Se Dostoiévski era, para alguns, o "profeta da carne", Tolstói poderia ser considerado o "profeta do espírito". Numa Europa às voltas com o naturalismo, o positivismo, o materialismo vulgar, ressoava uma voz poderosa que se erguia contra toda a vida da época e, maldizendo-a, acabava maldizendo a própria civilização. Hippies da década de 60 fizeram um apelo ao seu ecologismo, ao seu repúdio à civilização ocidental. A sua recusa a todo o sistema educacional encontra adeptos até hoje. Pensadores religiosos dos mais diversos matizes recorrem aqui e ali à sua doutrina. Quem foi esse narrador exuberante, esse homem embriagado de vida que imprimiu sua marca peculiar a toda uma época?
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