LENDAS DO SUL -- Populário de J. Simões Lopes Neto; com ilustrações de Nelson Boeira Faedrich, [nos passos da edição ilustrada de 1953, lançada pela Livraria Martins de São Paulo]. |...| A edição de 1974 das Lendas do Sul (tiragem exclusiva de 2.000 exemplares especiais e numerados) é uma edição de luxo, comemorativa do 10º Aniversário da APLUB-Associação dos Profissionais Liberais Universitários do Brasil, com as ilustrações de Nelson Boeira Faedrich, introdução de Mozart Pereira Soares; ensaio e duas crônicas de Manoelito de Ornellas e mais glossário de Aurélio Buarque de Holanda. |...| Em 1983, foi a vez dos Contos Gauchescos receberem uma edição especial de luxo -- Comemorativa do Aniversário do "Centenário da Fundação da Livraria do Globo", com o apoio da APLUB, nos mesmos padrões das Lendas de 1974". |...| A Livraria do Globo já tinha editado Contos gauchescos & Lendas do Sul, em 1926, mas é em 1949, ocupando o primeiro número da Coleção Província - cujo tema eram as letras do Rio Grande do Sul -, que a obra de Simões Lopes Neto pôde ser redescoberta em todo o Brasil, recebendo corpo e formato de edição de luxo e tratamento especial da crítica: foi a primeira edição crítica de Simões Lopes Neto, com introdução, ensaio, variantes, notas e glossário de Aurélio Buarque de Holanda, prefácio e organização de Augusto Meyer e posfácio de Carlos Reverbel (...) A edição "acolherada" de 1926, organizada por João Pinto da Silva, juntamente com Mansueto Bernardi, reuniu os Contos Gauchescos e as Lendas do Sul. "Acolherar", termo usado por Simões Lopes Neto, sobretudo nos Contos gauchescos, significa juntar, associar. Foi o que aconteceu. Ao juntar em um único volume os Contos e as Lendas, a Globo deu o primeiro passo para associar o nome do autor aos dos grandes expoentes da literatura brasileira [e lusófona]. (...) Em 1988, Lígia Chiappini [de Moraes Leite] apresentou sua edição crítica dos
Contos Gauchescos, Lendas do Sul e Casos do Romualdo, com estabelecimento de texto, introdução,
variantes, notas e comentários, publicada no Rio de Janeiro em co-parceria da Editora Presença e Instituto Nacional do Livro. A autora compara o texto de Simões Lopes Neto ao de Guimarães Rosa, para defender a ausência de glossário, uma vez que, [nesta edição], cabe ao leitor a escolha de recorrer aos dicionários
para entender o texto. (Extraído d'A poética do conto de Simões Lopes Neto -- o exemplo de "O negro Bonifácio" de Cláudia Rejane Dornelles Antunes; Coleção Memória das Letras, 14 - Porto Alegre: EDIPUCRS, 2003, p. 49-51).
Contos / Literatura Brasileira