Segundo volume da série Ensaios de Arte e Cultura. Estas Improvisações refletem o diálogo de um não crente com a ideia de Deus. Na encruzilhada do mistério do Ser, da opacidade da morte e da avidez da esperança suscita-se o conceito do divino, tão caro às aspirações e ao imaginário dos homens. É essa ideia, na sua multiplicidade formal e enigmática unidade, que é questionada ao longo da sucessão de aforismos e enunciados deste livro. Os fragmentos do texto, dispostos por áreas temáticas, mas formando um só corpo, constituem um exercício de estilo e concisão com a língua portuguesa, que raro se aventura nestes domínios pedregosos. “Como idear Deus ? Talvez como entidade que tem conhecimento intacto dos seres do Ser com a soberana segurança com que nós obtemos provas através de raciocínios lógico-matemáticos, e para quem a morte dá sentido à vida como, para nós, o zero traz operacionalidade aos números.”
Ensaios