Quando nossa fé é provada

Quando nossa fé é provada Marcelo Aguiar




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Abraão foi um grande homem que se tornou ancestral de judeus, árabes e, espiritualmente, de todos os crentes. Ele viveu uma vida admirável. A etimologia do nome que recebeu ao nascer, Abrão, não é muito clara. A maior parte dos linguistas acredita que signifique “Pai exaltado”. Entretanto, com o estabelecimento do pacto divino e o recebimento da promessa, seu nome foi mudado para Abraão, que significa “Pai de multidões”.

Quando lemos o capítulo 22 de Gênesis, encontramos o episódio mais notável da vida de Abraão. Quarenta anos já haviam passado desde a conversão daquele ilustre personagem bíblico, e poderíamos imaginar que ele houvesse atingido o ponto máximo de seu desenvolvimento espiritual. No entanto, é quando chegamos a esse texto que nos deparamos com o momento em que o patriarca viu coroada sua jornada de fé.

Embora a leitura completa de Gênesis 22 nos deixe admirados e comovidos, durante esse processo podemos ficar confusos. Muitos, ao terem contato pela primeira vez com a narrativa do sacrifício de Isaque, ficam escandalizados com Deus (por ordenar) e com Abraão (por obedecer).

A história do holocausto de Moriá é capaz de levantar muitas indagações. Por que Deus disse a Abraão que sacrificasse Isaque? Mesmo que se tratasse apenas de um teste, aquela ordem não se mostrava absurda, e até mesmo cruel? E, ainda que viesse realmente a ser um teste, que necessidade havia daquilo? Deus é imprevisível? Ele é dado a caprichos? Se eu caminhar com ele corro o risco de que faça algo doloroso comigo?

Por que Abraão se dispôs a imolar o próprio filho? Se cumprisse a determinação divina, ele não estaria cometendo assassinato, e, pior ainda, filicídio? O que havia no coração daquele homem? Uma fé inabalável? Um fanatismo indiferente? Será que o patriarca havia cometido algum erro e tinha de ser corrigido? Será que ele precisava aprender uma lição que não poderia ser ensinada de outra forma?

Por que a história de Abraão e seu sacrifício ficou registrada na Bíblia? O que ela tem a ver conosco hoje? Há alguma mensagem profética escondida no texto? O que esse episódio tem a dizer àqueles que parecem estar enfrentando situações absurdas? Como lidar com o silêncio de Deus? Ainda existe lugar para sacrifícios hoje em dia? Que tipo de sacrifícios? De que modo essa narrativa bíblica pode ajudar os que sofrem perdas, estão infelizes ou passam por tribulações? Deus quer que façamos renúncias? A que precisamos renunciar?

Nas páginas a seguir buscaremos respostas para essas e outras perguntas. Temos ouvido dizer que Deus não coloca sobre nós pesos maiores do que podemos carregar. Contudo, quando lemos a história da Abraão, quase duvidamos dessa verdade. Com que grande fardo aquele homem se deparou! E, às vezes, nós também nos vemos em situações que parecem ir além de nossos limites. É por isso que a passagem sobre o sacrifício de Isaque é tão importante para nós.

Comentando as narrativas bíblicas, o Novo Testamento declara que “essas coisas foram registradas há muito tempo para nos ensinar, e as Escrituras nos dão paciência e ânimo para mantermos a esperança” (Rm 15.4). Portanto, ao nos debruçarmos sobre a história de Abraão e seu sacrifício, não estaremos apenas obtendo informações que visem satisfazer nossa curiosidade. Na verdade, estaremos indo muito além disso. Aprenderemos lições que nos ajudarão a superar nossas próprias adversidades. Encontraremos direção e força para enfrentar, vitoriosamente, aquelas horas em que nossa fé é provada.





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