“CERTOS LIVROS são para ler, passar adiante e nunca mais pensar neles. Outros, como este, são para ler, guardar e pensar neles sempre (...). A Noiva da Revolução merece ser lido por todos os brasileiros e por todas as pessoas interessadas em conhecer melhor a história do Brasil, já que na maior parte das escolas do País se passa como gato sobre brasas pelos acontecimentos de 1817 no Nordeste. Entremeado com uma bem documentada reconstrução daquela revolução, a primeira no Brasil a proclamar ao mesmo tempo a Declaração Universal dos Direitos do Homem e do Cidadão, emanada da Revolução Francesa, e a abolição da escravidão, é contado o caso de amor entre o principal líder, Domingos José Martins, e sua mulher, Maria Teodora da Costa.
Renato Pompeu
Caros Amigos, novembro/2008
“EM A NOIVA DA REVOLUÇÃO é possível identificar heroísmo, nacionalismo e até mesmo pinceladas de “cor local”, aspectos que poderiam nos remeter ao Romantismo brasileiro. No entanto, estamos diante de um romance histórico contemporâneo e tais aspectos fazem parte da ambientação histórica e ficcional do relato. (...) A história flui por um diálogo deslocado no tempo. Maria Teodora dialoga com as memórias do marido e as próprias. (...) O movimento revolucionário é descrito em minúcias, assim como a ação da elite portuguesa, a atuação dos religiosos nacionalistas e também a euforia da vitória e as repressões posteriores à queda do governo provisório. Por meio dessa ficção, conhecemos uma genuína luta pela emancipação brasileira. Paulo Santos de Oliveira concretiza na reconstrução ficcional – quase arqueológica – todas as possibilidades dessa reflexão histórica.
Ana Lúcia Trevisan
Carta Capital, 12/12/2008