão frágil quanto um pássaro em minhas mãos.” (P. 81)


A transformação de Sam se dá pelo frio. Os lobisomens costumam passar alguns anos se transformando em humanos na primavera e voltando para a forma de lobo no inverno. Até que depois são apenas lobos. Sam, no entanto, não teve tantas transformações quanto os outros costumam, e crê que essa é sua última vez.
Sam e Grace procuram estar sempre juntos, deleitando-se com a companhia um do outro, convivendo com a sombra da perda que inevitavelmente se aproxima. Durante esse tempo, Sam vive em sua casa, facilmente oculto aos ausentes pais de Grace.
Não sabem por que Grace foi mordida e não se transformou, e isso é motivo de pesar, pois eles desejam fazer parte plenamente da vida um do outro, amando-se em qualquer forma, de um jeito único. A transformação de apenas um mais parece uma morte, embora que possivelmente reversível.
Vários conflitos paralelos se desenvolvem no livro. Os pais de Grace claramente falhos em sua responsabilidade para com a filha. As amigas de Grace, Rachel e Olívia – a única que compartilha seu encanto pelos lobos –, e a forma sutil como elas distanciam, com uma amizade que perdeu o sustento.
O passado de Sam é acompanhado em várias analepses, e nos é apresentado como foi quando ele foi mordido, as primeiras transformações, a reação dos pais, os traumas, o apoio e afeto que recebeu de Back, líder dos lobisomens quando humanos, e a dolorosa semi-inconsciência em que mergulha quando se torna lobo. Ainda há Shelby, loba da alcateia que o deseja e não compreende seu apego à humanidade.
Jack, sendo um novo lobisomem, e, portanto, instável, preocupa a alcateia que não quer se expor, e sua irmã Isabel, influente e desagradável, de repente está envolvida em toda situação.
A narração da história se alterna em capítulos de Sam, constantemente formulando letras de músicas, e de Grace, prática e objetiva. Em cada capítulo acompanhamos a temperatura que faz na cidade gelada, e a chegada do inverno causam certa tensão. Está continuamente presente a sensação de fugacidade, da fragilidade da manutenção daquilo que é importante para nós.

“Estávamos chegando e, passando por uns carvalhos a caminho de casa. Folhas sem brilho, de um laranja meio marrom, secas e mortas, agarravam-se aos galhos e oscilavam ao vento, esperando a rajada que as derrubariam ao chão. Era isso o que Sam era: transitório. Uma folha de verão agarrando-se, o máximo que conseguisse, a um galho congelado.
– Você é bonito e triste - falei afinal, sem olhar para ele. – Assim como seus olhos. Você é uma canção que ouvi quando era criança, mas que esqueci até que a ouvi de novo.” (P. 181)

O livro é uma fantasia, há uma relação entre um lobisomem e uma humana, mas possui diferenciais que o distanciam de boa parte de livros com essa temática. Não existe o bem e o mal bem-delimitados. Não existem inimigos que precisam ser combatidos. A luta que existe é para ficarem juntos. É contra a condição em que Sam está preso. Contra a separação iminente, o fim. A busca por uma cura.
Beck, que foi como um pai para Sam, tão confiante e gentil, comete erros quase imperdoáveis. Isabel é enxergada além de sua maquiagem e seu salto alto, igualmente humana.
A história não me conquistou rapidamente, considerei-a entediante em alguns momentos, mais uma da onda Crepúsculo; porém reconheci a boa construção dos personagens e dos conflitos humanos. E por mais que a história seja fantasiosa, o que mais traz são dores reais. A linguagem da autora também foi um fator positivo, ela introduz poesia, trabalha palavras e expressões construindo imagens que nos surpreendem.
Então se você está cansado de histórias com personagens sobrenaturais, talvez não aprecie o livro. Talvez o ache repetitivo quando começa o: “Então você é lobisomem? Mas que tipo? O que funciona e não funciona com você? Sério que não tem isso de lua cheia e balas de prata? E a alcateia se comunica por imagens?! E sério que os olhos são os mesmo, humanos ou lupinos?!” Mas talvez não, e você encontre aspectos de que goste no livro – o lirismo, as palavras ditas no silêncio, os sentimentos delicados, a tristeza, o frio, a distância... Eu encontrei, e creio que eles fizeram com que o livro não se tornasse banal.
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ka mcd 15/03/2012

Calafrio
Começo avisando que Calafrio é um livro extremamente sensível, romântico e melancólico. E digo isso logo por que vejo muita gente reclamar sobre como esperava outra coisa do livro, que ele tivesse uma boa dose de suspense e de ação – elementos que são bem ínfimos aqui.

