Da segunda metade da década de 80 em diante, depois de um período de abertura política e de submissão cultural ao Primeiro Mundo, a música brasileira começou a ser redescoberta e revalorizada pelos jovens. Teve início um processo de queda de preconceitos. Músicos voltaram a experimentar, misturando as influências do exterior com as nossas raízes. Revoluções antropofágicas voltavam a acontecer. Houve uma retomada, uma revalorização dos discos esquecidos de artistas brasileiros. Músicos, DJs, produtores e colecionadores de discos de todo o planeta passaram a pesquisar a música brasileira além da Bossa Nova.
O objetivo do livro Lindo Sonho Delirante vol. 3: 100 discos corajosos do Brasil (1986-2000) é mostrar que o Brasil produziu trabalhos musicais transgressores, muitos deles que, infelizmente, continuam negligenciados pelo grande público. A garimpagem das obras contidas neste terceiro volume começa em 1986. Partimos rumo a uma jornada que termina no ano 2000.
De pioneiros e pioneiras como Chico Science, Júpiter Maçã, Priscilla Ermel, Suba, Andréa Daltro, Lula Côrtes, Marlui Miranda e Tetê Espíndola até heróis e heroínas não tão celebrados como Dércio Marques, Carlinhos Hartlieb, Narcisa, Eugênio Leandro e Andrea Marquee. Da psicodelia do Violeta de Outono, Mopho e Os The Darma Lovers, até a música vanguardista de Patife Band, Black Future, Jaguaribe Carne e Os Mulheres Negras. Todos estão juntos nesse terceiro volume do Lindo Sonho Delirante.
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