Sérgio Vaz é, ele mesmo, o criador daquele que talvez seja a maior poesia viva desse país - o sarau da Cooperativa,na Zona Sul de São Paulo.Mas, neste livro, o poeta se faz cronisata para nos trazer em prosa as notícias de um mundo em que " os pedreiros constroem casas alhei9as como se fossem seus proprios lares - e a domestica " não admitem serem domesticadas" Notícias de um povo lindo e inteligente que sonha enquanto faz ".Em sua estreia na crônica, Vaz profana a língua com talento para incluir nela um naco maior do mundo.Tem dedos de navalha para disfarçar a ternura do olhar que afaga as entrelinhas.Nos encanta - e ás vezes nos golpeia - com achados de linguagem paridos numa realidade onde as frases têm de sr pesadas pelo pescoço para não morrer de bala perdida antes mesmo de existirem
Elane Brum
Crônicas / Literatura Brasileira