Calafrio é sobre o amor, um amor difícil e tachado como impossível por alguns. O amor entre duas pessoas que, apesar de se reconhecerem e já se amarem, não se conhecem realmente até o ponto onde a história começa. Ele é narrado pelos dois protagonistas e, em cada começo de capitulo, vemos a temperatura atual da história – um elemento muito importante, já que é isso que determina a forma que Sam assumirá: quanto menor a temperatura, mais chances de ele voltar a ser lobo.

Grace mora perto do bosque de Mercy Falls que é conhecido por ser a casa dos lobos e, andando nos fundos de sua casa quando pequena, ela é atacada pelo bando, mas é salva por um lobo de olhos dourados, um lobo que ela gosta de observar desde então.

Sam é um garoto sem forma fixa. Nas épocas quentes do ano ele trabalha em uma livraria, compõe musicas e lê poemas e nas épocas mais frias ele é um lobo, um lobo de olhos dourados que salvou uma garota de ser morta pelos outros lobos.

Eles se observam por anos até que, em uma ocasião quase impossível, eles se encontram enquanto Sam está em sua pele humana.

Parece um tanto quanto estranho uma menina observando um lobo enquanto ele a observa também, não? Até mesmo as amigas de Grace acham que ela é meio louca por conta de seu fascínio pelos lobos, mas, vendo a mente de Grace, é difícil achar loucura. Ela sente como se eles fossem parte dela e uma atração especial a liga ao lobo que a salvou tantos anos atrás. Nós entendemos o ponto de vista dela, a atração, a necessidade de ficar perto deles, a vontade de tocá-los e o medo ao ver que a cidade toda está se reunindo para exterminá-los. E o melhor é que ela é forte, não uma garota bobinha que não sabe fazer nada sozinha e que tem um colapso por qualquer coisa.


"Você é como uma canção que ouvi quando era criança, mas que esqueci até que a ouvi de novo."


E também entendemos o ponto de vista de Sam, como é ser um lobo a maior parte do ano, os sentimentos dele quando lobo, os sentimentos dele como humano, a vontade de ficar com a garota que já ama e a tristeza por saber que isso nunca se realizará. Ele tem um passado obscuro e é o causador de grande parte da melancolia e da inocência do livro, mas nem por isso deixa de ser apaixonante. Ele é um namorado que todas as meninas gostariam de ter: misterioso, romântico, músico e ama a namorada incondicionalmente.

Os dois são o casal perfeito e o fato de Grace ser a pessoa que não sabe se expressar os deixa ainda mais autênticos. Normalmente vemos os meninos sem saber como expor seus sentimentos, mas é Sam quem recita poemas, diz frases incrivelmente românticas e planeja programas perfeitos para os apaixonados.

Vejo muita gente dizer que o romance deles nasce rápido demais, mas a verdade é que, se você pensar bem, o romance deles começa muito antes do livro. Eles se amam de uma forma diferente até então, por não acreditar na possível existência de um romance, mas o encontro dá essa chance a eles e os dois se agarram à ela, temendo o momento em que a perderão.

Claro, o livro não é só o romance, há um desenvolvimento de fatos bom e intrigante. E o constante medo de ver Sam voltar a ser lobo deixa tanto os leitores como os personagens tensos o tempo todo.

Além de a história ser extremamente sensível, ainda existe um fator essencial que é a escrita da Maggie Stiefvater. É uma escrita leve, também sensível e quase poética. Ela descreve as cenas românticas de uma forma extremamente bela. E as cores. Ela trabalha com cores como nenhum outro autor que eu já tenha visto até hoje e isso deixa certas cenas ainda mais deslumbrantes.

Calafrio é um romance com uma leve dose de sobrenatural – ou você poderia até mesmo chamar de ciência – que sabe exatamente como te emocionar com toda a sua melancolia e ingenuidade. É um livro que, ao terminar, te deixa com um sorriso no rosto, uma lágrima no olho e um gostinho deliciosamente doce na ponta da língua.


http://lalalajustme.blogspot.com/2012/03/resenha-calafrio.html
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